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PROJETO ARQUITETÔNICO

AULA 1

Prof. Felipe Trad


CONVERSA INICIAL

Trabalharemos cinco temas nesta aula, abordando os pontos iniciais para


que possamos construir a base para o entendimento sobre o que é arquitetura,
como ela foi criada e qual sua finalidade hoje em dia.

• O que é arquitetura?
• O arquiteto.
• Estilos arquitetônicos.
• Arquitetura e engenharia.
• Grandes nomes.

TEMA 1 – O QUE É ARQUITETURA?

Segundo Guy Taire, a arquitetura é uma ciência humana, apesar de


geralmente ser associada a ofício, arte ou técnica.
A arquitetura aborda as questões relativas aos lugares construídos da
perspectiva de quem vai usufruir do espaço, afetando as pessoas em vários
aspectos, entre eles os sociológicos. Conforme Holanda (2007), as seguintes
perguntas são essenciais ao se pensar na arquitetura:

1. A configuração da forma-espaço permite que as pessoas que ali irão


estar/habitar consigam se mover e se sentir pertencentes de forma a
proporcionar encontros e visibilidade do outro?
2. Foram levadas em consideração as atividades que serão praticadas no
espaço?

O termo Arquitetura Sociológica define a arquitetura como ciência que


estuda como projetar espaços para pessoas em seu cotidiano seguindo a lógica
da Tríade Vitruviana: funcionalidade, caráter construtivo e beleza. Conseguir
aliar a técnica às necessidades dos usuários é o desafio do projeto arquitetônico.
Em termos mais amplos, a arquitetura também estuda os espaços
urbanos, incluindo o planejamento de cidades. No âmbito do pensamento
urbanístico contemporâneo, podemos citar a construção de Brasília (1960), além
de referências a Goiânia (1933), Belo Horizonte (1895) entre outras. A última
capital planejada do século XX foi Palmas, capital do estado do Tocantins,
localizada na região norte do país.

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Saiba mais

Tríade Vitruviana: o tratado de Vitrúvio, o texto mais antigo sobre


arquitetura que ainda resta, é uma tentativa de estabelecer critérios balizadores
para a produção qualificada. Para Vetrúvio, a razão que leva à adoção de uma
determinada solução deve ter como base critérios claramente estabelecidos.
Tais critérios, no caso específico de Vitrúvio, estão contidos nos
desdobramentos da chamada tríade firmitatis, utilitatis e venustatis (caráter
construtivo, funcionalidade e beleza) construídos teórica e praticamente a partir
da tecnologia construtiva existente, dos costumes das pessoas de sua época e
da tradição arquitetônica (Maneti, [S.d.]).

1.1 Brasília

Fruto de um projeto modernista, Brasília nasce como força de expressão


nacionalista. O plano piloto foi concebido com dois grandes eixos, Norte-Sul E
Leste-Oeste, sendo que o cruzamento destes forma um desenho similar ao de
um avião.
Lucio Costa 1, conhecido internacionalmente por ter idealizado o projeto
urbano da cidade de Brasília, coordenando sua construção juntamente com a
equipe de arquitetos designados que contava com Oscar Niemeyer 2 e Ícaro de
Castro Mello 3, já dizia que o desenho “nasceu do gesto primário de quem
assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto,
ou seja, o próprio sinal da cruz”.

1
Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro de Lima Costa (Toulon, 27 de fevereiro de 1902 – Rio de Janeiro,
13 de junho de 1998).
2
Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907 –
Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2012).
3
Icaro de Castro Mello (São Vicente, 1913 - São Paulo, 1986).
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Figura 1 – Brasília

Créditos: EVENFH/Shutterstock.

No projeto, cada eixo tinha sua função. O Norte-Sul foi destinado a


unidades de vizinhança, compostas por superquadras com o objetivo de suprir
as necessidades dos moradores para que estes não precisassem fazer grande
deslocamentos para ir a mercados, lojas e espaços de lazer. O eixo Leste-Oeste
é denominado Eixo Monumental e nele estão espalhados os ministérios, a praça
dos Três Poderes e sedes do governo.
No centro, está concentrado o setor de diversão, cinemas e teatros, além
de bibliotecas, centros culturais e outros empreendimentos do mesmo ramo.

1.2 Curitiba

Capital do Paraná, a cidade de Curitiba tem sua morfologia marcada pela


história. Dos 480 rios curitibanos, nem todos foram canalizados. O plano
urbanístico criado em 1943 contribuiu para a evolução no pensar sobre a cidade,
consistindo em uma expansão radial (Figura 2), com transporte público
passando em canaletas específicas, partindo do centro da cidade até terminais
em bairros periféricos, atendendo às problemáticas da época que eram
congestionamentos intensos no centro e problemas de enchente. Grandes
avenidas foram propostas perifericamente ligando os parques e locais de
atividade cultural.

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Figura 2 – Expansão radial

Créditos: STOCKVECTORSILLUSTRATIONS/Shutterstock.

Na década de 1960, o Departamento de Urbanismo implantou um projeto


no qual os grandes eixos estruturais Nordeste–Sudoeste, Leste–Oeste e eixo
Boqueirão ligam toda a cidade ao centro de Curitiba através do sistema Trinário:
três ruas paralelas, sendo que a central é destinada à canaleta para transporte
público e as laterais opostas em sentidos: uma é destinada para o fluxo bairros–
Centro e a outra para o fluxo Centro–bairros.

Figura 3 – Canaletas do transporte público

Créditos: MARCIO JOSE BASTOS SILVA/Shutterstock.


Nos anos 1970, a especulação imobiliária se tornou um problema quando
muitos vazios urbanos estavam sendo loteados para moradia, o que
representaria lucro imobiliário e muita enchente no futuro. A opção para

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solucionar esse problema foi criar reservas de verde em parques e bosques que
unem as funções de preservação ambiental, saneamento, esporte e lazer.
Atualmente, estuda-se a ideia de reabrir os rios da cidade que estão enterrados.
O movimento é visto como tendência em metrópoles desenvolvidas e já é
realidade em algumas cidades.
Estes são exemplos que evidenciam que, para cada necessidade de
projeto, existe uma área da arquitetura especifica a ser trabalhada. Em algumas
situações, se faz necessário que um professional de arquitetura seja da área de
paisagismo, urbanismo projetista e, em determinadas situações, é necessário
um arquiteto criativo.

TEMA 2 – O ARQUITETO

O arquiteto é o profissional responsável por conectar as ideias iniciais ao


projeto e dar forma a ele através de um esboço inicial. Posteriormente, esse
esboço se transformará no projeto arquitetônico, conforme as necessidades do
cliente.
Dentre esses espaços, estão as casas, prédios, órgãos públicos e praças,
e o desafio do arquiteto é organizar áreas internas e externas para oferecer
conforto e funcionalidades aos usuários.
O arquiteto precisa pensar o projeto na escala do observador,
basicamente visualizando o projeto como se estivesse dentro dele, nos interiores
de edificações, uma rua ou praça, imaginando como é tudo ao redor, os fluxos
dos carros, das pessoas, os espaços determinados para cada função, projetados
para que supram a necessidade de todos que os usarem. Como exemplo,
usaremos o estudo do corte de via composta pelos espaços: passeio (calçada),
canteiro, rua, estacionamento, passeio, respectivamente.

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Figura 4 – Corte

Fonte: Trad, 2021.

Podemos ver que cada espaço determinado tem sua função. O passeio
entre o lote e o canteiro, por exemplo, permite fácil acesso ao lote. O canteiro
arborizado, além de afastar o pedestre da rua, proporciona um ajuste de
microclima. A rua se encontra no centro da imagem, destinada ao tráfego de
automóveis, e logo ao lado há o espaço para estacionamento desses veículos.
Esses dois espaços estão em um nível mais baixo do que as calçadas para
garantir a demarcação do limite entre os automóveis e as pessoas,
proporcionando mais segurança. O projeto determina os layouts por meio do
fluxo, do conforto físico, visual e térmico, delimitando o ângulo de visão do
observador, temperaturas confortáveis para seu deslocamento, iluminação para
segurança à noite e o meio-fio delimitando o espaço da rua.
O esquema de ângulos de visão é interessante para mostrar o que os
observares conseguem ver de determinados lugares.

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Figura 5 – Corte

Fonte: Trad, 2021.

Este exemplo de corte de via mostra que o observador com o ângulo


visual roxo não consegue enxergar a janela superior da edificação, assim como
o observador do ângulo vermelho. Se considerarmos que os pavimentos
superiores são residenciais, o ângulo visual proporcionado a quem está na
calçada mais próxima não pode ver o que acontece dentro da casa das pessoas.
E o observador que tem seu ângulo visual representado pelo verde, por estar
localizado em um local mais alto, tem a visão muito mais ampla, mas é
interrompida pela árvore, que pode ter função de barreira visual, mas sua
principal função, quando colocada ao lado do passeio, é proporcionar o ajuste
de microclima. Com sua sombra e umidade, ela baixa a temperatura na área de
passeio, proporcionando maior conforto térmico aos usuários.

Figura 6 – Corte

Fonte: Trad, 2021.


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No croqui, a sombra é representada pelos polígonos cinzas, e o
microclima proporcionado pela árvore está destacado com a elipse vermelha
tracejada.
Atender a tais requisitos básicos é fundamental no projeto arquitetônico.
Além disso, a condição para que um projeto tenha futuro é que este seja
construído sobre uma base sólida e fundamentada, uma base que se molde com
a compreensão do projeto e do local de sua construção. A preocupação do
profissional é garantir o funcionamento e o conforto para todos.
Quem regulamenta o exercício da profissão arquiteto é o Conselho de
Arquitetura e Urbanismo (CAU).

2.1 Áreas da profissão

A profissão de arquiteto se expande a muitas áreas de atuação. Além do


projeto arquitetônico, temos o projeto de urbanismo e paisagismo, luminotécnica,
interiores, restauro, acompanhamento e administração de obras, entre outros.

2.2 Projeto arquitetônico

O projeto arquitetônico é a área da profissão que analisa o espaço onde


a edificação se instalará e seu entorno, através do estudo de viabilidade quanto
a edificações vizinhas, gabarito de altura, fluxos das ruas e conforto térmico:
insolação, ventos e norte, juntamente com o programa de necessidades no qual
estarão especificadas as necessidades da edificação.

2.3 Urbanismo

O urbanismo é a área da arquitetura que se propõe a trazer soluções para


espaços abertos, localização dos lotes, vias, fluxos dos carros e eixos
estruturais. É responsável também por outras áreas, como a revitalização de
bairros, praças e também projetos para regularização de ocupação irregular.

As cidades têm muitas características em comum com uma edificação.


Elas são artefatos espaciais, ambientes experimentais projetados com
funções específicas em mente. Essas semelhanças fazem com que o
arquiteto seja a pessoa ideal para influenciar o desenho, o crescimento
e o desenvolvimento dos ambientes urbanos. Os arquitetos também
são responsáveis pelas edificações que compõem uma cidade e, por
meio de seu desenho, podem afetar diretamente o meio urbano.
(Ching, 2014, p. 8)

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2.4 Paisagismo

O projeto paisagístico é muito importante para as cidades, sendo


responsável pela integração do meio urbano, as ruas, ao meio privado, as
edificações. Com a finalidade de projetar uma via, o paisagismo deve ser
pensando junto ao urbanismo, afinal, árvores e canteiros estão nas ruas por um
motivo, sombra, microclima. Ademais, áreas permeáveis absorvem a água da
chuva e ajudam a não sobrecarregar o sistema de captação de água nas ruas.
Quando falamos em paisagismo, parques e praças vem à nossa mente. A
importância dessas áreas é grande, pois proporcionam conforto climático,
umidade e conforto visual ao quebrarem uma paisagem repleta de edificações.

2.5 Luminotécnica

Arte de iluminar, a luminotécnica tem um papel fundamental na arquitetura


tanto fora quanto dentro das edificações, afinal, só enxergamos graças à luz que
reflete em um objeto e chega a nossos olhos. Sua função é proporcionar conforto
visual ao usuário, independentemente da função que esteja praticando, o que a
faz proporcionar segurança e conforto onde esteja.
A iluminação dentro dos ambientes é dividida de algumas formas: luz de
trabalho, de descanso, geral, tarefa. Cada espaço pede um tipo de iluminação,
de intensidade ou temperatura da cor, conforme o uso. Para um ambiente de
trabalho, estudo, galpões ou escolas, a lâmpada de Led Tubular 6.500K
(lâmpada cor frio), IRC > 80% (índice de reprodução de cor) seria uma boa
escolha. Sua intensidade é calculada pela área do ambiente e a distância que a
lâmpada está da área de tarefa. Além do mais, a luz branca fria é escolhida para
esses lugares por inibir a produção de melatonina, colaborando, assim, para
manter as pessoas mais despertas. No caso de uma residência, a escolha de
cor quente (2.700K) ou neutra (4.000K) são opções melhores devido ao conforto
visual que proporcionam.

2.6 Interiores

Arquitetura de interiores é a área da arquitetura que projeta espaços


internos, nos quais temos menores fluxos a serem resolvidos. As delimitações
espaciais em ambientes integrados, às vezes, são determinadas pelo
posicionamento mobiliário, um tapete delimitando um espaço, por exemplo.
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TEMA 3 – ESTILOS ARQUITETÔNICOS

O ser humano, assim como outros animais, precisa de abrigo para sua
proteção. Dessa forma, quando teve início a prática agrícola, os povos se
tornaram sedentários, logo permaneceram em uma mesma área, onde deviam
organizar o espaço para que este proporcionasse o que precisavam para
sobreviver. Era necessário, também, cuidar do solo para o plantio, criar moradias
e proteção contra animais hostis. Diferentemente dos nômades, a caça e a coleta
já não eram mais as práticas principais, assim começaram a surgir as cidades.
Nasceu, então, a arquitetura, quando a civilização passou a construir seus
lares e santuários. Além disso, o projeto das cidades era influenciado pela
religião, política, cultura, pelo local em que se instalava e até pelo número de
pessoas que habitavam a região. “Esta, grosso modo, é a ciência e a arte de
construir ou, sendo mais poético, o momento em que um edifício é imbuído de
uma magia sabia que transforma de mero abrigo em obra de arte consciente em
si” (Glancey, 2000, p. 9).

3.1 Período Pré-Histórico

A arquitetura nasce junto às primeiras construções que tinham como


objetivo proporcionar abrigo, gerando conforto e segurança. Neste processo de
criação de abrigos, foram feitas estruturas rudimentares para a construção de
coberturas, usando-as para proteção contra Sol e chuva e, desse modo,
cavernas foram transformadas em moradias.

3.2 Grécia

No sempre misterioso Egito Antigo, a arquitetura é conhecida pelas


pirâmides de Gizé, a Esfinge de Gizé e seus túmulos. A arquitetura era muito
influenciada pelo poder, pois quanto mais poder tinha o faraó, escolhido dos
deuses, maior e mais valioso seria seu túmulo.

3.3 Romanos

Os romanos eram mais técnicos e usavam mais materiais que os gregos.


Eles usavam areia, tijolo, gesso e cimento e abusaram no uso do arco. Com um
estilo de edificação luxuosa, construíram os aquedutos de forma que

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executassem sua função perfeitamente, os quais eram gigantes e imponentes,
assim como na Grécia, porém com a personalidade guerreira e conquistadora
do império Romano. O Coliseu é seu marco, uma estrutura grandiosa cuja
finalidade era entreter o povo com batalhas e torneios.

3.4 Gótico

Estilo arquitetônico que busca chegar o mais próximo de Deus. As


catedrais deste estilo são monumentais, com altura mais alta possível, grandes
colunas e arcos ogivais. Os arcobotantes são as estruturas na lateral externa,
extensão da abóboda da nave principal. Por serem tão altas, muitas catedrais
góticas hoje em dia têm problemas na estrutura.

3.5 Renascimento

Neste momento, temos o retorno do clássico, com arquitetura moldada


pela visão racionalista da época. Técnicas antigamente usadas pelos romanos
foram redescobertas e isso possibilitou que Brunelleschi construísse a cúpula da
Basílica Santa Maria del Fiore, a primeira cúpula renascentista.

3.6 Barroco

A arquitetura barroca é uma forma de manifestação religiosa através da


arquitetura. Muitas igrejas e catedrais seguem essa arquitetura rica em detalhes,
com muitos adornos e exageros, banhadas a ouro.

3.7 Moderno

Podemos concluir com um questionamento: qual será o pensamento da


arquitetura moderna do futuro num século em que a prioridade será a
preservação dos recursos naturais?

TEMA 4 – ARQUITETURA E ENGENHARIA

Arquitetura e engenharia civil são áreas que trabalham juntas para


concretizar vários tipos de projetos, como construção de edificações e espaços
urbanos. Além do mais, a engenharia se concentra mais no âmbito técnico
construtivo, cálculos de estruturas para sustentação e de que forma estas serão

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concebidas, considerando que cada material tem sua resistência e índices
técnicos variados. A arquitetura, por sua vez, está diretamente ligada à parte
estética, funcionamento e conforto das edificações.
A engenharia está por toda a edificação, através da estrutura, elétrica e
hidráulica. O arquiteto, ao projetar, apenas indica pontos de energia, hidráulica
e estrutural, mas não projeta a parte técnica desses elementos. A parte técnica
da arquitetura é bastante humanizada. Junto ao uso das normas brasileiras,
muitos aspectos construtivos são projetados através do perfil de usuário e da
edificação. Mesmo tendo um pouco de matérias de física na faculdade de
arquitetura, elas só proporcionam uma noção para que o arquiteto não queira
passar dos limites na criatividade. Como a forma do projeto deve ser pensada
junto à função, para chegar a um bom resultado, o processo deve ser feito
através de croquis (esboço feito à mão), maquetes, estudos volumétricos por
meio de softwares, mas a forma com que esse processo é feito varia de acordo
com cada profissional. Parte bastante importante é o conceito de projeto,
basicamente é a ideia geral do projeto como se fosse sua essência. Tendo isso
em mente, há muito mais chance de construir um projeto coerente do começo
ao fim, sempre cumprindo as necessidades técnicas, variantes internas e
externas do terreno.
Podemos, então, entender que a engenharia civil é a ciência dedicada à
construção e suas técnicas, e a arquitetura é direcionada a projetar espaços
confortáveis para vivência das pessoas.

TEMA 5 – GRANDES NOMES E INFLUENCIADORES

Ao final de cada aula, veremos alguns dos grandes projetistas como


inspiração, buscando uma compreensão do real papel da arquitetura.
Começaremos com o arquiteto e engenheiro Santiago Calatrava Valls:

• Nascido em 1951 em Valência, Espanha;


• Graduação em Arquitetura no ano de 1974 (Valência, Espanha);
• Graduação em Engenharia Civil no ano de 1979 (Zurique, Suiça);
• Doutorado em 1981 (Zurique, Suiça).

Calatrava usa o esqueleto como inspiração para as formas dos projetos e


outras referências orgânicas. Além disso, o arquiteto faz seus estudos

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arquitetônicos não apenas com croquis, mas sim com maquetes extremamente
detalhadas para melhor compreender sua obra.

FINALIZANDO

Ao final da aula, podemos chegar a um nível de compreensão melhor do


que é arquitetura e do trabalho do arquiteto. Concluímos que a arquitetura está
diretamente ligada às pessoas e seu cotidiano. Nós, como seres humanos
vivendo em sociedade, temos rotinas, objetivos, gostos e ambições distintas e
tais particularidades nos fazem únicos, porém, são as semelhanças que nos
permitem viver em núcleos similares. Esses núcleos comportam as atividades
que praticamos e devem nos proporcionar conforto, segurança e as demais
características para que, no momento em que estivermos vivenciando um local
que nos agrada, possamos praticar as atividades da melhor forma possível.
Então, a arquitetura não é apenas projetar lugares, mas sim experiências
gratificantes para as pessoas que vivem nesses espaços projetados.

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REFERÊNCIAS

BENVENUTTI. A. F. Planejamento Urbano em Curitiba: interpretações sobre a


produção da cidade. In: ENANPARQ, 3, 2014. Anais... São Paulo, ANPARQ,
2014.

CASTRO, A. C. V.; SILVE, J. M. C. História e historiografia da arquitetura e da


cidade. Sessão temática: teoria e método em história da arquitetura e da cidade.
In: ENAMPARQ, 4, 2016. Anais... Porto Alegre: PROPAR/UFRGS, 2016.

CARMO, J. C. B. Alfred agache e seu plano para Curitiba: Técnica,


institucionalização e o início do discurso da cidade planejada. Urbana, v. 4 n, 4,
mar. 2012.

CHING, F. D. K.; ECKLER, J. F. Introdução à arquitetura. Porto alegre:


Bookman, 2014.

GONÇALVES. D. Uma história da historiografia de arquitetura. ArtCultura,


Uberlândia, v. 12, n. 20, p. 95-115, jan./jun. 2010.

GLANCEY. J. A história da arquitetura. Londres: Dorling Kindersley Ltda, 2000.

MANETI, L. Princípios de ordem projetual na obra de Vitrúvio.


Arquiteturarevista, [S.d.], v. 6, n 1, p. 1-11.

SANTOS, J. H. A História da Arquitetura como prática dialógica entre os saberes


historiográficos. In: Simpósio Nacional de História, 26, 2011. Anais... São Paulo:
FFLCH/USP, 2011.

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