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Urbanismo Moderno

Na cidade moderna, a questão da habitação foi percebida e imaginada como uma questão
agregada e unificadora
Os principais equipamentos urbanos, tornaram-se, cada vez mais, lugares especializados e
exclusivos
Enorme expansão, na cidade do século XX, do espaço aberto e, em particular do espaço aberto
público.

Cidade Industrial/Liberal (século XIX)


A cidade estava vinculada ao lucro, totalmente baseados na repetição, criando ambiente
monótonos. A qualidade de vida estava comprometida. Surgindo, dessa forma, propostas
utópicas e outras formas que tentam resolver o problema das cidades.

Cidade Moderna:
Uma ruptura radical na estrutura, na forma, na organização e nos conteúdos, no propósitos
urbanístico e da cidade.
O urbanismo moderno pode ser dividido em duas fases:
1. Período entre guerras: Avanço da tecnologia, da ciência, das máquinas, com a tipologia de
blocos (torres)
2. Período Pós Segunda Guerra até 1970: Reconstrução das cidades e grandes necessidades
habitacionais, grandes conjuntos habitacionais (monótonos).
Esse estilo contém 4 funções principais: Habitar, Trabalhar, Recrear e Circular.
O urbanismo moderno utópico ignora os fatores históricos, fatores, esses, que são
importantes para o desenvolvimento das características.
→ É funcional mas ocorre um afastamento da afetividade dos seres, "viram robôs"

Críticas ao Urbanismo Moderno nos anos 60

Na década de 60 surgem as primeiras críticas contra a qualidade do ambiente urbano.

Jane Jacobs- Morte e Vida das grandes cidades Americanas


Ataque aos fundamentos do planejamento urbano e da reurbanização
Tem como tese central que o grau de urbanidade de uma cidade depende intimamente do grau
de vitalidade urbana e diz que os espaços que as acolhem devem estabelecer relações de
compromisso com essa vitalidade.
Mostra como as formas conflituosas de convívio podem ser mais importantes do que a
eliminação das diferenças através de projetos sedativos. Além disso, defende que a
monofucionalidade, a ausência de diversidade funcional, ruas mal iluminadas, calçadas
desprovidas, quarteirões longos, excesso de espaços imprecisos, são alguns fatores que
corroem a urbanidade.
Faz-se referência ao termo "inferno urbano", sendo consequência de pelo menos dois processos
distintos.
1. Se impõe através de planos e projetos equivocados e desastrosos, como é o casos das grandes
cidades Americanas.
2. A ausência de planos ou a consciência de sua necessidade, como por exemplo, as grandes
cidades brasileiras.
→ Aqui, a erosão da urbanidade instalou-se não apenas pela ausência de planos, mas pela
incapacidade do poder público de entender o papel contemporâneo das cidades. As grandes
obras viárias realizadas nas metrópoles brasileiras, pressionadas pelo o aumento de veículos,
criou rupturas urbanas, segregou trechos e afastou setores urbanos
Assim, o controle desses fatores, têm sido os elementos essenciais do novo discurso. As
cidades podem ser recuperadas. O potencial urbano pode ser reconquistado pela ampliação do
convívio dos usos, pela integração das funções urbanas e pela relação da cidade com o
automóvel.

Gordon Cullen- A Paisagem Urbana


Buscava enfatizar a percepção visual do ambiente enquanto experiência estética e emocional.
A paisagem, para Cullen, é a "arte do relacionamento" entre os elementos construídos, naturais,
simbólicos e emocionais.
As cidades históricas tinham sido mais bem sucedidas em tornar o urbanismo uma arte, do que
as cidades contemporâneas.
A leitura da paisagem é estruturada diante de três aspectos:
1. Visão serial- percepção a partir do pedestre e sua representação gráfica
2. Local- Paisagem como elemento organizador do espaço urbano analisando o território ocupado,
a apropriação pelo movimento, seus recintos e pontos focais.
3. Conteúdo- As relações entre os elementos da cidade.

Tipos, Morfologia e Contextualismo dos aos 70 e 80

Morfologia Urbana- Estudo do tecido Urbano e seus elementos constituintes


Tipologia- → A arquitetura busca aproximar-se de um tipo.
→ A presença de um tipo revela a relação da criação com a história
→ Tipo deve ser entendido como um esquema de articulação espacial que veio se formando em
relação a um conjunto de exigências práticas e ideológicas.
→ A tipologia pode ter um caráter funcional e estar submetida a critérios.
Aldo Rossi- A arquitetura da cidade
A cidade é entendida como arquitetura, a construção da cidade no tempo. A arquitetura é a
forma mais abrangente de se analisar a cidade.
A arquitetura da cidade pode ser entendido por dois aspectos:
1. Uma obra que cresce no tempo
2. Fatos Urbanos caracterizados por uma arquitetura própria, com uma forma própria.
Em ambos os casos, a arquitetura constitui o ponto de vista mais concreto com o qual se pode
encarar os problemas e ter uma ideia das questões menos claras que se referem aos fatos
urbanos.
Os conhecimentos acerca dos fatos urbanos se dá através da arquitetura. Usa-se como
instrumento a morfologia urbana e a tipologia edificatória, rejeitando o funcionalismo porque este
nega a complexibilidade da cidade.
As área-residências e os elementos primários são os componentes principais dos fatos urbanos.
→ Elementos primários: Conjunto de elementos que funcionam como núcleos de agregações,
geralmente com carater público (praças, lojas, edifícios públicos e comerciais, universidades,
hospitais, escolas);
→ Áreas-Residências: Parte de um conjunto urbano vasto.

New Urbanism-

Nasceu pela necessidade de repensar os subúrbios do cenário norte americano.


Propõe algumas soluções, como: aumento de densidade em relação aos subúrbios, incentivo ao
uso múltiplo, zoneamento flexível.
Definido como um movimento contrário aos subúrbios.
Como solução para os problemas de expansão suburbana, eles solicitam um aumento a
densidade e permitindo usos múltiplos estariam diminuindo a degradação, promovendo uma
maior interação entre os indivíduos.
Mostra um aumento significante ao número de condomínios fechados, gentrificação e
intolerância.
→ Inspirado na qualidade de vida das pequenas cidade americanas, o New Urbanism se
esquece que tais cidades sempre foram dominadas pelo racismo, intolerância, discriminação e
aversão a tudo que seja diferente.

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