Você está na página 1de 66

Enfrentamento à

Violência
Contra a
Mulher
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM NÚMEROS
MEDIDA PROTETIVA CÍVEL

1 registro a cada 2 min de Violência Doméstica


180 ESTUPROS POR DIA – DESSES, 53;8% TINHAM
MENOS DE 13 ANOS DE IDADE
- Nos últimos dois anos, 2.695 mulheres foram mortas pela condição de serem mulheres
(1.354 em 2020 e 1.341 em 2021).

- 37,5% das vítimas de feminicídio são brancas e 62% são negras.

- MA – 51 feminicídios em 2019, 65 em 2020, 2021 – 57, 2022 – 69

- maioria das mulheres vítimas de feminicídio não pediram ajuda em momento algum.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM NÚMEROS
MEDIDA PROTETIVA CÍVEL
DADOS FBSP
DADOS FBSP
DADOS FBSP
Na medida em que avançamos em
ações e intenções que promovam a
igualdade de gênero em diferentes
espaços, as violências contra as
mulheres aumentam. Seria uma reação
ao fato de tentarmos romper com os
papéis sociais que nos foram histórica
e culturalmente atribuídos. É comum
que mulheres que passam a trabalhar
fora, depois de anos se dedicando ao
trabalho doméstico, comecem a sofrer
violência por parte de seus maridos ou
companheiros. Ou que o nível de
violência seja mais elevado em
relações em que a mulher possui maior
renda ou grau de escolaridade. Nessas
situações a violência é utilizada como
forma de restabelecer a superioridade
masculina sobre as mulheres e, de
certa forma, devolvê-las a um lugar do
qual não deveriam ter saído (Portella,
2020).
MACHISMO, ASSIM COMO RACISMO, É
ESTRUTURAL - um fenômeno ideológico que se
manifesta de distintas formas e que preconiza a
hierarquização dos grupos, atribuindo a alguns deles
valores e significados sociais negativos que servem de
justificativa para seu tratamento desigual - define de
lugares sociais para mulheres e para a população negra
que não passam pelos espaços de poder e cidadania
plena.”(Silvio Almeida)
Raça, classe e gênero se entrecruzam formando
diferentes formas de opressão – interseccionalidade
MACHISMO: MÚSICAS, NOVELAS, FILMES
MEDIDA
MEDIDAPROTETIVA
PROTETIVACÍVEL
CÍVEL
MACHISMO: MÚSICAS, NOVELAS, FILMES
MEDIDA
MEDIDAPROTETIVA
PROTETIVACÍVEL
CÍVEL
MACHISMO: OBJETIFICAÇÃO DA MULHER
MEDIDA
MEDIDAPROTETIVA
PROTETIVACÍVEL
CÍVEL
Multitarefas – Guerreiras - Incansáveis
MASCULINIDADES

Toda característica feminina é menosprezada, o homem é visto como menos macho, precisando inclusive adotar
comportamentos violentos.
Menino com atitudes femininas é visto de maneira negativa(cuidado, demonstração de fragilidades)
Proibições – não pode falar assim ,sentar, agir
Componente perigoso: Sexualidade é estimulada – aliada à concepção de posse, propriedade e objetificação do
corpo da mulher – estupros domésticos – dentro do convívio conjugal(débito conjugal) e estupros de vulneráveis.
ESTEREOTIPOS DE MASCULINIDADES

HOMENS desde cedo são castrados dos afetos pela educação machista
Para os homens, a idéia de cuidado é ligada à proteção, para as mulheres tem outra conotação, ligada à ideia de
cuidado com as pessoas, com os afazeres domésticos – com isso se negligencia inclusive o cuidado de si
1 em cada 5 homens morrem antes dos 50 anos(doenças cardíacas, violência interpessoal, acidentes de trânsito)
Expectativa de vida é de 5,8 anos a menos que as mulheres
os papéis, normas e práticas de gênero socialmente impostas aos homens reforçam a falta de autocuidado e a
negligência de sua própria saúde física e mental
ESTEREOTIPOS DE MASCULINIDADES

Câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil. Pesquisa do


Datafolha encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia revela que 21% da população masculina acima de 40
anos não faz o exame de toque retal, essencial no diagnóstico do câncer, por não considerar “coisa de homem”; 48%
assumem que, em geral, não realizam o exame por machismo.
A maioria dos usuários dos serviços de saúde no Brasil são mulheres. Os únicos serviços em que os homens são
maioria são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), voltados à saúde mental e ao abuso de álcool e outras drogas.
Como o homem não fala, ele recorre a essas substâncias para amortecer a angústia”
Nossos modelos de masculinidade são pouco dispostos a demonstrar inseguranças. “Os homens que outros homens
admiram, muito do que eles ensinam é dominação, agressão”
ESTEREOTIPOS DE MASCULINIDADES
ESTEREOTIPOS DE MASCULINIDADES

A pressão para ser 'forte' pode levar a problemas de ansiedade e depressão nos homens.“
Nós não aprendemos em nossas escolas a lidar com ansiedade, depressão, tristeza, a nossa cultura nos
ensina assim
De cada 10 suicídios, 8 são homens
Músicas, novelas, filmes – A idéia de amor, relacionamento, vem desses padrões
Homens irão performar padrões esperados a fim de ser visto e aceito como homem - força,
competitividade, virilidade
HOMEM PROVEDOR

Levantamento da consultoria IDados, realizado com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), revela que o número de mulheres que são responsáveis financeiramente pelos domicílios vem crescendo a
cada ano e já chega a 34,4 milhões. Isso significa que quase a metade das casas brasileiras são chefiadas por
mulheres ; situação bem diferente da que era vista alguns anos atrás.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de domicílios brasileiros comandados por
mulheres saltou de 25%, em 1995, para 45% em 2018, devido, principalmente, ao crescimento da participação
feminina no mercado de trabalho.
Só entre 2014 e 2019, quase 10 milhões de mulheres assumiram o posto de gestora da casa, enquanto 2,8 milhões
de homens perderam essa posição no mesmo período.
MASCULINIDADES - PESQUISA

Relatório “Masculinidades e saúde na região das Américas” da OPAS(Organização Pan-Americana da Saúde) destaca
que as expectativas sociais em relação aos homens — de serem provedores de suas famílias; terem condutas de
risco; serem sexualmente dominantes; e evitarem discutir suas emoções ou procurar ajuda — estão contribuindo para
maiores taxas de suicídio, homicídio, vícios e acidentes de trânsito, bem como para o surgimento de doenças
crônicas não transmissíveis.
- Esse conceito de masculinidade gera falta de responsabilidade compartilhada em casa; gravidez imposta e
paternidade ausente e leva ao risco mulheres e crianças na forma de violência.
MASCULINIDADES POSSÍVEIS

- Cultura tenta impor um padrão de comportamento aceitável ou não a partir do sexo


biológico
Machismo afeta também aos homens, uma vez que são tolhidos em vivenciar sua
humanidade em plenitude
Necessário realizar trabalho com a saúde mental dos homens que estão nesse contexto violento
Necessário outro modelo de educação, que venha desnaturalizar esses estereótipos projetados sobre nós
INTERSECCIONALIDADE

- É um termo que surgiu nos estudos feministas e que se refere à interação entre diferentes formas de opressão,
como gênero, raça, classe social, orientação sexual, entre outras. Ou seja, uma mulher pode sofrer violência por
ser mulher, mas também pode sofrer violência por ser negra, pobre, lésbica, entre outras características que se
somam e a tornam mais vulnerável.

Por que é importante entender isso? Porque muitas vezes a violência sofrida por uma mulher não é apenas por ser
mulher, mas também por outras questões que a tornam mais vulnerável. Por exemplo, uma mulher negra pode
sofrer racismo e machismo ao mesmo tempo, o que torna a violência ainda mais grave e complexa.
INTERSECCIONALIDADE

- Ao entender a interseccionalidade, os policiais podem oferecer um atendimento mais adequado e sensível às


mulheres em situação de violência. É preciso compreender que cada mulher é única e que sua experiência de
violência pode ser influenciada por diferentes fatores.

Por exemplo, se uma mulher negra relata uma violência sofrida, é importante que o policial não minimize a questão
racial, dizendo que "isso não importa agora" ou "não tem nada a ver com o caso". É preciso entender que a questão
racial pode ter influenciado a violência e que a mulher pode estar enfrentando múltiplas formas de opressão.
INTERSECCIONALIDADE

- A interseccionalidade também pode ajudar a identificar mulheres que estão em situação de maior vulnerabilidade.
Por exemplo, uma mulher trans pode enfrentar mais dificuldades para acessar serviços de apoio e proteção, e pode
estar em maior risco de sofrer violência. Ao entender a interseccionalidade, os policiais podem oferecer um
atendimento mais efetivo e garantir que todas as mulheres recebam a proteção e o apoio necessários.

- A interseccionalidade é um tema fundamental para entendermos a complexidade da violência contra as mulheres.


Ao levar em conta as diferentes formas de opressão que as mulheres enfrentam, podemos oferecer um atendimento
mais sensível, efetivo e justo.
RELACIONAMENTOS

RELACIONAMENTOS:

São fundamentais para nosso desenvolvimento, ninguém é uma ilha.


Relações pressupõem interações com pessoas, com histórias de vida diferentes.
Relações amorosas: são acordos de vontade, por liberdade de cada um
Relações abusivas/tóxicas: posse e domínio do outro
Começa de maneira lenta e sutil: comentários supostamente inofensivos,
brincadeiras que menosprezam a pessoa, jogo emocional que faz o outro aceitar
tais comportamentos.
RELAÇÕES ABUSIVAS/TÓXICAS

- Podem ocorrer em relações de trabalho, familiar, de amizade, amorosas.


- Geram sentimentos negativos, capazes de gerar medo constante, arruínam a
alegria, o bem estar e a autoestima.
- Geram dependência emocional, ansiedade, isolamento, pânico, depressão e
até ideais suicidas.
RELAÇÕES ABUSIVAS/TÓXICAS - VÍTIMA

- Vítima abre mão de relacionamentos e vontades para não desagradar o


abusador.
- Perde a autonomia - a referência do que adequado passa a ser dada pelo
abusador
RELAÇÕES ABUSIVAS/TÓXICAS - ABUSADOR

- Comportamento ambíguo – uma hora fere, constrange, outra hora agrada


- Manipula a vítima com chantagens, a ponto de que ela se sinta culpada pelos
abusos;
- Controla as decisões do outro sem respeitar sua liberdade;
- Se descontrola quando é contrariado;
- Monitora as relações e comunicações do outro;
- Invalida os sentimentos do outro, especialmente quando são dirigidas críticas
ao abusador(bobagem, drama, exagero).
RELAÇÕES ABUSIVAS/TÓXICAS - ABUSADOR

- Grande parte dos abusadores não se enxerga assim – não exercem a


autocrítica
- Acreditam que fazem tudo por um motivo justo
RAZÕES QUE LEVAM UMA MULHER A PERMANECER NA
RELAÇÃO VIOLENTA

- Falta de condições econômicas para viver sem o companheiro/falta de apoio da


família;
- Preocupação com a criação dos filhos;
- Medo de ser morta caso rompa a relação;
- Falta de auto-estima;
- Vergonha de admitir que é agredida / apanha;
- Vergonha de se separar, acha que tem a obrigação de manter o casamento;
- Medo de ficar só;
- Dependência afetiva/esperança de mudança do parceiro;
- Dificuldade de se reconhecerem como vítimas;
- Sentimento de culpa;
- Medo de que ninguém acredite nela;
- Não conseguem romper o ciclo da violência;
- Tornar público o abuso;
- Não conhece seus direitos;
Falta de apoio das pessoas próximas
ATENDIMENTO INICIAL

 garantia o respeito, o não julgamento de suas atitudes, a confidencialidade das informações e sua não exposição, de
forma a evitar sua revitimização.
 independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, renda, cultura e nível educacional,
idade e religião.
• Sempre que for possível, deverá ser atendida, por policial feminina e de forma reservada, evitando-se a presença de
pessoas estranhas;
• Informação sobre a existência de rede de atendimento à mulher no município de sua residência e, conforme as
peculiaridades de cada caso, deverá ser feito seu encaminhamento para atendimento pelos órgãos que a compõe.
• Violência doméstica e familiar - será informada sobre os direitos a ela conferidos pela lei nº11.340/2006 e os serviços
disponíveis, inclusive sobre as medidas protetivas de urgência e seus efeitos.
REGISTRO DE OCORRÊNCIA

• Crimes de ação penal privada - a vítima ou seu representante legal deve ser informado da
necessidade de apresentação de queixa-crime, formulada por advogado ou defensor
público constituído, no prazo decadencial de seis meses, contados a partir do dia em que
vier a saber quem é o autor do crime.
• Crimes de ação penal pública incondicionada – independem da vontade da vítima em
solicitar providência;
• Crimes de ação penal pública condicionada a representação – dependem da vontade da
vítima em manifestar interesse sobre providências a serem adotadas.
ATENDIMENTO VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL

• Encaminhar a vítima ao IML, onde houver, ou a uma das unidades de saúde locais, a fim
de se submeter a exame de corpo de delito e/ou sexológico;
• Encaminhar a vítima para a confecção de retrato falado no ICRIM, nos casos de autoria
desconhecida, se possível;
• Providenciar a coleta de provas que subsidiem a investigação, como roupas usadas pela
vítima no momento do crime, ou objetos que tenham relação com a prática deste, a fim
de serem encaminhados para exames periciais;
• Encaminhar a vítima, via ofício, para uma das Unidades de referência na saúde, para
profilaxias destinadas a mulheres em situação de violência sexual, como exames
preventivos, contracepção de emergência, profilaxia para HIV, DST’s, e para atendimento
psicossocial, onde houver.
ATENDIMENTO VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL

• Nas situações em que a vítima relatar que houve estupro, em razão de estar
impossibilitada de oferecer resistência ou de consentir (como no caso de estar
entorpecida por drogas lícitas ou ilícitas), providenciar seu encaminhamento, com a
maior brevidade possível, para coleta de material e/ou realização de exame toxicológico,
a fim de verificar se há presença de substância psicotrópica ou alcoólica, ou outro
vestígio, para que seja possível avaliar a possibilidade de prática de estupro de vulnerável.


• No caso de vítimas menores de idade, expedir a guia para atendimento psicossocial, pelo
CREAS e conselho tutelar;
LEI MARIA DA PENHA

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas,
com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
LEI MARIA DA PENHA
 VIOLÊNCIA FÍSICA- tapas, socos, chutes ou qualquer outra forma de agressão física;

 VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA- xingamentos, ofensas, humilhações ou outros comportamentos
que visam ;

 VIOLÊNCIA SEXUAL- entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a


manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

 VIOLÊNCIA PATRIMONIAL - qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição


parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores
e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
 VIOLÊNCIA MORAL - entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria.
 OUTRAS FORMAS
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

1. poderão ser requeridas pela ofendida ou pelo Ministério Público, em situações


de violência doméstica e familiar vivenciadas, conforme art. 19 da Lei n.º
11.340/06.

2. poderão ser requeridas, por opção da ofendida, no lugar de seu domicílio ou de


sua residência, do fato em que se baseou a demanda ou no domicílio do
agressor, conforme disposto no art.15 e incisos, da lei nº11.340/2006

3. vítimas que estejam fora de seu Estado ou município - que deverão ser
encaminhados posteriormente para a delegacia e/ou comarca competente para
apreciação do feito, via PJe ou outro meio adequado.
LEI MARIA DA PENHA – MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

 I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao


órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
 II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
 III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
 a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite
mínimo de distância entre estes e o agressor;
 b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de
comunicação;
LEI MARIA DA PENHA – MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

 c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e


psicológica da ofendida;
 IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe
de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
 V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
 VI- determinar a separação de corpos
FORMULÁRIO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DE RISCO

2. Formulário Nacional de Avaliação de Risco(on-line)


Avaliar o maior grau de risco e vulnerabilidade da vítima
- Já ameaçou você ou algum familiar com a finalidade de atingi-la?
arma de fogo/ faca/outros.
- O(A) agressor(a) já descumpriu medida protetiva anteriormente?
- O(A) agressor(a) faz uso abusivo de álcool ou de drogas ou medicamentos?
- O(A) agressor(a) já tentou suicídio ou falou em suicidar-se?
- O(A) agressor(a) está com dificuldades financeiras, está desempregado ou
tem dificuldade de se manter no emprego?
DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

É crime(Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas
nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.)
Pode ensejar a prisão em flagrante delito ou a representação pela prisão
preventiva.

- a decisão concessiva da medida protetiva e sua vigência;


II – a data em que foi citado o requerido;
III – se há pedido de desistência protocolizado pela vítima e homologado
pelo juízo competente.
FEMINICÍDIO

 O porquê da Nomeação – fundamental para identificar o problema, conhecer as


características dessa prática e assim, definir estratégias de enfrentamento;
DELITOS MAIS
FREQUENTEMENTE PRATICADOS
CONTRA A MULHER:

 CALÚNIAS- Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido


como crime:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

 § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou

divulga.
 INJÚRIAS- Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:

INTERNET
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a religião ou à condição de pessoa idosa


ou com deficiência:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
DELITOS MAIS
FREQUENTEMENTE PRATICADOS
CONTRA A MULHER:

 DIFAMAÇÕES - Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua


reputação:
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.;
DELITOS PRATICADOS CONTRA A MULHER
MAIS FREQUENTES
Ameaça

Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-
lhe mal injusto e grave:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.


Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.

Perseguição

Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica,
restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou
privacidade.

Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.


§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:
I – contra criança, adolescente ou idoso;
II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código;
III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
§ 3º Somente se procede mediante representação.
DELITOS PRATICADOS CONTRA A MULHER
MAIS FREQUENTES

 LESÕES CORPORAIS
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
 Pena - detenção, de três meses a um ano.
 § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou
com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas,
de coabitação ou de hospitalidade:
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.

§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art.
121 deste Código:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos).

 CRIME DE DANO- Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:


 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.;(PERÍCIA)
Violência psicológica contra a mulher

Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno
desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro
meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:

Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui
crime mais grave.

Seqüestro e cárcere privado

Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:

Pena - reclusão, de um a três anos.


§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou
maior de 60 (sessenta) anos;
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18


(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.


§ 2o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Estupro de vulnerável

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso


com menor de 14 (catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas


no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Importunação sexual

Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o
objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais
grave.

Assédio sexual

Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou


favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função.

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18


(dezoito) anos.
Registro não autorizado da intimidade sexual

Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena
de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos
participantes:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.

Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo,
áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato
sexual ou libidinoso de caráter íntimo.
Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de
pornografia

Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou
divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou
telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de
vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo,
nudez ou pornografia:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.

Aumento de pena
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que
mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou
humilhação.
MEDIDA
MEDIDA
CANAISPROTETIVA
PROTETIVA
DE DENÚNCIA
CÍVEL
CÍVEL
ATENDIMENTO
CANAIS DE DENÚNCIA
MEDIDA PROTETIVA CÍVEL
CANAIS DE DENÚNCIA
Ter misericórdia é sentir com o outro, é compreender a miséria alheia
como nossa. É vestir a pele do que sofre, experimentar com ele o
sofrimento que o atormenta. Estamos falando de uma capacidade
altamente elevada do ponto de vista espiritual, que só podemos
alcançar mediante um profundo envolvimento com Deus.

Agradece:

Kazumi Tanaka
Delegada de Polícia Civil
@kazumi_tanaka1

Você também pode gostar