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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

AVALIAÇÃO DISCIPLINA Teoria 4. 01/04/2021


ALUNOS: Alison Henning, Beatriz Mauzo e Lucas Pessoa.

APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo uma análise crítica acerca das ideias de Camillo
Sitte(1843 - 1903) e suas analogias com a atualidade, promovendo uma discussão a
respeito de suas principais ideias e partindo para a interpretação delas no tempo atual.

INTRODUÇÃO
Camillo Sitte, nasceu em Viena e viveu no período da industrialização européia, final do
século XIX, contemporâneo a grandes pensadores como Marx, Le Corbusier, Haussman,
dentre outros. Durante a época em que vivia a discussão acerca do planejamento urbano
girava em torno dos critérios técnicos e higienistas da época, com o livro “ a construção das
cidades segundo seus princípios artísticos” Camillo Sitte avalia e questiona esses critérios.

O seu livro tratava a cidade como uma obra de arte e não apenas para atender as
necessidades de forma fria e matemática como na época, onde os desenhos eram
puramente técnicos e não dava a devida atenção à expressão artística. Sitte destacava
ainda que em outras épocas da história como a idade média, renascença e barroco a
dimensão artística era bastante presente e no século em que vivia essa expressão foi
descartada levando em conta apenas a funcionalidade.

Sitte analisava o caráter urbano e artístico das antigas cidades européias que haviam se
mantido relativamente bem desde a época pré-industrial. As disposições das praças, ruas,
edifícios e monumentos, extraiu os princípios para as bases artísticas do planejamento
urbano. Tinha como objetivo assegurar uma boa localização dos monumentos públicos e o
ideal de beleza urbana de seu tempo. (COLLINS & COLLINS, 1965 p. 9)

Sitte tinha ideias bastante nacionalistas onde ele valorizava características nas cidades
como: a irregularidade dos blocos de casas alinhadas, a valorização dos modelos de
cidades antigas e a aproximação das criações a esse modelo, valorizando assim o
ambiente antigo em detrimento do ambiente regular.
Ele apreciava tanto beleza como fruição e apropriação do espaço pelo homem de forma
humanizada, tendo como fator essencial nas cidades existir uma relação harmônica entre o
objeto construído e os vazios que o rodeiam, tais quais o traçado das ruas e os
posicionamentos das praças, assim como o uso de retas e curvas no desenho urbano.
Segundo Sitte, o resultado final do projeto deveria privilegiar o conforto tanto físico quanto
espiritual dos usuários e incorporar às vezes um dado acidental (um fato inesperado, gerar
surpresa) para enriquecê-lo.
AS IDEIAS DE CAMILLO SITTE
Quando pensamos em Camillo Sitte não podemos esquecer que suas ideias se baseiam
na teoria aristotélica onde é dito que a cidade deve ser construída para tornar o homem
seguro e feliz. E para que essa se concretize a construção urbana não deve ser apenas
uma questão técnica mas também artística (SITTE, 1992 p. 14). Portanto, a cidade é uma
obra de arte e não um local que deve atender apenas às necessidades técnicas e essas
não devem estar acima do bem estar, padrões estéticos e de humanização, qualidades
essas essenciais em locais públicos para que a cidade cumpra sua função de tornar o
homem feliz.

Em seu livro, Sitte pontua que a praça é essencial para a vida, é a área de convivência
mais importante da cidade, para ele um espaço vazio na cidade não é uma praça, assim
como existem cômodos mobiliados e não mobiliados. Uma praça não mobiliada não cumpre
o seu papel quanto a trazer conforto às pessoas, é apenas um espaço vazio que tem um
grande déficit quanto ao significado, ornamentação e caráter. Um ponto que inclusive Sitte
crítica bastante as cidades modernas que segundo ele as ruas e praças são tratadas como
o espaço que sobra entre as edificações e não como um conjunto para dar harmonia a
cidade.
“[...] as áreas construídas são distribuídas como entidades fechadas
de maneira regular, e o que resta entre elas são as ruas e as praças
[...] toda sobra irregular é transformada em praça, pois reza a norma
que “sob o aspecto arquitetônico, o traçado das ruas deve garantir a
conveniência das plantas de casas em primeiro lugar”. [...](SITTE,
1992 p. 97)

Além da ornamentação da praça Sitte destaca a importância da coerência nas dimensões


da praça em relação ao conjunto. "A dimensão da praça e a dimensão dos edifícios é de
primeira importância” (SITTE, 1992 p. 59). Para Sitte há duas categorias de praças urbanas,
o tipo profundidade e o tipo largura, e para saber se uma praça é larga ou profunda o
observador precisa ficar em frente ao edifício principal que domina todo o layout. Uma vez
que todos os componentes são projetados de acordo com a sua relação com a fachada
principal. Assim, a classificação não é sobre as dimensões, mas depende da relação entre a
praça e seus arredores. Dessa forma, a altura e largura do edifício são proporcionais às
dimensões da praça e a simetria é valorizada principalmente com relação às sensações que
causa no observador.

Vale ressaltar que na época em que Sitte vivia estava em bastante atenção a questão
sanitária nas cidades que foi abordada por muitos modernistas tanto na arquitetura como no
urbanismo destacando-se a circulação do ar e a propagação de luz para a salubridade e
higienização da cidade. Ele criticava a função que a praça adquiriu nas cidades
modernistas, as praças eram tratadas como espaços de circulação de ar e luz, uma
interrupção nos blocos de moradia ou um espaço para admirar um edifício monumental,
deixando de lado a função social que a praça tem.
"Hoje, em contrapartida, é designado por praça qualquer espaço
vazio entre quatro ruas. Talvez esta circunstância seja suficiente em
termos de higiene ou de outras considerações técnicas, mas, sob o
ponto de vista artístico, um terreno vazio não é uma praça. [...]”
(SITTE, 1992 p. 47).

No entanto, Sitte não ignora a questão sanitária, ele cita principalmente dois elementos: a
água e o verde, que podem ser utilizados tanto como forma decorativa como sanitária, com
os jardins ocupando principalmente locais fechados.

Ainda pensando nas áreas de convivência comum, Sitte pontua um fato importante que é
o centro livre. Segundo ele, os monumentos devem ser dispostos fora do trânsito da praça,
deixando o centro da praça livre (Vale ressaltar que esse princípio vale para qualquer
monumento, tanto edificações como chafarizes e esculturas). Isso porque devem ser
colocados fora do trânsito e em um fundo livre, liberando o plano de visão, pois um edifício
só estará de fato em evidência quando puder ser observado de uma distância adequada,
garantindo um grande efeito artístico.

Segundo Sitte, quando o monumento está no centro da praça, é muito mais difícil ter um
ponto focal da obra porque a visão se dispersa e faz com que sejam criados espaços
vazios uniforme ao redor dele que acaba gerando uma monotonia quando pensamos na
visão do observador dentro daquele espaço.
“O mesmo é válido para teatros, prefeituras etc. Vive-se apegado à
ilusão de que tudo deve ser visto por todos os lados, que o mais
correto é a existência de um espaço vazio e uniforme em torno da
construção. Ninguém parece notar que esse espaço vazio monótono
por si só, anula qualquer variedade de efeitos.” (SITTE, 1992 p. 44)

Nas cidades modernas procuramos sempre uma grande praça que contém pequenos
monumentos, o que não ressalta a importância daquela escultura nem dá força a sua
expressão artística. Exemplo Davi de michelangelo, a sua localização foi escolhida pelo
próprio michelangelo bem próxima a entrada principal o que na visão dos modernistas era
totalmente contra a funcionalidade mas essa localização se mostrou ideal pois por ter um
fundo neutro e não estar no centro da praça reforça ainda mais a força da escultura e a
deixa em evidência

Outro ponto que Sitte destaca é a noção de pitoresco onde ele valoriza a assimetria, a
irregularidade e o olhar em perspectiva do observador. Sitte descreve “Assim
demonstramos que a construção urbana, quando concebida de modo correto, não é uma
mera função burocrática e mecânica; constitui, antes , uma obra de arte importante e
expressiva, parte da mais nobre e genuína arte popular, cujo sentido é tanto maior quanto
maior for a falta, em nosso tempo, de uma síntese popular de todas as artes plásticas a
serviço de uma grande obra artística nacional.” (SITTE, 1992 p. 183). Podemos concluir que
para sitte a cidade é uma grande obra e tudo deve ser expressão dela, tanto praças como
ruas e essas não devem seguir aspectos puramente matemáticos e funcionais como nas
cidades modernas.

Pensando na valorização da cidade, para Sitte a irregularidade das ruas é prioritário, ele
considera que o modelo progressista de ruas retas causa monotonia e não valoriza a beleza
e a espontaneidade. Sitte critica profundamente esse desenho, ele alega que essas ruas
contribuem para a monotonia e torna a cidade fria e insensível. Uma forte base para Sitte
foram as cidades antigas que segundo ele, foram criadas com base na harmonia e no efeito
sedutor sobre os sentidos.
“A principal causa da total impossibilidade de um efeito coeso no
conjunto urbano é a interrupção contínua das ruas por
perpendiculares muito largas, de maneira que, tanto à esquerda
quanto à direita, nada resta além de uma série de blocos isolados de
edifícios. [...]” (SITTE, 1992 p. 96)
Outro aspecto fundamental para Sitte é pensar a cidade como um ambiente que possui
uma topografia própria com o olhar em perspectiva, diferente dos modernistas que muitas
vezes trabalham a cidade no plano, ignorando as diferenças do terreno.
Pensando assim todos os aspectos em que sitte se aprofunda é pensando na teoria
aristotélica em que a cidade deve ser construída para tornar o homem tanto segura como
feliz.

CRÍTICAS A RINGSTRASSE
Um ponto importante na carreira de SITTE foi a sua crítica a um importante plano urbano
em Viena, na sua crítica ele se atenta a todas as características do plano que fazem a
cidade perder a escala humana e consequentemente prejudicar a experiência do
observador na cidade.

Em consonante com (Miranda, 1986) Após a chegada dos liberais ao poder na Áustria, e
em Vienna, iniciou-se uma luta de reivindicações visando alterar o modelo antigo de cidade
por um novo que os representasse, por sua vez, resguardadas pelo seu caráter econômico.
No ano de 1857, a “comissão de expansão da cidade” foi instaurada pelo então imperador
Francisco José para planejar e executar propostas de anexação. A partir daí, houve a
criação de um concurso público onde a operação devia ser financiada pela venda das
partes da nova área à iniciativa privada.

Segundo ela, o arquiteto Föster venceu com proposta chamada Ringstrasse (rua em
anel), porém, o plano geral urbano foi executado foi criação do Departamento de
Construção do Ministério do Interior, em 1859 o projeto pode ser iniciado após a aprovação
do imperador. A Ringstrasse envolvia edificações de caráter público e residenciais, contudo,
os edifícios públicos, projetados por arquitetos notáveis no período, eram isolados entre si,
caracterizados por histórias, estilos e funções diversas, o que evidenciava a ausência de
relações entre o espaço construído e os edifícios. Além disso, Ringstrasse propunha a
elevação dos valores sociais pautados no “modelo social aristocrático”. A vista disso, o
artesanato, pequenas indústrias de luxo, bem como o setor de artes decorativas
prosperaram no período.

A autora pontua que, enquanto tentava deixar sua marca na arquitetura na cidade, a
cultura do liberalismo começou a sofrer críticas. Ringstrasse em 1860 passou a ser descrita
como “embelezamento da cidade”. Termo que Sitte não devia concordar, visto que, em seu
livro “A construção das cidades segundo seus Princípios Artísticos”, enfatizava a dimensão
estética da cidade, criticando os princípios que davam base paro o programa de
remodelação do Ringstrasse. Ele discordava da “disposição torpe do espaço ao redor dos
grandes edifícios e pela forma de situar os monumentos públicos”. A partir dessa análise
crítica dos espaços antigos, Sitte concluiu o seguinte:

“Apenas no nosso século matemático é que os conjuntos urbanos e


a expansão das cidades se tornam uma questão quase puramente
técnica, e assim parece importante lembrar que, com isso, apenas
um aspecto do problema é solucionado, enquanto o outro artístico,
deveria ter, no mínimo, a mesma importância” (SITTE, p. 15)

Para Sitte, Ringstrasse era um ambiente com ausência de sentido na construção urbana e
no sentido estético. Ele acreditava que os espaços abertos desintegravam a arquitetura e o
meio ambiente, tornando mais difícil a apreensão de pessoas que caminhavam pelas ruas,
reverberando numa neurose moderna - agorafobia (medo de atravessar amplos espaços
abertos).

IDEIAS DE SITTE NA ATUALIDADE


Sitte discutia bastante sobre o caminho do processo urbano e tinha como ponto central os
espaços públicos. Ele discordava do urbanismo tecnicista por causa da sua negligência
para com o processo artístico, do mesmo modo que hoje se questiona o porquê da
sensibilidade contemplada pela arte não possuir a mesma importância da razão defendida
pelo funcionalismo.

Camillo Sitte analisava os espaços por meio de duas abordagens:


1- a posição do observador cotidiano, fisicamente durante o percurso do espaço
considerado;
2- o ponto de vista do cientista ou do técnico, física e intelectualmente fora do espaço
examinado procurando o ponto elevado para observar a cidade de cima.
Com esses estudos sobre a percepção espacial aplicados à projetação, Sitte impulsionou
o desenvolvimento dessas reflexões por pesquisadores a partir da década de 1940 como
Gary Winkel, Kevin Lynch, Donald Appleyard, Terence Lee, entre outros.

As análises de Sitte são desviadas desse cientificismo pragmático que foi assumido nas
construções das cidades industriais e pós-industriais, tendo mais base nas ciências sociais.
Alguns conceitos voltaram a tona nas últimas décadas, dentre eles, destaca-se a
ideia de espaço da cidade como espaço arquitetônico, tratado em analogia ao espaço da
casa, do teatro, do mercado e do fórum. Essa afinidade entre diferentes tipos de lugar
concede continuidade ao campo da Arquitetura, encontrando o continuum espacial
formulado por Aristóteles e Alberti, e abandonado a partir da divisão profissional trazida pela
Revolução Industrial. Nos anos 1960, palavras de Aldo van Eick retomaram Camillo Sitte ao
evocarem Alberti: uma cidade é como uma casa e, esta, nada mais é do que uma cidade.

A teoria aplicada ao projeto formulada por Sitte significa desenho de passos do processo
de projetação urbana; ela não se desprende da finalidade propositiva senão em momentos
de abstração para inferência de características genéricas ou típicas. Tal atitude seria
retomada a partir dos anos 1950 em estudos tipológicos em Arquitetura e Urbanismo, e na
procura de leis de projetação do espaço socialmente utilizado, nas décadas seguintes. Sitte
sempre atrelou a arte com a vida coletiva, ou seja com espaços públicos onde essas
interações aconteciam e essa sensibilização atingiu a questão da participação popular no
processo de organização espacial, que ganharia corpo na segunda metade do século
passado.

Sitte deixou claro que “aprender com os mestres” não significa imitá-los, e sim, entender e
analisar suas criações por meio espacial e sua crítica à cidade que abria mão de ser lugar
da cultura para tornar-se lócus do capital jamais pode ser entendida como discurso
nostálgico, pois construiu-se como resistência à morte da História, pretendida pela nova
ordem urbana. Entretanto, a transcendência de sua contribuição nesse campo reside no
encontro que se daria, muitas décadas depois, entre seu pensamento e idéias que
atualmente sustentam as ações de preservação do patrimônio cultural. O resguardo de
testemunhos espaciais justifica-se hoje por seu papel simbólico na formação da memória
social, esta considerada fundamental na construção da história individual e coletiva do
sujeito.

A influência de Sitte adentrou no século XX e persistiu após a segunda guerra mundial, a


presença de Camillo Sitte está nas origens da escola de Townscape como por exemplo a
visão seriada e a ideia de caminhos e descoberta ao andar pela cidade, sempre levando em
conta a importância do observador e como a cidade se torna uma experiência plástica, a
importância do espaço coeso, além de atrelar várias áreas do conhecimento na prática
projetual.

Muito do que Sitte estudava hoje é visto como grandes pontos “fracos” das cidades atuais,
isso porque hoje podemos observar como a herança e as características culturais foram
desprezadas na “onda” da modernização das cidades e as suas consequências diretas na
experiência do transeunte que perde pontos de identificação cultural e se vê em cidades
genéricas que tornam o passeio pela cidade monótono, as cidades hoje são construídas
para os veículos não para as pessoas. Fato que Sitte muitas vezes criticava, esse excesso
de pensamento na funcionalidade dos espaços de convivência e as edificações que não
pensam no seu entorno como um espaço convidativo. Atualmente é possível identificar
edificações que não tem a mínima preocupação com o entorno e ignoram todo o histórico
da região e chegam com soluções genéricas que não convidam as pessoas a passearem
pela cidade e muito menos tem efeito convidativo e agradável com a rua.

Outro ponto que vale ressaltar é a preocupação sanitarista de Sitte que também é muito
atual no momento pandêmico em que estamos vivendo. A necessidade de abrir espaços,
assim como na cidade industrial que devido o grande adensamento tende a disseminar
mais facilmente doenças, é possível relacionar com a realidade atual a partir da
aglomeração principalmente em áreas de vulnerabilidade econômica onde não existe
espaços livres no meio das comunidades para circulação de ar muito menos recuos entres
as moradias e acabam se tornando os locais mais mais afetados.

Ademais, a necessidade e importância de espaços públicos de qualidade, bem como a


vivência das pessoas nas ruas, se provou ainda mais real durante a pandemia. Aqui no
Brasil, especialmente, estamos há mais de um ano vivenciando uma nova realidade urbana,
realidade essa que nos coloca distantes das experiências da cidade, do espaço público, da
plasticidade e das relações do homem com as suas construções. Nos encontramos num
impasse: o mesmo espaço público que nos é necessário para saúde e bem estar, hoje,
entendendo a gravidade da situação sanitária que estamos enfrentando, também é o lugar
que mais precisamos evitar. Sendo assim, as ideias de Camillo Sitte ficam, por enquanto, no
desejo de milhares de pessoas que aguardam ansiosamente para ocupar e experienciar a
cidade novamente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos observar que todos os pontos em que Sitte se aprofunda é sempre pensando
em como observador irá se sentir na cidade, perspectiva essa que foi ignorada no contexto
em que ele vivia das cidades modernas onde a casa era tratada como uma máquina de
morar tirando assim todo o aspecto humanitário das edificações e tratadas apenas como um
suprimentos das necessidades humanas, porém o que Sitte ressalta é que entre essas
necessidades humanas também está a felicidade dos habitantes que podem ser
estimuladas por expressões artísticas, expressões essas que na cidade moderna são
ignoradas e direcionadas puramente aos monumentos esquecendo de como todo o traçado
da cidade pode influenciar no efeito que o monumento causa e também como as áreas da
convivência na cidade são importantes para a vida em comunidade. Atualmente podemos
ver como as ideias de Sitte, na época ignoradas, se conectam com a nossa realidade onde
temos uma explosão de cidades genéricas, com traçados frios que não estimulam o homem
a viver na comunidade e ter prazer em transitar pela cidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sobre a estética das cidades. Camillo Sitte e a Der Stadtebau - Marialice Faria Pedroso
(https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/arquitextos/05.058/488)

As construções das cidades segundo seus princípios artísticos a partir da praça em


Camillo Sitte - Julio Cesar da Silva; Universidade de Brasília.

Camillo Sitte: The Birth of Modern City Planning - George R. Collins, Camillo Sitte,
Christiane Crasemann Collins - Google Livros

SITTE, C. A Construção das Cidades segundo seus Princípios Artísticos

A Presença de Camillo Sitte - Maria Elaine Kohlsdorf

COLLINS G. R. & COLLINS C. C. Camillo Sitte y el Nacimiento Del Urbanismo Moderno,


Editorial Gustavo Gili , S.A. Barcelona, 1965.

OS RASTROS DEIXADOS PELAS CAMINHADAS DE CAMILLO SITTE - Elza Luli


Miyasaka; Universidade de São Paulo.

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