Você está na página 1de 25

VIOLÊNCIA

CONTRA A
MULHER
ADRIANA BATISTA DE OLIVEIRA
MELINA PEREIRA DE JESUS
ALINE PEREIRA DE MOURA
NIELE SANTIAGO VIEIRA
EMILAINE GABRIELE PEREIRA DE SOUZA
POLIANE ALVES DA SILVA
LARISSA FERREIRA DA SILVA
SIMONE APARECIDA DE OLIVEIRA
LETÍCIA CRISTINA SANTOS RODRIGUES
Introdução

A violência contra a mulher é todo ato lesivo que resulte em dano


físico, psicológico, sexual, patrimonial, que tenha por motivação principal
o gênero, ou seja, é praticado contra mulheres expressamente pelo fato de
serem mulheres. A violência contra a mulher pode ser praticada no âmbito
da vida privada em ações individuais.
O que é violência?

A Organização Mundial da Saúde – OMS (2002) definiu a violência


como:
“O uso da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio, contra
outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha
qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência
de desenvolvimento ou privação”
História Da Violência
Contra A Mulher
A violência de gênero, não só
enquanto ato físico, mas simbólico de
desvalorização e subjugação social da
mulher, é um fenômeno tão antigo
quanto a própria humanidade. Embora se
ouça falar de sociedades que eram
lideradas por mulheres, a ampla maioria
das civilizações foi caracterizada por
modelos de poder e liderança
masculinos.
Carole Patman , por exemplo,
apontou que o patriarcado é um sistema de
poder parecido com o escravismo. Isso
porque no modelo social patriarcal não
existe uma regulação pública sobre a esfera
de vida privada, por isso, os desequilíbrios
de poder no ambiente doméstico não são
passíveis de normatização ou fiscalização
pela esfera política.
Isso permite que esse modelo seja inteiramente sujeito à vontade e ao
arbítrio de quem possui o poderio econômico da esfera familiar, o senhor.
"A questão da violência doméstica passou a ser considerada de maneira
mais consistente na esfera pública brasileira por meio da criação de
conselhos, secretarias de governo, centros de defesa e políticas públicas
específicas, já na década de 1980.
A primeira Delegacia de
Atendimento Especializado à
Mulher foi criada em 1985, em São
Paulo, e a principal lei para
prevenção e punição da violência
doméstica é ainda mais recente, a
Lei Maria da Penha, sancionada em
2006.“.
Objetivo e Justificativa

 Este trabalho objetiva abordar assuntos sobre violências sexual,


física e psicológica, e as leis de amparo a mulher. Será visto também
o protocolo de atendimento para vitimas de violência sexual.

 A importância desse trabalho é indiscutível, pois sabemos da


amplitude do enfrentamento à Violência de Gênero contra a Mulher.
Metodologia

Para a criação deste trabalho foram


usadas fontes confiáveis, entre elas um
artigo feito pela prefeitura de belo
horizonte.
Violência Física
É aquela em que a pessoa que detém
poder em relação à outra causa ou tenta
causar dano não acidental, por meio da
força física ou de algum tipo de arma que
pode provocar lesões externas, internas ou
ambas

Exemplos: tapas, empurrões, socos, mordidas, chutes, queimaduras, cortes,


lesões
por armas ou objetos, amarrar, arrastar, arrancar a roupa, tirar de casa à força,
etc.
Violência Psicológica
É aquela em que toda ação ou omissão causa ou visa causar dano à autoestima, à
identidade ou ao desenvolvimento da pessoa.

Exemplos: insultos constantes, humilhação, desvalorização, chantagem, isolamento


de amigos e familiares, ridicularização, manipulação afetiva, falar mal ou diminuir a
família da vítima, exploração, ameaças, privação arbitrária da liberdade
(impedimento de trabalhar, estudar, etc.).
A agressão é infligida em um ciclo repetitivo, composto de três
fases: Fase 1- a criação da tensão / Fase 2- o ato de violência /
Fase 3- a fase amorosa e tranquila (Lua de mel):

Explosão
Tudo fica perfeito até a
Fase violênta com
nova agressão
xingamentos e surras

Lua de
Mel Arrependimento

Pedido de desculpas e promessa do


fim da violência
Violência Sexual
Entende-se por Violência Sexual “qualquer ação
na qual uma pessoa, valendo-se de sua posição de
poder e fazendo uso de força física, coerção,
intimidação ou influência psicológica, com uso
ou não de armas ou drogas, obriga outra pessoa,
de qualquer sexo e idade, a ter, presenciar ou
participar de alguma maneira de interações
sexuais, ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, com fins de lucro, vingança ou outra
intenção”. (OMS, 2012)
A violência sexual abrange:
 Estupro dentro de um relacionamento;
 Estupro por pessoas desconhecidas ou até mesmo conhecidas;
 Tentativas sexuais indesejadas ou assédio sexual, que podem acontecer na
escola, no local de trabalho e em outros ambientes;
 Violação sistemática e outras formas de violência, particularmente comuns em
situações de conflito armado (como a fertilização forçada);
 Abuso de pessoas com incapacidades físicas ou mentais;
 Estupro e abuso sexual de crianças;
 Formas “tradicionais” de violência sexual, como casamento ou coabitação
forçada.
Protocolo de Atendimento às
Vítimas de Violência Sexual

As mulheres vítimas de abuso sexual e estupro devem ser encaminhadas para


os hospitais/maternidades de referência ao atendimento às vítimas de
violência .
O ambulatório hospitalar de violência sexual normalmente acompanha a
mulher junto de uma equipe multidisciplinar durante os 6 meses após o evento.
A internação hospitalar é indicada somente quando há risco de feminicídio ou
risco de vida pela gravidade do quadro clínico .
Cadeia de custódia

Cadeia de Custódia nos quatro hospitais/maternidades de Referência ao


atendimento às vítimas de violência sexual . Dessa forma, essas vítimas
não necessitam passar mais pelo IML, pois estes centros são responsáveis
pela coleta dos vestígios e realização da anamnese específica para a
confecção do Laudo Indireto pelos peritos do IML.
As vítimas acima de 18 anos podem
realizar a abertura do inquérito policial
em até seis meses após o fato, mas
quanto antes isso ocorrer, melhor. Os
profissionais de saúde dos referidos
hospitais/maternidades de referência para
o atendimento às vítimas de violência
foram treinados a realizar a coleta de
vestígios para a pesquisa de
espermatozoides e realização do exame
de DNA do agressor.
Laudo do Instituto
Médico Legal

O laudo do IML é um
documento elaborado para
constituir prova criminal.
Somente depois do atendimento
médico, se a vítima tiver
condições e assim o desejar,
poderá ir à delegacia para lavrar
o BO e prestar depoimento.
Aborto legal

A mulher que for vítima de estupro e que, consequentemente, engravidar, há três


possibilidades, que devem ser informadas e esclarecidas a ela para que a mesma
tome uma decisão: 1) O Aborto Legal, 2) o Pré-natal acompanhado, 3) e a Adoção
Legal. No caso da opção pelo aborto, o art. 128 do Código Penal - Decreto Lei
2848/40, prevê situações em que o aborto é autorizado legalmente. A legislação
brasileira sobre o aborto, que data de 1940, permite sua prática atualmente em
dois casos: quando não há outro meio de salvar a vida da gestante e se a gestação
é produto de estupro. Para a OMS, o aborto é a interrupção da gestação até 20
semanas ou um feto de até 500 gramas.
Nos hospitais/maternidades de referência para o atendimento às vítimas de
violência, a gestante vítima de violência sexual que optar por realizar o
aborto legal, passa por uma avaliação multiprofissional em que é emitido
pela equipe de referência do atendimento um parecer técnico diante de cada
situação específica. Nesse atendimento a mulher passa por um acolhimento
humanizado onde se tem o cuidado de informar, esclarecê-la e auxiliá-la na
garantia de seus direitos.
Linha de cuidado pós-hospitalar

A mulher, que esteve em acompanhamento clínico e psicossocial hospitalar


deve ser referenciada aos profissionais dos Centros de Saúde para que os
mesmos continuem a assistência integral. O abrigamento deve ser
considerado na inexistência de outros recursos para a proteção contra
novos episódios, e quando a mesma, estiver correndo risco de vida em seu
âmbito doméstico/intrafamiliar.
Leis de amparo à mulher

 Lei Maria da Penha (11.340/2006): Cria mecanismos para coibir a violência


doméstica e familiar contra a mulher e estabelece medidas de assistência e proteção.
 Lei Carolina Dieckmann (12.737/2012): Tornou crime a invasão de aparelhos
eletrônicos para obtenção de dados particulares.
 Lei do Minuto Seguinte (12.845/2013): Oferece garantias a vítimas de violência
sexual, como atendimento imediato pelo SUS, amparo médico, psicológico e social,
exames preventivos e informações sobre seus direitos.
 Lei Joana Maranhão (12.650/2015): Alterou os prazos quanto a prescrição
de crimes de abusos sexuais de crianças e adolescentes. A prescrição
passou a valer após a vítima completar 18 anos, e o prazo para denúncia
aumentou para 20 anos.

 Lei do Feminicídio (13.104/2015): Prevê o feminicídio como


circunstância qualificadora do crime de homicídio, ou seja, quando crime
for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino
Conclusão
Podemos concluir que a mulher deve possuir o direito de não sofrer agressões
no espaço público ou privado, a ser respeitada em suas especificidades e a ter
garantia de acesso aos serviços da rede de enfrentamento à violência contra a
mulher, quando passar por situação em que sofreu algum tipo de agressão,
seja ela física, psicológica ou sexual.
É dever do Estado e uma demanda da sociedade enfrentar todas as formas de
violência contra as mulheres.
Coibir, punir e erradicar todas as formas de violência devem ser preceitos
fundamentais de um país que preze por uma sociedade justa e igualitária entre
mulheres e homens.
Referências

 https://sites.google.com/a/prof.educvacao.sp.gov.br/
 https://www.unodc.org/
 Guia de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência
 Protocolo AMIG – Violência Sexual

Você também pode gostar