Você está na página 1de 3

DIREITO E GÊNERO/ LEI MARIA DA PENHA

AULA 2 (03/04/17)

 Lei Maria da Penha não foi a primeira a abordar a questão de gênero, mas sim uma lei
referente à saúde (Lei sobre crimes sexuais). Ressalta-se que esta foi mudada após a
Lei Maria da Penha.
 Justiça Restaurativa é incongruente para crimes de gênero (abordagem utilizada
anteriormente à Lei Maria da Penha)
 Crimes de gênero, geralmente tendem a ser silenciados, “omissos” frente à justiça
brasileira
 A Lei Maria da Penha, surge como uma certa punição da política internacional: Brasil,
país que assina vários acordos de ordem internacional ser vinculado à um caso desse,
gerou repercussões, e uma imagem negativa do país (não cumpre o que assina etc.),
então este precisou se posicionar e criar rapidamente a Lei.
 A violência de gênero geralmente está associada a classes mais baixas, geralmente
pela maioria dos casos serem dessa classe, e ainda está associada a outras práticas
como álcool e drogas. Apesar disso, há um grande número de violência contra
mulheres de classes mais altas, entretanto, há poucas denúncias. Porque? Geralmente
essas mulheres eram subornadas com bens materiais ou persuadidas a não denunciar
por diversos meios (além do “ninguém vai acreditar), já que tinham em mente como
iriam se sustentar. Entretanto, esse pensamento vem mudando, pois, a dignidade da
mulher vem sendo posta acima.
 A mulher deve fazer de tudo para valorizar sua dignidade, esta que está
constitucionalmente protegida.
 CLADEM, CEJIL (PESQUISAR)
 CRAS (Centro de R de Assistência Social) Bolsa Família, projetos sociais que ensinam as
pessoas (cozinhar, costurar etc), conta com profissionais como psicólogos, assistentes
sociais e advogado. (“forró”
 CREAS (Centro de Especializada de Assistência Social) (“violência depois do forró)
depois que acontece a violência, seja contra a criança, adolescente, deficiente, idoso,
mulher, etc.
 CRAM específico para a violência contra a mulher

PESQUISAR:

 Siglas e suas funções


 Pesquisar mais sobre CRAS, CREAS E CRAM, e pq este último não é muito utilizado
 Casas Especiais de Mulheres
 Lei (a maria da penha e a primeira)
 A justiça brasileira e a luta da mulher
AULA 3

STREY, Marlene. Violência, Gênero e Políticas Públicas

 Apesar de violência de gênero ser contra, teoricamente, homens e mulheres, o termo


é utilizado em peso contra a violência contra a mulher, visto que são os maiores
números.
 Violência contra mulher pode se dar de várias formas: física, psicológica, econômica ou
sexual.
 O que leva homens e mulheres a se matarem. Pesquisa mostra que geralmente
mulheres o fazem em legítima defesa, enquanto para os homens geralmente
acometem por causas como ciúmes, necessidade de controle sobre o relacionamento,
traição, término, etc.
 Homens com maior probabilidade de cometerem violência contra mulher são aqueles
que testemunharam o sofreram violência em sua família ou círculo de convivência,
que possuem vícios, aqueles com status ocupacional baixo, etc. Além disso esse fator
pode ser moldado por condições culturais e étnicas,
 Pedagogia da violência: Estudo sobre a violência e violência de gênero para
estudantes de profissões que lidarão direta ou indiretamente com o tema, afirmam
que a violência não é algo aceitável, sendo que esta não deve ser utilizada contra
ninguém. Entretanto, alguns apontam uma exceção: o uso de castigos físicos para
disciplinar crianças na falha de outros métodos. Tal ideia é amplamente disseminada
em todas as sociedades desde sempre.
 Violência materna é menos frequente que a paterna, e é socialmente menos aceita,
juntamente com a negligência. Deve-se levar aspectos culturais em consideração
também.
 Violências sofridas na infância podem gerar abalos psicológicos e gerar um círculo
vicioso. Homens podem sair do papel de vítimas para violentadores, no intuito de
também proteger a si mesmos. Já mulheres podem terem experiências de gravidez e
casamento precoce, para fugir daquela realidade e buscar o amor que lhe faltou. Em
alguns casos, mulheres acreditam que em relacionamentos abusivos, ciúme excessivo
pode ser uma demonstração de amor.
 Algumas medidas podem ser tomadas com as crianças que evitaram maus tratos para
evitar sequelas futuras, suporte esse que tem sido falho, e deveria contar com
profissionais, além de outros fatores como uma relação boa e confiável com um adulto
fora do círculo familiar, etc.
 A masculinidade e a violência de gênero: Convencionou-se culturalmente e
socialmente aceitar que o homem deve ser minimamente agressivo, seguindo a
premissa de que “são os maiores predadores de seres menos vulneráveis” (Hayward,
2001). Tal ideia é refletida também na violência de gênero.
 Crimes sexuais de muitos homens começaram na adolescência.
 Quem não se enquadra nesse “padrão” de masculinidade, força, altura, se sente
inadequado, impotente e incapaz, o que pode levar à depressão, distúrbios, ser alvo
de bullying pelos colegas.
 Traumatizados, e sem poder de dominar o que chamam de masculinidade e poder
sexual, tais inadequações ao padrão podem levar à violência sexual.
 “Meninos que não conseguem corresponder a qualquer um dos estereótipos vigentes
tanto em casa quanto na escola, estão fadados a encontrar algum caminho substituto
para garantirem sua masculinidade” (29)
 Criação de uma nova ordem de gênero com benefício para ambos os sexos: violência
de gênero começa na expectativa do homem de dominar.
 Autora aponta como ideia para isso é construir a solidariedade feminina e masculina
em torno de normas que não toleram a violência de gênero.
 Homens se engajando sobre o tema: colocam mulheres a sombra para conseguir a
hegemonia intelectual sobre o tema?

AULA 4

Você também pode gostar