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Violência
Contra a
Mulher
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM NÚMEROS
MEDIDA PROTETIVA CÍVEL
- maioria das mulheres vítimas de feminicídio não pediram ajuda em momento algum.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM NÚMEROS
MEDIDA PROTETIVA CÍVEL
DADOS FBSP
DADOS FBSP
DADOS FBSP
Na medida em que avançamos em
ações e intenções que promovam a
igualdade de gênero em diferentes
espaços, as violências contra as
mulheres aumentam. Seria uma reação
ao fato de tentarmos romper com os
papéis sociais que nos foram histórica
e culturalmente atribuídos. É comum
que mulheres que passam a trabalhar
fora, depois de anos se dedicando ao
trabalho doméstico, comecem a sofrer
violência por parte de seus maridos ou
companheiros. Ou que o nível de
violência seja mais elevado em
relações em que a mulher possui maior
renda ou grau de escolaridade. Nessas
situações a violência é utilizada como
forma de restabelecer a superioridade
masculina sobre as mulheres e, de
certa forma, devolvê-las a um lugar do
qual não deveriam ter saído (Portella,
2020).
MACHISMO, ASSIM COMO RACISMO, É
ESTRUTURAL - um fenômeno ideológico que se
manifesta de distintas formas e que preconiza a
hierarquização dos grupos, atribuindo a alguns deles
valores e significados sociais negativos que servem de
justificativa para seu tratamento desigual - define de
lugares sociais para mulheres e para a população negra
que não passam pelos espaços de poder e cidadania
plena.”(Silvio Almeida)
Raça, classe e gênero se entrecruzam formando
diferentes formas de opressão – interseccionalidade
MACHISMO: MÚSICAS, NOVELAS, FILMES
MEDIDA
MEDIDAPROTETIVA
PROTETIVACÍVEL
CÍVEL
MACHISMO: MÚSICAS, NOVELAS, FILMES
MEDIDA
MEDIDAPROTETIVA
PROTETIVACÍVEL
CÍVEL
MACHISMO: OBJETIFICAÇÃO DA MULHER
MEDIDA
MEDIDAPROTETIVA
PROTETIVACÍVEL
CÍVEL
Multitarefas – Guerreiras - Incansáveis
MASCULINIDADES
Toda característica feminina é menosprezada, o homem é visto como menos macho, precisando inclusive adotar
comportamentos violentos.
Menino com atitudes femininas é visto de maneira negativa(cuidado, demonstração de fragilidades)
Proibições – não pode falar assim ,sentar, agir
Componente perigoso: Sexualidade é estimulada – aliada à concepção de posse, propriedade e objetificação do
corpo da mulher – estupros domésticos – dentro do convívio conjugal(débito conjugal) e estupros de vulneráveis.
ESTEREOTIPOS DE MASCULINIDADES
HOMENS desde cedo são castrados dos afetos pela educação machista
Para os homens, a idéia de cuidado é ligada à proteção, para as mulheres tem outra conotação, ligada à ideia de
cuidado com as pessoas, com os afazeres domésticos – com isso se negligencia inclusive o cuidado de si
1 em cada 5 homens morrem antes dos 50 anos(doenças cardíacas, violência interpessoal, acidentes de trânsito)
Expectativa de vida é de 5,8 anos a menos que as mulheres
os papéis, normas e práticas de gênero socialmente impostas aos homens reforçam a falta de autocuidado e a
negligência de sua própria saúde física e mental
ESTEREOTIPOS DE MASCULINIDADES
A pressão para ser 'forte' pode levar a problemas de ansiedade e depressão nos homens.“
Nós não aprendemos em nossas escolas a lidar com ansiedade, depressão, tristeza, a nossa cultura nos
ensina assim
De cada 10 suicídios, 8 são homens
Músicas, novelas, filmes – A idéia de amor, relacionamento, vem desses padrões
Homens irão performar padrões esperados a fim de ser visto e aceito como homem - força,
competitividade, virilidade
HOMEM PROVEDOR
Levantamento da consultoria IDados, realizado com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), revela que o número de mulheres que são responsáveis financeiramente pelos domicílios vem crescendo a
cada ano e já chega a 34,4 milhões. Isso significa que quase a metade das casas brasileiras são chefiadas por
mulheres ; situação bem diferente da que era vista alguns anos atrás.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de domicílios brasileiros comandados por
mulheres saltou de 25%, em 1995, para 45% em 2018, devido, principalmente, ao crescimento da participação
feminina no mercado de trabalho.
Só entre 2014 e 2019, quase 10 milhões de mulheres assumiram o posto de gestora da casa, enquanto 2,8 milhões
de homens perderam essa posição no mesmo período.
MASCULINIDADES - PESQUISA
Relatório “Masculinidades e saúde na região das Américas” da OPAS(Organização Pan-Americana da Saúde) destaca
que as expectativas sociais em relação aos homens — de serem provedores de suas famílias; terem condutas de
risco; serem sexualmente dominantes; e evitarem discutir suas emoções ou procurar ajuda — estão contribuindo para
maiores taxas de suicídio, homicídio, vícios e acidentes de trânsito, bem como para o surgimento de doenças
crônicas não transmissíveis.
- Esse conceito de masculinidade gera falta de responsabilidade compartilhada em casa; gravidez imposta e
paternidade ausente e leva ao risco mulheres e crianças na forma de violência.
MASCULINIDADES POSSÍVEIS
- É um termo que surgiu nos estudos feministas e que se refere à interação entre diferentes formas de opressão,
como gênero, raça, classe social, orientação sexual, entre outras. Ou seja, uma mulher pode sofrer violência por
ser mulher, mas também pode sofrer violência por ser negra, pobre, lésbica, entre outras características que se
somam e a tornam mais vulnerável.
Por que é importante entender isso? Porque muitas vezes a violência sofrida por uma mulher não é apenas por ser
mulher, mas também por outras questões que a tornam mais vulnerável. Por exemplo, uma mulher negra pode
sofrer racismo e machismo ao mesmo tempo, o que torna a violência ainda mais grave e complexa.
INTERSECCIONALIDADE
Por exemplo, se uma mulher negra relata uma violência sofrida, é importante que o policial não minimize a questão
racial, dizendo que "isso não importa agora" ou "não tem nada a ver com o caso". É preciso entender que a questão
racial pode ter influenciado a violência e que a mulher pode estar enfrentando múltiplas formas de opressão.
INTERSECCIONALIDADE
- A interseccionalidade também pode ajudar a identificar mulheres que estão em situação de maior vulnerabilidade.
Por exemplo, uma mulher trans pode enfrentar mais dificuldades para acessar serviços de apoio e proteção, e pode
estar em maior risco de sofrer violência. Ao entender a interseccionalidade, os policiais podem oferecer um
atendimento mais efetivo e garantir que todas as mulheres recebam a proteção e o apoio necessários.
RELACIONAMENTOS:
garantia o respeito, o não julgamento de suas atitudes, a confidencialidade das informações e sua não exposição, de
forma a evitar sua revitimização.
independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, renda, cultura e nível educacional,
idade e religião.
• Sempre que for possível, deverá ser atendida, por policial feminina e de forma reservada, evitando-se a presença de
pessoas estranhas;
• Informação sobre a existência de rede de atendimento à mulher no município de sua residência e, conforme as
peculiaridades de cada caso, deverá ser feito seu encaminhamento para atendimento pelos órgãos que a compõe.
• Violência doméstica e familiar - será informada sobre os direitos a ela conferidos pela lei nº11.340/2006 e os serviços
disponíveis, inclusive sobre as medidas protetivas de urgência e seus efeitos.
REGISTRO DE OCORRÊNCIA
• Crimes de ação penal privada - a vítima ou seu representante legal deve ser informado da
necessidade de apresentação de queixa-crime, formulada por advogado ou defensor
público constituído, no prazo decadencial de seis meses, contados a partir do dia em que
vier a saber quem é o autor do crime.
• Crimes de ação penal pública incondicionada – independem da vontade da vítima em
solicitar providência;
• Crimes de ação penal pública condicionada a representação – dependem da vontade da
vítima em manifestar interesse sobre providências a serem adotadas.
ATENDIMENTO VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL
• Encaminhar a vítima ao IML, onde houver, ou a uma das unidades de saúde locais, a fim
de se submeter a exame de corpo de delito e/ou sexológico;
• Encaminhar a vítima para a confecção de retrato falado no ICRIM, nos casos de autoria
desconhecida, se possível;
• Providenciar a coleta de provas que subsidiem a investigação, como roupas usadas pela
vítima no momento do crime, ou objetos que tenham relação com a prática deste, a fim
de serem encaminhados para exames periciais;
• Encaminhar a vítima, via ofício, para uma das Unidades de referência na saúde, para
profilaxias destinadas a mulheres em situação de violência sexual, como exames
preventivos, contracepção de emergência, profilaxia para HIV, DST’s, e para atendimento
psicossocial, onde houver.
ATENDIMENTO VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL
• Nas situações em que a vítima relatar que houve estupro, em razão de estar
impossibilitada de oferecer resistência ou de consentir (como no caso de estar
entorpecida por drogas lícitas ou ilícitas), providenciar seu encaminhamento, com a
maior brevidade possível, para coleta de material e/ou realização de exame toxicológico,
a fim de verificar se há presença de substância psicotrópica ou alcoólica, ou outro
vestígio, para que seja possível avaliar a possibilidade de prática de estupro de vulnerável.
•
• No caso de vítimas menores de idade, expedir a guia para atendimento psicossocial, pelo
CREAS e conselho tutelar;
LEI MARIA DA PENHA
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas,
com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
LEI MARIA DA PENHA
VIOLÊNCIA FÍSICA- tapas, socos, chutes ou qualquer outra forma de agressão física;
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA- xingamentos, ofensas, humilhações ou outros comportamentos
que visam ;
3. vítimas que estejam fora de seu Estado ou município - que deverão ser
encaminhados posteriormente para a delegacia e/ou comarca competente para
apreciação do feito, via PJe ou outro meio adequado.
LEI MARIA DA PENHA – MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
É crime(Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas
nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.)
Pode ensejar a prisão em flagrante delito ou a representação pela prisão
preventiva.
divulga.
INJÚRIAS- Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
INTERNET
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-
lhe mal injusto e grave:
Perseguição
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica,
restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou
privacidade.
LESÕES CORPORAIS
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou
com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas,
de coabitação ou de hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art.
121 deste Código:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos).
Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno
desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro
meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui
crime mais grave.
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o
objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais
grave.
Assédio sexual
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena
de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos
participantes:
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo,
áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato
sexual ou libidinoso de caráter íntimo.
Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de
pornografia
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou
divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou
telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de
vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo,
nudez ou pornografia:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Aumento de pena
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que
mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou
humilhação.
MEDIDA
MEDIDA
CANAISPROTETIVA
PROTETIVA
DE DENÚNCIA
CÍVEL
CÍVEL
ATENDIMENTO
CANAIS DE DENÚNCIA
MEDIDA PROTETIVA CÍVEL
CANAIS DE DENÚNCIA
Ter misericórdia é sentir com o outro, é compreender a miséria alheia
como nossa. É vestir a pele do que sofre, experimentar com ele o
sofrimento que o atormenta. Estamos falando de uma capacidade
altamente elevada do ponto de vista espiritual, que só podemos
alcançar mediante um profundo envolvimento com Deus.
Agradece:
Kazumi Tanaka
Delegada de Polícia Civil
@kazumi_tanaka1