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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL
KAROLINNE ALENCAR REGINO

TCC I

GURUPI- TO

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2022/1
KAROLINNE ALENCAR REGINO

O ASSISTENTE SOCIAL E A ATUAÇÃO DIANTE DA


VIOLÊNCIA A MULHER

Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social


da UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar,
para a disciplina TCC1 - trabalho de conclusão de
curso 1.

Profª.

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2022/1
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3

2. DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA.....................................................3

3. OBJETIVOS.........................................................................................................................4

3.1 GERAL.................................................................................................................................4

3.2 ESPECÍFICOS....................................................................................................................4

4. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................4

5. METODOLOGIA..................................................................................................................4

6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................................5

CAPÍTULO I – A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL...................................5


CAPITULO II – A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E ATUAÇÃO DO
ASSISTENTE SOCIAL...........................................................................................................10
7. CRONOGRAMA DA PESQUISA....................................................................................12

8. ORÇAMENTO....................................................................................................................12
9. RESULTADOS ESPERADOS.........................................................................................12
10. REFERÊNCIAS...............................................................................................................13

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1. INTRODUÇÃO

No Brasil a violência praticada contra a mulher, após


movimentos de denúncias, principalmente por parte das feministas, deixou de
ser considerada um problema familiar, ou seja, um problema privado, para ser
considerada uma situação de violência que prejudica a integridade física e
psicológica da mulher, atingindo sua dignidade. Quando falamos de violência
contra a mulher já podemos imaginar as mais diversas formas e tem se tornado
um grande problema social, pois afeta a saúde da vítima e dos demais
familiares, principalmente dos filhos que acabam por presenciar os atos de
violência.
Ao longo da história, vemos as marcas deixadas por mulheres
que se opunham a esse processo, não podemos deixar de citar o exemplo das
operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade de Nova Iorque, que no
dia 8 de março de 1857 fizeram uma grande greve, ocuparam a fábrica em que
trabalhavam e reivindicaram melhores condições de trabalho, tais como,
redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16
horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres
chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o
mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
Toda essa manifestação foi reprimida com total violência e todas as 130
mulheres foram trancadas dentro da fábrica e morreram carbonizadas, num ato
totalmente desumano.

A violência contra a mulher ou familiar é aquela praticada em


casa, em família, independente de condição socioeconômica, pode ser
compreendida como qualquer ação ou omissão que resulte em dano físico,
sexual, emocional, social ou patrimonial de um ser humano, onde exista vinculo
familiar e intimo entre a vítima e o agressor.

2. DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

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O presente trabalho trata sobre a violência contra mulheres e a
forma de enfrentamento, com vistas ao trabalho do Assistente Social. Para
entendermos é preciso disser que as mulheres agredidas têm problemas de
saúde, como dores desconforto grande, problemas de concentrações e tontura.
Por que esta mulher vem a cometer o maior número de suicidas? As mulheres
que sofrem violências precisam de tratamento, psiquiatra, para que assim
possam retornar ao convívio familiar? É preciso conscientizar a sociedade que
as mulheres que passam por violência elas precisam de ajuda?

3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
Para compreender a violência contra a mulher e ver a atuação do Assistente
Social, diante de tal situação.

3.2 ESPECÍFICOS
 Identificar os principais problemas que das portadoras da Violência
contra a mulher em vêm enfrentando no dia-a-dia;
 Identificar a Lei Maria da Penha e os seus direitos de mulher;
 Apontar o trabalho do trabalho do Assistente Social.

4. JUSTIFICATIVA

A justificativa é contribuir para o desenvolvimento do


conhecimento do tema abordado e implantação de um fórum para discussão e
enfrentamento da violência doméstica a de cooperação entre os que atuam
diretamente com as vítimas e o fortalecimento de suas ações na busca de
soluções para amenizar e diminuir os casos de violência. Segundo o autor
Saliba et al., (2007) afirma que a violência contra a mulher é toda ação que
prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade não
oferecendo pleno direito ao desenvolvimento de uma família e como a maioria
dos atos de violência ocorre dentro do seio familiar afeta a todos, a mulher, as
crianças e demais familiares ocasionando danos diretos e indiretos.

5. METODOLOGIA

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Utilizando assim o método bibliográfico com a leitura como material
primordial para o estudo da temática. As fontes de consulta foram acessadas
na rede mundial de computadores (internet), artigos, livros e revistas.

6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

CAPÍTULO I – A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL

Para iniciar é preciso dizer que a violência contra a mulher no


Brasil, é algo que iniciou no período da Colonização, quantos índios foram
violentados e desrespeitados devido à vontade de um dito soberano que
julgava ser superior à sua cultura? Não podemos deixar de citar a violência
absurda cometida contra os negros, retirados forçadamente de suas terras e
levados de forma desumana a um lugar desconhecido para serem tratados
como seres inferiores, executando trabalho escravo. É importante lembrar de
outros grupos sociais também foram perseguidos pelo regime nazista e levados
aos campos de concentração. Os homossexuais, os comunistas, os doentes
mentais, pacifistas, escravos e grupos religiosos, tais como as Testemunhas de
Jeová, também sofreram com os horrores do Holocausto. Não podemos deixar
de falar da violência cometida nas ditaduras militares, escamoteada por um
discurso de ordem e progresso na qual o real intuito era garantir o poder nas
mãos da burguesia, para garantir seus interesses materiais e compromissos
econômicos internacionais e afastar o perigo do contágio com as ideias
comunistas. Assim entendemos que a violência a estudantes, trabalhadores
organizados, sindicalistas, todos foram alvo de práticas violentas por parte do
regime político ditatorial, que incluíam invasões de domicílio, prisões sem
mandado judicial, submissão dos presos a incomunicabilidade por prazos
ilegais, torturas e mortes. Mas lembrando das palavras de Arendt, (1970) em
que afirma que ninguém que se dedique à meditação sobre a história e a
política consegue se manter ignorante do enorme papel que a violência
desempenhou sempre nas atividades humanas.

Azevedo, (1985) explica que violência é toda iniciativa que


procura exercer coação sobre a liberdade de alguém, que tenta impedir a
liberdade de reflexão, de julgamento, dedicação e que, termina por rebaixar
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alguém a nível de meio ou instrumento num projeto, que a absorve e engloba,
sem trata-lo como parceiro livre e igual. O autor explica que a violência é uma
tentativa de diminuir alguém, de constranger alguém a renegar-se a si mesmo,
a resignar à situação que lhe é proposta, a renunciar a toda a luta, abdicar de
si. Por vários motivos como: pobreza, miséria, desigualdade, desemprego,
discriminação, entre outros, que podem contribuir para o desenvolvimento de
atos agressivos entre as pessoas. (AZEVEDO, 1985)

Quando começamos a questionar sobre a palavra violência


vemos que é uma realização determinada das relações de força tanto em
termos de classes sociais quanto em termos interpessoais. Em lugar de
tomarmos a violência como violação e transgressão de normas, regras e leis,
preferimos considera-las sob dois outros ângulos. Azevedo, (1985) vai muito
além mostrando que a violência pode ser dividida em duas esferas:

Em primeiro lugar, como conversão de uma diferença e de uma


assimetria numa relação hierárquica de desigualdade, com fins de
dominação, de exploração e de opressão. Isto é, a conversão dos
diferentes em desiguais e a desigualdade em relação entre superior e
inferior.
Em segundo lugar, como a ação que trata um ser humano não como
sujeito, mas como uma coisa. Esta se caracteriza pela inércia, pela
passividade e pelo silêncio de modo que, quando a atividade ou a fala
de outrem são impedidas ou anuladas, há violência. (AZEVEDO,
1985)

Diante das palavras do autor entendemos que violência nem


sempre se caracteriza por agressões físicas, pode se caracterizar pela
dominação de uma classe sobre a outra, de uma pessoa contra outra, ou seja,
impedir alguém de se expressar e tomar suas próprias decisões, por considerar
inferior intelectualmente ou socialmente, é violência. (AZEVEDO, 1985)

É preciso dizer que a violência contra a mulher no espaço


doméstico era entendida como um tipo de abuso na qual marido e mulher
deveriam resolver sozinhos, conforme o conhecido ditado: em briga de marido
e mulher ninguém mete a colher. Com as características mais comuns de
violência são tapas, empurrões, murros, tiros entre outros, características
essas que deixam marcas no corpo da vítima e traumas. Uma violência que é
pouca divulgada é a violência psicológica que não deixa marcas físicas, mas

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cicatrizes psicológicas que destroem a autoconfiança da vítima por toda a vida.
O agressor usa de meios como a discriminação, humilhação para coibir a
vítima. Essa violência é mais difícil de ser identificada e suas consequências
podem chegar até ao suicídio. (AZEVEDO, 1985)

Assim é preciso dizer que quando Teles, Melo, (2003) afirma


que a violência de gênero deve ser entendida como uma relação de poder de
dominação do homem e de submissão da mulher. Os autores mostram que os
papéis impostos às mulheres e aos homens, consolidados ao longo da história
e reforçado pelo patriarcado e sua ideologia, induzem relações violentas entre
os sexos e indica que a prática desse tipo de violência não é fruto da natureza,
mas sim do processo de socialização das pessoas.

Em que eles lembram que não é a natureza a responsável


pelos padrões e limites sociais que determinam comportamentos agressivos
aos homens e dóceis submissos as mulheres, os costumes, a educação e os
meios de comunicação tratam de criar e preservar estereótipos que reforçam a
ideia de que o sexo masculino tem o poder de controlar os desejos, as opiniões
e a liberdade de ir vir das mulheres. (TELES, MELO, 2003)

No Programa de prevenção, assistência e combate à violência


doméstica contra a mulher, (2003) deixa bem claro que a violência de gênero é
conhecida também como violência contra a mulher, acontece no mundo inteiro
e atinge as mulheres em todas as idades, graus de instrução, classes sociais,
raças, etnias e orientação sexual. Em seus aspectos de violência física, sexual
e psicológica, é um problema que está ligado ao poder, onde, de um lado,
impera o domínio dos homens sobre as mulheres, e, de outro lado, uma
ideologia dominante, que lhe dá sustentação. As formas de violência de gênero
se caracterizam pelas desigualdades salariais; assédio sexual no trabalho; o
uso do corpo da mulher como objeto, como, por exemplo, nas campanhas
publicitárias; o tratamento desumano que muitas recebem nos serviços de
saúde. É possível dizer que a violência pode se manifestar de várias formas e
com diferentes graus de severidade. O quadro abaixo nos mostra:

Violência Física A violência física se manifesta de várias formas: Tapas; Empurrões;


Socos; Mordidas; Chutes; Queimaduras; Cortes; Estrangulamento;
Lesões por armas ou objetos; obrigar a tomar medicamentos
desnecessários ou inadequados, álcool, drogas ou outras

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substâncias, inclusive alimentos. E também se manifesta pelos de
atos de: Tirar de casa a força; Amarrar; Arrastar; Arrancar a roupa;
abandonar em lugares desconhecidos; Danos à integridade corporal
decorrentes de negligencia.
Violência Inclui: Insultos constantes; Humilhação; Desvalorização; Chantagem;
Psicológica Isolamento; Ridicularizarão; Rechaço; Manipulação afetiva;
Exploração; Negligência; Ameaças; Privações arbitrárias da
liberdade.

Violência Sexual A violência sexual ocorre em uma variedade de situações como


estupro, sexo forçado no casamento, abuso sexual infantil, abuso
incestuoso e assédio sexual. Inclui entre outras: Caricias não
desejada; Penetração oral, anal ou genital, com pênis ou objetos de
forma forçada; Exposição obrigatória a material pornográfico;
Exibicionismo e masturbação forçados; Uso de linguagem erótica,
em situação inadequada; Impedimento ao uso de qualquer método
contraceptivo ou negação por parte do parceiro (a) em utilizar
preservativo; ser forçado (a) a ter ou presenciar relações sexuais
com outras pessoas além do casal.

Violência No Código Penal entre os delitos contra patrimônio furto, roubo,


Patrimonial dano, apropriação indébita.
Violência Moral É entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria.
Violência Forçar a pessoa a assinar um documento, sem lhe explicar para que
Econômica ou fim se destine; forçar a pessoa a celebrar um contrato ou a alterar o
Financeira seu testamento; forçar a pessoa a fazer uma doação; forçar a
pessoa a fazer uma procuração ou ultrapassar os poderes do
mandato; Tomar decisões sobre o património de uma pessoa sem a
sua autorização.
Violência Serviços públicos, empresas privadas, a violência Social, trabalhista,
Institucional compreende: Desemprego, subemprego; Salário inferior; Prostituição
forçada; Falta de creche; Preconceito, discriminação; Atendimento
agressivo nas instituições de saúde.

Violência A violência doméstica compreende: Relação sexual forçada;


Doméstica ou Violência física e sexual; Restrição da liberdade (proibir de sair,
Intrafamiliar prender você na casa); Imposição da vontade masculina; Destruição
de objetos e documentos pessoais (jogar pertences na rua, esconder
ou rasgar objetos e documentos pessoais, quebrar moveis ou
objetos em casa e destruir ou queimar suas roupas); Expulsão do lar;
Ameaças.

Quando falamos de violência sexual que pode ser definida


como sendo toda ação na qual uma pessoa em relação de poder e por meio de
força física, coerção ou intimidação psicológica, obriga outra pessoa ao ato
sexual contra a sua vontade, ou que a exponha em interações sexuais que
propiciem sua vitimização, da qual o agressor tenta obter gratificação. Não
podemos deixar de descrever:

 O Estupro

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O estupro é todo ato de penetração oral, anal ou vaginal,
utilizando o pênis ou objetos, cometido à força ou sob ameaça, submetendo a
vítima ao uso de drogas ou ainda quando esta for incapaz de ter julgamento
adequado. Recentemente essa definição foi ampliada no sistema jurídico
brasileiro, por meio de alteração no Código Penal, de 1940, passando a
englobar também os atos antes definidos como atentado violento ao pudor,
quais sejam: Constranger alguém à prática de atos libidinosos por meio de
violência ou ameaça (masturbações, toque das partes intimas, sexo oral /anal).
Constranger significa violentar, coagir, impedir os movimentos, compelir,
obrigar por força. (BRASIL, 2002)

É uma maneira de obrigar alguém a fazer o que não quer. O


estupro é considerado crime hediondo, inafiançável, pena em regime fechado.
Por essa razão o estupro coloca seu autor sujeito às regras da Lei n. 8.072, de
25 de julho de 1990.

 Sexo forçado no casamento

É a imposição de manter relações sexuais no casamento.


Devido a normas e costumes predominantes, a mulher é constrangida a manter
relações sexuais como parte de suas obrigações de esposa. A vergonha e o
medo de ter sua intimidade devassada, a crença de que é seu dever de esposa
satisfazer o parceiro, além do medo de não ser compreendida, reforçam esta
situação.

 Assédio sexual

O assédio sexual pode ser definido por atitudes de conotação


sexual em que haja constrangimento de uma das partes, através do uso de
poder de um (a) superior na hierarquia, reduzindo a capacidade de resistência
do outro. Apesar de o assédio sexual ser um problema cujo relacionamento e
visibilidade tem se acentuado nas relações profissionais com o crescimento da
inserção da mulher no mercado de trabalho, há séculos também existe no
interior das famílias e outras instâncias da organização social. A dependência
econômica, juntamente com o medo de ser desacreditado e a vergonha, são
fatores que impedem a vítima de denunciar a situação.

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O assédio sexual se caracteriza principalmente pela
dissimulação do assediador e pelos efeitos provocados a vítima. São
características do assédio sexual: Clara condição para dar um emprego,
posição socioeconômica ou posição diferenciada com implicações nas relações
familiares; influencia na carreira profissional; Prejuízo no desempenho
profissional ou educacional; Modo de ação do assediador geralmente inclui:
Portas fechadas; Sussurros; Olhares maliciosos; Comentários insistentes e não
diretos; Ameaças veladas. (BRASIL, 2001)

O principal reflexo da violência sexual contra a mulher no


mercado de trabalho se revela pelo assédio sexual por parte dos ocupantes de
cardo de gerencia em relação as suas subordinadas. O assédio sexual tem se
revelado como a principal violência sofrida pela mulher no mercado de
trabalho, tanto que foi objeto, no Brasil, de criminalização por meio da Lei no
10.224/2001 que introduziu o art. 216-A no Código Penal Brasileiro, prevendo
pena de 2 anos de detenção para quem constranger alguém com o intuito de
obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se da sua condição de
superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo
ou função.

CAPITULO II – A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER


E ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

O termo violência contra as mulheres engloba muitos tipos de


comportamentos nocivos cujo alvo é mulheres e meninas, simplesmente por
serem do sexo feminino. Em 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas
introduziu a primeira definição oficial deste tipo de violência quando adotou a
Declaração para Eliminação da Violência Contra as Mulheres. De acordo com o
Art. 1 desta declaração, a violência contra as mulheres inclui:

Art.1º - Para os efeitos desta Convenção deve-se entender por


violência contra a mulher qualquer ação ou conduta, baseada no
gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado.

Pougy, (1995) afirma que escutar o que a mulher traz, o que a


faz sofrer e a incomoda, é condição para que o profissional de saúde possa,

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junto com ela, localizar de que forma seu saber específico pode ser útil. Os
serviços de saúde são uns dos espaços privilegiados para escutar e observar o
desenvolvimento da vítima de agressão com relação à situação que ela
vivenciou. Já que as mulheres retornam à unidade de saúde, que foi atendida,
para ter acompanhamento de alguns dos setores que as atendeu.

É de suma importância a presença do Assistente Social no


momento em que a mulher dá entrada na sala de exames, ou seja, naquele
instante, que pode ser reconhecido como triagem o Serviço Social tem muito a
oferecer aos usuários. Todavia, é necessário, tornar transparente ou ainda dar
visibilidade a importância do acompanhamento do Assistente Social junto às
mulheres vítimas de violência.

Faleiros, (1999) afirma que os efeitos da prática profissional


enquanto suprir carências, controlar perturbações ou legitimar o poder implicam
correlações de forças (mediações econômicas, políticas e ideológicas) que se
articula com outros efeitos como pressionar o poder, ter o direito à
sobrevivência ou questionar a instituição. Dentre as atribuições que o
Assistente Social possui no hospital tem-se a ideia de confeccionar cartazes
informativos quanto o que diz respeito ao Serviço Social para orientar os
usuários e aos outros profissionais da instituição, que muitas vezes solicitam o
Assistente Social para situações que não é competência dele.

É nesta situação de dar atenção às questões que são da


atribuição do Assistente Social é considerada uma perda de tempo, pois outros
casos poderiam estar sendo resolvidos. Ainda é válida a ideia de se criar
informativos na instituição para que desta forma seja possível evitar demandas
desnecessárias ao Serviço Social, permitindo, dessa maneira que os
profissionais possam realizar um atendimento de melhor qualidade, ou seja,
assegurando o acesso aos direitos sociais.

O atendimento às mulheres vítimas de violência nas unidades


de saúde apenas se dirige à violência sexual e não à violência doméstica o que
faz com que mulheres vítimas de agressões físicas e verbais continuem
sofrendo com este crime por não possuírem a orientação necessária,
justamente nos serviços que vão solicitar cuidados.

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Os Assistentes Sociais podem também identificar outros tipos
de violência contra a mulher como a de gênero e a sexual no âmbito familiar.
Muitas mulheres não reconhecem que estão sofrendo violência devido à cultura
patriarcal, que ainda persiste no Brasil e, inclusive, transcende a origem de
classe, ou seja, contamina todo o tecido social brasileiro que vivemos no Brasil.

Reconhecemos o quanto é árduo o trabalho de profissionais


(como os Assistentes Sociais, por exemplo) envolvidos em situações de
violência contra a mulher, visto que a obrigatoriedade de manter relações
sexuais com o marido, companheiro, comparece como um fenômeno natural.
Assim sendo, torna-se a dever profissional do assistente social, esclarecer
quanto aos direitos que as mulheres conquistaram e, ainda denunciar esse tipo
de prática que persiste em muitos lares brasileiros, pois obrigar a ter relações
sexuais sem que ela queira, caracteriza uma violência e, caso utilize agressões
contra a moral e a integridade física resulta em crime.

7. CRONOGRAMA DA PESQUISA
ETAPAS MARÇO/22 ABRIL/22 MAIO/22
Elaboração do Projeto X X
Revisão de Literatura X X X
Apresentação do Projeto X X
Coleta de Dados X
Conclusão e Redação X
Correção X
ENTREGA X

8. ORÇAMENTO
Quantidade Material Preço Unitário Preço Total
01 Resma de Papel A4 R$ 35,00 R$ 35,00
01 Marcador de Texto R$ 2,50 R$ 2,50
04 Caneta Azul R$ 2,80 R$ 11,20
03 Encadernação espiral R$ 4,50 R$ 13,50
02 Lápis/ borracha R$ 2,00 R$ 4,00
50 Gasolina 50 litros R$ 4,72 R$ 236,00
TOTAL R$ 302,20

9. RESULTADOS ESPERADOS

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O resultado é que teremos uma Sociedade mais esclarecidas
com relação a violência contra a mulher e assim irá ver mais de perto o
trabalho do Assistente Social junto a estas mulheres e família. E enfatizar a
emergência da questão social, percebemos que a classe trabalhadora não se
resignou, mas, ao contrário, protestou por melhores condições de vida e
trabalho. E este trabalho dará continuidade em um TCC, para que assim venha
servir de base de pesquisas para as próximas gerações.

10. REFERÊNCIAS

AZEVEDO, M. A. Mulheres espancadas: a violência denunciada. São:


Cortez, 1985.
BRASIL. Ministério da Saúde. Violência Intrafamiliar: orientações para a
Prática em Serviço. Brasília, 2002.
____ Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência
intrafamiliar. Orientações para a prática em serviço. Caderno de Atenção
Básica Nº 8. Brasília, 2002.
____ Violência Intrafamiliar. Orientações para Pratica e Serviço. Caderno
de Atenção Básica – n° 8. Brasília; 2001.
_____ Constituição da República Federativa do Brasil. 9ª ed. rev. ampl. e
atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1993.
PROGRAMA DE PREVENÇÃO, ASSISTÊNCIA E COMBATE A VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA CONTRA A MULHER. Plano Nacional, 2003.
SALIBA, O. et al. Responsabilidade do provisional de saúde sobre a
motivação de casos de violência doméstica. Revista de Saúde Pública, São
Paulo, v. 41, n. 3, p. 472-477, 2007.
TELES, Maria Amélia e MELO, Mônica de. O que é Violência contra a
Mulher. São Paulo: Brasiliense, 2003.

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