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Cronologia

24 de Abril de 1974
22:00
No Regimento de Engenharia 1 na Pontinha é instalado o Posto de Comando do MFA, onde a
essa hora já estão seis oficiais, incluindo Otelo Saraiva de Carvalho, que vai liderar as
operações.
22:55
As operações militares começam. Uma das senhas, a canção “E depois do Adeus”, cantada por
Paulo de Carvalho, é emitida pelos Emissores Associados de Lisboa.

25 de Abril de 1974
00:20
É transmitida a canção “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, no programa Limite, da
Rádio Renascença. Foi a senha escolhida pelos militares do MFA para confirmar que as
operações militares estão em marcha e são irreversíveis.
A partir das 00:30
Começam as operações para ocupar os locais estratégicos considerados fundamentais no plano
de Otelo Saraiva de Carvalho, como a RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português (RCP),
Aeroporto de Lisboa, Quartel-General, Estado-Maior do Exército, Ministério do Exército,
Banco de Portugal e Marconi.
03:45
Primeiro comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português.
05:45
Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, comandadas pelo capitão Salgueiro Maia,
estacionam no Terreiro do Paço, em Lisboa.
7:30
Anúncio da “libertação do país, do regime que há longo tempo o domina”.
09:00
Fragata “Gago Coutinho” toma posição no Tejo, em frente ao Terreiro do Paço.
11:45
O MFA anuncia ao país, através de um comunicado no RCP, que domina a situação de Norte
a Sul.
12:30
As tropas de Salgueiro Maia cercam o Largo do Carmo e recebem ordens para abrir fogo sobre
o Quartel da GNR para obter a rendição de Marcello Caetano. Além do presidente do Conselho,
no quartel estão mais dois ministros do seu Governo. Vivem-se momentos de tensão no largo,
onde centenas de pessoas acompanham os acontecimentos.
15:30
As forças de Maia chegam a disparar contra a fachada do quartel para forçar a rendição de
Marcello Caetano.
16:30
Depois de expirar o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo capitão
Salgueiro Maia e de negociações, Marcello Caetano anuncia rendição e pede que um oficial do
MFA de patente não inferior a coronel se apresente no quartel.
17:45
O general António de Spínola, mandatado pelo MFA, vai negociar a rendição do Governo no
quartel do Carmo. É hasteada a bandeira branca.
18:00
Marcello Caetano rendeu-se ao general Spínola.
18:30
A chaimite “Bula” entra no quartel e retira Marcello Caetano e mais dois ministros, Rui Patrício
e Moreira Baptista. São transportados para o Posto de Comando do MFA, no Quartel da
Pontinha.
20:00
Da sede da Rua António Maria Cardoso, agentes da PIDE/DGS disparam sobre manifestantes
que se concentraram junto ao edifício. Registam-se quatro mortos e 45 feridos. Caiu o regime
sob a alçada das Forças Armadas.
20:05
É lida, através dos emissores do RCP, a Proclamação do Movimento das Forças Armadas.

26 de Abril de 1974
01:30
É finalmente apresentada a Junta de Salvação Nacional, que inclui o capitão-de-fragata Rosa
Coutinho, coronel Galvão de Melo, general Costa Gomes, brigadeiro Jaime Silvério Marques,
capitão-de-mar-e-guerra Pinheiro de Azevedo e o general Manuel Diogo Neto. Todos, exceto
Diogo Neto, são filmados pelas câmaras da RTP. Spínola lidera.
07:40
Marcello Caetano, o Presidente Américo Thomaz, o ministro César Moreira Baptista e outros
elementos do anterior Governo partem da Portela com destino à ilha da Madeira.
09:45
Rendição da PIDE/DGS.
13:00
Começa a libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.

1 de maio de 1974
Comemoração do Dia do Trabalhador pela primeira vez depois da queda do Estado Novo.

12 de julho de 1974
Formação do II Governo Provisório.

28 de setembro de 1974
Manifestação de apoio a Spínola “maioria silenciosa” organizada por setores mais
conservadores, tanto civis como militares, foi desmobilizada e proibida pela MFA.

30 de setembro de 1974
Spínola demite-se e fim do II Governo Provisório.
Início do III Governo Provisório.

11 de março de 1975
Spínola liderou um golpe militar. Procurou assumir o controlo da situação e contrariar a via
política, mais à esquerda, que estava a ser seguida pelo III Governo Provisório.

14 de março de 1975
Formalização do Conselho da Revolução que visava institucionalizar o programa do MFA,
tornando-se num dos centros do poder.

20 de março de 1975
Fim do III Governo Provisório.

26 de março de 1975
Formação do IV Governo Provisório.

11 de abril de 1975
Assinado o primeiro pacto MFA.

25 de abril de 1975
Eleições para a Assembleia Constituinte.

Julho de 1975
Decretada, pela lei da reforma agrária, a expropriação de latifúndios com vista a instituir
unidades coletivas de produção (UCP) e cooperação de produção agrícola.

7 de agosto de 1975
Nove membros do Conselho da revolução redigiram o documento dos nove.

8 de agosto de 1975
Fim do IV Governo Provisório.
Início do V Governo Provisório liderado por Vasco Gonçalves e apoiado pelo PCP e pelo
MDP/CDE.

19 de setembro de 1975
Fim do V Governo Provisório.

19 de setembro de 1975
Início do VI Governo Provisório liderado por Pinheiro de Azevedo.

25 de novembro de 1975
As tropas paraquedistas de Tancos e unidades do COPCON tomaram pontos estratégicos em
Lisboa e bases aéreas; o país encontrava-se à beira da guerra civil.
Fim do VI Governo Provisório.
Beatriz Cruz
Tomás Fernandes

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