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O que é a violência doméstica?

De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar


contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

Qual a origem da violência doméstica?


a violência de gênero tem sua origem na discriminação histórica contra as
mulheres, ou seja, num longo processo de construção e consolidação de medidas e
ações explícitas e implícitas que visam a submissão da população feminina, que
tem ocorrido durante o desenvolvimento da sociedade humana (TELES, p.
27).26/07/2017

Como era a violência doméstica antigamente?


Antigamente, não existia lei específica sobre a violência doméstica contra a
mulher, nem eram estabelecidas as formas de violência, não se tratavam das
relações de pessoas do mesmo sexo, nem era atribuída a lei dos Juizados
Especiais Criminais para os casos de violência doméstica e nem era permitida a
aplicação de ...

Quais Sãoos tipos de violência?


Cinco tipos de violência
 I - violência física. Conduta que ofende a integridade ou saúde corporal;
 II - violência psicológica. ...
 III - violência sexual. ...
 IV - violência patrimonial. ...
 V - violência moral.

O que caracteriza a violência?


É considerada qualquer conduta que: cause dano emocional e diminuição da
autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.

O que é a violência social?


violência social: qualquer comportamento que intenta controlar a vida social do(a)
companheiro(a), através de, por exemplo, impedir que este(a) visite familiares ou
amigos, cortar o telefone ou controlar as chamadas e as contas telefónicas, trancar
o outro em casa.

Quais são os fatores que contribuem para a violência social?


Além da desigualdade social, outro fator de risco que lidera as causas das
violências no Brasil é a política equivocada de guerra às drogas, que fomenta
confrontos diversos entre facções criminais e entre estas e as forças policiais,
vitimando civis e policiais, em sua maioria, jovens, pobres e negros

Quem morre mais por violência doméstica?


De acordo com o estudo Mapa da Violência de 2015, a população negra era
naquele ano a principal vítima de violência doméstica e homicídios no país.

O que é violência direta e indireta?


Assim, os atos podem ir desde um tapa ou um soco, que são atos individuais
de violência direta, até a guerra, que é a expressão máxima da violência direta de
maneira coletiva. Esse é um tipo de violência indireta em que não há apenas um
ator identificável que cause essa forma de violência.

Qual é a causa da violência?


O problema da violência no Brasil está relacionado à falência e corrupção das
instituições públicas, principalmente a educação e a segurança. Também
enfrentamos problemas relacionados à falha do sistema judiciário, que não
consegue manter um sistema rígido de punição aos crimes violentos.

Violência doméstica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Violência doméstica

Laço roxo usado em campanhas de consciencialização para a violência doméstica

Classificação e recursos externos

CID-10 T74, X85-Y09

eMedicine article/805546

MeSH D017579
 Leia o aviso médico 

Violência doméstica é um padrão de comportamento que envolve violência ou


outro tipo de abuso por parte de uma pessoa contra outra num contexto doméstico,
como no caso de um casamento ou união de facto, ou contra crianças ou idosos.
Quando é perpetrada por um cônjuge ou parceiro numa relação íntima contra o
outro cônjuge ou parceiro denomina-se violência conjugal, podendo ocorrer tanto
entre relações heterossexuais como homossexuais, ou ainda entre antigos parceiros
ou cônjuges. A violência doméstica pode assumir diversos tipos, incluindo abusos
físicos, verbais, emocionais, económicos, religiosos, reprodutivos e sexuais. Estes
abusos podem assumir desde formas subtis e coercivas até violação conjugal e
abusos físicos violentos como sufocação, espancamento, mutilação genital
feminina e ataques com ácido que provoquem desfiguração ou morte. Os
homicídios domésticos incluem o apedrejamento, imolação de noivas, morte por
dote e crimes de "honra".
Em todo o mundo, a esmagadora maioria das vítimas de violência doméstica são
mulheres, sendo também as mulheres as vítimas das formas mais agressivas de
violência.[1][2] Em alguns países, a violência doméstica é muitas vezes vista como
justificável, especialmente em casos de ocorrência ou suspeita de infidelidade por
parte da mulher, em que é legalmente permitida. A investigação tem confirmado que
existe uma correlação direta e significativa entre o nível de igualdade de género de
um país e a prevelência de violência doméstica.[3] A violência doméstica é um dos
crimes que menos é declarado em todo o mundo, tanto no caso das mulheres como
dos homens.[4][5] Devido ao estigma social associado à vitimização masculina, há
maior probabilidade das vítimas masculinas serem negligenciadas pelos serviços de
saúde..[6][7][8][9]
A violência doméstica ocorre quando o abusador acredita que o seu abuso é
aceitável, justificado ou improvável de ser reportado. A violência doméstica pode dar
origem a ciclos de abuso intergeracionais, criando a imagem em crianças e outros
membros da família que o abuso é aceitável. Poucas pessoas nesse contexto são
capazes de se reconhecer no papel de abusadores ou vítimas, uma vez que a
violência é considerada uma disputa familiar que simplesmente se descontrolou. [10] A
consciencialização, percepção, definição e ocumentação da violência doméstica
difere significativamente de país para país. Em muitos casos, a violência doméstica
ocorre no contexto de um casamento forçado ou de um casamento infantil.[11]
Em relações afetivas abusivas, pode ocorrer um ciclo abusivo durante o qual
aumenta a tensão e é cometido um ato violento, seguido por um período de
reconciliação e calma. As vítimas podem ser encurraladas para situações de
violência doméstica através de isolamento, poder e controlo, aceitação cultural, falta
de recursos financeiros, medo, vergonha ou para proteger os filhos. Na sequência
dos abusos, as vítimas podem desenvolver incapacidades físicas, problemas de
saúde crónicos, doenças mentais, incapacidade de voltar a criar relações afetivas
saudáveis e incapacidade financeira. As vítimas podem ainda desenvolver
problemas psicológicos, como perturbação de stress pós-traumático. As crianças
que vivem em lares violentos demonstram frequentemente problemas psicológicos
desde muito novas, como agressividade latente, o que em idade adulta pode
contribuir para perpetuar o ciclo de violência. [12]
Índice

 1Definição
 2Formas
o 2.1Abuso físico
o 2.2Abuso sexual
o 2.3Abuso psicológico
o 2.4Abuso económico
 3Demografia
o 3.1Por género
 3.1.1Mulheres
 3.1.2Homens
o 3.2Por grupo etário
 3.2.1Adolescentes e jovens adultos
 3.2.2Crianças
o 3.3Relações homossexuais
o 3.4Subnotificação
 4Causas
o 4.1Ciclos de violência
o 4.2Psicológicas
o 4.3Sociais
 4.3.1Stresses sociais
 4.3.2Comportamento controlador
 5Consequências
o 5.1Físicas
o 5.2Psicológicas
o 5.3Financeiras
o 5.4Familiares
 6Combate e prevenção
 7História
 8Sociedade e cultura
o 8.1Perspetivas sociais
o 8.2Religião
o 8.3Costumes e tradições
 9Ver também
 10Notas
 11Referências
 12Ligações externas

Definição
As definições contemporâneas de violência doméstica incluem todos os atos
de abusos físicos, sexuais, psicológicos e económicos perpetrados por um membro
da família ou parceiro íntimo.[13][14] Em termos históricos, a violência doméstica estava
associada à violência física. No entanto, termos como "bater na mulher" ou
"violência contra a esposa" têm entrado em desuso, uma vez que o fenómeno da
violência doméstica também afeta casais solteiros e casais homossexuais, [15] e inclui
outro tipo de abusos que não físicos e agressões por parte da mulher. [16][17]
Embora os termos "violência conjugal" ou "violência nas relações de intimidade"
sejam muitas vezes usados como sinónimos de "violência doméstica", [18] estes
termos referem-se especificamente à violência que ocorre numa relação de
intimidade, como casamento, namoro ou união de facto.[19] Nestes casos, a
Organização Mundial de Saúde (OMS), considera também o comportamento
controlador como forma de abuso.[20] A violência conjugal ocorre tanto em
relações heterossexuais como homossexuais.[21] Os agressores tanto podem ser
homens como mulheres.[22] "Violência familiar" é um termo mais amplo, muitas vezes
usado para incluir abuso infantil, abuso de idosos e outros atos de violência contra
membros da família.[23][24]

Formas
A violência doméstica pode assumir diversas formas, incluindo ameaças ou
agressões físicas (bater, pontapear, morder, acorrentar, atirar objetos, choques
elétricos, etc.), abusos sexuais, comportamento
controlador, intimidação, perseguição contínua, abusos passivos (como negligência)
ou privação económica.[25][26] Pode ainda incluir outras formas de abuso, como colocar
deliberadamente a pessoa em perigo, coerção, rapto, detenção forçada, invasão de
propriedade e assédio.[27]
Abuso físico
Ver artigo principal: Abuso físico
Abuso físico é o abuso que envolve contacto físico com a intenção de infligir medo,
dor, outro tipo de sofrimento físico ou lesões corporais. [28][29] As dinâmicas de abusos
físicos no contexto familiar são muitas vezes complexas. A violência física pode ser
o culminar de outros tipos de comportamento abusivo, como ameaças, intimidação e
limitação da auto-determinação da vítima através do isolamento forçado,
manipulação e outras limitações da liberdade pessoal. [30] A negação de cuidados de
saúde, a privação de sono e a administração forçada de drogas ou álcool são
também consideradas formas de abuso físico.[28] Pode ainda ser considerado abuso
físico os atos de violência física contra outros alvos, como os filhos ou animais de
estimação, que tenham por objetivo causar danos emocionais na vítima. [31]
O estrangulamento no contexto de violência doméstica é uma das formas mais
letais de violência, embora devido à inexistência de lesões externas e à falta de
consciencialização médica e social passe frequentemente despercebido. [32][33]
A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo, cerca de 38%
dos homicídios de mulheres sejam perpretados por um parceiro intímo. [34] No
Canadá, Austrália, África do Sul, Israel e nos Estados Unidos, entre 40 e 70% das
mulheres assassinadas foram mortas por um parceiro íntimo. [35]
Durante uma gravidez, a mulher encontra-se em maior risco de ser abusada ou da
gravidade dos abusos ser maior, o que tem implicações de saúde negativas tanto
para a mãe como para o feto.[36] O período de maior risco para as mulheres grávidas
é o período imediatamente após o parto. Por outro lado, a gravidez também pode
interromper o ciclo de abusos, nos casos em que o abusador não quer prejudicar a
criança ainda por nascer.[37]
Vítima de ataque com ácido no Cambodja

Os ataques com ácido são uma forma extrema de violência em que as vítimas são
irrigadas com ácido, geralmente no rosto, o que provoca lesões graves,
incluindo cegueira e cicatrizes permanentes.[38][39][40][41][42] Os ataques com ácido
constituem geralmente uma forma de vingança contra uma mulher por rejeitar uma
proposta sexual ou de casamento.[43][44]
Um crime de "honra" é o homicídio ou outro tipo de agressão violenta que é
planeado e perpetrado quando os autores acreditam que a vítima - habitualmente do
sexo feminino - desonrou a família, a sua religião ou a comunidade. Este tipo de
crimes diferencia-se da violência doméstica comum pelo seu carácter colectivo, e é
frequente em várias partes do mundo, em particular no Médio Oriente.[45][46][47][48]Os
homícidios por "honra" são geralmente realizados contra mulheres que se recusam
a fazer parte de um casamento forçado ou combinado, que se recusam a ser
vítimas de agressões sexuais, que mostram intenções de pedir um divórcio ou que
são acusadas de cometer adultério.[49] Nas regiões do mundo em que existe uma
forte expectativa social da mulher ser virgem até ao casamento, uma noiva pode ser
sujeita a formas extremas de violência, entre as quais crimes de "honra", quando
não se verifica presença de sangue durante a noite de núpcias.[50][nota 1][51] Em vários
países, o sexo extramarital é ilegal, incluindo na Arábia Saudita, Paquistão,
[52]
 Afeganistão,[53][54][55] Irão,[55] Kuwait,[56] Maldivas,[57] Marrocos,[58] Omã,[59] Mauritânia,[60] Em
irados Árabes Unidos,[61][62] Catar,[63] Sudão,[64] Iémen.[65]
A imolação da noiva ou morte por dote é uma forma de violência doméstica em que
uma mulher recém-casada é morta pelo marido ou pela família do marido como
resultado da sua insatisfação com o dote da famiília da noiva. O homicídio acontece
geralmente como retaliação após pedidos para aumentar o dote após o casamento.
[66]
 A violência associada ao dote é mais comum nos países do subcontinente
indiano, em particular na Índia.[67]
Abuso sexual
A mutilação genital feminina concentra-se em cerca de 29 países e está incluída na definição de violência
sexual da OMS. Este mapa de dados composto mostra a percentagem de mulheres com idades
compreendidas entre os 15 e os 49 anos que foram submetidas a MGF. A fonte é a UNICEF (2016), e
uma série de estudos adicionais para países fora da África (com excepção da Indonésia) não pesquisados
pelo UNICEF. Não há dados para os países a cinzento. [68][69][70]

Ver também: Abuso sexual e Violação conjugal


A Organização Mundial de Saúde define abuso sexual como qualquer ato sexual,
tentativa de obter um ato sexual, abordagens ou comentários de cariz sexual
indesejados ou tráfico sexual direcionados contra determinada pessoa por meio
de coerção. A definição engloba ainda os testes de virgindade obrigatórios
e mutilação genital feminina.[69] Para além das tentativas de iniciar um ato sexual por
via da força, está-se na presença de abuso sexual nas situações em que a vítima é
incapaz de compreender a natureza do ato, incapaz de recusar a participação ou
incapaz de comunicar consentimento. Isto pode dever-se a
imaturidade, menoridade, doença, influência de álcool ou drogas, intimidação ou
pressão da vítima.[71]
Em muitas culturas, as vítimas de violação são consideradas fonte de "desonra" ou
"vergonha" pelas respetivas famílias e são posteriormente vítimas de violência
familiar, como é o caso dos homicídios por "honra",[72] principalmente nos casos em
que a violação resulta numa gravidez. [73]
A OMS define mutilação genital feminina como qualquer procedimento que envolva
a remoção total ou parcial dos órgãos genitais femininos, ou qualquer lesão a esses
órgãos por razões que não médicas. Este procedimento foi realizado a mais de 125
milhões de mulheres vivas e concentra-se sobretudo em 29 países de África e
do Médio Oriente.[74]
O incesto é uma forma de violência sexual familiar, correspondendo ao contacto
sexual entre um adulto e uma criança.[75] Em algumas culturas, são praticadas
formas ritualizadas de abusos sexuais em crianças com o conhecimento e
consentimento das famílias, nas quais a criança é induzida a praticar atos sexuais
com adultos em troca de bens ou dinheiro. Por exemplo, em algumas tribos
do Malauí, os pais combinam com um homem mais velho a iniciação sexual das
filhas.[76][77]
A Convenção do Conselho da Europa para a Proteção das Crianças contra a
Exploração Sexual e os Abusos Sexuais foi o primeiro tratado internacional para
combater os abusos sexuais infantis que ocorram no contexto familiar ou doméstico.
[78][79]

A coerção reprodutiva são ameaças ou atos de violência contra os direitos


reprodutivos, saúde e capacidade de decisão do parceiro sobre esses temas. A
forma mais comuns de coerção reprodutiva são os comportamentos com o objetivo
de pressionar ou coagir o parceiro a iniciar ou terminar uma gravidez.[80] A coerção
reprodutiva está associada à violação conjugal, ao medo ou incapacidade de decidir
sobre o uso de contracetivos, ao medo de violência ao recusar atos sexuais e à
interferência abusiva do parceiro no acesso a cuidados de saúde. [81][82]
Em algumas culturas, o matrimónio pressupõe uma obrigação social das mulheres
terem filhos.[83]
A definição de violência sexual da OMS incui casamento forçado, coabitação
forçada e gravidez forçada, incluindo a prática de levirato. O levirato é um tipo de
casamento em que uma viúva é obrigada a casar com o irmão do falecido marido. [70]
[84]

A violação conjugal é o contacto sexual não consensual perpretado contra um


parceiro ou cônjuge. Trata-se de uma forma de violência sexual sub-reportada e
com poucos casos na justiça, devido em parte à crença social que ao casar-se a
pessoa oferece consenso irrevogável ao parceiro para atos sexuais sempre que
este o deseje.[85][86][87][88][89]
Durante séculos tolerada ou ignorada pela lei e pela sociedade, a volação conjugal
é atualmente repudiada e combatida por convenções internacionais, sendo em 2006
um crime em pelo menos 104 países.[90][91][92][93]
Abuso psicológico
Ver artigo principal: Abuso psicológico
Abuso psicológico ou abuso emocional é um padrão de comportamento com o
objetivo de ameaçar, intimidar, desumanizar ou sistematicamente debilitar a auto-
estima de outra pessoa.[94] A Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e
o Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência Doméstica define violência
psicológica como a "intenção de lesar gravemente a integridade psicológica de uma
pessoa por meio de coação ou ameaças".[95][96] As formas mais comuns de abuso
psicológico incluem desvalorização, ameaças, isolamento, humilhação em público,
críticas incessantes, obstrução e manipulação psicológica.[20][31] A preseguição
sistemática é igualmente uma forma de intimidação psicológica, sendo mais comum
entre casais ou antigos casais.[97]
As vítimas geralmente sentem que o parceiro as controla por completo, o que afeta
severamente a dinâmica de poder na relação, dando maior poder ao perpretador e
diminuindo o da vítima.[98] Em muitos casos as vítimas desenvolvem depressão, o
que aumenta o risco de distúrbios alimentares,
[99]
 suicídio, toxicodependência e alcoolismo.[98][100][101][102]
Abuso económico
Abuso económico é uma forma de abuso em que um dos parceiros íntimos controla
o acesso do outro parceiro a recursos económicos ou aos bens matrimoniais. [103] As
formas de abuso económico mais comuns são impedir um cônjuge de adquirir
recursos, limitando aquilo que a vítima pode comprar ou usar, ou explorar os
recuros económicos da vítima.[103][104] São também formas de abuso económico forçar
ou pressionar um membro da família a assinar documentos, a vender bens ou a
alterar um testamento.[29]
O abuso económico dominui a capacidade de sustento da vítima, tornando-a
dependente do perpretador para aceder ao ensino, emprego, progressão na carreira
e aquisição de bens.[103][104][105] O perpretador pode fazer com que a vítima fique
dependente de uma mesada, o que lhe permite controlar quanto dinheiro gasta ou
impedir gastos sem o seu consentimento. Em alguns casos, a vítima acumula uma
dívida económica para com o perpetrador e em outros o perpetrador esgota as
poupanças da vítima.[103][104][105] Em muitos casos, a discordância da vítima com a forma
como o dinheiro é gasto pode resultar em retaliação com abusos físicos, sexuais ou
psicológicos.[106] Nas regiões do mundo em que as mulheres dependem do
rendimento do marido para sobreviver, devido à falta de oportunidades e
de segurança social, o abuso económico pode ter consequências muito graves e
está associado a má nutrição entre as mulheres e crianças. [107]

Demografia
A violência doméstica ocorre em todo o mundo, nas mais diversas culturas, [108] e
afeta pessoas de todas as classes económicas.[15]
Por género
As diferenças de gênero no contexto da violência doméstica são alvo de debate
entre a comunidade científica. A investigação atual é limitada por vários factores. Os
inquiridos apresentam frequentemente relutância em reportar situações. Algumas
metodologias, como as quantitativas que utilizam a escala de tácticas de conflicto,
não levam em conta a motivação, as consequências e o contexto em que a violência
ocorre. E as qualitativas que usam entrevistas em profundidade, possuem em sua
maioria amostras compostas apenas por mulheres já previamente identificadas
como vítimas, o que pode inflar os números. [109][110] Entre os vários estudos há
disparidades de amostragem e operacionalização.[111][112][113] Além disso, a normalização
da violência em vítimas de abusos dissimulados, vítimas de abusos por parte de
vários parceiros ou vítimas de abusos durante um longo período de tempo faz com
que seja difícil reconhecerem e reportarem episódios de violência doméstica. [114]
A violência conjugal como forma coerciva de controlo é usada tanto por homens
como por mulheres.[115] No entanto, homens e mulheres diferem nas motivações para
recorrer a violência doméstica nas relações. As mulheres recorrem à violência como
resposta a abusos anteriores, citando como principais motivações vingança e
retaliação.[116] As mulheres usam o controlo para ganhar autonomia em relações
abusivas, enquanto os homens usam o controlo para demonstrar autoridade.
[117]
 Uma revisão sistemática da literatura realizada em 2010 concluiu que, em casais
heterossexuais, o recurso a violência conjugal por parte das mulheres ocorre como
resposta à violência do parceiro, quer em auto-defesa, quer em retaliação, e não
como forma de controlo. Muitas mulheres alegam também recorrer a violência
doméstica como expressão de raiva por se sentirem ignoradas. [117]
Uma revisão de 2011 verificou que homens e mulheres perpretavam episódios
menores de violência conjugal em proporção idêntica. No entanto, verificou também
que são os homens, de longe, os principais perpretadores de episódios graves de
violência conjugal.[111] A mesma revisão verificou que os homens são mais propensos
a bater, sufocar ou estrangular as parceiras, enquanto as mulheres eram mais
propensas a arremessar objetos, esbofetear, pontapear, morder ou atingir o parceiro
com um objeto.[111]
Uma revisão de 2012 verificou que homens e mulheres respondiam de forma
diferente à violência conjugal. As mulheres são significativamente mais afetadas
pela violência, sobretudo a nível de lesões físicas, sensação de medo e stresse pós-
traumático.[118] A mesma revisão verificou que num estudo, 70% das vítimas mulheres
se sentiam "muito assustadas" em resposta à violência dos parceiros, enquanto
85% das vítimas homens alegaram não sentir qualquer medo. [118] A mesma revisão
verificou ainda que a violência conjugal influenciava a satisfação das mulheres com
a relação, mas não a dos homens.[118]
Uma revisão de 2013 verificou que quanto menor é a igualdade de género entre a
população de um país, maior é a prevalência de violência doméstica. A mesma
revisão conclui que quando se leva em conta a frequência e gravidade das lesões
físicas, a sensação de medo e os problemas psicológicos que decorrem da violência
doméstica, as mulheres são as principais vítimas. [119]
Várias organizações têm vindo a adotar o uso de termos neutros ao refirirem-se a
perpretadores e vítimas. Por exemplo, usando termos como "violência conjugal" em
vez de "violência contra mulheres".[120]
A aceitação social e a legislação sobre violência doméstica diferem de país para
país. Embora seja crime em maior parte do mundo ocidental, tal não
acontece países em vias de desenvolvimento. Da mesma forma, enquanto a maior
parte da população dos países desenvolvidos não tolera a violência doméstica, em
muitas regiões do mundo a violência é aceite, tolerada ou incentivada. [121]
Mulheres

Nível de segurança física das mulheres por país em 2011

A violência contra mulheres e crianças é uma das mais prevalentes violações


dos direitos humanos em todo o mundo. Uma em cada três mulheres será, em
determinado momento da vida, vítima de abuso físico ou sexual. [122] A violência
contra mulheres tende a ser menos prevalente nos países desenvolvidos ocidentais
e normalizada nos países em vias de desenvolvimento. [123]
Embora a percentagem exata seja discutível, as mulheres são significativamente
mais sujeitas a violência doméstica do que os homens. [2][124][125] Há ainda um amplo
consenso de que as mulheres são as principais vítimas das formas de abuso mais
graves e o grupo com maior probabilidade de ser magoado por um parceiro abusivo,
e que esta probabilidade aumenta em função da dependência económica ou social
em relação ao parceiro.[1][14][124][125]
A Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU afirma
que a violência contra mulheres é uma manifestação da desigualdade histórica na
relação de poder entre homens e mulheres[126][127] e classifica-a em três categorias: a
que ocorre na família, a que ocorre na comuniade e a que é perpretada ou tolerada
pelo Estado.[126] A definição do Protocolo de Maputo é mais ampla, definindo violência
contra a mulher como qualquer ato perpretado contra a mulher que cause ou possa
causar danos físicos, sexuais, psciológicos ou económicos, incluindo a ameaça de
tais atos, ou a imposição de restrições arbitrárias ou privação de liberdades
fundamentais.[128]
A percentagem de mulheres vítimas de abuso físico por parte de um cônjuge varia
entre 10% e 69%, dependendo do país.[129] Nos Estados Unidos, estima-se que a
violência conjugal esteja na origem de 15% dos crimes violentos. [130] e que mais de
metade dos homicídios de mulheres tenham sido perpretados pelo cônjuge. [131]
Femicídio é geralmente definido como o homício de mulheres por homens por
motivos associados ao género, embora as definições precisas variem. O femicídio
ocorre muitas vezes no contexto de violência doméstica, como é o caso do
homicídio de "honra" ou por dote. Em termos estatísticos, o femicídio é muitas vezes
definido como qualquer homicídio de uma mulher. Os países com maior taxa de
femicídio são El Salvador, Jamaica, Guatemala, África do Sul e Rússia (dados de
2004–09).[132] No entanto, em El Salvador e na Colômbia, ambos com elevada taxa
de femicídio, apenas 3% dos femicídios são perpetrados por um parceiro íntimo,
enquanto em Chipre, França e Portugal os parceiros íntimos, presentes ou
anteriores, são responsáveis por mais de 80% dos casos de femicídio. [132]
Homens
Ver artigo principal: Violência doméstica contra homens
As formas mais comuns de violência doméstica contra homens incluem abusos
físicos, emocionais e sexuais, incluindo violência mútua. [133][134] As vítimas masculinas
de violência doméstica demonstram relutância em procurar auxílio por diversos
motivos.[135] Um estudo verificou que existiam poucas probabilidades de a polícia
prender as mulheres agressoras, por presumir que o homem se poderia defender
por si próprio e que a violência por parte da mulher só seria perigosa fora do
contexto conjugal.[136] Outro estudo concluiu que existem algumas evidências que os
tribunais podem ver as mulheres perpetradoras de violência doméstica mais como
vítimas do que como agressoras.[137][138]
Existe um consenso na literatura científica de que a maioria das mulheres presas
por violência conjugal contra parceiros masculinos são elas próprias vítimas de
violência que resistem e se defendem contra o agressor. [139][139]
Por grupo etário
Adolescentes e jovens adultos
Ver artigo principal: Violência no namoro
A literatura científica sobre violência no namoro indica que rapazes e raparigas em
relações heterossexuais alegam ser vítimas de violência na intimidade em igual
proporção, mas que é mais provável que sejam as raparigas a reportar situações de
violência.[140][141][142] Ao contrário da violência doméstica em geral, em que a mulher é a
principal vítima, esta proporção semelhante na adolescência deve-se provavelmente
à própria adolescência, um período de desenvolvimento com características sexuais
diferentes das da idade adulta,[143] e em que há uma maior igualdade a nível físico. [143]
No entanto, embora a proporção de perpetradores de violência no namoro seja
idêntica em ambos os sexos, as raparigas recorrem em geral a formas menos
violentas, como empurrões, bofetadas, arranhões ou pontapés, enquanto os
rapazes apresentam maior probabilidade de esmurrar, estrangular, espancar,
queimar ou ameaçar a parceira com armas de fogo. As agressões sexuais são
também mais comuns entre os homens, embora a probabilidade de pressionar o
parceiro para atos sexuais seja idêntica em ambos os sexos. Para além disso, as
mulheres apresentam uma probabilidade quatro vezes superior de reportar uma
situação de violação e maior probabilidade de sofrer lesões graves por parte do
parceiro ou de necessitar de apoio psicológico na sequência dos abusos. Há
também uma maior probabilidade entre as mulheres de considerar a violência no
namoro um problema grave, ao contrário dos homens, em que há maior
probabilidade de tolerar a violência.[140][141][144]
Para além das formas, os motivos para a violência também variam por sexo. As
mulheres apresentam uma maior probabilidade de recorrer a violência no contexto
de auto-defesa, enquanto os homens apresentam maior probabilidade de recorrer a
violência para obter poder ou controlo sobre a parceira. [140][141][145] Os rapazes que
tenham sido vítimas de abuso doméstico durante a infância são mais propensos a
se tornarem eles próprios perpetradores de violência íntima, enquanto que as
raparigas abusadas durante a infância são mais propensas a
menor empatia e autoeficácia.[141]
A investigação da violência no namoro tem-se focado principalmente na população
caucasiana heterossexual.[140]
Crianças
Ver também: Abuso infantil

  Países em que os castigos corporais em ambiente doméstico são proibidos por lei.

Existe uma forte relação entre violência doméstica e abuso infantil. Uma vez que a
violência doméstica é um padrão de comportamento, o recurso à violência tem
tendência a ser cada vez mais frequente e violento, o que faz aumentar a
probabilidade de as próprias crianças se tornarem vítimas. Estima-se que em entre
30 a 50% dos casos de violência doméstica ocorram também abusos infantis. [146]
As perspetivas sobre castigos corporais em crianças por parte dos pais variam de
país para país. Em 2016, era proibida qualquer forma de castigo corporal em 51
países, a maior parte dos quais na Europa e na América do Sul. Por outro lado, na
maior parte dos países os castigos corporais aplicados pelos pais não são
considerados uma forma de violência doméstica, exceto em casos excessivos. [147][148]
Relações homossexuais
Ver artigo principal: violência doméstica em relações homossexuais
A violência doméstica ocorre também em relações homossexuais. No entanto, é
difícil avaliar a real extensão do fenómeno neste grupo devido à reduzida
amostragem de inquiridos nos estudos.[149]
Em 1999, uma análise de 19 estudos concluiu que as evidências sugerem que a
probabilidade de violência doméstica entre casais homossexuais poderia ser
idêntica à de casais heterossexuais.[150] No entanto, embora alguns estudos afirmem
que a frequência é idêntica à dos casais heterossexuais, [151] outros estudos sugerem
que a violência doméstica entre gays, lésbicas e bissexuais possa ser superior e
que esses grupos apresentam menor probabilidade de reportar situações abusivas.
[152][149]

A homossexualidade é em si um fator de risco que potencia casos de abuso.[26] Nos


países em que a homossexualidade é proibida por lei, os homossexuais não têm
praticamente nenhuma proteção legal contra a violência doméstica [153] e são
desencorajados de procurar auxílio em casos de abuso devido à perseguição das
próprias autoridades.[154]
Existem simultaneamente semelhanças e diferenças entre a violência doméstica em
relações homossexuais e heterossexuais. Entre as semelhanças estão a frequência
(cerca de um em cada quatro casais) as manifestações (psicológicas, físicas,
económicas), consequências (desemprego, toxocidependência, baixa auto-estima),
reações da vítima (medo, impotência, hipervigilância) e razões para se manter na
relação abusiva (amor, promessas de mudança, negação). [155][156][157] No entanto,
existem para além destes características únicas na violência doméstica entre casais
homossexuais: recusa das autoridades e dos serviços sociais em atuar, falta de
apoio da comunidade, medo de embraraçar a comunidade gay, medo de ver
revelada em público a sua orientação sexual, necessidade de acompanhar um
parceiro com sida e serviços de apoio orientados exclusivamente para mulheres
homossexuais.[158][155][156]
Subnotificação
A violência doméstica é um dos crimes menos notificados às autoriedades em todo
o mundo, tanto por homens como por mulheres.[4][5] Os homens tendem a subnotificar
a sua própria perpetração de violência doméstica, enquanto as mulheres tendem a
subnotificar as situações de que são vítimas, ao mesmo tempo que sobre-estimam a
sua própria perpetração de violência.[111][159] Na União Europeia, em 2013 apenas 14%
das mulheres vítimas notificaram à polícia os episódios mais graves de violência
conjugal.[160]
A probabilidade de uma mulher notificar episódios de violência diminui em função da
dependência em relação ao familiar agressor, à normalização da violência no seio
da família e do nível de auto-culpabilização. Entre os homens, a probabilidade de
notificar diminui em função do medo de consequências legais, a tendência de culpar
o cônjuge e de uma narrativa que se foca nas suas próprias necessidades e
emoções.[111] Os homens vítimas enfrentam ainda o estigma social relativo à
vitimização masculina e maior probabilidade de serem ignorados pelos prestadores
de cuidados de saúde.[6][7][9][8]

Causas
Um dos mais relevantes fatores na origem da violência doméstica é a crença de que
o abuso, seja físico ou verbal, é aceitável. Entre outros fatores estão o abuso de
substâncias, desemprego, problemas de saúde mental, incapacidade de enfrentar
situações, isolamento e excessiva dependência do agressor. [161]
Ciclos de violência
Uma característica comum entre os agressores de violência doméstica é o facto de
terem sido testemunhas de abuso durante a infância, reproduzindo esse
comportamento na idade adulta. Em termos técnicos, diz-se que são participantes
em ciclos de violência intergeracional.[162]
Compreender e quebrar este ciclo tem mais impacto na diminuição da violência
doméstica do que as medidas para gerir os abusos. [162]
Alguns estudos sugerem que as experiências adquiridas ao longo da vida
influenciam a tendência de uma pessoa se envolver em violência doméstica, tanto
no papel de vítima como de agressor. Os investigadores que apoiam esta teoria
indicam três fontes de violência doméstica: socialização durante a infância,
experiências anteriores em relacionamentos durante a adolescência e níveis de
pressão no momento presente. As pessoas que testemunharam abusos entre os
pais ou que foram elas próprias abusadas, podem em adultos adotar o mesmo tipo
de comportamento nos seus relacionamentos.[163][164][165]
Os castigos corporais recebidos durante a infância estão associados a uma maior
probabilidade de essa pessoa, quando atinge a idade adulta, agir de forma violenta
em relação a familiares ou parceiros íntimos,[166] de achar normal bater num parceiro,
de estar na origem de conflitos matrimoniais e de manifestar irritação generalizada.
[167][168]
 Embora esta associação não prove que são a causa de violência doméstica,
existem vários estudos longituinais que sugerem que receber castigos físicos tem
um efeito causal direto em padrões posteriores de comportamento agressivo e anti-
social.[169]
Em algumas sociedades patrilineares, após o matrimónio a noiva passa a viver com
a família do marido. Isto faz com que tenha o estatuto social mais baixo entre o
agregado familiar, sendo frequentemente sujeita a abusos por parte dos sogros.
Este sistema familiar tende a criar um ciclo de violência intergeracional, em que a
mulher perpetua os abusos a que foi sujeita enquanto noiva assim que ela própria
se torna sogra.[170][171]
Psicológicas
As teorias que explicam as causas psicológicas da violência doméstica focam-se
nos traços de personalidade e nas características mentais do agressor. Entre os
traços de personalidade associados à violência doméstica estão explosões súbitas
de raiva, falta de capacidade em controlar os impulsos e baixa autoestima.[172]
Entre os agressores há uma elevada incidência de psicopatologias.[173][174][175] Cerca de
80% dos agressores presentes a tribunal apresentam perturbações de
personalidade, valor que pode chegar aos 100% nos casos de violência mais
graves. Na população em geral, a percentagem é de apenas 15-20%. [176]
Os estudos de psicologia evolucionista explicam a violência doméstica como
consequência de mecanismos psicológicos destinados a manter a hierarquia. A
agressividade nos homens é desencadeada por contextos em que o agressor sente
o seu estatuto ameaçado, como quando descobre uma relação extraconjugal ou nos
casos em que o cônjuge é mais bem-sucedido em termos financeiros. A violência
doméstica corresponde à tentativa, por parte do homem, de controlar a reprodução
feminina e de garantir exclusividade sexual. [177]
Sociais
As teorias sociais analisam fatores externos no ambiente do agressor, como a
estrutura familiar, stresse e apendizagem social.[178] A teoria da aprendizagem
social estuda o processo de aquisição de novos comportamentos a partir da
observação e imitação de outras pessoas. Quando uma pessoa testemunha
comportamento violento, está mais suscetível a imitá-lo. A probabilidade de o
agressor manter esse comportamento é maior quando existe reforço positivo ou
quando não existem consequências negativas e a vítima aceita submissivamente a
violência.[179][180][181]
A dependência económica do agressor faz com que a vítima tenha receio das
consequências financeiras ao abandonar a relação tóxica. Os grupos mais
vulneráveis são os não empregados, desempregados, inválidos e mulheres com
filhos. A dependência faz com que tenham menos opções e recursos para enfrentar
ou alterar o comprtamento do agressor.[182]
Existe uma correlação entre delinquência juvenil e violência doméstica em adulto.[172]
Nos casais em que há uma partilha igualitária de poder verifica-se uma menor
incidência de conflitos e, quando surgem conflitos, existe uma menor probabilidade
de se recorrer à violência. As situações de abuso e violência doméstica têm origem
nos casos em que um dos cônjuges ambiciona ter controlo e poder na relação. [183] O
abuso doméstico pode incluir coerção, ameaças, intimidação, abuso psicológico,
abuso económico, isolamento, desvalorização e culpabilização do cônjuge, uso dos
filhos para chantagem emocional e comportamento dominante. [184][185]
Stresses sociais
A incidência de violência doméstica é maior entre famílias e casais em situação de
precaridade económica.[186] Os stresses sociais, como o desemprego, aumentam a
tensão e os conflitos entre as famílias.[187] Embora a violência nem sempre seja
causada por stresse, algumas pessoas respondem ao stress de forma violenta. [188]
[189]
 Alguma investigação sugere também que a precaridade e a incapacidade de
sustentar a família diminui a noção de masculinidade de alguns homens, o que os
faz recorrer a misoginia, abuso de substâncias ou crime como forma de exprimir
essa masculinidade.[186] No caso das relações homossexuais,
a homofobia generalizada é um stresse social adicional que contribui para diminuir a
auto-estima e aumentar a ira, tanto no agressor como na vítima. [190]
Comportamento controlador
A Roda do Poder e Controlo de Duluth ilustra as estratégias abusivas de poder e controlo em situações de
violência doméstica

Um relacionamento abusivo é aquele em que um dos membros recorre a estratégias


abusivas de poder e controlo para dominar a relação, como abusos físicos, sexuais,
psicológicos ou económicos.[191] O agressor tenta exercer controlo sobre todos os
aspetos da vida da vítima, incluindo decisões sociais, pessoais, profissionais e
financeiras.[29][192]

Consequências
Físicas
Entre as consequências físicas mais comuns de episódios agudos de violência
doméstica que requerem cuidados médicos estão ferimentos, ossos partidos, lesões
na cabeça, lacerações e hemorragias internas.[193] As mulheres grávidas vítimas de
violência doméstica apresentam maior risco de aborto espontâneo, parto pré-
termo e lesões ou morte do feto.[193]
A exposição a violência doméstica ou qualquer outra forma de abusos está
fortemente associada a uma maior incidência de doenças crónicas, de
comportamentos de risco e menor esperança de vida.[194][195][196] Entre as consequências
físicas mais comuns a longo prazo de vítimas de abuso prolongado estão
a artrite, síndrome do cólon irritável, dor crónica, dor pélvica, úlceras e dores de
cabeça.[197]
As mulheres em relacionamentos abusivos apresentam ainda um risco
significativamente superior de contrair VIH/SIDA, devido à dificuldade em dialogar
com o agressor sobre sexo seguro, à dificuldade em convencer o parceiro a realizar
exames quando suspeitam de VIH e ao facto de serem muitas vezes forçadas a ter
relações sexuais contra a sua vontade. [198]
Psicológicas
Em muitos casos de violência doméstica, os agressores induzem as vítimas a
sentirem-se culpadas pela violência, sujeitam-nas a críticas constantes e fazem com
que se sintam inúteis. Este padrão faz com que a depressão e o risco
de suicídio sejam comuns entre as vítimas. Estima-se que cerca de 60% das vítimas
de violência doméstica cumpram os critérios de diagnóstico de depressão nervosa.
Em muitos casos, as sequelas psicológicas e o risco de suicídio persistem durante
muito tempo, mesmo após a relação abusiva ter terminado, pelo que se recomenda
à vítima recorrer a psicoterapia.[199]
Para além da depressão, as vítimas de violência doméstica manifestam a longo
prazo ansiedade e pânico, sendo provável que cumpram os critérios de diagnóstico
para perturbação de ansiedade e perturbação de pânico. A sequela psicológica mais
comum da violência doméstica é a perturbação de stress pós-traumático. Esta
condição é caracterizada por flashbacks, imagens intrusivas, reações de
alarme, pesadelos e evasão dos estímulos associados ao abuso.[200]
Financeiras
Em muitas relações abusivas, o agressor limita o acesso da vítima a oportunidades
de emprego com o intuito de a tornar economicamente dependente de si. Nos casos
em que a vítima trabalha, a violência doméstica interere no desempenho laboral da
vítima e na sua relação com os colegas de trabalho. [201][202]
Nos casos de abuso económico, quando a vítima se afasta da relação com o
agressor, é comum sentir-se chocada com a dimensão da autonomia que perdeu
durante o abuso. A vítima geralmente possui muito poucos recursos económicos
próprios e poucas pessoas a quem pode pedir ajuda. Esta realidade é não só um
dos pincipais obstáculos que enfrentam as vítimas, mas também o principal factor
que as faz ter receio de ser afastar do agressor.[203] Em muitos casos, os
sobreviventes de violência doméstica também não possuem a formação,
competências ou experiência necessárias para encontrar emprego suficientemente
remunerado. Este factor é ainda mais grave nos casos em que têm filhos a seu
cargo e existe um risco significativo de se verem obrigadas a viver na rua. [204] Embora
em muitos países existam abrigos e redes de apoio a vítimas de violência
doméstica, em muitos casos a lista de espera é significativa e não têm capacidade
de resposta para a procura.[203]
Familiares
As crianças expostas a abusos domésticos durante a infância apresentam um risco
acrescido de vir a desenvolver problemas psicológicos e comportamentais. [205]
[206]
 Assistir a violência doméstica também tem geralmente impacto negativo no
desenvolvimento emocional, social, comportamental e cognitivo da criança. [207] Em
alguns casos, o agressor agride deliberadamente o cônjuge na presença dos filhos
de modo a antingir duas vítimas em simultâneo. [208][208] As crianças que intervêm
quando assistem a violência extrema contra um dos pais apresentam maior risco de
lesões ou morte.[209] As crianças que testemunham agressões à mãe têm maior
probabilidade de manifestar sintomas de stresse pós-traumático.[210] As
consequências são ainda mais graves quando a mãe agredida manifesta ela própria
stresse pós-traumático e não procura tratamento devido à dificuldade em lidar com a
situação.[211]
Entre os problemas emocionais e comportamentais que resultam da exposição a
violência doméstica durante a infância estão o aumento da
agressividade, ansiedade e perturbações na forma como a criança socializa com os
amigos, família e figuras de autoridade. [205] As experiências traumáticas durante a
infância podem estar na origem de depressão, insegurança emocional e
perturbações mentais.[212] Na escola, a criança pode começar a menifestar
pronblemas de atitude e de cognição, a par de incapacidade em resolver problemas.
[205]
 A exposição a abusos e negligência durante a infância está correlacionada com a
prática de violência doméstica e abuso sexual em adulto. [213]

Combate e prevenção
O combate à violência doméstica é feito mediante a prestação de cuidados médicos,
pela aplicação de leis que protejam a vítima, [214][215] aconselhamento psicológico e
outras formas de prevenção e intervenção. É comum que os participantes em
episódios de violência doméstica necessitem de tratamento médico, quer primário
quer de urgência.[216][217]
Uma das principais formas de prevenção é a existência de legislação que assegure
a proteção das vítimas. A Organização Mundial de Saúde salienta que em muitos
países são necessárias reformas no sentido de revogar leis que discriminam as
mulheres. Nos países em que a lei permite ao marido disciplinar a mulher, qualquer
programa de sensibilização para a violência terá pouco impacto. A OMS salienta
ainda que na prevenção de violência doméstica é essencial que as leis permitam à
mulher entrar e sair livremente de um casamento, obter crédito financeiro e possuir
e administrar bens.[218] A ONU Mulheres salienta a importância de abolir a prática
de dote e de compra da esposa, de modo a que o agressor não possa usar o valor
que pagou como defesa contra acusações de violência doméstica. [219]
Outra das principais estratégias de prevenção de violência doméstica é a promoção
de relacionamentos não violentos e com base no respeito mútuo. [220] As normas
sociais que promovem a inferioridade as mulheres podem levar ao abuso das
mulheres pelo cônjuge. A OMS salienta que a abolição de normas sociais de género
baseadas na desigualdade e no controlo do homem sobre a mulher é um contributo
essencial para prevenir violência sexual e íntima. [218] As crianças que crescem em
lares violentos tendem a acreditar que a violência doméstica é uma situação normal
na vida, pelo que se recomenda desde muito cedo contrariar este quadro de
pensamento.[221] Uma medida de prevenção eficaz são os programas de intervenção
precoce, como os que são implementados nas escolas para prevenir a violência no
namoro.[218]
Muitas vítimas de violência doméstica desvalorizam ou não têm consciência da
gravidade da situação em que se encontram.[222] O aconselhamento psicológico das
vítimas permite avaliar a presença, dimensão e tipos de abuso. [223] A avaliação da
perceção de letalidade pode ajudar a determinar o melhor tratamento e ajudar a
vítima a reconhecer comportamentos perigosos e formas mais subtis de abuso na
sua relação.[224] O aconselhamento permite ainda elaborar um plano de segurança,
que permite à vítima antever e lidar com situações potencialmente perigosas. [31] O
aconselhamento psicológico pode ainda ajudar os agressores a diminuir o risco de
incorrerem novamente em violência doméstica.[225][226] Em vários países, os
condenados por crimes de violência doméstica frequentam programas de terapia
comportamental e educação psicológica, embora exista um debate sobre a eficácia
destes programas.[227]

História

Homem a bater numa mulher, c. 1400.

Até meados do século XIX, a maior parte dos códigos jurídicos consideravam que a
violência contra a mulher era um exercício de autoridade legítimo por parte do
marido.[228][229]
As convulsões políticas e sociais na segunda metade do século, e principalmente o
aparecimento de movimentos feministas, estiveram na origem de alterações
significativas na opinião popular e na legislação sobre violência doméstica,
principalmente no Reino Unido e nos Estados Unidos.[230][231] Em 1878, a lei no Reino
Unido passou a permitir às mulheres separarem-se de um maridos abusivo. [232]
No entanto, até ao fim do século XX, na maior parte dos países continuou a existir
muito pouca proteção contra a violência doméstica e o tema só começou a ser
combatido por legislação a partir da década de 1990. [233] Em 1993, uma publicação
da ONU apelava aos países para considerar a violência doméstica um crime,
reafirmando que o direito à vida em família não incluía o direito de abusar dos
membros da família, salientando que a legisação de muitos países continuava a
permitir o recurso a violência moderada. [234]
Em décadas recentes têm sido conduzidos esforços no sentido de acabar com a
impunidade legal da violência doméstica. A impunidade geralmente baseia-se na
ideia que tais atos são da esfera.[235][236]
A Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência
Contra as Mulheres e a Violência Doméstica foi o primeiro documento vinculativo na
Europa para combater a violência doméstica e a violência contra a mulher.[91] A
convenção tem como objetivo acabar com a tolerância, na lei ou na prática, da
violência doméstica e da violência contra as mulheres, reconhecendo a longa
tradição de se ignorar estas formas de violência.[237]
A partir da década de 2000, tem havido uma atenção acrescida para formas de
violência específicas, como homicídios de "honra", mortes por dote e casamentos
forçados. A ìndia tem realizado esforços no sentido de acabar com a violência
relacionada com o dote.[238] A atenção internacional tem-se também debruçado sobre
a América Latina, uma região com uma elevada incidência de crimes passionais.
Estes crimes têm uma dinâmica similar aos crimes de "honra", em que a violência
sobre a mulher e filhos é vista como compreensível ou desculpável. [239]
Ao longo da História, existiram muito poucas proteções das crianças contra abusos
por parte dos pais.[240] Os maus-tratos infantis começaram a receber maior atenção
da sociedade em 1961 com a publicação do artigo "Síndrome da Criança
Maltratada" pelo pediatra Henry Kempe. Até então, raramente se punha a hipótese
de lesões em crianças serem o resultado de trauma intencional, sendo comum
aceitar sem questionar os relatos de quedas ou violência entre outras crianças. [241]:100–
103
 No entanto, os maus tratos infantis continuam a ser uma realidade em muitos
países. Em várias culturas é aceitável ou permitido aos pais vender os filhos
para escravatura.[240]

Sociedade e cultura
Perspetivas sociais
Aceitação do direito do marido a bater na mulher entre alguns países de maioria muçulmana. Inquérito
realizado pela UNICEF a mulheres entre os 15 e 49 anos em 2013.[242]

Embora as perspetivas sociais sobre a violência doméstica variem de pessoa para


pessoa e de região para região, na generalidade o conceito é de difícil assimilação
fora do mundo Ocidental. Isto deve-se ao facto de nestes países a relação entre
marido e mulher não ser considerada igualitária, mas sim uma em que a mulher se
deve submeter ao marido. Em muitos países, esta submissão está explícita na
própria lei, que determina situações em que a mulher necessita de autorização do
marido.[243] Grande parte da população de vários países vê a violência contra a
mulher como aceitável ou justificada, principalmente quando existe suspeita
de adultério ou quando a mulher se recusa a ser subserviente. [244]
A culpabilização da vítima é o ato de considerar a vítima a responsável pelo crime.
É um fenómeno prevalente em muitas sociedades, incluindo nos países ocidentais.
[245]
 Nestas culturas, a violência contra a mulher não é vista pela sociedade como
uma forma de abuso, mas sim como uma resposta aceitável a comportamentos da
vítima que alegam ser inapropriados. Em algumas regiões, os homicídios por
"honra" são aprovados por uma elevada percentagem da sociedade. [246][247] Em
culturas conservadoras, uma mulher que não se vista de acordo com o que a
sociedade considera discreto pode ser vítima de violência grave por parte do marido
ou de familiares, ao mesmo tempo que essa violência é vista pela mesma sociedade
como aceitável ou justificável.[242] Outra causa de impunidade do agressor é a
perspetiva, existente em algumas sociedades, de que os casos de violência
doméstica devem ser resolvidos com reconcliação e não com a aplicação da lei. [248]
Religião
Existe alguma controvérsia no que diz respeito à influência da religião na violência
doméstica. Segundo M. Basheer Ahmed, embora nenhuma religião defenda
abertamente a violência contra mulheres, existem casos de escrituras retiradas do
contexto de forma a apoiar discriminação contra mulheres dentro de uma
comunidade.[249][nota 2] Por outro lado, os líderes religiosos podem ter um papel
importante na prevenção e combate à violência doméstica, ao apoiar as vítimas e ao
oferecer ao agressor aconselhamento e informações sobre opções de tratamento. [249]
Em termos históricos, tanto judaísmo, cristianismo como islamismo têm apoiado a
noção de que os agregados familiares devem ser liderados pelos homens. [253]
[254]
 A Igreja Católica tem sido alvo de críticas pela oposição ao divórcio, acorrentando
vítimas de violência em casamentos abusivos.[255] Embora alguns autores, entre
eles Phyllis Chesler, afirmem que o Islamismo tem uma forte relação com a
violência contra mulheres, particularmente nos casos de crimes de "honra",[256] outros
argumentam que são o domínio do homem e o estatuto inferior da mulher nas
sociedades islâmicas que estão na origem destes atos, e não a religião em si. [257]
[258]
 Para a muçulmana Mona Eltahawy, o que existe nas sociedades árabes é "uma
mistura tóxica de cultura e religião que poucos parecem dispostos ou capazes de
desembaraçar, para não blasfemar ou ofender." [259]
Em An-Nisa - "A Mulher" - a quarta sura do Alcorão, revelada em Medina, encontra-
se o muito conhecido verso 34ː "Os homens são os protectores (ou guardiões) das
mulheres, porque Alá fez uns superiores aos outros e porque eles gastam os seus
bens para as manter. As boas mulheres são, portanto, obedientes, guardando o
segredo como Alá ordenou que fosse guardado. Aquelas de quem você teme
deslealdade, admoestai-as, e deixai-as sozinhas nos leitos e batei-lhes..." [260] .
Costumes e tradições
Cartaz de protesto contra o dote na Índia.

Os costumes e tradições locais associados são muitas vezes responsáveis por


perpetuar algumas formas de violência doméstica. A tradição do dote é uma das
principais causas de violência contra a mulher em todo o mundo. A preferência por
filhos do sexo masculino, comum em muitas regiões da Ásia, leva frequentemente a
que as filhas sejam abusadas ou negligenciadas por não corresponderem às
expectativas dos pais. O sistema de castas, comum na Índia, estigmatiza as castas
inferiores, o que legitima a discriminação e restrição de oportunidades para as
mulheres, tornando-as vulneráveis a abusos. As limitações à forma da mulher se
vestir, presentes em muitas culturas, são frequentemente impostas pelos membros
da família com recurso à violência. O costume de exigir à noiva virgindade até ao
casamento está na origem de violência contra mulheres que não se conformem.
Alguns tabus sobre menstruação levam ao isolamento e humilhação das mulheres
durante o período menstrual. A violação conjugal é frequentemente justificada pelo
agressor como um direito matrimonial. A mutilação genital feminina é uma tentativa
de controlar a sexualidade da mulher. [261][262][263][264] Nos países em que a polícia e as
autoridades têm a reputação de corrupção e práticas abusivas, as vítimas de
violência doméstica sentem-se frequentemente relutantes em apresentar queixa ou
pedir formalmente ajuda.[265]
Os casamentos forçados e casamentos infantis estão associados a uma elevada
incidência de violência doméstica.[11][266] Um casamento forçado é um casamento em
que um ou ambos os membros são casados sem que ambos o tenham consentido
de forma livre, sendo muitas vezes decidido pela família à nascença. [267]
[268]
 Um casamento infantil é um casamento em que um dos membros tem menos de
18 anos de idade.[266] Estes casamentos estão associados não só a uma maior
violência conjugal perpetrada pelo agressor, como também à violência e tráfico
associados ao pagamento de dote, e aos homicídios por "honra" nos casos de
recusa por parte das vítimas.[269][270][271][272]

Ver também
 Violência contra a mulher
 Violência contra o homem
 Machismo
 Feminicídio

Notas
1. ↑ Note-se que é possível que a mulher não sangre durante a primeira relação sexual
2. ↑ Por exemplo, existem várias passagens na Bíblia que são alvo de debate em relação ao
relacionamento entre os sexos, como Efésios 5:22-23 (subordinação da mulher ao marido)
ou Coríntios 7:3-5. Alguns líderes religiosos usam estas passagens para negar o conceito
de violação conjugal.[250][251] No Islamismo, alguns líderes religiosos alegam que o verso 34 da
quarta sura (An-Nisa) do Alcorão permite ao homem recorrer a violência contra a mulher. [252]

Referências
1. ↑ Ir para:a b McQuigg, Ronagh J. A. (6 de abril de 2011). «Potential problems for the effectiveness of
international human rights law as regards domestic violence». International Human Rights Law
and Domestic Violence: The Effectiveness of International Human Rights Law (em inglês). [S.l.]:
Taylor & Francis. p. 13.  ISBN  9781136742088.  This is an issue that affects vast numbers of
women throughout all nations of the world. [...] Although there are cases in which men are the
victims of domestic violence, nevertheless 'the available research suggests that domestic violence
is overwhelmingly directed by men against women [...] In addition, violence used by men against
female partners tends to be much more severe than that used by women against men. Mullender
and Morley state that 'Domestic violence against women is the most common form of family
violence worldwide.'
2. ↑ Ir para:a b Grodin, Michael; Tarantola, Daniel; Annas, George; Gruskin, Sofia (4 de julho de 2013).
«Protection of sexual and reproductive health rights: addressing violence against women». Health
and Human Rights in a Changing World  (em inglês). [S.l.]: Routledge. pp.  780–
781.  ISBN  1136688633. Intimate male partners are most often the main perpetrators of violence
against women, a form of violence known as intimate partner violence, 'domestic' violence or
'spousal (or wife) abuse.' Intimate partner violence and sexual violence, whether by partners,
acquaintances or strangers, are common worldwide and disproportionately affect women,
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prior abuse, citing revenge and retaliation as a primary motivation. Because treatment
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violence is used to gain power and control, batterer intervention counseling may not be
appropriate for women, who appear more motivated by the desire to maintain personal liberties in
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coercive control. Women use control to gain autonomy in relationships, whereas men use control
to demonstrate authority. Evidence suggests that women commonly use IPV in response to their
partner’s violence either in self-defense or in retaliation. Anger expression was a recurrent theme,
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O que fazer para prevenir a violência doméstica?


Como prevenir e combater a violência contra a mulher? Tradicionalmente, o
combate à violência contra a mulher é pensado, prioritariamente, por meio da via
policial, cabendo à mulher ir à delegacia registrar o Boletim de Ocorrência para que
o crime possa ser investigado e, depois, para que o agressor possa ser punido.

Por Elas
Pandemia e Segurança

 Segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Oito ações municipais que podem


ajudar a prevenir a violência contra a
mulher

Imagem: Reprodução – Montagem: Justificando

Coluna ‘Por Elas: Pandemia e Segurança’, todas as quintas-feiras

Por Camila Cardeal e Ludmila Ribeiro

A temática da violência contra a mulher ganha cada vez mais relevância em todo o
país. Em um dos textos da nossa coluna aqui no Justificando indicamos como a
violência doméstica é uma realidade urgente e triste no Brasil. Num outro artigo,
problematizamos como a COVID-19 acentuou esse problema com a maior
permanência das mulheres em casa, muitas vezes expostas  a um maior tempo de
convívio com seus agressores. 

Apesar dessa realidade, o poder público tende a apresentar como resposta  para
esse problema tão somente os registros on-line de ocorrência, que estão longe de
ser uma solução efetiva. Pelo contrário: podem até contribuir para o agravamento da
situação. Afinal, se a mulher denuncia, mas não é amparada pelos sistemas de
saúde, assistência social, segurança e justiça, torna-se vítima fácil para outras
agressões, que no extremo podem levar ao seu óbito.

Por isso, é fundamental que as(os) candidatas(os) a vereadoras(es) e prefeitas(os)


tenham propostas consistentes sobre como lidar com a violência contra a mulher –
prevenindo-a e protegendo-a, especialmente quando ela está “dormindo com o
inimigo”. Este é o tema da nossa coluna de hoje.
 
Afinal, o que é a violência contra a mulher? 

A violência de gênero se relaciona com os padrões de crença, valores, lugares e


papéis impostos para homens e mulheres em qualquer sociedade. Muitas vezes ela
diz respeito às relações desiguais de poder – que apesar de serem socialmente
construídas, tendem a ser vistas como naturais, como decorrentes de se nascer
biologicamente como homem ou mulher. Não existe nada de natural na dominação
e subjugação do gênero feminino pelo masculino e na forma como esses padrões
de interação se colocam na sociedade. Para tentar coibir esses comportamentos,
nas últimas décadas, foram aprovadas inúmeras leis, que procuraram criminalizar
de maneira específica as agressões físicas, sexuais e psicológicas praticadas contra
as mulheres especificamente em razão de gênero. 

Os dados mais recentes mostram como a vitimização de mulheres exige do Estado


brasileiro uma resposta urgente. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança
Pública, quase quatro mulheres foram vítimas de feminicídio por dia no Brasil em
2019. Ao contrário do observado com os homicídios, que diminuíram em 17,7% na
comparação entre 2018 e 2019, os feminicídios aumentaram em 7,1%. Somente em
2020, já aumentaram mais 1,7%, sendo que a enorme maioria dessas mulheres
(90%) foram mortas pelos companheiros, atuais ou passados. 

Não há dúvida de que muitos homens ainda vêem as mulheres como suas posses e
propriedades. O quadro se torna ainda mais estarrecedor quando verificamos
a permanência de outros eventos, como violências (físicas e verbais), além de
assédios contra as mulheres. Em 2019, 12,5 milhões de mulheres (21,8%) foram
vítimas de ofensa verbal, como insulto, humilhação ou xingamento; 4,7 milhões de
mulheres (9%) sofreram empurrão, chute ou batida e 4,6 milhões de brasileiras
(8,9%) foram tocadas ou agredidas fisicamente por motivos sexuais; 1,7 milhão de
mulheres (3,9%) foram ameaçadas com faca ou arma de fogo; e 1,6 milhão de
brasileiras (3,6%) sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento. Quando
você estiver terminando a leitura deste texto (que dura quase oito minutos), uma
mulher foi estuprada.

Esses dados demonstram de forma inequívoca como a violência é diária no


cotidiano das mulheres brasileiras. Dessa forma, é urgente que sejam desenhadas
medidas voltadas para a prevenção dessas agressões (físicas, psicológicas,
patrimoniais, sexuais, dentre outras), além de ações destinadas ao acolhimento da
vítima e punição do agressor. São necessárias estratégias que atuem nas raízes
culturais das diversas manifestações de violência e, assim, efetivem ações de
proteção das mulheres numa sociedade onde impera a desigualdade de gênero nas
suas normas sociais. 

Leia também:
Estamos caminhando para a
naturalização dos retrocessos?

Como prevenir e combater a violência contra a mulher?

Tradicionalmente, o combate à violência contra a mulher é pensado,


prioritariamente, por meio da via policial, cabendo à mulher ir à delegacia registrar o
Boletim de Ocorrência para que o crime possa ser investigado e, depois, para que o
agressor possa ser punido. O problema dessa medida é que ela não é preventiva,
mas reativa. Significa que é uma medida que acontece depois que a violência se
materializou. Ainda assim, é uma providência importante e necessária e, por essa
razão, serviços específicos das Guardas Municipais, conjugados com outras
atividades realizadas pelas Polícias Militares e pelas Delegacias Especializadas de
Atendimento às Mulheres (DEAMs), são indispensáveis, posto que proporcionam
uma maior visibilidade do fenômeno. Afinal, a queixa criminal faz com que o caso
entre para as estatísticas criminais e permite também a responsabilização do
agressor.

Acontece que, muitas vezes, a saída pelo direito penal pode significar um sofrimento
enorme para as mulheres, em razão do desgaste emocional e da revitimização e,
por que não dizer, das decisões judiciais que acabam por legitimar a violência de
gênero. Tal cenário as desestimula a prestar queixas. A falta de um acolhimento
adequado, de uma escuta não julgadora, a imposição de condutas e resoluções que
não encontram respaldo no desejo das usuárias, a falta de acesso aos meios
jurídicos e de proteção, leva, muitas vezes, à perpetuação do ciclo da violência.
Exatamente por isso, é indispensável pensar na reformulação da forma como a
mulher é recebida nesta rede de serviços, o que demanda capacitação na temática
de gênero, articulação dos serviços, recursos, parcerias e profissionais. 

Outro problema, diferente desse primeiro, tem a ver com a falta de políticas que
sejam de fato de prevenção. Temos poucas ações promissoras, sendo que elas
deveriam ser o “carro chefe” quando pensamos em uma sociedade em que as
mulheres não tenham medo. É somente pela prevenção que as mulheres poderão
experimentar efetiva melhoria da qualidade de vida. 

Elencamos, então, algumas das ações que podem ser adotadas para enfrentamento
do problema por parte das administrações municipais.

1 – Fortalecimento e capacitação das redes de atendimento às mulheres em


situação de vulnerabilidade. É fundamental que os serviços de assistência social,
como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e o Centro de
Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) sejam fortalecidos numa
perspectiva de gênero. O CREAS tem entre as suas atribuições o desenvolvimento
de programas que promovem a autonomia da mulher, primordiais para que as
usuárias sejam munidas de informações e ferramentas que as auxiliem na proteção
às situações de violência e também na saída desses ciclos. A inclusão dessas
mulheres nos programas assistenciais do governo, trabalho feito pelo CRAS, é
importante para que possa ocorrer a ruptura da possível dependência econômica
dessa mulher. Para o fortalecimento da rede de atendimento, é possível até mesmo
o desenvolvimento de  atividades inclusivas de inserção das mulheres em situação
de violência no mercado de trabalho, por meio de parcerias entre trabalhadores,
empresas, sindicatos, entre outros. 

2 – Realização de campanhas educativas, que incluam a capacitação e a produção


de materiais para as escolas municipais, com discussões voltadas especificamente
para a desconstrução da masculinidade tóxica. O Instituto Promundo tem
desenvolvido diversos guias que podem ser apropriados pelas instituições de ensino
e replicados para evitar a reprodução de modelos de subordinação do feminino ao
masculino. Além disso, a elaboração e divulgação de materiais informativos  nas
escolas sobre a violência contra a mulher, com o envolvimento de toda a
comunidade escolar, potencializa a prevenção à violência de gênero nas cidades.
Por fim, é indispensável a capacitação constante das(os) educadoras(es) para que
elas(es) possam detectar uma situação de violência, encaminhá-la aos serviços da
rede de atendimento, e também possam apoiar as famílias nos desdobramentos
policiais e judiciais dos casos. 

3 – Reorientação dos serviços oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).


O entendimento da violência contra a mulher enquanto um problema de saúde
pública é indispensável para que exista acolhimento receptivo, procedimentos
adequados e a prestação de informações oportunas de acordo com cada crime ou
situação de constrangimento. É preciso, portanto, considerar as individualidades das
mulheres vítimas. Por exemplo, para as mulheres que são mães, recomenda-se que
as UBSs desenvolvam programas terapêuticos voltados para o fortalecimento da
relação entre mães (e pais, se for o caso) e filhos, com idade entre 2 e 12 anos, com
vistas a evitar possíveis maus tratos (PCIT, sigla em inglês). Tais intervenções têm
mostrado inúmeros benefícios em diversos países, porque muitas vezes a violência
contra a mulher na idade adulta é resultado da vivência desta criança em lares
muito violentos. Para a escuta de todas as mulheres, é necessária formação
permanente das(os) agentes comunitárias(os) de saúde em gênero e metodologias
de escuta ativa, primordiais na identificação, no tratamento e no adequado
encaminhamento de mulheres em situação de violência. Por fim, as UBSs devem ter
protocolos de identificação, acolhimento e encaminhamento (no âmbito da rede
municipal de saúde) para as mulheres vítimas de violência sexual. 

Leia também:

6 medidas de políticas de prevenção


à violência nos municípios
4 – Criação e manutenção dos Centros de Referência previstos no âmbito da Lei
Maria da Penha, com vistas a viabilizar atendimentos integrais e multidisciplinares
para mulheres e respectivos dependentes em situação de violência doméstica e
familiar. Esses centros são importantes para a promoção do resgate da pessoa e
fortalecimento de sua autoestima. Além disso, eles ajudam a conectar os diversos
serviços disponíveis (em âmbito municipal, estadual e federal) com a sociedade
civil, melhorando a circulação de informações e de recursos (materiais e simbólicos)
que possam melhorar a qualidade de vida das mulheres. na provisão de recursos e
estimular a sua vinculação com a rede de atendimento às mulheres. 

5 – Criação e articulação das instituições de acolhimento, como as casas-abrigo. 


Tais espaços seguros, temporários e sigilosos, visam acolher as mulheres em
situação de dependência econômica, que não têm para onde ir além da casa onde
vivem com seus companheiros. Segundo dados do IBGE, somente 2,4% dos
municípios contam com casas abrigo, o que significa dizer que muitas vezes as
mulheres agredidas precisam continuar no mesmo teto com os seus algozes porque
não têm para onde ir. Assim, é indispensável que o poder executivo municipal crie e
mantenha os abrigos para as mulheres, bem como os conecte com outras
instituições e serviços de assistência social, saúde, segurança pública, dentre
outros. 

6 – Maior aproximação com o poder judiciário por meio de iniciativas de justiça


restaurativa. A Justiça Restaurativa procura se distanciar do modelo tradicional de
administração de conflitos ao propor: (i) maior protagonismo por parte da vítima, que
não apenas tem a sua narrativa valorizada, como pode propor alternativas para a
gestão do problema; (ii) responsabilização do ofensor pela violência por meio de
lógicas outras que não apenas a pena de prisão, (iii) presença de um facilitador, que
traga as relações comunitárias que possam ser acionadas para romper um ciclo de
reprodução de violência. Logo, iniciativas de justiça restaurativa podem ser uma
ponte para aproximação entre município e poder judiciário, para que outras ações
sejam incentivadas, de forma a se evitar a piora do problema pelo encarceramento
do ofensor. 
 

7 – Criação de grupos reflexivos com Homens Autores de Violência (HAV). Tais


espaços são essenciais porque, muitas vezes, o vínculo amoroso se dissolve após o
registro da violência com aquela mulher, mas logo em seguida é reconstituído com
uma outra. E se as causas do comportamento agressivo não são adequadamente
trabalhadas, corre-se o risco do problema reaparecer com uma nova vítima. Para
quebrar esse ciclo é indispensável que o município desenvolva políticas que tenham
como foco os homens, abordando com eles questões como igualdade de gênero e a
necessidade de desconstrução do patriarcado para se evitar a naturalização e a
banalização das agressões contra as mulheres. São, assim, espaços que permitem
a reflexão das ações e omissões cometidas, bem como a elaboração de novos
modelos de comportamento, que não sejam pautados pelo uso da violência. 

8 – Criação de patrulhas Maria da Penha, realizadas pelas Guardas Municipais.


Como abordamos na coluna sobre as propostas para as guardas municipais, as
prefeituras podem direcionar os comandos das guardas para a criação de patrulhas
específicas de atendimento às ocorrências de violência contra a mulher. Com
profissionais capacitados para o acolhimento, atendimento e devido
encaminhamento da vítima aos outros órgãos do sistema de justiça criminal é
possível evitar a revitimização e também proteger as mulheres que estão enredadas
em dinâmicas de violência. 

O envolvimento do município no combate e prevenção da violência contra a mulher


pode se dar por diversas áreas, instituições e iniciativas. É fundamental que a gente
cobre das(os) nossas(os) candidatas(os) medidas concretas e efetivas, que incluam
ações concretas, que possam ser reunidas em cartilhas e materiais informativos
para ajudar a mulher que não sabe por onde começar a sair deste enredo.
O exemplo de São Paulo é ótimo para se pensar em como divulgar as leis e os
serviços disponíveis para se evitar a violência contra a mulher. Há muito a ser feito,
consolidado, potencializado e difundido se quisermos garantir  uma boa vida para as
mulheres de todo o país, que precisam procurar os serviços municipais quando se
veem diante de questões que podem desaguar em violência e, até mesmo, na perda
de sua vida.

Camila Cardeal e Ludmila Ribeiro são pesquisadoras do CRISP na Universidade


Federal de Minas Gerais e escrevem para o Justificando na coluna Por Elas –
Pandemia e Segurança.

Qual a pena para o crime de lesão corporal leve?

Lesão corporal leve – Crime previsto no artigo 129 do Código Penal. Pena de


detenção de 3 meses a 1 ano.

O que são crimes de violência doméstica?


De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e
familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe
cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial”.

Quais tipos de crimes podem ser atribuídos a quem comete violência patrimonial?
A violência patrimonial encontra os tipos penais a ela relacionados no Título II da
Parte Especial do Código Penal ("Dos Crimes contra o Patrimônio"): furtos,
apropriação indébita, roubos, extorsões, entre outros. O Código Penal, nesse
mesmo título, previu as denominadas escusas absolutórias (artigos 181 e 182).

O que é considerado lesão corporal leve?


Lesões corporais é um crime comum, em regra; material e de dano; instantâneo;
doloso, culposo e preterdoloso. A definição de lesão corporal leve se dar por
exclusão, ou seja, configura-se quando não ocorre nenhum dos resultados previstos
no art. 129, §§ 1º, 2º e 3º do Código Penal.

Código Penal

LIVRO II - Parte especial


TÍTULO I - Dos crimes contra as pessoas
CAPÍTULO III - Dos crimes contra a integridade física
----------
Artigo 152.º - Violência doméstica
       1 - Quem, de modo reiterado ou não, infligir maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo
castigos corporais, privações da liberdade, ofensas sexuais ou impedir o acesso ou fruição aos
recursos económicos e patrimoniais próprios ou comuns:

              a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge;


              b) A pessoa de outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha
mantido uma relação de namoro ou uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem
coabitação;
              c) A progenitor de descendente comum em 1.º grau; ou
              d) A pessoa particularmente indefesa, nomeadamente em razão da idade, deficiência,
doença, gravidez ou dependência económica, que com ele coabite;
              e) A menor que seja seu descendente ou de uma das pessoas referidas nas alíneas a),
b) e c), ainda que com ele não coabite;

       é punido com pena de prisão de um a cinco anos, se pena mais grave lhe não couber por
força de outra disposição legal.
       2 - No caso previsto no número anterior, se o agente:

              a) Praticar o facto contra menor, na presença de menor, no domicílio comum ou no


domicílio da vítima; ou
              b) Difundir através da Internet ou de outros meios de difusão pública generalizada,
dados pessoais, designadamente imagem ou som, relativos à intimidade da vida privada de uma
das vítimas sem o seu consentimento;

       é punido com pena de prisão de dois a cinco anos.


       
       3 - Se dos factos previstos no n.º 1 resultar:

              a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de dois a
oito anos;
              b) A morte, o agente é punido com pena de prisão de três a dez anos.

       4 - Nos casos previstos nos números anteriores, incluindo aqueles em que couber pena
mais grave por força de outra disposição legal, podem ser aplicadas ao arguido as penas
acessórias de proibição de contacto com a vítima e de proibição de uso e porte de armas, pelo
período de seis meses a cinco anos, e de obrigação de frequência de programas específicos de
prevenção da violência doméstica.
       5 - A pena acessória de proibição de contacto com a vítima deve incluir o afastamento da
residência ou do local de trabalho desta e o seu cumprimento deve ser fiscalizado por meios
técnicos de controlo à distância.
       6 - Quem for condenado por crime previsto no presente artigo pode, atenta a concreta
gravidade do facto e a sua conexão com a função exercida pelo agente, ser inibido do exercício
de responsabilidades parentais, da tutela ou do exercício de medidas relativas a maior
acompanhado por um período de 1 a 10 anos.

 Redacção dada por Lei nº 57/2021 de 16-08-2021, Artigo 3.º - Alteração ao Código Penal


Alargamanto da Proteção das Vítimas de Violência Doméstica

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