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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA


DIREITO – BACHARELADO

Violência contra a mulher

PÁBULLA CHRISTINE DA SILVA MELLO

CABO FRIO
2023
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PÁBULLA CHRISTINE DA SILVA MELLO

Violência contra a mulher

Trabalho apresentado à Universidade Veiga de


Almeida como requisito para a obtenção de nota em
atividade avaliativa.

Me.: Flávia Maria Farias Baptista da Cunha

CABO FRIO

2023
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO..................................................................................................4

2.DESENVOLVIMENTO................................................................................4,5,6

3.CONCLUSÃO...................................................................................................6

4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.....................................................................6
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Violência contra a mulher: Concepções e práticas de profissionais de serviços


públicos

(Resenha Crítica)

O artigo “Violência contra a mulher”, trata-se de um estudo qualitativo realizada com


9 participantes sendo estas, (3 médicas, 3 enfermeiras e 3 psicólogas) na cidade de
Jataí, em Goiás. As autoras são: Tatiana Machiavelli Carmo Souza e Fernanda
Ferreira Rezende.

O estudo é introduzido com conceitos sobre a violência de gênero, políticas públicas


e saúde pública destacando autores como Boris, Moreira, & Venâncio, 2011, Franzoi,
Fonseca, & Guedes, 2011 e etc.

As mulheres são rotuladas em óticas sociais e biológicas, como sendo totalmente


inferiores em todos os aspectos em relação ao outro gênero, o que faz com que a
desigualdade de gênero aos olhos da sociedade, aumente cada vez mais, além de
que a violência contra as mulheres se constitui como uma das formas de violação aos
Direitos Humanos, atingindo-as nos seus direitos a vida e saúde física e mental. Como
referido no artigo supracitado, “À violência que surge da superioridade imposta dos
homens sobre as mulheres e afeta toda a organização social, convencionou-se
chamar violência de gênero, na qual a mulher sofre agressões pelo simples fato de
ser mulher (Saliba, Garbin, Garbin, & Dossi, 2007; Secretaria Especial de Políticas
para as Mulheres, 2008)”. Onde deveria haver uma relação de respeito e afeto existe
uma relação de violência, física ou psicológica que muitas das vezes é viabilizada por
padrões, tidos como “normais” oriundos de papéis que lhes são atribuídos
culturalmente.

Nota-se que as desigualdades existentes entre homens e mulheres, são vistas desde
a infância, onde especialmente na divisão de papéis, a mulher é atribuída a atividade
familiar, como cuidar da casa e dos filhos e o homem o “trabalhador”, provedor, dando
margem para que alguns se sintam no direito de ser obedecido, colocando a mulher
como submissa.

É fato que as mulheres brasileiras estão sub-representadas na política, têm


remuneração menor, sofrem mais assédio e estão mais vulneráveis ao desemprego.
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Aborda-se na introdução, políticas criadas para minimizar essa violência tão rotineira,
como por exemplo: a Lei nº 11.340/06 (Maria da Penha) e a Secretaria de Políticas
para as mulheres, outrossim, destaca-se a saúde e o seu papel na avaliação e
acolhimento de mulheres vítimas de violência.

Esta lei, além de definir e tipificar as formas de violência contra as mulheres (física,
psicológica, sexual, patrimonial e moral), também prevê a criação de serviços
especializados, como os que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra a
Mulher, compostos por instituições de segurança pública, justiça, saúde, e da
assistência social.

A Secretaria de Políticas Públicas para as mulheres tem como principal objetivo


promover a igualdade entre homens e mulheres e combater todas as formas de
preconceito e discriminação herdadas de uma sociedade patriarcal e excludente. Ao
estimular o desenvolvimento de políticas para as mulheres, o Brasil ampara-se em
princípios constitucionais, reforça a perspectiva de democracia, bem como fortalece
os valores de equidade, justiça social previstos na Constituição Federal de 1988.
Assim, as políticas públicas para as mulheres são resultado do movimento das
mulheres que se organizam para fazer frente a toda forma de subjugação,
desvalorização e desrespeito que historicamente a mulher vem sofrendo na
sociedade.

No que tange a saúde, a violência contra a mulher é tida como problema de saúde
pública, por atingir mulheres de diversas esferas sociais e por esta situação traduzir,
muitas vezes, problemas de saúde capazes de interferir na qualidade de vida dessas
mulheres, frente a isto, o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) é orientar e
capacitar os seus servidores para que a vítima possa falar de uma maneira privada
sobre o ocorrido, não havendo qualquer julgamento por parte do(a) profissional. Além
disso, o SUS deve atender as mulheres observando o contexto sociocultural,
buscando respeitá-las em suas singularidades, sem qualquer tipo de discriminação
(Ministério da Saúde, 2004; Ferrante, 2008).

Isto posto, esse estudo teve como objetivo investigar as concepções e práticas dos
profissionais de saúde acerca da VCM, buscando problematizar as práticas e as
políticas públicas de enfrentamento desse fenômeno.
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Foi destacado que para participarem do estudo, tendo como critério de inclusão, as
participantes precisavam ser da área da saúde pública. As autoras promoveram
entrevistas individuais com aproximadamente 1h de duração. Os assuntos abordados
foram, tempo de profissão, atuação profissional, percepção e experiências com
mulheres vítimas de violência.

As entrevistadas destacaram os tipos de violência, sendo estas: Física, moral,


patrimonial, psicológica e sexual. Para uma delas, a violência psicológica, como os
insultos, xingamentos e ofensas passam muitas das vezes despercebidos e possuem
valor pequeno por não haver na vítima, marcas físicas.

Diante disto, cabe salientar que ainda há muita falha no sistema perante a situações
como a citada acima. Portanto, para que os profissionais da área de saúde
reconheçam a violência e cuidem das mesmas com efetividade, é necessário um
maior investimento e atenção à capacitação dos profissionais, visto que é fundamental
para a efetivação do diagnóstico, assim como desenvolver um trabalho efetivo. A
capacitação favorece o desenvolvimento de estratégias para o auxílio das mulheres
em situações de violência.

4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Boris, G. D. J. B., Moreira, V., & Venâncio, N. (2011). O estigma da violência sofrida
por mulheres na relação com seus parceiros íntimos. Psicologia & Sociedade, 23(2),
398-406. doi:10.1590/S0102-71822011000200021

Franzoi, N. M., Fonseca, R. M. G. S., & Guedes, R. N. (2011). Violência de gênero:


Concepções de profissionais das equipes de saúde da família. Revista Latino-
Americana de Enfermagem, 19(3), 589-597. doi:10.1590/S0104-
11692011000300019

Saliba, O., Garbin, C. A. S., Garbin, A. J. I., & Dossi, A. P. (2007) Responsabilidade
do profissional de saúde sobre a notificação de casos de violência doméstica. Revista
de Saúde Pública, 41(3), 472-477. doi:10.1590/S0034-89102007000300021

Secretaria de Políticas para as Mulheres. (2010). Norma Técnica de Uniformização


Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. Brasília,
DF: Presidência da República do Brasil. Recuperado de http://www.spm.gov.br/lei-
maria-da-penha/lei-maria-da-penha/norma-tecnica-de-padronizacao-das-deams-.pdf
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SOUZA, Tatiana Machiavelli Carmo; REZENDE, Fernanda Ferreira. Violência contra


mulher: concepções e práticas de profissionais de serviços públicos. Est. Inter.
Psicol., Londrina, v.9, n.2, p.21-38, 2018.

Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S2236-


64072018000200003&lng =pt&nrm=iso>. Acessos em 22 jun. 2023

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