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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

ENGENHARIA ELÉTRICA
PSICOLOGIA SOCIAL E DIREITOS HUMANOS
O R I E N TA Ç Ã O : P r o f . ª P S I C . E S P E C . R I TA M A RT I N E Z
• A Violência Doméstica é todo tipo
de agressão praticada entre pessoas
com vinculo familiar ou afetivo e

O QUE É
que convivem em uma mesma
residência, mesmo que
esporadicamente.
VIOLÊNCIA • Ela pode acontecer entre pais e
filhos, marido e esposa e até entre
DOMÉSTICA cuidadores e idosos, por exemplo.
• A violência doméstica só costuma
? ser denunciada quando envolve
agressão física, até por ser mais fácil
de perceber, porém, agressões
também podem ser de natureza
psicológica, sexual, patrimonial,
moral e negligência.
PRINCIPAIS VÍTMAS
Mulheres, crianças e idosos são as vítimas mais comuns de
violência doméstica.
• As crianças são vítimas disso quando são usadas como
instrumento de chantagem pelos pais ou agredidas
diretamente.
• Quanto a idosos, os casos mais comuns são de violência
envolvem abandono, negligência, roubo de dinheiro,
agressão física.
• No Brasil, os idosos correspondem a cerca de 15% e as
crianças a 1,4% dos casos. A maioria das vítimas são
mulheres, as quais representam 84% de todas as
ocorrências, além de serem vítimas mais comuns das
formas mais extremas de violência.
Homens também são vítimas de
violência doméstica, embora
representam a minoria dos casos. Na
maioria das vezes, homens são os
autores da violência, especialmente
HOMEM quando a vítima é uma mulher ou
menina.

COMO Quando o homem é vítima de algum


tipo de violência, as chances são

VÍTMA grandes de que o autor da agressão


seja alguém desconhecido dele; já no
caso das mulheres, é bem frequente
que o autor seja um parceiro romântico
ou alguém de seu convívio.
CRIAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA

Considerando que mulheres são as principais vítimas de


LEI MARIA violência doméstica, leis com o objetivo de protegê-las e
ampará-las foram criadas no Brasil e em outros lugares do
DA PENHA mundo.

• A Lei Maria da Penha entrou em vigor no Brasil


em 2006.
• A punição para esse tipo de violência deixou de
ser o pagamento de multas ou cestas básicas e
passou de ser de 1 a 3 anos de prisão.
• O nome da lei é em homenagem à Maria da Penha
Mais Fernandes, que ficou paraplégica após ser
baleada pelo seu marido enquanto dormia.
COMO SURGE A VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA CONJUGAL?
FASES E PRINCIPAIS
MANIFESTAÇÕES
Apesar da violência doméstica conjugal ser um
fenômeno que pode ser manifestar de várias
formas, ela costuma seguir um ciclo de violência
que já é bem conhecido.
FASE INICIAL:
• Fase de tensão, onde ocorrem insultos e
ameaças cotidianas que vão se acumulando
progressivamente.
FASE DA AGRESSÃO:
• Nesta fase a tensão é trocada por episódios de
explosão e violência contra vítima, seja ela
envolvendo agressão psicológica, física ou de
outro tipo.
FASE FINAL OU “LUA-DE-MEL”:
• O autor da violência pede perdão, promete
mudar de comportamento e demonstra
carinho.
• Em muitos casos, esse ciclo tende a ir se
repetindo, e posteriormente tornando os
episódios de agressão cada vez mais graves,
com um período mais curto entre eles.
CAUSAS E • As consequências psicológicas de
passar por esse tipo de coisa podem ser
CONSEQUÊNCIAS tão graves quanto as lesões físicas.
• Vítimas de violência doméstica
possuem uma chance maior de
desenvolver transtornos como a
depressão, o transtorno de estresse
pós-traumático, transtornos
relacionados ao uso de substâncias, ao
sono e à alimentação, por exemplo.
• Alguns fatores de risco para a
ocorrência de violência doméstica são
o baixo nível de escolaridade por parte
dos pais, o abuso de drogas, o
desemprego, a convivência desde a
infância com a violência e ter
antecedentes criminais.
EXISTE UM MITOS DA VIOLÊNCIA
PADRÃO? DOMÉSTICA

• Vítimas e autores de violência • Um dos mitos da violência doméstica é


doméstica não obedecem a um padrão o de que os autores dela agem assim
específico de perfil psicológico ou por que não sabem controlar as
socioeconômico. próprias emoções. Se isso fosse
verdade, eles também seriam violentes
• Esse tipo de violência está presente em com chefes, amigos, ou familiares e
todas as classes econômicas e tipos de desconhecidos.
sociedade, incluindo ai aqueles países
geralmente considerados “mais • Muitos atribuem comportamentos
desenvolvidos”. violentos a genes ou hormônios, mas
esse tipo de explicação é questionável.
• A violência é influenciada por
diferentes fatores e não apenas
por um processo biológico. A
história de vida da pessoa e a
cultura na qual ela vive, por
exemplo, também são de
grande influência.
• Isso tanto é verdade que os
índices desse tipo de violência
variam a depender do país
INFLUÊNCIAS analisado e a nossa situação
aqui no Brasil, que já não era
muito boa, ficou ainda pior
com a pandemia.
• Embora as medidas de
isolamento e distanciamento
tenham sido necessárias, elas
acabaram contribuindo para um
aumento da violência
doméstica.
• O aumento do desemprego, a instabilidade
INFLUÊNCIAS financeira, o tempo do convívio com os autores
de agressão e no estresse durante a pandemia
aumentaram os casos.
• Além disso, isolamento também distanciou
muitas vítimas daqueles que fazem parte da sua
rede de apoio, como familiares e amigos.
• Dentre as mulheres, as vítimas mais frequentes
eram jovens, negras, haviam perdido o
emprego ou tido a renda reduzida durante este
período. Em torno de 45% das mulheres que
sofreram violência optaram por se manter em
silêncio sobre o ocorreu.
• De maneira geral, é comum que vítimas de
violência de doméstica não façam denúncias e
nem falem disso para pessoas próximas.
Alguns têm dificuldade de entender como
alguém pode se manter em um relacionamento
assim por tanto tempo, já que, para que olha de
fora, o mais lógico seria termina-lo.
• Uma vítima pode não denunciar a violência por
vários motivos, como por receber ameaças, ter
medo do que o autor pode fazer ou por ser
dependente financeiramente dele, por exemplo.
COMO
DENUNCIAR DE
FORMA SEGURA?
Mesmo quando uma vítima realiza uma denúncia ou fala do
que está acontecendo com pessoas próximas, ela ainda pode
encontrar outras barreiras para obter o supor necessário. O

DENÚNCIA relato pode ser desacreditado, ignorado ou ela pode até ser
culpabilizada pela violência que sofreu.
Caso você esteja vivendo alguma situação assim ou suspeite
de alguém que esteja vivendo, aqui vão algumas dicas:

1 Saia do silêncio de forma segura. O momento


da denúncia ou do termino da relação é perigoso,
mas é necessário para você recuperar a dignidade e
autonomia; Um primeiro passo talvez seja você
falar sobre tudo o que está acontecendo com uma
pessoa em que você confia bastante e que tem bom
senso. Dê preferência a alguém que não tenha
vínculo com o autor e que não vá perder a cabeça e
querer agredi-lo imediatamente.
2  Ligue para o número 180 para denunciar a
situações de violência contra mulheres; Este
serviço é gratuito, funciona 24 horas por dia e
DENÚNCIA fornece orientações do que pode ser feito a
depender da situação e da região na qual você
vive.

Também é possível ligar no número 100


para denunciar qualquer situação que
envolva a Violação do Direitos Humanos
de alguém;
190, caso você testemunhe uma situação
de violência explicita onde estiver.
• A cultura exerce uma grande
influência na maneira como
desenvolvemos relacionamentos.
Não é por acaso que a maioria
dos autores são homens e a
maioria das vítimas são mulheres.
• Também é fundamental que
homens e mulheres vítimas de
Violência Doméstica sejam
melhor protegidas e acolhidas
pelas instituições responsáveis
por isso, o que nem sempre
CONSIDERAÇÕES ocorre.
• Viver a Violência Doméstica
FINAIS pode ser algo extremamente
confuso, constrangedor e
solitário. Algumas pessoas
demoram para perceber que estão
passando por algo assim até por
que nem sempre é algo tão
explícito, especialmente no
começo.
CONSIDERAÇÕES
• Fique atento a sua Saúde
FINAIS Mental também, já que apoiar
pessoas passando por esse
tipo de coisa pode ser bem
desgastante. Se você é a
pessoa vivendo isso, é uma
ótima ideia procurar ajuda de
um profissional, tanto para
lidar com o sofrimento
causado pela situação de
violência quanto para ter
orientação mais
individualizada sobre como
proceder.

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