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PUC Minas Poços de Caldas

Ana Lívia Marques de Sá


R.A.: 823967
Prof. João Marcelo
Livro: Fundamentos de Arquitetura

02/04/2023
Contextualizando a arquitetura
A contextualização o refere-se ao lugar que a arquitetura se localiza, com isso,
muitos arquitetos usam desse contexto para conectar o terreno com o conceito
proposto, de forma que a edificação possa ser integrada ao ambiente. Contudo,
há também, construções que são distintas de seu entorno, porém em ambos os
casos, o contexto deve ser claro e analisado.
Cada terreno é único, tem suas próprias características topográficas,
definições, localização e história. No terreno urbano, há influências históricas e
resquícios de outras construções, até aquelas que estão ao seu entorno, que
ele entrará em contato, diferente das áreas não urbanizadas que tem
recordações menos evidentes.
Devem ser feitas todas as considerações gerais, como orientação do Norte,
acesso, áreas ao redor, escalas e matérias das edificações do entorno, solo e
volume. Uma visita ao local é muito importante, para observação e dicas para
elaborar uma melhor arquitetura para ele, pois para analisar um terreno é
coerente mapeá-lo, registrar suas categorias e fazer seu levantamento.
Existem ferramentas que auxiliam esse processo, a interpretação pessoal do
terreno é essencial para o arquiteto, podendo ser feito em croquis, registrando
de maneira própria, outra forma, é um estudo da figura, que mostra a
representação gráfica de uma cidade, com áreas de cheios e vazios,
analisando de forma abstrata o terreno, além disso, também tem a ferramenta
de mapeamento histórico, mostrando a memória do local, agregando na
proposta do projeto.
Ademais, a topografia do terreno deve ser registrada para análise dos aspectos
físicos do local, como as curvas de nível, apresentando largura e profundidade
do terreno, indicadas em elevações e cortes.
Para o arquiteto, é importante o entendimento da memória do lugar, pois os
lugares criam recordações significativas, por isso, ao lidar com espações
históricos e restaurações, isso deve ser levado em conta, como também a
compreensão dos eventos que ocorrerão posteriormente.
Há dois contextos: o urbano, onde a cidade acomoda eventos, a vida cotidiana,
a nova arquitetura, enriquecimento, interação, um local para se viver e
trabalhar na sociedade hodierna e paisagem, onde grandes edificações, como
aeroportos, parques, estações, se destacam e geram novas oportunidades,
respondendo à proposta do projeto e contribuindo para seu contexto.
A História e os Precedentes
A compreensão histórica é muito importante para o desenvolvimento de um
arquiteto, pois os projetos acontecem a partir de ideias, precedentes e
conceitos que evoluíram com o passar dos anos, estudam a história, cultura,
estrutura, materiais e aplicam às edificações contemporâneas.
A civilização se desenvolveu juntamente om a arquitetura, até quando os
nômades criavam abrigos temporários, e após o estilo de vida sedentário
prevaleceu, criando um lar permanente.
No Mundo Antigo, os egípcios foram os pioneiros a praticar uma arquitetura
caracterizada, como as pirâmides, que refletiam a crença de vida após a morte,
essas construções foram executadas de maneira muito inteligente, necessário
conhecimentos avançados de engenharia e uso de matérias trazidos de locais
em até 640 km, sendo transportados até pela água.
No Mundo Clássico, há um espírito duradouro de elegância e equilíbrio na
arquitetura, a civilização grega foi quem formalizou a linguagem da disciplina
pela primeira vez, no “Período de Ouro”, assumiram um nível de refinamento
de qualidade que passou a ser definida como “clássica”. Os arquitetos gregos
desenvolveram uma metodologia que poderia ser aplicada a todos os tipos de
edificações, como por exemplo, as colunas usadas para sustentar a
construção, cada elemento usado por eles, relacionava-se matematicamente
com todos os demais, transformando a edificação em uma totalidade integrada
e davam muito valor à compreensão humana. O classicismo também foi
pioneiro no planejamento urbano, onde as edificações se dividiam pela ordem
social, e a ágora era considerada o “coração” da cidade. Além disso,
construíam grandes anfiteatros, que conseguiam acomodas cinco mil pessoas
facilmente, com linhas de visão e acústica impecável, o que nos dias de hoje é
raramente encontrado.
No Mundo Medieval, o divino era buscado como fonte de certezas, com isso,
foram construídas catedrais, que reduziam o tamanho da estrutura em uma
edificação e seus vitrais iluminavam o interior, trazendo a luz como uma
mensagem divina de um deus cristão. Outrossim, deu ênfase à verticalidade,
como arcos pontudos e característicos, foi o início das catedrais góticas. A
arquitetura gótica, voltou a tipologia vernacular, com materiais e técnicas de
construção locais, o que conferia uma relação íntima com a localidade e a
paisagem, hoje vemos esse feito na arquitetura sustentável ecologicamente.
No Renascimento, o humanismo foi marcado por uma rejeição ao período
medieval e novo interesse ao período clássico. Com maior destaque na Itália,
buscavam compreender o classicismo com base na capacidade de raciocínio
do homem, deixando de lado as explicações predeterminadas. Alguns artistas
que podemos destacar desse período são Brunelleschi, Alberti e Michelangelo.
No Barroco, foi a nova era no Racionalismo, o homem e a Terra, não eram
mais o centro do universo, o que engrenou para uma onde de questionamentos
e ideias intelectuais. Na arquitetura buscavam reduzir a essência de uma
edificação a uma edícula primitiva, que pudesse ser aplicada universalmente, a
chamada edificação racional, se desenvolveu com raciocínio lógico. No
entanto, ao longo do século, a noção que a verdade seria encontrada nos
sentidos e não no intelecto, deu origem ao paisagismo.
No Modernismo, deu-se início a Revolução Industrial, criação de máquinas a
vapor e crescimento urbano industrial. O ferro e o aço começaram a se fazer
muito presente nas construções, o que foi um marco para a mudança de
materiais artesanais e leves, para elementos mais “pesados”, como ferro, vidro
laminado, aço e concreto armado. Diante disso, surgiram as exposições
comerciais, celebrando esse novo método na arquitetura, em que foi construído
o famoso Palácio de Cristal em Londres, com ferro e vidro e a Torre Eiffel, em
Paris. Já nos Estados Unidos os arquitetos usaram os mesmos princípios
estruturais, porem com aço, material mais resistente e leve que o ferro. Durante
esse período modernista, Le Corbusier se baseava em 5 características para
suas edificações, são elas: Pilotis, Planta Livre, Fachada Livre, Janela em fita e
Terraço-Jardim.
A Construção

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