ou tentativa de obtenção de ato sexual por violência ou coerção, ataques, comentários ou investidas sexuais indesejados, atividades como o tráfico humano ou diretamente contra a sexualidade de uma pessoa, independentemente da relação com a vítima. tipos de violência sexual
Abuso sexual sem contato Abuso sexual com contato
físico: físico: ► Assédio sexual, abuso sexual ► Prática física que envolve carícias verbal, telefonema obsceno, ato nos órgãos genitais, tentativa de exibicionista, voyeurismo, relação sexual, masturbação, sexo pornografia. oral, penetrações. no Brasil: De acordo com o boletim, no período de 2015 a 2021, foram notificados 202.948 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, sendo 83.571 contra crianças e 119.377 contra adolescentes. Em 2021, o número de notificações foi o maior registrado ao longo do período analisado, com 35.196 casos.
Ainda segundo o material, a residência das vítimas é o local de ocorrência
de 70,9% dos casos de violência sexual contra crianças de 0 a 9 anos de idade e de 63,4% dos casos contra adolescentes de 10 a 19 anos. Familiares e conhecidos são responsáveis por 68% das agressões contra crianças e 58,4% das agressões contra adolescentes nessas faixas etárias.
A maioria dos agressores são do sexo masculino, responsáveis por mais de
81% dos casos contra crianças de 0 a 9 anos e 86% dos casos contra adolescentes de 10 a 19 anos. As vítimas são predominantemente do sexo feminino: 76,9% das notificações de crianças e 92,7% das notificações de adolescentes nessas faixas etárias ocorreram entre meninas. No entanto, segundo o boletim epidemiológico, pode existir um sub-registro dos casos entre meninos, devido a fatores como estereótipo de gênero ou a crença de que os meninos não vivenciam a violência. Impacto da violência sexual na vítima:
► O trauma da violência sexual
pode deixar marcas permanentes nas vítimas, gerando muitas vezes transtornos psicológicos como depressão, Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT), Bipolaridade, entre outros, e sem o acompanhamento adequado essas vítimas podem também apresentar dificuldades de se relacionar Mitos e verdades sobre violencia sexual
► A violência sexual pode ser caracterizada por qualquer ato sexual ou
tentativa de obtê-lo em que utiliza-se a coação, comentários ou investidas sexuais indesejados, atos direcionados ao tráfico sexual ou voltados contra a sexualidade de uma pessoa (KRUG et al., 2002). O uso de coação abrange a utilização da força física, mas também abrange palavras e frases indesejadas, intimidação psicológica, chantagem ou demais ameaças por parte do(a) autor(a) da violência. A coação também pode ocorrer quando a vítima não possui condições de dar seu consentimento para o ato sexual; quando, por exemplo, está sob efeito de drogas, embriagada, adormecida ou quando se encontra em um estado na qual está psicologicamente incapaz de entender a situação O compartilhamento de fotos e vídeos com conteúdo sexuais, sem a autorização da pessoa exposta, é considerado uma prática de violência sexual. A divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia é considerada um crime na legislação brasileira a partir de 2018. A pena é de reclusão, de 1 a 5 anos, aumentada de 1/3 a ⅔ se o crime é praticado por alguém que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. As diversas formas de violência sexual podem ser praticadas tanto por pessoas desconhecidas quanto por pessoas conhecidas da vítima. No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Federação acadêmica de Lisboa (2019) com estudantes do ensino superior que vivenciaram situações de violência sexual, os agressores foram identificados como conhecido(a)(s) (32,58% dos casos), colega(s) (23,29%), docente (2,18%) e amigos (11,44%). Conforme foi discutido anteriormente, a violência sexual não ocorre somente entre pessoas desconhecidas. Essa violência multifacetada pode ocorrer também, por exemplo, nos relacionamentos amorosos, entre ficantes, namorados e cônjuges, mesmo que seja difícil reconhecê- la como tal. As palavras relacionadas à violência sexual, por exemplo, foram associadas pela nossa cultura a uma série de sensações desagradáveis. Pode haver uma dificuldade de relacionar as diversas formas de violência sexual com uma pessoa cuja relação tenha sido marcada por vivências agradáveis, ou com alguém que seja conhecido por ser popular, divertido, estudado, educado, dentre outras características consideradas "boas" ou socialmente "agradáveis". Como posso oferecer apoio a alguém que sofre agressão sexual? Oque fazer? Falar sobre a agressão sexual pode ser difícil para a vítima/sobrevivente. Sabemos que muitas vítimas/sobreviventes temem que as pessoas não acreditem nelas, que as culpem ou que sua experiência seja inadmissível ou minimizada.
4 ETAPAS PARA AJUDAR A VITIMA
Acreditar: Quando alguém conta que foi vítima de violência sexual o seu papel é acreditar, apoiar e ajudar a explorar opções para o que fazer a seguir. É natural querer fazer muitas perguntas, mas o interrogatório pode fazer com que a pessoa se sinta invadida. Antes de perguntar, ouça. Ouvir: Algumas pessoas querem falar imediatamente Nunca culpar: sobre a sua experiência, outras pessoas não. A vítima/sobrevivente nunca é culpada pela agressão Oferecer-se para ouvir sem interromper, estar lá sexual. A agressão sexual é inaceitável. O que uma e não julgar quando a vítima/sobrevivente pessoa está vestindo, a sua cultura, a idade, se é estiver pronta para conversar é um elemento usuária de drogas ou álcool, ou a relação com o agressor importante de apoio. nunca são responsáveis por alguém abusar sexualmente de outra pessoa. Ajudar a explorar opções: Ao garantir que a vítima/sobrevivente esteja ciente dos seus direitos e opções, você reconhece os direitos dela de ter o máximo de controle possível sobre o que acontece depois. Você pode ajudar a encontrar os serviços e como usá-los. Os impactos da agressão sexual podem tornar difícil para a vítima/sobrevivente pensar nessas coisas imediatamente. A assistência na localização e acesso aos serviços pode ser um bom lugar para começar se a vítima/sobrevivente quiser seguir essa opção.