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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC SANTA ISABEL

Curso Técnico em Administração

IGOR MITANI
LUÍS GUSTAVO
RAPHAELY CRISTINY
YASMIN WANDERLEY

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: Desafios e caminhos para a transformação


social.

SANTA ISABEL/SP

2023
IGOR MITANI

LUÍS GUSTAVO

RAPHAELY CRISTINY

YASMIN WANDERLEY

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: Desafios e caminhos para a transformação


social.

Trabalho de Conclusão da Disciplina Estudos


Avançados de Ciências Humanas Sociais
Aplicadas, apresentado ao Curso de
Administração da Etec. de Santa Isabel,
orientado pela professora Vanessa Maria
Castilho Nascimento Saul, como requisito
para obtenção da menção do 3° bimestre do
componente.

Santa Isabel/SP

2023
RESUMO

O projeto acadêmico aborda a temática da violência contra a mulher negra, com


foco nos desafios enfrentados e nos caminhos necessários para promover a
transformação social. A pesquisa busca compreender os aspectos históricos, sociais
e culturais que contribuem para a perpetuação dessa violência, além de analisar os
impactos na vida das mulheres negras. Por meio de entrevistas, levantamento de
dados e revisão bibliográfica, pretende-se identificar estratégias efetivas de
enfrentamento e políticas públicas que possam promover a igualdade de gênero e
raça, garantindo a segurança e o empoderamento das mulheres negras. O projeto
busca, assim, contribuir para a conscientização e a construção de uma sociedade
mais justa e igualitária.

Palavras-chave: Violência, mulher negra, Desafios, impacto, igualdade, sociedade,


empoderamento.
ABSTRACT

The academic project addresses the issue of violence against black women, focusing
on the challenges faced and the paths needed to promote social transformation. The
research seeks to understand the historical, social and cultural aspects that contribute
to the perpetuation of this violence, in addition to analyzing the impacts on the lives of
black women. Through interviews, data collection and literature review, it is intended
to identify effective coping strategies and public policies that can promote gender and
race equality, ensuring the safety and empowerment of black women. The project thus
seeks to contribute to raising awareness and building a more just and egalitarian
society.

Key-words: Violence, black woman, challenges, impact, equallity, society,


empowerment.
Sumário

1. Introdução

2. Violência contra a mulher : Contexto e Desafios


3. Capítulo 2
4. Capítulo 3

5. Considerações Finais
Referências
6

1. Introdução

A violência contra a mulher é um fenômeno social e histórico que requer


atenção e análise aprofundada. Ela representa um problema complexo e
multifacetado, que envolve a interseção de gênero, raça e poder. Nesse contexto, o
presente trabalho busca explorar os desafios enfrentados pela mulher diante dessa
forma específica de violência, bem como os caminhos necessários para promover a
transformação social e alcançar a igualdade de gênero.
Diante desse panorama, o problema central abordado neste trabalho é a
violência direcionada especificamente às mulheres, que se manifesta em diversas
formas, como violência física, psicológica, sexual e simbólica. O objetivo é
compreender os fatores que contribuem para a persistência desse problema e buscar
estratégias efetivas para superá-lo.
A hipótese deste trabalho é que a violência contra a mulher está enraizada em
estruturas sociais e culturais que perpetuam a discriminação racial e de gênero. No
entanto, acredita-se que por meio de políticas públicas adequadas, educação,
conscientização e mobilização social, é possível criar condições para a transformação
e a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.
O objetivo geral da pesquisa é analisar os desafios e caminhos para a
transformação social no contexto da violência contra a mulher. Como objetivos
específicos, pretende-se investigar os aspectos históricos, sociais e culturais que
contribuem para a violência; identificar as consequências dessa violência na vida das
mulheres; analisar estratégias de enfrentamento e políticas públicas existentes; e
propor ações concretas para promover o empoderamento e a segurança das
mulheres.
A relevância deste trabalho reside na necessidade de ampliar o debate sobre a
violência contra a mulher, visando promover a igualdade de gênero e raça. Além disso,
pretende-se contribuir para a conscientização da sociedade e para a formulação de
políticas públicas mais efetivas e inclusivas, que abordem de forma adequada essa
realidade, pois iniciar iniciativas prioritárias para reduzir os índices de violência de
gênero deve incluir a produção de informações, pesquisas e análises que
quantifiquem suas características. Neste contexto, é fundamental abordar aspectos
como o apoio às vítimas, o acesso à justiça, a responsabilização dos agressores e a
implementação de estratégias de prevenção que ataquem as raízes das diversas
manifestações de violência de gênero, como será evidenciado nas informações a
seguir.
Quanto à metodologia, será adotada uma abordagem qualitativa, por meio de
revisão bibliográfica, análise de dados estatísticos e entrevistas com mulheres negras
que vivenciaram situações de violência. Os instrumentos utilizados serão
questionários estruturados e roteiros de entrevistas, garantindo uma coleta de dados
abrangente e uma análise contextualizada.
A estrutura deste trabalho consiste nos seguintes capítulos: introdução, revisão
bibliográfica, análise dos dados coletados, discussão dos resultados, considerações
finais e referências bibliográficas. Cada capítulo tem o objetivo de explorar aspectos
específicos do tema e contribuir para a compreensão global da problemática da
violência contra a mulher.
2. Violência contra a mulher: Contexto e Desafios

A violência contra a mulher é problema que existe a muito tempo. Ela é


resultado de uma cultura patriarcal que está enraizada na nossa sociedade. Pode ser
expressa de diversas formas, como o estupro até a violência psicológica. As
consequências são inigualáveis, terríveis. Em geral, as vítimas sofrem de ansiedade,
depressão e síndrome do pânico, chegando até mesmo ao suicídio.
Já as consequências físicas são variadas, deis de pequenas lesões até
queimaduras, fraturas e paraplegia. Em certos casos, o agressor chega ao extremo,
assassinando a vítima. A violência contra a mulher é uma das principais formas de
violação dos Direitos Humanos hoje no mundo, que acontece em diferentes faixas
etárias, econômicas, étnicas, geográficas etc. Ela restringe a liberdade civil e
econômica, além de política e social para a comunidade.
A violência sobrecarrega o sistema de saúde, visto que mulheres que sofrem
violência tendem a necessitar de maiores cuidados na saúde do que aquelas que não
sofrem e tal fato, mulheres que sofrem com integridade física e psicológica necessitam
ainda mais. Uma pesquisa realizada com o tema na área da saúde, lista as principais
consequências sofrida por mulheres, estão:
"Sentimento de aniquilação, tristeza, desânimo, solidão, estresse, baixa
autoestima, incapacidade, impotência, ódio e inutilidade."

Entre as doenças que são desenvolvidas, estão:


o Obesidade;
o Síndrome do Pânico;
o Gastrite;
o Doenças inflamatórias e imunológicas;
o Mutilações;
o Fraturas e Lesões.

Mudanças comportamentais, como:


o Insegurança no trabalho;
o Dificuldade de relacionamento familiar;
o Dificuldade sexuais e obstétrica;
o Desenvolvimento do hábito de fumar ;
o Maior propensão a acidentes;

Sendo assim, as consequências da violência contra a mulher são


multidimensionais e afetam o âmbito família e até mesmo mercado de trabalho e área
da saúde pública.
2.1. Tipos de violência

A violência contra a mulher não é somente a agressão física como a maioria da


população pensa. A agressão contra mulheres pode se manifestar de diversas
maneiras e intensidades variadas. A violência no ambiente doméstico é aquela que
acontece dentro de casa e pode ser cometida por parentes, membros da família
ampliada ou pessoas próximas, sendo comum que o agressor seja um membro da
família.
De acordo com a Lei Maria da Penha, que é a Lei nº 11.340/06, a violência
contra a mulher pode assumir as seguintes formas: violência física, violência
psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral. A Lei define cada
uma delas da seguinte maneira:

1. Violência física: qualquer comportamento que prejudique a integridade


física ou saúde corporal da mulher.
2. Violência psicológica: qualquer conduta que cause danos emocionais,
diminuição da autoestima, perturbação no desenvolvimento pessoal,
controle das ações, comportamentos, crenças e decisões da mulher por
meio de ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição, insultos, chantagem, ridicularização,
exploração ou limitação de seu direito de ir e vir, ou qualquer outro meio que
prejudique sua saúde psicológica e autonomia.
3. Violência sexual: qualquer conduta que force a mulher a presenciar, manter
ou participar de relações sexuais não desejadas, mediante intimidação,
ameaça, coerção ou uso da força, ou que a induza a comercializar ou usar
sua sexualidade de qualquer maneira, impeça o uso de métodos
contraceptivos, force o casamento, a gravidez, o aborto ou a prostituição,
através de coerção, chantagem, suborno ou manipulação, ou que restrinja
ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
4. Violência patrimonial: qualquer ação que envolva a retenção, subtração,
destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores, direitos ou recursos econômicos da mulher,
incluindo aqueles destinados a atender suas necessidades.
5. Violência moral: qualquer conduta que inclua calúnia, difamação ou injúria.
A violência de gênero ocorre quando qualquer ação ou comportamento
prejudica a imagem do gênero de uma pessoa e pode ocorrer tanto entre pessoas do
mesmo gênero quanto de gêneros diferentes. Isso inclui a violência doméstica e
familiar, onde, na maioria das vezes, as mulheres são as principais vítimas devido à
cultura patriarcal e sexista que exige dos homens a demonstração de força e
brutalidade, enquanto às mulheres é imposta a resignação.
No entanto, a violência doméstica não se limita apenas ao âmbito feminino,
afetando também homens e mulheres que enfrentam abusos e maus-tratos no
ambiente familiar.
2.2. Importância das lutas feministas

Para entender melhor o início do movimento feminista, podemos dividir a


história da luta das mulheres pela igualdade em duas partes. Primeiro, vamos fornecer
um breve contexto sobre como as mulheres eram tratadas no passado e como
buscavam o direito de votar. Por muito tempo, as mulheres eram limitadas a papéis
na sociedade que não lhes davam direitos nem proteção.
O principal papel atribuído às mulheres era cuidar da casa e dos filhos,
enquanto a maioria dos homens se envolvia em guerras ou viagens. Muitas mulheres
enfrentaram acusações injustas e até tortura sem provas concretas. Depois de anos
de submissão e desigualdade, muitas buscaram igualdade e uma vida melhor.
Somente no século XIX, surgiram as primeiras vozes feministas lutando pelo direito
de voto.
Essa luta uniu mulheres de diferentes classes sociais e foi uma jornada longa.
Após muita perseverança, as mulheres dos Estados Unidos conquistaram o direito de
voto em 1920. Após alcançar algumas vitórias, como o direito de voto, o movimento
feminista passou por um período de declínio. As principais demandas das mulheres,
como igualdade no trabalho e acesso à educação, tinham sido atendidas.
No âmbito profissional e salarial, o feminismo trabalhou para eliminar as
disparidades de gênero no emprego. O feminismo busca conscientizar as mulheres
sobre sua realidade e as encoraja a lutar contra injustiças. Portanto, o movimento
feminista trabalha para eliminar as desigualdades entre homens e mulheres,
buscando uma sociedade igualitária para todos.
No entanto, o feminismo também teve um grande impacto no Brasil. Na próxima
seção, abordaremos como a luta das mulheres começou no país e quais foram
suas conquistas. As lutas feministas são de extrema importância para a sociedade,
pois têm sido o motor da transformação em direção a uma igualdade de gênero
genuína. Ao longo da história, o movimento feminista desafiou estereótipos
prejudiciais, confrontou desigualdades sistêmicas e reivindicou os direitos das
mulheres em várias esferas da vida.
Além de garantir direitos fundamentais, como o direito de voto e igualdade no
mercado de trabalho, o feminismo também promoveu mudanças culturais profundas,
destacando a necessidade de respeito, empoderamento e inclusão de todas as vozes
femininas. As lutas feministas continuam a moldar a sociedade, inspirando políticas
mais equitativas e incentivando conversas cruciais sobre justiça de gênero, tornando-
se, assim, uma força vital na busca por um mundo mais justo e igualitário.
2.3. Análise Estatística

Durante o primeiro semestre de 2022, os registros de estupro e estupro de


vulnerável envolvendo vítimas do sexo feminino aumentaram em 12,5% em
comparação com o mesmo período de 2021, totalizando 29.285 vítimas. Isso implica
que, entre janeiro e junho do ano passado, ocorreu um estupro de menina ou mulher
a cada 9 minutos no Brasil. Esse aumento parece indicar um retorno aos números
observados antes da pandemia. Em 2020, especialmente nos primeiros meses de
isolamento social, houve uma significativa queda nas notificações desse crime às
autoridades policiais, como evidenciado no gráfico seguinte:

Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social. Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
Analisando a série histórica dos primeiros semestres, observa-se uma redução
de 15,6% nos registros de estupro e estupro de vulnerável entre 2019 e 2020. Nos
anos subsequentes, ocorreram aumentos de 11,7% entre 2020 e 2021, seguido de
um aumento de 12,5% entre 2021 e 2022. Esses dados fortalecem a hipótese de que
a queda entre 2019 e 2020 pode ser atribuída às condições geradas pela pandemia
de Covid-19. Os registros de estupro e estupro de vulnerável foram particularmente
afetados pela pandemia, uma vez que esses casos exigem exames de corpo de delito
nas vítimas, momento em que são documentadas as lesões resultantes de atos ilegais
ou criminosos.
Durante o auge do isolamento social, a limitação no acesso às delegacias e
outros serviços de denúncia e proteção teve um impacto negativo na capacidade das
vítimas de relatarem os casos. Além disso, o acesso limitado às instituições escolares,
que desempenham um papel fundamental na detecção e notificação de possíveis
riscos enfrentados pelas crianças, que são as principais vítimas da violência sexual
no Brasil, agravou ainda mais a situação.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública:
“Há uma predominância de pessoas negras vítimas de estupro e estupro de
vulnerável: em 2021, elas representaram 52,2% do total de vítimas, sendo que
46,9% eram brancas, 0,5% amarelas e 0,4% indígenas. Em cerca de 79,6% dos
casos, o autor era conhecido da vítima. ”
Diante disso, as mulheres negras foram as que mais morreram durante a
pandemia por COVID-19. Muitas vezes por sua condição financeira ou cor. Como na
pandemia foi utilizado o método de isolamento social para reduzir a propagação do
vírus covid 19, muitas mulheres perderam o emprego por não poderem mais
comparecer ao local, degradando sua renda.
Também na pandemia, por terem que ficar isoladas em casa, os companheiros,
vizinhos e amigos puderam agredir a mulher com maior facilidade, pois sua
comunicação e denuncia estavam comprometidas, sendo por todos os modos de
violência, não apenas por agressão física. Mais de um terço dos estados do país não
divulga a raça das mulheres vítimas de violência. E, mesmo entre os que divulgam,
os dados apresentam falhas, já que, em boa parte, o campo aparece como “não
informada”.
Demais estudos ainda devem ser realizados para aprofundar o fenômeno,
entretanto, levanta-se a hipótese de que as autoridades policiais enquadram menos
os homicídios de mulheres negras enquanto feminicídio. Ou seja, mais mulheres
negras, mesmo sendo mortas pela condição de ser mulher, são incluídas na categoria
de homicídio doloso e não feminicídio, o que parece acontecer menos com as
mulheres brancas.
Nos primeiros seis meses do ano de 2022, foram mais de 29 mil vítimas de
estupro do sexo feminino. Os dados são ainda mais assustadores ao pensarmos na
baixa notificação às autoridades policiais dos crimes sexuais. Segundo o gráfico, o
índice de vítimas tem aumentado desde 2019 até 2022:
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social. Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.

A frequente divulgação de casos relatados pela mídia diariamente nos mantém


conscientes da situação grave que temos enfrentado nos últimos anos. Juntamente
com a pandemia e o retorno à rotina diária, estamos vivenciando uma verdadeira
epidemia de violência de gênero. É importante enfatizar novamente o diagnóstico já
apresentado: estupro não está relacionado a desejos sexuais, mas sim a uma
manifestação de poder. Sejam esses crimes resultando em perdas de vidas ou em
crimes sexuais, é profundamente perturbador que nossa sociedade conviva com
números tão alarmantes de violência, e em alguns casos, pareça normalizá-los.
3. Capítulo 2

3.1. Índices em Santa Isabel


Para o desenvolvimento do nosso projeto e melhor análise do nosso problema,
vimos a necessidade de fazer uma pesquisa quantitativa por meio de formulários, para
melhor compreendermos sobre a presença da violência na vida das mulheres de
Santa Isabel.

De acordo com nossa pesquisa realizada por meio do Google forms, podemos
ver que 60% das pessoas que responderam possuem de 15 a 18 anos, 13,3% tem 19
a 24 anos, e o restante possui mais de 25 anos. Resumindo, a maior parte do
público são estudantes.
Como desejado, a maior parte das pessoas que responderam são mulheres,
sendo 75% do gênero feminino e 25% masculino, assim sendo de grande ajuda para
a nossa pesquisa:

Em relação a etnia/raça 55% das pessoas são brancas, 26,7% são pardas, 10%
são pretas e o restante indígenas e amarelos, com isso podemos afirmar as
informações sobre a violência contra as mulheres, principalmente adolescentes.
No caso de estado civil, 83,3% das pessoas são solteiras, 10% são casadas, e
o restante separados, divorciados ou viúvos, já que a maioria das respostas foram
feitas por jovens de 15 a 24 anos.

Apenas 1 pessoa possui 2 filhos, enquanto 6 tem 1 filho e 48 não possui


nenhum filho, já que a maioria das respostas foram feitas por jovens.
Ao nível de escolaridade, 34 pessoas estão cursando o ensino médio, 9
possuem ensino superior, 2 pessoas possuem pós graduação e 3 tem doutorado.
Considerando que, os entrevistados possuem diferentes experiências de vida em
relação aos estudos e sua visão sobre o sistema de ensino.

Em relação ao trabalho, 65% não trabalham, 13% estão em um trabalho


temporário, e 21,7% possuem carteira assinada. Vendo isso, podemos perceber
que, a maioria das pessoas vivem e dependem economicamente de
seu responsável.
Visto que a maioria não possui um trabalho no momento, o restante das
pessoas recebe, em média, 4 pessoas recebem menos que um salário, provavelmente
são aqueles que possuem um trabalho temporário, 5 recebem 1 salário mínimo, 3
pessoas recebem 2 salários mínimos, e 6 pessoas recebem 3 ou mais salários
mínimos. O salário mínimo atual é de R$1320,00, em 20/09/2023.
Podemos ver que, há uma proporcionalidade em relação ao nível de
escolaridade e ao salário que essa pessoa recebe.

Com a pesquisa do perfil da entrevistada completa, começamos com as


perguntas relacionadas ao nosso projeto.
Para começar, 32 pessoas disseram que não sofreram quaisquer tipo de
violência, 23 falaram que infelizmente já sofreram alguma violência, e 5 pessoas não
possuem total certeza se já sofreram, provavelmente não souberam
identificar qual tipo foi.
.

Dos que sofreram, a maioria sofreu de violência verbal, seja xingamentos,


gritaria excessiva até mesmo estrita ofensiva. Sendo eles 21 pessoas.
Em seguida 10 pessoas sofreram violência física, podendo ser tapas, socos,
chutes, empurrões e puxões. 4 violências sexuais, seja importunação sexual até
mesmo o assédio. E 2 casos de violência patrimonial.

1.nunca sofreu (51,7%): A maioria das pessoas relatou que nunca sofreu
violência. Isso indica que uma parte significativa da amostra não foi exposta a esse
tipo de violência. 2 Apenas uma vez (11,7%): Cerca de 11,7% das pessoas
afirmaram ter experimentado violência apenas uma vez. Isso sugere que, embora
seja uma porcentagem menor, ainda existe um grupo de indivíduos que teve uma
única experiência de violência. 3. Várias vezes (8,3%): Uma parcela menor,
cerca de 8,3%, relatou ter sofrido violência várias vezes. Isso indica que um grupo
limitado de participantes enfrentou repetidas situações de violência. 4.
Algumas vezes (25%): Aproximadamente 25% das pessoas disseram que
sofreram violência algumas vezes. Isso mostra que um quarto da amostra enfrentou
a violência em várias ocasiões, mas não diariamente. 5. Diariamente
(Percentagem não especificada): É mencionado que o restante sofreu
violência diariamente, mas a porcentagem exata não é fornecida. Isso sugere que há
um grupo menor, mas importante, que infelizmente sofre com essa violência todos
os dias.

1.Não Sofri (51,7%): A maioria das pessoas (51,7%) relatou que não sofreu
violência. Isso indica que uma parcela significativa da amostra não experimentou
violência em nenhum dos locais mencionados. 2.Em Casa (13,3%): Cerca de 13,3%
das pessoas afirmaram ter sofrido violência em casa. Isso sugere que um grupo
considerável enfrentou situações de violência dentro de seu ambiente doméstico.
3.No Trabalho (8,3%): Uma parcela menor, aproximadamente 8,3%, relatou ter
sofrido violência no local de trabalho. Isso destaca a importância de considerar a
segurança e o bem-estar no ambiente de trabalho. 4.Na Rua (25%): Um quarto das
pessoas (25%) mencionou ter sofrido violência na rua. Isso indica que um grupo
considerável experimentou violência em espaços públicos ou ao ar livre. 5.Numa
festa (1,7%): Uma porcentagem relativamente baixa, apenas 1,7%, sofreu violência
em festas. Isso sugere que a violência em contextos sociais de entretenimento é
menos comum entre os participantes. 6.Na Escola (15%): Cerca de 15% Sofreram
algum tipo de violência dentro de suas escolas.
1.Não, nunca (80%): A grande maioria das pessoas (80%) relatou que nunca
sofreu violência por parte paternal. Isso indica que a maioria dos participantes não
enfrentou violência de seus pais. 2.Sim, uma vez (5%): Uma pequena porcentagem,
cerca de 5%, afirmou ter sofrido violência por parte paternal uma única vez. Isso
sugere que um grupo menor, mas significativo, teve uma experiência isolada de
violência por parte de um pai. 3.Sim, algumas vezes (11,7%): Cerca de 11,7% das
pessoas relataram ter sofrido violência por parte paternal algumas vezes. Isso indica
que um grupo considerável enfrentou episódios recorrentes de violência por parte de
um pai. 4.Sim, diariamente (Percentagem não especificada): Mencionou-se que o
restante sofreu violência diariamente, mas a porcentagem exata não foi fornecida. Isso
sugere que há um grupo menor, mas preocupante, que enfrenta violência paterna
diariamente.

1.Não, nunca (80%): A grande maioria das pessoas (80%) relatou que nunca
sofreu violência por parte paternal. Isso indica que a maioria dos participantes não
enfrentou violência de seus pais. 2.Sim, uma vez (5%): Uma pequena porcentagem,
cerca de 5%, afirmou ter sofrido violência por parte paternal uma única vez. Isso
sugere que um grupo menor, mas significativo, teve uma experiência isolada de
violência por parte de um pai. 3.Sim, algumas vezes (11,7%): Cerca de 11,7% das
pessoas relataram ter sofrido violência por parte paternal algumas vezes. Isso indica
que um grupo considerável enfrentou episódios recorrentes de violência por parte de
um pai. 4.Sim, diariamente (Percentagem não especificada): Mencionou-se que o
restante sofreu violência diariamente, mas a porcentagem exata não foi fornecida. Isso
sugere que há um grupo menor, mas preocupante, que enfrenta violência paterna
diariamente.
1.Não fui violentada (63,3%): A maioria esmagadora, representando 63,3%,
relatou não ter sido vítima de violência. Isso é um ponto positivo, já que a maioria dos
participantes não enfrentou violência. 2.Um estranho (1,7%): Uma porcentagem muito
pequena, cerca de 1,7%, afirmou ter sido violentada por um estranho. Isso sugere que
situações de violência por parte de estranhos são raras entre os participantes. 3.Um
chefe (3,3%): Cerca de 3,3% das pessoas mencionaram ter sido vítimas de violência

por parte de um chefe. Isso destaca a importância da segurança no local de trabalho.


4.Um colega (11,7%): Um grupo considerável, 11,7%, relatou ter sofrido violência por
parte de um colega. Isso pode indicar desafios nas relações interpessoais no ambiente
de trabalho ou na escola. 5.O pai/mãe (10%): Cerca de 10% das pessoas disseram
que a violência partiu de um dos pais. Essa é uma descoberta importante, pois envolve
relações familiares próximas. 6.O tio (10%): Uma porcentagem igual de 10%
relatou ter sofrido violência por parte do tio. Também é uma descoberta importante
visto que é um parente/familiar.
1.Não, não quero denunciar (43,3%): Uma parcela significativa, representando 43,3%
das pessoas, relatou que não deseja denunciar. Isso pode refletir uma variedade de
razões pessoais ou hesitações em denunciar casos de violência. 2.Não, não pude
denunciar (20%): Cerca de 20% das pessoas afirmaram que não puderam denunciar.
Isso pode sugerir barreiras práticas ou circunstâncias que dificultaram a denúncia.
3.Sim, eu denunciei (10%): Um grupo menor, mas importante, composto por 10%,
afirmou ter denunciado. Isso demonstra a coragem e a determinação de algumas
pessoas em buscar justiça e responsabilização pelos casos de violência que
enfrentaram. 4.Sim, via online/ligação (16,7%): Cerca de 16,7% das pessoas
relataram ter usado canais online ou ligações para fazer suas denúncias. Isso indica
a importância de oferecer opções de denúncia acessíveis e confidenciais. 5.Sim,
pessoalmente (10%): Uma porcentagem igual de 10% mencionou ter denunciado
pessoalmente. Isso pode indicar que algumas pessoas preferem falar pessoalmente
nesse caso, porém continuar denunciando.

1.Não, nenhuma (48,3%): A maioria das pessoas, representando 48,3%, relatou que
não teve dificuldades em falar sobre esse assunto. Isso pode indicar que muitos se
sentem à vontade para discutir o tema. 2.Sim, um pouco (16,7%): Cerca de 16,7%
das pessoas mencionaram ter enfrentado um pouco de dificuldade ao falar sobre esse
assunto. Isso pode sugerir alguma hesitação inicial, mas ainda assim, a maioria
conseguiu abordar o assunto. 3.Sim, bastante (15%): Uma parcela menor, 15%,
relatou ter enfrentado bastante dificuldade para falar sobre o assunto. Isso indica que
um grupo significativo pode ter experimentado barreiras emocionais ou sociais ao
discutir o tema. 4.Nunca falei sobre (20%): Uma porcentagem considerável, 20%,
afirmou nunca ter falado sobre o assunto. Isso sugere que um quinto dos participantes
nunca abordou essa questão, o que pode ter implicações para o compartilhamento de
experiências e apoio mútuo.
4. Capítulo 3

4.1. Missão, visão, valores

Visão:
Um futuro onde todas as mulheres vivam livres de medo, capacitadas a alcançar seu
pleno potencial em sociedades verdadeiramente igualitárias.

Missão:
Trabalhamos incansavelmente para erradicar a violência contra a mulher,
oferecendo apoio abrangente, promovendo a conscientização e capacitando
mulheres a reivindicarem seus direitos e dignidade.

Valores:
1. Coragem: Abraçamos a coragem necessária para enfrentar a violência contra
a mulher, defendendo a justiça e a igualdade, mesmo diante de desafios
significativos.
2. Compaixão: Cultivamos empatia e compaixão, reconhecendo a importância
de oferecer apoio com sensibilidade às mulheres que enfrentam situações
difíceis.
3. Inovação: Buscamos constantemente soluções inovadoras para abordar e
prevenir a violência de gênero, adaptando-nos às necessidades evolutivas da
sociedade.
4. Transparência: Comprometemo-nos com a transparência em todas as nossas
ações, mantendo a confiança daqueles que apoiam nossa missão e
beneficiam-se de nossos serviços.
5. Resiliência: Demonstramos resiliência frente aos desafios, persistindo na
busca por um mundo livre de violência contra a mulher, mesmo diante de
obstáculos persistentes.

4.2. Análise SWOT


Forças:
1. Relevância do Tópico; escolher abordar a violência contra as mulheres é
uma força devido ao seu impacto na sociedade.
2. Abordagem de Pesquisa Qualitativa; A metodologia qualitativa empregada,
incluindo entrevistas e análise de dados estatísticos, permite compreender a
questão.
3. Foco na Violência contra Mulheres Negras; Destacar a violência contra
mulheres mostra a interseccionalidade do problema, proporcionando uma
perspectiva abrangente.

Fraquezas:
1. Tamanho da Amostra Limitado; Embora a pesquisa quantitativa seja
mencionada, parece que o tamanho da amostra é limitado, especialmente
considerando a variedade de experiências na sociedade.
2. Dados Desatualizados; Não há indicação de dados atualizados, com as
informações mais recentes datando do primeiro semestre de 2022. A violência
é um problema em evolução. Incorporar dados mais recentes poderia fortalecer
a pesquisa.

Oportunidades:
1.Contribuição para Conscientização; este trabalho oferece uma oportunidade
de contribuir para aumentar a conscientização sobre a violência contra as
mulheres e promover a igualdade de gênero.
2.Sugestões para Medidas Práticas; O objetivo deste estudo é apresentar
medidas que possam contribuir para o empoderamento e segurança das
mulheres, com potencial para moldar políticas.

Desafios:
1. Natureza Sensível do Tópico; lidar com um tópico tão sensível requer
cuidado para evitar qualquer trauma potencial ou interpretações equivocadas.
2. Limitações na Notificação; os resultados destacam várias pessoas que são
relutantes ou incapazes de relatar casos de violência, apontando as
dificuldades em obter informações precisas.
Resiliência: Demonstramos resiliência frente aos desafios, persistindo na
busca por um mundo livre de violência contra a mulher, mesmo diante de
obstáculos persistentes.
6. Considerações Finais

Diante da complexidade e urgência do tema abordado em nosso projeto de


projeto, que se debruçou sobre a violência contra a mulher, é evidente a
necessidade de uma abordagem integrada e multidisciplinar para enfrentar esse
problema social. A pesquisa exaustiva, o diálogo com especialistas e a produção do
podcast destacam a importância de unir conhecimento técnico à sensibilidade
humana. Ao longo das últimas décadas, observamos avanços significativos na
conscientização da sociedade brasileira em relação à violência doméstica,
transformando-a de um problema privado em uma questão pública. A Lei Maria da
Penha representa uma conquista, mas há um caminho a percorrer na
implementação efetiva de políticas públicas e programas sociais de combate e
prevenção.

Destacamos a relevância da formação de profissionais nas universidades,


visando não apenas a capacitação técnica, mas também uma visão humanizada
para lidar com situações de violência. A colaboração entre psicólogos, órgãos de
assistência jurídica, polícia e demais serviços do Estado é crucial para oferecer um
suporte efetivo às mulheres vítimas de violência doméstica. Em suma, nosso projeto
reforça a convicção na importância de iniciativas que promovam uma sociedade
mais justa e igualitária, onde a violência contra a mulher seja enfrentada com
determinação, sensibilidade e ação coordenada entre diversos setores. Que este
trabalho contribua para a construção de um futuro em que a violência de gênero seja
erradicada, e a igualdade e o respeito prevaleçam em nossa sociedade.
Referências

JORGE, Marina Soler. Narcocultura visual e feminismo liberal: um estudo de


caso. Estud. hist. (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 34, n. 72, p. 148-168,
abr. 2021. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
21862021000100148&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 25 mar. 2021.

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea


de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.

https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/07/10-anuario-2022-
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crescem-em-2021.pdf
Acesso em 19/06/2023.
https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/09/16/mulheres-negras-sao-
as-principais-vitimas-de-homicidios-ja-as-brancas-compoem-quase-metade-dos-
casos-de-lesao-corporal-e-estupro.ghtml
Acesso em 19/06/2023.
https://www.camara.leg.br/noticias/832964-mulheres-negras-sao-maioria-das-
vitimas-de-feminicidio-e-as-que-mais-sofrem-com-desigualdade-social/
Acesso dia 19/06/2023.
https://www.institutomariellefranco.org/
Acesso dia 29/06/2023

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