Dialogos Urbanistas 4

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28/01/2024, 16:21 UNINTER

DIÁLOGOS URBANOS E
PAISAGÍSTICOS (FUNDAMENTOS
DE URBANISMO)
AULA 4

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Prof.ª Daniela Tahira Munhoz da Rocha

CONVERSA INICIAL

Nesta etapa, ainda estamos estudando o Movimento Moderno e nos aproximaremos mais dos

conceitos modernistas em relação ao planejamento urbano. Primeiramente, abordaremos as

características do urbanismo moderno e a aplicação do modernismo nas cidades existentes. Vamos


discutir alguns exemplos no mundo e no Brasil e, por fim, faremos algumas críticas à cidade modernista.

CONTEXTUALIZANDO

O Movimento Moderno (também chamado de Modernista) no planejamento urbano surgiu como

resposta aos efeitos da Revolução Industrial nos centros urbanos e foi fundamental para confirmar a
necessidade e importância do planejamento mais integrado e adaptável, levando em consideração
diversos aspectos da cidade, como ruas, quadras, habitações, áreas verdes etc.

Embora sua importância e impacto não sejam negados, essa corrente não está imune a críticas,

como destacou Scopel (2020) ao afirmar que “esse movimento foi um marco para o século XX porque
trouxe novas visões sobre a vida nos centros urbanos; por outro lado, após alguns anos, sofreu duras
críticas em virtude de uma nova perspectiva levantada por outros estudiosos.”

Como por exemplo Lefebvre, que faz críticas relacionadas à setorização e organização ortogonal da

quadra, fazendo com que as pessoas se adaptassem ao espaço moderno projetado, e não o contrário,
quando a cidade se molda em função do habitante.

TEMA 1 – ESTUDOS DE CASOS DE URBANISMO MODERNO NO


MUNDO PARTE I

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Como já vimos anteriormente, o Movimento Moderno surgiu com a Revolução Industrial e causou
um enorme impacto na sociedade como um todo, especialmente nos centros urbanos.

1.1 CARACTERÍSTICAS DO URBANISMO MODERNISTA

De fato, a mudança do paradigma econômico, com o rápido crescimento dos parques industriais,
ocasionou uma grande migração de pessoas das áreas rurais para as cidades, resultando em novos

problemas, como congestionamento, insalubridade, falta de espaços livres de qualidade, surgimento de


construções de baixa habitabilidade, carência de sistemas de esgoto e abastecimento, tudo isso
associado a um crescimento populacional sem o devido planejamento urbano prévio.

Os problemas mencionados no parágrafo anterior trouxeram como consequência a proliferação de

doenças, aumento da violência e baixa qualidade de vida.

Em reação a essa nova realidade, surgiram diferentes experiências para encontrar modelos de
planejamento urbano capazes de criar novos desenhos urbanos que pudessem combater e mudar a
realidade das cidades, diminuindo seus problemas e proporcionando maior eficiência e qualidade de

vida.

Este ponto foi destacado por Barreiros ao afirmar que “surge então a necessidade de uma ação
pública, ordenando e propondo soluções que até o momento eram implementadas apenas pelo setor

privado, com objetivos individuais, de curto prazo e em escala reduzida” (Abiko; Almeida; Barreiros,
1995, documento on-line).

Nesse novo cenário, o Urbanismo, séculos após a Grécia e Roma da antiguidade, volta a ganhar
grande importância e relevância, uma vez que o planejamento urbano bem-feito e contínuo não apenas
é capaz de reduzir os problemas já existentes, mas também, e o mais importante, pode preparar a
cidade para evitar os problemas das próximas décadas.

Em um primeiro momento, esta reação do planejamento urbano aos problemas decorrentes da


Revolução Industrial se preocupou com o problema sanitário, priorizando o abastecimento de água e o
melhoramento do sistema de esgoto, com a intenção de promover a salubridade das cidades e, como
consequência, reduzir o surgimento de doenças e epidemias.

O planejamento urbano foi acompanhado da publicação de leis que regulamentassem novas


construções, delimitando áreas específicas para atividades industriais, por exemplo, principalmente em

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cidades com importantes atividades de fábricas como Londres, Liverpool e Manchester.

Outro importante marco foi o 4º Congresso Internacional da Arquitetura Moderna (CIAM), ocorrido
em 1933 na Grécia e que originou a Carta de Atenas, considerada pedra fundamental para consolidar
mudanças qualitativas nas cidades.

Dentre os principais elementos do Movimento Modernista no Urbanismo, reunidos e consolidados


na Carta de Atenas, podem-se destacar:

o urbanismo não pode se submeter a regras estéticas gratuitas;

a cidade é parte do conjunto político, econômico e social;


o urbanismo deve ser sua própria essência, tendo ordem funcional;
as cidades devem ter quatro funções principais, as quais o urbanismo deve zelar: habitar,
trabalhar, circular e cultivar o corpo e o espírito;
o parcelamento do solo fruto de partilhas, vendas e especulações deve ser alterado por uma
economia de reagrupamento;
o urbanismo deve proporcionar condições para a criação de circulações modernas;
deve priorizar a criação de espaços livres;

o planejamento regional deve ser obrigatório;


a propriedade privada do solo urbano deve ser submetida aos interesses coletivos, à
industrialização dos componentes e à padronização das construções;
edificação concentrada, mas adequadamente relacionada com amplas áreas de vegetação;
admite ainda o uso intensivo da técnica moderna na organização das cidades, o zoneamento
funcional, a separação da circulação de veículos e pedestres, a eliminação da rua corredor e uma
estética geometrizante;
zonas urbanas definidas e separadas;
grandes espaços livres entre as edificações;

circulações bem definidas.

Esta vertente do urbanismo funcionalista/racionalista que deu origem ao Urbanismo Moderno


tinha a premissa de que seus modelos e estratégias poderiam ser utilizados em qualquer cidade e local,
tendo, portanto, um caráter universal.

Nesse sentido, outra característica dessa vertente é que ela é marcada por uma simplificação
funcional, cuidando para que todo espaço público (ruas, praças etc.) bem como as edificações tenham

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formas projetadas de forma funcional, com um objetivo específico, e não meramente decorativo,
buscando promover o desenvolvimento da via material, social e econômica.

1.2 URBANISMO MODERNISTA EM CIDADES EXISTENTES

Como constatado nos itens anteriores, o Movimento Modernista no Urbanismo trouxe um olhar
sobre elementos até então ignorados e/ou negligenciados, como ventilação, áreas verdes, iluminação
natural, recuos, desenho e funções de quadras e edifícios, esgoto etc.

Esta nova maneira de pensar o planejamento urbano trouxe reflexos para as cidades já existentes e,
sobretudo, para o planejamento de novos centros urbanos, que já nasceriam com esses pensamentos
em seu DNA.

O conceito modernista de urbanismo se alastrou globalmente e ao longo do século XX vimos o


surgimento, por todo o mundo, de cidades planejadas com os conceitos consagrados na Carta de
Atenas.

A título de exemplo dessa influência global do urbanismo modernista, pode-se citar Brasília,

projetada e criada do zero no final da década de 50 e início da década de 60, na região central do Brasil,
e que teve como principais planejadores dois expoentes do modernismo, Oscar Niemeyer e Lucio Costa.
Brasília é hoje uma das maiores cidades do Brasil, com mais de dois milhões de habitantes, além de ser
o centro político do país.

Outro exemplo dessa influência global fora da Europa e dos Estados Unidos é a cidade de
Chandigarh, a capital dos estados de Punjab na Índia. Fundada no ano de 1947, após a divisão do país,
com o objetivo de servir como capital da porção indiana do Punjab.

TEMA 2 – ESTUDOS DE CASOS DE URBANISMO MODERNO NO


MUNDO PARTE II

Ao estudar o Movimento Modernista do planejamento urbano e sua evolução ao longo do tempo, é


de fundamental importância abordar algumas de suas experiências práticas mais paradigmáticas.

2.1 CIDADE JARDIM DE EBENEZER HOWARD

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Uma destas experiências são as célebres cidades jardins propostas por Ebenezer Howard em 1898
em seu livro To-morrow: a peaceful path to real reform (posteriormente republicado em 1902 com o

título Garden cities of to-morrow).

Howard entendia que o problema da superpopulação dos centros urbanos, decorrente da migração
da população da área rural para as cidades, deveria ser enfrentado e que as pessoas deveriam ser
reconduzidas ao campo, através da criação de elementos que pudessem contrabalançar as forças
atrativas representadas pela cidade, criando uma alternativa que mesclasse pontos positivos das áreas
urbanas e rurais.

Esse conceito representou uma ruptura na concepção existente na época e teve influência no
pensamento urbanístico posterior.

Saiba mais

Vale a pena darmos uma olhada no texto do ArchDaily sobre o que são Cidades Jardim?
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/961040/o-que-sao-cidades-jardim>. Acesso em:
4 jul. 2023.

2.2 CIDADE INDUSTRIAL DE TONY GARNIER

Outro modelo foi o da Cidade Industrial proposto por Tony Garnier em 1904, que, tendo como base
o urbanismo progressista e racionalista, buscou a ordenação das cidades através de soluções plásticas e
utilitárias.

A proposta de Tony Garnier para a Cidade Industrial era marcada pelo fato de que todas as áreas
não construídas seriam parques públicos. Além disso, Garnier separava as zonas industriais da
administração e das residências.

Outra importante característica desse modelo era a utilização do então novo material, o concreto

armado.

O modelo proposto por Garnier pressupunha que a rede viária, o transporte, a água e o esgoto
seriam de responsabilidade pública, assim como a definição do uso do solo, o seu loteamento, o

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abastecimento, a saúde e o lixo. Achei bem interessante esse link do Museu Tony Garnier em Lyon, na
França[1]. Há algumas imagens dos planos de Tony Garnier nas fachadas dos edifícios do museu.

TEMA 3 – URBANISMO MODERNISTA NO BRASIL

Antes de falar especificamente do Urbanismo Modernista no Brasil, é importante fazer uma breve
referência ao célebre urbanista francês Charles-Edouard Jeanneret-Gris, conhecido pelo apelido Le
Corbusier.

Le Corbusier foi um dos maiores expoentes da arquitetura modernista do século XX, tendo
influenciado fortemente arquitetos e urbanistas por todo o mundo com seus conceitos de construção
racionalista e funcional.

Outro marco importante em sua vida foi a criação das Unités d’Habitation, quando estabeleceu a
dinâmica da vida urbana em um edifício de proporções imensas e com grande número de unidades.

Ainda, Le Corbusier foi um dos primeiros a antecipar a influência do automóvel no


desenvolvimento das cidades.

Os conceitos aplicados pelo arquiteto Le Corbusier são relevantes até hoje, tendo antecipado
problemas como o grande número de automóveis, o crescimento das cidades e a integração com a
natureza.

Le Corbusier esteve algumas vezes no Brasil, tendo trabalhado e influenciado dois grandes ícones
da Arquitetura e Urbanismo Modernista no Brasil, Lucio Costa e Oscar Niemeyer.

Como já destacado, um dos grandes marcos do urbanismo modernista foi a Carta de Atenas,
publicada em 1933 pelo arquiteto suíço Le Corbusier.

Como também já visto anteriormente, no documento, defendiam-se os princípios do zoneamento


de atividades, de grandes blocos edificados afastados e ensolarados, cruzados por grandes vias.

O Brasil foi terreno fértil para a aplicação e influência dos conceitos do modernismo, em razão de
ainda não ter entrado em seu período acelerado de industrialização, que ocorreria na segunda metade
do século XX.

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Dessa forma, as cidades seguiram se desenvolvendo incorporando a arquitetura modernista ao


tecido urbano tradicional, e entre as décadas de 30 e 60, o desenvolvimento dos principais ícones
arquitetônicos modernistas ocorreu nesse período em que as metrópoles respondiam à demanda com
edificações maiores, ao mesmo tempo em que produziam ampla diversidade e vida urbana.

No campo urbanístico, o principal exemplo do Urbanismo Modernista no Brasil é, sem dúvidas, a


cidade de Brasília, que será objeto do próximo item deste conteúdo.

TEMA 4 – BRASÍLIA: ANÁLISE E RELEVÂNCIA

Como já visto, o Brasil foi terreno fértil para a aplicação e influência dos conceitos do modernismo.
Alguns dos maiores nomes do urbanismo e paisagismo do Brasil, como, por exemplo, Oscar Niemeyer e
Lúcio Costa, ambos com grande projeção internacional, tiveram forte influência desse movimento.

Entre seus inúmeros projetos, o maior e mais conhecido é, sem dúvida, a cidade de Brasília,
projetada e construída em tempo recorde entre os anos de 1957 e 1960, durante o governo do
presidente Juscelino Kubitschek.

Lucio Costa foi o vencedor do concurso para o projeto do plano piloto da nova capital do Brasil, a
ser construída na região central do país, e que se tornou um dos maiores marcos do urbanismo
modernista no mundo.

A cidade foi projetada de forma grandiloquente. O plano piloto (de autoria de Lucio Costa), em
forma de “avião” ou “libélula”, trazia enormes espaços abertos e superquadras, sendo claramente
projetado em uma escala que privilegia o automóvel em detrimento do pedestre, prevendo a
movimentação em um eixo Leste-Oeste (eixo monumental) e outro eixo Norte-Sul (eixo Rodoviário-
Residencial).

Além disso, o projeto previa a setorização de atividades, distribuídas pelas superquadras e grandes
praças, como, por exemplo, a esplanada onde se localizam as sedes dos três poderes.

Outra característica marcante do projeto são os prédios de autoria de Oscar Niemeyer, que
acompanham a escala monumental do Plano Piloto e, utilizando concreto armado, apresentam grandes

vãos livres e parecem flutuar sobre a paisagem do planalto central. Até os dias de hoje, eles são

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reverenciados por sua beleza e harmonia do conjunto, sendo a primeira cidade modernista a ser
considerada patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO.

Entretanto, apesar das virtudes acima destacadas e de ter sido muito incensada à época, o projeto
padece dos vícios comuns do urbanismo modernista.

TEMA 5 – CRÍTICA À CIDADE MODERNISTA

Não se pode perder de vista o fato de que a visão da cidade modernista surge no quadro geral do
urbanismo do século XIX, com cidades cheias de pessoas, cavalos e carruagens. Essas cidades eram, em
geral, sujas, sem ventilação ou iluminação natural e com grande aglomeração, sendo, portanto,

propensas ao surgimento de problemas de saúde.

Como já destacado anteriormente, o urbanismo modernista trouxe importantes inovações, como


luz e ventilação para as cidades, e contribuiu para solucionar questões sanitárias e de saúde.

Entretanto, os projetos do urbanismo modernista pecam por ignorar o que acontece no espaço
entre essas edificações, o imprevisto, as apropriações, o uso das pessoas sobre o espaço urbano.

Isso é evidente, por exemplo, em Brasília, que claramente não foi projetada pensando na escala do
homem, resultando em enormes espaços vazios genéricos que não atendem às necessidades reais de
bem-estar do cidadão médio.

Ao privilegiar a separação dos usos dos espaços, o urbanismo modernista ignora a indispensável
interação entre eles, retirando a vitalidade dos espaços integrados. A diversidade é indispensável para
todo centro urbano.

A vida pública informal impulsiona a vida pública formal e associativa. Essa autogestão democrática
aumenta muito a probabilidade de sucesso dos bairros e distritos que, com espaços integrados e
sempre movimentados e cheios de vida, apresentam maior vitalidade e segurança.

TROCANDO IDEIAS

Em sentido contrário ao modernismo puro aplicado em Brasília, pode-se citar a cidade de Curitiba,
que, desde os anos 1950, já adotava uma filosofia oposta ao modernismo ao privilegiar sempre a

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integração dos espaços, planejando o uso e crescimento da cidade tendo como foco a escala do homem.
Projetou-se espaços integrados aptos a permitir justamente a constante circulação do pedestre por ruas
e praças, além de instalar um sistema de transporte coletivo em detrimento da utilização do automóvel

particular.

Um exemplo do conceito de priorização do pedestre foi a implantação do primeiro calçadão de


pedestres do Brasil, a Rua XV de Novembro, ou Rua das Flores, em 19 de maio de 1972. A Rua XV de
Novembro, localizada no coração da cidade de Curitiba, foi fechada para veículos e transformada em um
calçadão de pedestres feito com pedrinhas de petit pavê, com desenhos de pinhões.

“A rua XV era o nosso ponto de encontro. Onde temos as funções de um centro de cidade: sociais,
de lazer, ponto de encontro mesmo. Enfim, para que isso acontecesse, eu teria que criar um cenário”,
comenta Abraão Assad, arquiteto do projeto do primeiro calçadão do Brasil.

Acesse o link da prefeitura de Curitiba para ler um pouco sobre como aconteceu essa
transformação, um importante elemento de valorização do pedestre na cidade de Curitiba. Disponível
em: <https://www.curitiba.pr.gov.br/noticiasespeciais/calcadao-da-rua-xv-faz-50-anos/23>. Acesso em:
4 jul. 2023.

Figura 1 – Primeira rua de pedestres do Brasil

Crédito: Zig Koch/Natureza Brasileira

Figura 2 – Rua XV de Novembro, em Curitiba

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Crédito: Zig Koch/Natureza Brasileira

NA PRÁTICA

Quem é Jane Jacobs? Vamos acessar este site para conhecer essa personalidade do urbanismo?

Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-73577/quem-e-jane-jacobs?>. Acesso em: 30 jun.


2023.

Nada melhor do que conhecer uma mulher que colaborou com a transição e crítica do
Modernismo, principalmente na questão comunitária. A cidade ficou mais humana.

FINALIZANDO

Nesta etapa, pudemos entender melhor o que foi o Movimento Moderno no planejamento urbano.
É importante sabermos identificar alguns exemplos de cidades internacionais e nacionais que
implementaram o conceito modernista na prática.

Ao analisarmos o exemplo de Brasília, também foi possível verificar pontos de crítica ao Movimento
Moderno, mas, por fim, encerramos esta etapa com um exemplo inspirador da iniciativa da cidade de
Curitiba para a valorização da escala humana.

Uma cidade nunca está pronta, acabada e finalizada como uma obra de arte. Ela é dinâmica,

respira, cresce, tem problemas. O papel do planejamento urbano é permitir às cidades a


possibilidade de se refazer, reinventar-se e revalorizar-se. Há limitações que devem ser

encaradas como um desafio a ser enfrentado, considerando a capacidade técnica dos gestores,

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a criatividade e a participação dos habitantes para uma solução conjunta, na busca de um

modelo harmônico de cidade ideal. (Rocha; Hayakawa, 2020)

REFERÊNCIAS

DUARTE, F. Planejamento urbano. Curitiba: InterSaberes, 2012.

HAYAKAWA,I.; ROCHA, D. Traços de Curitiba: 50 anos de planejamento urbano. Curitiba: Edição do


Autor, 2020.

MACEDO, R. Espaço urbano. Revista do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de


Curitiba, n. 13, dez. 2020.

REINERT, R. Urbanismo e planejamento urbano. Ciclo de Capacitação em Planejamento


Urbano, Curitiba, ago. 2008.

SCOPEL, V. Estudo da cidade. Porto Alegre: SAGAH, 2020.

[1] Disponível em: <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/20.236/7610>. Acesso em: 4

jul. 2023.

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