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AMÉRICO TOMÁS
13ºPresidente de Portugal
História de Portugal 02
Introdução
No presente trabalho iremos abordar desde os assuntos
mais pessoais, como o casamento e filhos, aos assuntos
políticos e militares, até ser eleito presidente da
república em 1958, nas eleições contra Humberto
Delgado, apoiante de um regime democrático, ao
contrário da nossa personalidade, que se mostrava
apreciador do regime fascista imposto por Salazar,
desde 1933, com a criação do Estado Novo, o qual se
sucumbiu com a Revolução dos Cravos, assim como o
poder de Américo Tomás.
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Linha Cronológica
Nascimento Presidência Fim do Estado Novo
Termina a sua
Nasceu em Lisboa, Eleito a presidência
a 19 de Novembro Presidente da com a
de 1894 República revolução de 25
de Abril de 1974
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Quem foi Américo Tomás?
Américo de Deus Rodrigues Tomás nasceu em Lisboa, a 19 de
Novembro de 1894, e faleceu a 18 de Setembro de 1987, em
Cascais, foi um político e militar português. Foi o décimo
terceiro Presidente da República Portuguesa, último do Estado
Novo. Filho de António Rodrigues Tomás e de Maria da
Assumpção Marques Tomás. Casou, em 1922, com Gertrudes
Rodrigues. Do casamento teve duas filhas e um filho.
Ingressou no Liceu da Lapa, em 1904, e concluiu a sua
formação secundária em 1911. Frequentou a Faculdade de
Ciências durante dois anos, entre 1912 e 1914.
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Carreira Militar
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Presidente da República
É nomeado, em 1958, como candidato pela União
Nacional para suceder a Craveiro Lopes, nas eleições
contra o general Humberto Delgado, candidato da
oposição, já que Arlindo Vicente, candidato pelo PCP,
tinha desistido no seguimento do "Pacto de Cacilhas". A 8
de Junho de 1958, enquanto decorre o ato eleitoral, é
publicado um decreto-lei proibindo a oposição de
inspecionar o funcionamento das assembleias de voto. Os
números oficiais fornecidos pelo Governo dão cerca de
75% dos votos expressos a Américo Tomás e 25% ao general
Humberto Delgado, o que corresponde a 758 998 votos e
236 528 votos, respetivamente. Ocupará o cargo de 9 de
Agosto de 1958 até 25 de Abril de 1974, altura em que é
demitido.
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As eleições presidenciais de 1958, 1965 e 1972
A resposta do regime não se fez esperar. Para assegurar a tranquila
eleição do chefe do Estado, a Constituição foi alterada. O
Presidente da República passou a ser eleito por um colégio eleitoral
constituído pelos membros da Assembleia Nacional e da Câmara
Corporativa, e por representantes municipais e dos conselhos
legislativos do Ultramar.
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Mandatos Presidenciais
Como Presidente da República, cedeu o protagonismo a Salazar, concentrando-se nas
suas funções protocolares e de representação do Estado: inaugurou várias obras públicas,
mas também exposições, congressos, feiras, e visitou várias localidades do País.
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Foi uma tentativa de golpe de estado constitucional em 11-12 de Abril de 1961, em Portugal, dirigida pelo general
Botelho Moniz, com o objetivo expresso de afastar Salazar da chefia do governo. Os preparativos foram denunciados,
no que general Kaúlza de Arriaga e o almirante Américo Tomás (apoiantes do Estado Novo) detiveram um papel
importante, e vários dos mais altos chefes militares foram exonerados das suas funções governativas. O insucesso
deveu-se, em boa parte, às falhas de organização dos implicados.
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Substituição de Salazar por Caetano
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A prisão de Américo Tomás
Na sequência do 25 de Abril, a Lei n.º1/74 destituiu o Presidente da
República e o Governo, dissolveu a Assembleia Nacional e o
Conselho de Estado e determinou que todos os poderes atribuídos a
esses órgãos passassem para mãos da Junta de Salvação Nacional.
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Américo Tomás visto pela sociedade
Foi pouco mais do que um chefe de estado
cerimonial, aparecendo muitas vezes a inaugurar
exposições de flores, a ponto de lhe darem o
apodo de "o corta-fitas". Era alvo de chacota pelo
seu pouco talento para o discurso público, tendo
várias "gaffes" suas ficado gravadas no imaginário
popular, com destaque para frases como "É a
primeira vez que cá estou desde a última vez que
cá estive", ou "Hoje visitei todos os pavilhões, se
não contar com os que não visitei", proferidas nas
numerosas visitas e inaugurações que ocupavam a
maior parte da sua atividade, a ponto de dar-lhe o
apelido de "as fitas cortadas".
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Após 25 de abril/morte
Em 1978, Ramalho Eanes permitiu o seu
regresso a Portugal. Em 1980, morre,
subitamente, a sua filha mais velha, Natália.
Foi-lhe negado o reingresso na Marinha e o
regime de pensão extraordinária atualmente
em vigor para ex-presidentes da República. A
18 de setembro de 1987, Américo Tomás
morreu numa clínica em Cascais, após uma
cirurgia, com 92 anos. Está até aos dias de hoje
sepultado no Cemitério da Ajuda, em Lisboa.
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Conclusão
Com este trabalho, aprofundámos conhecimentos sobre o último Presidente do Estado
Novo, Américo Tomás. Se na Marinha a sua atuação se saldou positiva, como Presidente
da República a sua atuação pautou-se pelo cumprimento escrupuloso das funções
atribuídas pela Constituição. Uma atitude moderadora, o guardião das instituições, um
apagamento das atividades a favor do Governo e do Presidente do Conselho. Durante o 1º
mandato iniciou-se uma guerra colonial que fez com que Portugal perdesse as suas
colónias, tornando-as independentes. Também foi durante um dos seus mandados que
Marcelo Caetano se tornou Presidente do Conselho de Ministros, substituindo Salazar. A
25 de abril de 1974, dá-se início a uma revolução que muda a história de Portugal para
sempre, derrubando assim o Estado Novo.
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