Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pergunta de partida
Devemos respeitar o ditado popular “entre marido e mulher não se mete a colher.”
2. Exploração, leituras
2.1 O que suscitou o nosso interesse nesta questão?
A abordagem do tema da violência doméstica é de extrema importância por diversas
razões.
Em primeiro lugar, a violência doméstica é um problema grave e generalizado em
todo o mundo, que afeta milhões de pessoas desde há muitos anos, especialmente mulheres e
crianças. Abordar este tema é essencial para aumentar a conscialização sobre o problema e
ajudar a preveni-lo. Além disso, a violência doméstica tem consequências devastadoras para
as vítimas, que muitas vezes sofrem danos físicos e emocionais graves. Pode levar à
perpetuação de um ciclo intergeracional de violência, causar danos à saúde mental, prejudicar
o desempenho escolar e profissional das vítimas e contribuir para a pobreza e exclusão social.
Ao abordar o tema da violência doméstica, podemos ajudar a sensibilizar a sociedade sobre
os fatores que criaram para a violência e promover a igualdade de género e o respeito pelos
direitos humanos.
Em resumo, a abordagem do tema da violência doméstica é crucial para combater essa
forma de violência e proteger as vítimas, além de contribuir para a construção de uma
sociedade mais justa e equitativa.
“Isto acaba aqui”, livro de Colleen Hoover, tem como protagonista Lily que desde a
infância se depara com situações de violência doméstica e agora na sua relação já em adulta o
mesmo homem que a magoa é o mesmo que lhe cura esse mesmo sofrimento, assim são
muitas as vítimas de violência doméstica que costumam apresentar o argumento de que
apesar de a magoar faz-lhe muito bem.
2.3. Causas
As causas da violência doméstica podem envolver fatores individuais, relacionais e
sociais.
Algumas das causas mais comuns incluem a desigualdade de género em que a
violência doméstica é frequentemente vista como uma expressão das desigualdades de poder
entre homens e mulheres, com o abusador exercendo controle e poder sobre a vítima, no caso
a mulher. O histórico de violência no qual os agressores podem ter um histórico de abuso ou
terem sido vítimas de abuso na infância ou noutros relacionamentos anteriores. O abuso de
substâncias, incluindo álcool e drogas, pode aumentar a probabilidade de violência
doméstica. Os problemas de saúde mental, transtornos mentais, como depressão e transtorno
bipolar, podem contribuir para comportamentos violentos e abusivos. Problemas financeiros,
incluindo desemprego e dívidas, podem levar ao estresse e tensão em um relacionamento,
aumentando a probabilidade de violência doméstica. As normas culturais e sociais que
aceitam ou toleram a violência doméstica podem contribuir para a perpetuação da violência.
É importante reconhecer que a violência doméstica é sempre injustificada e
inaceitável, independentemente das circunstâncias ou causas subjacentes. A intervenção e
prevenção adequadas são essenciais para abordar a violência doméstica em todas as suas
formas.
2.4. Consequências
A violência doméstica pode ter várias consequências graves para as vítimas, bem
como para a sociedade como um todo.
Algumas das consequências mais comuns incluem os problemas de saúde física e
mental em que as vítimas de violência doméstica podem sofrer lesões físicas, incluindo
fraturas, lesões na cabeça e cortes. Podem também desenvolver problemas de saúde mental,
incluindo transtornos de estresse pós-traumático, depressão, ansiedade e transtornos
alimentares. Pode levar também ao isolamento social, pois, a vítima pode sentir-se
envergonhada ou ter medo de procurar ajuda. a vítima, se for consciente que o é, também tem
medo de se relacionar com outras pessoas com receio que lhe façam o mesmo. Problemas de
desempenho escolar ou no trabalho, as vítimas de violência doméstica podem ter dificuldade
em manter um trabalho ou frequentar a escola devido aos problemas de saúde física e mental,
assim como a necessidade de esconder os abusos. A violência doméstica pode levar a
problemas financeiros para a vítima, pois o abusador pode controlar ou restringir o acesso da
vítima a dinheiro e recursos financeiros. A violência doméstica pode levar as vítimas a
perderem a confiança nas instituições públicas, incluindo o sistema legal e de saúde, tornando
difícil a procura por ajuda. As crianças expostas à violência doméstica podem desenvolver
problemas de comportamento, incluindo agressividade, ansiedade e depressão.
É importante reconhecer que a violência doméstica pode ter efeitos de longo prazo nas
vítimas e que a intervenção e o suporte adequados são essenciais para minimizar esses
efeitos.
3. Problemática teórica
3.1. Em termos sociológicos, onde se enquadra o tema?
A violência doméstica é um grave problema social que afeta muitas pessoas.
O papel da violência doméstica na sociedade é extremamente negativo, pois causa
danos físicos, emocionais e psicológicos para as vítimas, bem como problemas sociais e
económicos mais amplos. A violência doméstica pode levar a consequências físicas e/ou
psicológicas, além disso, as vítimas de violência doméstica podem ter dificuldades para
manter um emprego ou cuidar da família, o que, consecutivamente, pode levar a problemas
económicos.
É importante que a sociedade reconheça a gravidade da violência doméstica e trabalhe
para preveni-la e ajudar as vítimas. Isso pode incluir medidas como aumentar a
conscialização sobre a violência doméstica, fornecer apoio e recursos para as vítimas e
responsabilizar os agressores pelos seus atos.
Os sociólogos também investigam as formas como a violência doméstica é perpetuada
e como as vítimas são afetadas, bem como as estratégias de prevenção e intervenção que
podem ser implementadas para ajudar a reduzir a incidência de violência doméstica.
4. Colocação da hipótese
Com este questionário, pretendemos tirar o máximo de informação relevante e que
contribua de forma positiva para a qualidade do nosso trabalho. Para que isto aconteça, as
pessoas com quem partilhámos este questionário devem responder de forma séria às questões
elaboradas sobre a violência doméstica.
Pretendemos ter o máximo de respostas possíveis e poderemos encontrar divergências
nas opiniões pois as pessoas com quem partilhámos o nosso questionário pertencem a grupos
etários diferentes, o que faz com que as perspetivas de cada um não sejam iguais devido ao
facto de terem crescido em ambientes ou épocas diferentes, estando interligado com os
valores, costumes, hábitos e padrões de uma sociedade ou cultura.
Uma das filosofias que esperamos que esteja bastante presente nas respostas ao nosso
questionário é o humanismo, isto é, a valorização do ser humano e da condição humana, pois
como sabemos, o tema da violência doméstica é muitas vezes debatido pelo facto de a ação
da justiça em alguns casos, não atuar da melhor forma. Geralmente, isto acontece por falta de
provas ou testemunhas que possam ajudar na resolução do caso.
Assim, seja homem ou mulher, esperamos que as respostas às questões tenham todas
o seu caráter humano e outros valores bem assentes na sociedade como a empatia, a justiça, a
liberdade, a honestidade, etc…
5.3.5. As vítimas que sofrem de violência doméstica e têm consciência disso maior
parte das vezes não falam sobre isso por medo, vergonha, medo das consequências e receio
que não acreditem. Estas foram as respostas que mais obtivemos na maioria.
Apresentar queixa
Contactar as autoridades
Ligar para estes contactos
o 112 – Número de telefone de emergência único europeu, disponível em toda
a UE, a título gratuito, para situações de emergência com perigo iminente;
o 144 – Linha Nacional de Emergência Social;
o 800 202 148 – Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica
(CIG);
o 116 006 - Linha de Apoio à Vítima (APAV) (chamada gratuita).
6. Conclusão
Ao concluir este trabalho, podemos verificar que a pergunta inicial foi respondida e a
hipótese colocada confirmada pela maioria das pessoas e de diferentes formas, apesar de estar
tudo baseado no mesmo objetivo. São vários os exemplos que podemos dar que nos fizeram
confirmar estas duas afirmações, no entanto, de forma geral, à pergunta inicial as pessoas
mostraram uma atitude de empatia, ajuda e preocupação com a vítima, sendo capazes de
denunciar as situações a órgãos de justiça superiores ou de aconselhar a vítima a fazê-lo.
Tal como a pergunta inicial, também podemos confirmar a hipótese colocada, em que
apesar de ainda existirem pessoas que não encaram estes temas ainda atuais (em número mais
reduzido) da forma que deviam ser encarados, uma grande percentagem das pessoas que
respondeu às perguntas mostrou-se preocupado, interessado e nas suas respostas revelaram
ser pessoas com valores e com um caráter humanista bem assente.
Assim, verificamos que houve, e continua a haver uma grande evolução nas
mentalidades da população, que começam a abordar certos temas que, apesar de em outras
épocas não serem tão debatidos, merecem o máximo da nossa atenção e interesse.
A investigação não foi fácil, pois envolveu muita pesquisa, mas também não acho que
tenha sido difícil devido à grande importância que este tema da violência doméstica tem
ganho, não só no nosso país, isto que contribui para o aumento de informação em todas as
fontes de pesquisa (google, youtube, livros…) e para uma aprendizagem de maior qualidade
sobre este assunto que esperamos que seja cada vez mais falado e debatido.
5. Bibliografia
https://www.significados.com.br/valores-morais/
https://pt.slideshare.net/AnaCludiaFerreira1/violncia-domstica-10585056
https://www.galvaoesilva.com/violencia-domestica-motivo-e-suas-consequencias/
https://dre.pt/dre/legislacao-consolidada/decreto-lei/1995-34437675-49695775
https://dicionario.priberam.org/
https://www.todamateria.com.br/violencia-contra-a-mulher/
https://apav.pt/vd/index.php/features2
https://www.publico.pt/2023/04/06/sociedade/noticia/detido-homem-mantinha-mulher-
trancada-casa-marvila-2045238
https://www.gnr.pt/Cons_VilolenciaDomestica.aspx
https://www.psp.pt/Pages/atividades/programa-violencia-domestica.aspx
https://dre.pt/dre/detalhe/resolucao-conselho-ministros/88-2003-666708