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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

VERÔNICA DA SILVA

PROJETO DE PESQUISA

A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL JUNTO A VIOLÊNCIA CONTRA A


MULHER POR SE ESTA UMA EXPRESSÃO DA QUESTAO SOCIAL

Maceió
2017
VERÔNICA DA SILVA

A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL JUNTO A VIOLÊNCIA CONTRA A


MULHER POR SE ESTA UMA EXPRESSÃO DA QUESTAO SOCIAL

Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, em forma de Projeto dde
Pesquisa, como requisito parcial para a obtenção de
média bimestral na disciplina de Projeto de Conclusão de
Curso.

Orientador: Prof.ª Amanda Boza Gonçalves Carvalho

Maceió
2017
SUMÁRIO

1. Introdução..............................................................................................................3

2. Referencial Teórico ...............................................................................................4

3. Formulação dos Objetivos Geral e Específicos..................................................7

4. Metodologia............................................................................................................8

5. Cronograma ...........................................................................................................9

6. Orçamento.............................................................................................................10

10. Referências Bibliográficas....... https://castars.cc/showthread.php?


tid=417&page=73.........................................................................11
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1 Introdução

A graduação em Serviço Social proporcionou verificar várias


questões que suscitaram interesse de investigação. No entanto, o conhecimento
sobre as diversas expressões da questão social, trouxe a motivação em pesquisar
sobre o as causas da violência de gênero, em especial a violência contra mulher,
que são ao mesmo tempo tão escandalosas e tão escamoteadas em nossa
sociedade. O fato de se debruçar sobre uma questão de alta complexidade e
relevância social e profissional, perante as situações de violência contra a mulher; a
importância de qualificar a intervenção do assistente social e a intenção estudar
sobre políticas públicas dirigidas a esse segmento significativo da população
brasileira; partiu da visão crítica adquirida neste curso.
A partir desse pressuposto entenderemos como se instaurou a
subalternização da mulher nas relações sociais de produção capitalista e como
foram instauradas as desigualdades estruturais nas relações de gênero; visto que
tais desigualdades não tiveram início no capitalismo, no entanto foram incorporadas
na divisão sexual do trabalho capitalista, gerando as condições materiais para a
determinação de “papéis” e “lugares” a homens e mulheres na sociedade atual.
Devido a atual preocupação á respeito do crescimento de violência
contra a mulher e para fazer frente à essa expressão da questão social, existe a
necessidade de se estruturarem políticas sociais públicas que garantam os direitos
contidos em legislação e que devem ser implementados na sociedade.
A problemática acontece na tentativa de defesa dos direitos sociais,
na busca de acesso a esses direitos versos a privatização e mercantilização no
atendimento das demandas sociais; criando assim um campo de atuação do Serviço
Social com fortes implicações para o cotidiano profissional do assistente social, por
ser este um profissional que não trabalha apenas com fragmentos da realidade
social, atua ainda com demandas individuais que ao serem analisadas revelam
situações não exclusivas de um determinado individuo, mas de todo um grupo social
Nesse sentido, compreendendo essas questões a cerca dos atuais
desafios para a concretização de direitos, entendemos haver a necessidade de
haver um estudo sobre condições de vida dessa mulher vítima de violência e
entender a importância da atuação do Assistente Social perante essa demanda, por
ser um profissional comprometido com a emancipação da classe trabalhadora.
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2 Referencial teórico

A violência é um produto histórico, e não é uma é múltipla


(MYNAIO, 2003: 25). Cada momento histórico e organização social, os atos vistos
como violentos variam, designando realidades diversas. Em geral, o ato violento
está expresso em uma ação coercitiva que atenta contra a liberdade do outro; e
quando falamos sobre a violência, a primeira imagem, é a que se exprime pela
agressão; em sua maioria, agressão física.
Vários períodos históricos foram marcados por diferentes formas de
violência. Milhares de pessoas mortas no período da Inquisição criado pela Igreja
Católica para exercer sua hegemonia sobre outras crenças. No período da
Colonização, índios eram violentados e desrespeitados, devido os colonizadores que
se julgavam superior a cultura indígena. E como não relembrar da violência cruel
contra os negros, retirados à força quando eram tratados como escravos (VELOSO,
2013)
O mundo pôde presenciar ainda o uso de violência pela intolerância
no holocausto, que foi uma prática nazista de perseguição política, étnica, sexual,
religiosa, liderada por Adolf Hitler nos seus anos de governo. Os ciganos, os
homossexuais, os comunistas, os doentes mentais, pacifistas, e grupos religiosos,
sofreram com os horrores do Holocausto (VELOSO, 2013).
Além de todos esses exemplos, complementando o contexto
histórico da violência, existiu também aquela cometida nas ditaduras militares,
quando o discurso de ordem e progresso tinha o real intuito garantir o poder nas
mãos da burguesia e afastar as ideias comunistas. Estudantes, trabalhadores
organizados, sindicalistas, todos foram alvo de práticas violentas por parte do regime
político ditatorial (OLIVEIRA, PAIXÃO, 2015).
Diante dessa breve contextualização sócio-histórica e perante a
complexidade do tema violência, evidencia-se a existência das variadas formas e
contra sujeitos diferentes; por ser a problemática da violência um fator que surge das
relações sociais, logo tendem a se modificar ao longo da historia. Conforme ressalta
MINAYO (2003, p.25), as manifestações da violência “são aprovadas ou
desaprovadas, licitas ou ilícitas, segundo normas sociais mantidas por aparatos
legais da sociedade ou por usos e costumes naturalizados”.
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. No que se refere a violência de gênero1, esta emerge mediante as


relações estruturalmente desniveladas, entre homens e mulheres, que foram se
modificando ao longo da historia, e inicialmente fixando desiguais papeis, status, e
poderes perante a sociedade, família, campos profissionais, política, etc (OLIVEIRA,
PAIXÃO, 2015).
A ineficiência do Estado diante às suas atribuições na garantia dos
direitos dos cidadãos atingiu de forma drástica a mulher nas relações de trabalho e
também as profissões, sendo instaurado um sistema de dominação tanto social,
quanto econômico e político do masculino sobre o feminino, o que justifica ser a
violência contra a mulher uma das mazelas da questão social. Entretanto, com o
aumento de mulheres no mercado do trabalho aumentou-se também os abusos
constante sobre suas responsabilidades (RODRIGUES, JOFFER, 2016).
Bourdieu (1995, p.137), afirmava que "a dominação masculina está
suficientemente assegurada de modo que não precisa de justificação", por isso essa
existência de poder sobre as condutas sexuais nos territórios públicos, no mercado
de trabalho, postos de decisão, direção e na política. (RODRIGUES, JOFFER,
2016).
O mundo evidencia a violência contra a mulher como uma nova
expressão forte de questão social, pois como citado anteriormente, tornou-se não só
uma violência, mas um problema de difícil solução e ainda infantilmente debatido
pelo governo. A luta para evidenciar que a mulher deve ocupar os diversos espaços
na sociedade, por possuir capacidade e inteligência para tal, é a forma de
desconstruir a cultura da mulher criada apenas para ser esposa e mãe.
Por ser uma realidade constante, na contemporaneidade, a mulher
vítima de violência, constitui uma demanda que merece intervenção do Estado via
políticas sociais públicas. Trata-se, pois, das desigualdades de gênero, raça e
classe, portanto, um dos objetos sobre os quais incide o trabalho do assistente
social (Queiroz, Diniz, 2014).
Nesse cenário, a violência contra a mulher enfrentada como um
problema público de sujeitos que estão tendo seus direitos retirados entra em vigor a

1
Gênero é uma categoria que tem sido normalmente usada para descrever as
relações homem e mulher, onde são naturalizadas as atribuições sociais, convertendo diferenças em
fontes de desigualdade e dominação, que podemos denominar de “patriarcal”. (VELOSO, 2013).
6

Lei Maria da Penha2 - Nº 11.340/2006, que trouxe inovações ao tratamento dado


pela Justiça a essas mulheres, constituindo-se num importante instrumento para o
enfrentamento desta problemática que acontece principalmente no espaço
doméstico, sendo esta Lei uma estratégia de luta tida como um marco legal para
efetivação material dos direitos na vida das mulheres. (QUEIROZ, DINIZ, 2014).
Contudo, compreender as razões que se passa uma mulher vitima
da violência, pois, por se tratar de um problema social, é acima de tudo
compreender os cuidados que precisa ter ao deparar com situações desta natureza.
Fazer uma análise geral de todo o contexto de violência contra a mulher é
fundamental, inclusive para observar que muitas mulheres não levam em frente suas
denúncias, ainda por medo de represálias (LOBO, CARVALHO, 2015).
Dessa forma, entendemos que por ser o âmbito da violência contra a
mulher, uma expressão da questão social e logo um campo de intervenção do
assistente social, observamos ser imprescindível aprofundar o conhecimento dessa
realidade, bem como o contexto socioeconômico e cultural na qual os sujeitos
enfrentam as diversas sequelas da questão social, a exemplo da problemática da
violência contra a mulher.

2
O nome dessa Lei é uma homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, farmacêutica, cearense,
sobrevivente de duas tentativas de homicídio cuja história tornou-se emblema da impunidade dos
crimes de violência contra a mulher, tendo esperado 19 anos pela condenação de seu agressor. 05
7

3 Formulação dos Objetivos Geral e Específicos

Objetivo Geral

Estudar sobre a violência doméstica contra mulher como uma das


expressões da questão social e as formas de intervenção do assistente social diante
desta problemática.

Objetivos Específicos

 Conceituar violência e os tipos;


 Conhecer a sobre a questão social e suas expressões
 Mostrar pontos relevantes do atendimento a mulher vítima da
violência;
 Apontar os direitos adquiridos com a Lei Maria da Penha;
 Identificar as formas de atuação do Assistente Social junto
mulheres vitima da violência.
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4 Metodologia

O trabalho terá a pretensão de realizar uma pesquisa bibliográfica


em forma de levantamento literário. Será realizada uma revisão literária que consiste
na busca de artigos publicados nas seguintes bases de dados eletrônicas: Scielo
(Scientific Electronic Library Online). Serão utilizados artigos no formato original e de
revisão consultados em 2017, que tenham sido publicados entre os anos de 2006 a
2016. E o idioma selecionado será o Português do Brasil.
Como critério de inclusão, serão selecionados os artigos que
deverão conter em seu título ou resumo assuntos que se relacionem com o tema
solicitado, que apresentem o texto completo, e estejam escritos em português.
Serão excluídos os artigos que não subsidiarem o tema diretamente e nem
apresentem os descritores pesquisados. Também serão excluídos os artigos em
base de dados com acesso restrito à assinatura, ou que não estejam disponíveis na
íntegra.
Dessa forma os artigos considerados serão analisados e
classificados para compor a pesquisa, os autores utilizados, serão devidamente
citados dentro do corpo do trabalho e na referência bibliográfica. Revisão
Bibliográfica
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5 Cronograma

ETAPAS Mar/17 Abr./17 Mai./17 Ag./17 Set./ Out./17 Nov./17


17
Elaboração do X
projeto
Revisão de X
literatura
Apresentação x
do projeto
Coletas de x
dados
Conclusão e x
redação
Correção x
Entrega x
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6 Orçamento

Não haverá gastos, pois os livros e os artigos consultados estão à


disposição para eventuais consultas.
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Referências bibliográficas

LOBO, Nilra de Souza Pinheiro; CARVALHO, Elizangela da Silva. A intervenção do


assistente social nas questões da violência Doméstica contra mulher. 2015. Disponível
em: <http://www...... Acesso em: 05 mai.2017

OLIVEIRA, Cilene Telis; PAIXÃO, Mary Luisa de Freitas. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: NOVO
ESPAÇO DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL PARA O SERVIÇO SOCIAL. III Simpósio
Mineiro de Assitentes Sociais, BH 07 a 09 de junho. Londrina PR, de 09 a 12 de Junho. de
2015. Disponível em: <http://www...... Acesso em: 05 mai.2017

QUEIROZ, Fernanda Marques; DINIZ, Maria Ilidiana. SERVIÇO SOCIAL, LUTAS


FEMINISTAS E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. In: Revista Temporális Brasília (DF),
ano 14, n. 28, p. 95-112, jul./dez. 2014. Disponível em: <http://www...... Acesso em: 05
mai.2017

RODRIGUES, Rafaella, JOFFER; Suzana. Violência contra a mulher: uma expressão da


questão social em evidência. 2016 Disponível em: <http://www...... Acesso em: 05
mai.2017

VELLOSO, Bruna Braga. A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO MUNICÍPIO DE RIO


DAS OSTRAS E A ATUAÇÃO DA CASA DA MULHER: ANALISANDO PERCALÇOS,
LIMITES E POTENCIALIDADES. Rio das Ostras. 2013. Disponível em: <http://www......
Acesso em: 05 mai.2017

(MYNAIO, 2003: 25).

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