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Resumo
Neste artigo abordamos a importância do assunto sobre Violência contra a Mulher, quais os
seus tipos, as instituições responsáveis pelo amparo as vítimas, quais procedimentos essa
deve tomar e como a sociedade em que estamos pode ajudar a mudar essa realidade que
hoje é tão desigual em relação à mulher. Discutimos assim a importância da Lei Maria da
Penha nesse processo, e de que forma essa vem auxiliando ao combate dessa violência.
Como metodologia usamos a entrevista, essa utilizada na pesquisa de campo feita no
Centro de Referência da Mulher Francisca Clotilde, Benfica, Ceará, no qual conversamos
com alguns profissionais responsáveis pelo dia a dia da instituição.
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*Graduandas em Serviço Social na Faculdade Cearense
1. INTRODUÇÃO
Este artigo surge da necessidade de compreender a realidade das mulheres
em situação de violência dando ênfase ao comportamento da sociedade em relação
ao ato cometido.
Diante dessa indispensabilidade, objetivamos no presente artigo propor
discussões acerca do assunto e informar as instituições de amparo existentes no
município de Fortaleza, Ceará. Quanto ao objetivo especifico busca esclarecer os
cinco tipos de violência que podem acometê-las sendo que algumas até de maneira
silenciosa.
Para contemplar esses objetivos empregamos a pesquisa qualitativa
buscando o aprofundamento sobre o objeto estudado, principalmente no que diz
respeito à omissão das vítimas. Utilizamos a Cartilha Lei Maria da Penha e Direitos
da Mulher organizada pelo Ministério Público Federal/ Procuradoria Federal dos
Direitos do Cidadão (PFDC) para um melhor aprofundamento teórico, embasando-se
nos colaboradores que discorrem sobre o assunto. Fizemos ainda uso da pesquisa
de campo a fim de sentirmos as vivências compartilhadas pelas vítimas, o qual foi
realizado no Centro de Referência da Mulher Francisca Clotilde – Benfica, Ceará
que recebe mulheres acometidas das mais variadas violências.
2. O QUE É A VIOLÊNCIA?
A violência contra as mulheres é sofrida em todas as fases da vida. Muitas
vezes ela se inicia ainda na infância e acontece em todas as classes sociais. A
violência cometida contra as mulheres no âmbito doméstico e a violência sexual são
fenômenos sociais e culturais ainda cercados pelo silêncio e pela dor.
De acordo com o Portal do Ministério Saúde, a violência contra a mulher é
referida de diversas formas desde a década de 50. Foi designada como violência
intra familiar, violência contra a mulher, violência doméstica e na década de 90 os
estudos passam a tratar essas relações de poder, em que a mulher em qualquer
faixa etária é submetida e subjugada, como violência de gênero.
De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher a violência define-se como:
“Qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou
sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto na
privada.”
· Oitenta e quatro bilhões anuais, ou seja, mais de 10,5% do PIB brasileiro, são
gastos com os problemas de correntes da violência contra a mulher.
· A violência doméstica faz com que a mulher perca 1 ano de vida saudável, a
cada 5 anos.
· 33% das mulheres apontam a violência contra as mulheres dentro e fora de
casa como o problema que mais preocupa a brasileira na atualidade.
Pelo fato ocorrido com Maria da Penha, em 07 de agosto de 2006 foi criada a
Lei Maria da Penha, que tem como Principal objetivo caracterizar a violência
doméstica e familiar como violação dos direitos humanos das mulheres. Com o fim
de garantir proteção e procedimentos policiais e judiciais mais humanizados, para as
vítimas.
Promovendo uma real mudança nos valores sociais que naturalizam a
violência que ocorre nas relações domésticas e familiares. Ela pretende dar
respostas que possam romper com a cultura machista, gerando novas práticas
reparando gerando omissões e afastar para sempre a banalização em torno da
violência.
9. ATUALIDADES
Concluímos com este estudo que a violência contra a mulher é fruto das
desigualdades de gênero sendo estas identificadas nos papéis atribuídos pela
sociedade aos homens e as mulheres e que isto advém de raízes culturais criadas e
impostas pelos indivíduos.