Você está na página 1de 5

>>>>>>>>>>RESUMO<<<<<<<<

Pré História & Egito:

A arquitetura pré-histórica revela a evolução do homem através de suas construções.


Construindo cavernas e tendas para abrigo e menir’s como monumentos simbólicos, o ser
humano foi se desafiando cada vez mais nas novas descobertas. As tendas, por exemplo,
surgiram após a necessidade de mudar e a descoberta de novos materiais e da utilidade de
cada um deles. Isso revela como os projetos arquitetônicos foram transformados ao longo
do tempo, passando de algo com capacidade comunicativa para a necessidade de habitar,
de possuir um abrigo.
Já no Egito antigo, caracterizado hoje como uma das civilizações que deixou um acervo
arquitetônico repleto de grandes e apreciados monumentos, passaram a ser não só um
exemplo em engenharia e arquitetura como também na organização da sua civilização. De
fato os líderes da época usufruiam de suas construções como uma demonstração de poder
para aqueles que estavam ao seu redor, mas é de se admirar a forma como, mesmo sem
recursos avançados e máquinas que os auxiliassem, foram capazes de projetar e construir
monumentos com tamanha estrutura e durabilidade. Este povo possuía também uma
percepção dualista das localizações das principais construções - como por exemplo o Vale
dos Faraós - que junto a sua crença colocou templos e assentamentos ao leste, onde nasce
o Sol.

Greco-Romana:

A arquitetura grega é marcada por dois elementos: a delimitação do saber e o


antropomorfismo. Seu elemento estrutural clássico é o sistema trilítico. Pode ser organizada
por ordens: ordem dórica, jônica, coríntia, compósita e toscana.
A ordem, além ser usada para delimitação de território e separação de estilos
arquitetônicos, também serve como um instrumento de regularização do processo de
construção, promovendo uma liberdade para selecionar resultados e melhores soluções.
Um objeto de estudo era compartilhado, então, por vários profissionais, garantindo um
aprofundamento maior. Essa ordem como instrumento de controle e comunicação é um
elemento fundamental para tornar viável o sistema construtivo.É marcada pelo
antropomorfismo, com a escala humana e o homem como instrumento de medida, e a
delimitação do território de saber arquitetônico, colocando a arquitetura como uma ciência a
ser estudada e compreendida. Então, desde a Grécia até os dias atuais, a arquitetura é um
problema específico, com um território e com um caráter que, entendidos como categorias
permanentes, lhe permitem se autolimitar e estabelecer leis próprias.A escala humana leva
a uma concepção de uma ordem espacial de relação com uma correspondência
arquitetônica entre as partes de um edifício e suas respectivas medidas, levando a
estabelecer o conceito de medida e módulo, que é uma relação das partes a partir de uma
proporção, usando o homem como módulo base. As proporções podem ser estáticas,
entendidas em si mesmas, ou dinâmicas, relacionadas com as variáveis da medida.

A arquitetura romana incorpora o arco e a abóbada com um papel primordial, empregando-


os em concepções espaciais com uma escala e significação novas, explorando as formas
redondas. Os arcos e colunas se apresentam também como monumentos, como arcos do
triunfo e menires, com significados e simbolismos próprios.
É exatamente a comparação entre o Partenon e o Panteon que nos revela o contraste entre
a natureza tectônica e extrovertida da arquitetura grega e a natureza plástica e introvertida
da arquitetura romana – abriga o povo e isola do exterior, pensamento que resgata a
significação da caverna como proteção. O espaço romano visa passar autoridade,
dominando multidões e faz o Império presente, com poder e razão.
Enquanto na arquitetura grega a coluna era o elemento mais importante, em Roma se
prefere a parede como elemento essencial. Colunas e arquitraves aparecem como
elementos decorativos. Parede, pano de muro, massa, volume e abertura alcançam na
arquitetura romana seu melhor paradigma edificado, dadas as forças laterais exercidas
pelas abóbadas e arcos.As cidades romanas se apresentavam em retículas ortogonais, com
as partes se relacionando, utilizando as ruas como módulo. Os princípios eram o traçado
regular, delimitação da cidade, proeminência do sistema viário e regularidade das quadras.
Se apresenta quadrada ou retangular, cercada de muralhas e duas vias principais que
dividem a cidade em quatro quartéis. No cruzamento, o centro da cidadania.

Gotico e Romantica

Após o planejamento intra-histórico e universal do mundo românico, o gótico surge com um


planejamento científico e racional. Os reformistas beneditinos, em 1100, não se limitavam
ao espectro espiritual e ditavam normas concretas sobre as novas igrejas. A arquitetura
Gótica surgiu no norte da França, em uma igreja chamada ST Dehis, essa foi a primeira
apresentação do estilo gótico na história e ela serviu de base para as próximas construções
nesse mesmo estilo.O estilo gótico tem como características, as plantas baixas em sua
grande maioria têm o formato de cruz latina, simetria estrutural, há uso de arcos ogivais,
usam se também as abóbadas nervuradas, arcos botantes e contrafortes. As construções
são marcadas pela antítese com a escala humana, o contraste das forças dimensionais e a
continuidade espacial. Buscavam transmitir leveza e delicadeza em seus interiores. Na
idade média com a chegada dos arcos botantes e contraforte as paredes passaram a ser
mais finas possibilitando a chegada dos vitrais. Os vitrais são a representação máxima do
gótico, é por meio deles que toda a iluminação externa penetra para dentro da igreja. A luz
é, agora, vista como um material de construção. Outro ponto importante do gótico são as
esculturas e os gárgulas, as gárgulas são monstros cupidos em pedra que serviam de
decoração nas catedrais. Embora tenham um papel estético também tinham uma função
arquitetônica muito bem definida, escoar a água das calhas para longe das paredes de um
modo para não criar dano na estrutura. Na decadência da idade média, a arquitetura gótica
se alastra para as construções pessoais, produzindo uma secularização (perda de influência
religiosa) da Civita Dei, não servindo apenas como caráter religioso.

A arquitetura da Idade Média se caracteriza por estilos arquitetônicos, influenciados


principalmente pela ascensão à igreja católica e pelo aumento das cidades por conta da
desintegração do Império Romano. Sua arquitetura reformula as características tipológicas
e construtivas da arquitetura e apesar de ter se iniciado no período românico, é no gótico
que a estrutura urbana das cidades ocidentais irá se transformar. O Ocidente foi
progredindo e se desenvolvendo de forma contínua, o que foi essencial e justifica seu fator
temporal na arquitetura ocidental. A aplicação e a construção medieval dessas ideias
refletem no tratamento e na articulação da superfície da parede externa (da parede
contínua à desmaterialização da parede) e no planejamento e resolução das estruturas
abobadadas.
Sendo o primeiro estilo do Ocidente, o românico é onde a Europa inicia seu progresso e sua
expansão edificatória. Então com ele inicia-se um conceito espacial caracterizado pela
concatenação estrutural, o que faz com que a arquitetura se expresse em termos de
estrutura, deixando então de atuar apenas como superfície. E pela métrica espacial que se
manifesta além dos termos bidimensionais, mas também em uma unidade tridimensional,
que circunscreve um espaço interno, desta forma seu espaço e volumetria se unem de
forma cada vez mais intima. Criando um estilo mais sábio, uniforme, com maior
funcionalidade e relação aos elementos construtivos e decorativos anteriores. Este conceito
se manteve na Europa até a chegada da arquitetura moderna. Podemos caracterizar o
desenvolvimento da arquitetura cristã ocidental pela constante mutação dos sistemas
construtivos. A planimetria recorda muitas vezes a forma de cruz, correspondente ao
símbolo do cristianismo

Renascimento e Maneirismo

O maneirismo surgiu como uma transição entre o renascimento e o barraco. Em um momento em


que o renascimento clássico entra em decadência, vem com um desejo revolucionário de romper
modelos e menosprezar a perfeição clássica, quase conseguindo romper com a mentalidade regrada
que é a presente no renascimento. Reestabelece o problema da escala como elemento
arquitetônico, tanto a sua concepção geral como o seu sistema de controle tridimensional. As suas
formas e maneiras são ricas e diversas, em função das diferentes maneiras dos arquitetos. Em
Portugal, por exemplo, é comum o uso na arquitetura maneirista de elementos formais do
Renascimento, mas a desobediência aos seus princípios.
Sua estética era de produções exageradas e sofisticadas, consideradas excêntricas para a época,
complexas e cheias de surpresas e contradições. Dentre os elementos utilizados estão os labirintos,
em espirais e proporções estranhas. A criação de coisas novas e inesperadas era o que movia os
artistas maneiristas.
Na arquitetura pode-se observar o maneirismo nas igrejas e palácios. Nas igrejas o estilo se
apresenta no plano longitudinal e espaços largos e longos, com uma iluminação dada por ângulos
diferentes, deixando assim o ambiente escuros. Um exemplo desse estilo arquitetônico é a Igreja de
Jesus em Roma, que tem uma cúpula disposta sobre uma planta de cruz latina, onde os braços do
cruzeiro não têm uma grande profundidade e a nave central se estende por causa das laterais, que
se reduzem a uma fila deixando as capelas escuras e baixas.
A arquitetura renascentista nasceu entre os séculos XIV e XVI, em Florença, na Itália, mas depois se
expandiu por toda a Europa. A invenção da prensa, no século XV, por Gutemberg, foi muito
importante e trouxe mudanças ao mundo, uma vez que permitia que o conhecimento fosse
divulgado de forma simples e prática.
Mais que um método ou estilo, a visão de mundo renascentista é marcada pelo retorno a uma
estrutura mais simples de conhecimento. A nova arquitetura se baseia em dois fundamentos: uso de
figuras geométricas elementares e das relações matemáticas simples e reutilização das ordens
clássicas da tradição grega e romana. É evidente no resgate a textos de pensadores clássicos, como
Vitrúvio, que dita as ideias renascentistas de cidade e sua imagem do mundo e formas urbanas.
Arquitetura se insere no movimento humanista de revisão da herança recebida da Idade Média.
Adquire um rigor intelectual e dignidade cultural que a distingue do trabalho mecânico. Passa a ser
vista como profissão e ofício e tudo a ser construído passa a ser refletido. Construir torna-se um
desafio à capacidade criadora, deixando de ser a repetição de fórmulas, mas sim reflexão diante de
um problema ou situação. Um arquiteto, então, é visto como um estudioso e, nesse período,
marcado pelo retorno de tradições e pensamentos clássicos. A arquitetura passa a designar o estilo
da construção edificada de uma cultura. Inaugura-se uma série de tratados em Arquitetura, que
passa a ser considerada uma profissão liberal e uma Arte Maior.
As maquetes surgem nessa época, feitas de madeira, sendo a representação tridimensional da
arquitetura. Nesse período os artistas falam do ato ideal de desenhar, que depende das operações
concretas da pintura, da escultura e da arquitetura, todas que podem ser exercidas com uma mesma
capacidade geral, diferente da capacidade específica. Esse ato foi baseado no desenho científico,
que é a perspectiva. O desenvolvimento da perspectiva muda a percepção e composição dos
edifícios e das cidades.
O renascimento quebra com o conceito de coletividade da Idade Média e prioriza o pensamento
Individualista. Além disso, o conhecimento passa a ser necessidade e prioridade, que, buscando por
ele, o homem é destinado ao divino. Na mentalidade do homem renascentista o pensamento
racional e a magia continuam incrustados. Ele ainda se preocupava com Deus, a vida pós-morte e o
conceito cristão de bem e mal.

Barroco e Rococó

Barroco: Sua arquitetura tem a oportunidade singular de representar um novo conceito de razão,
caracterizada por alcançar a monumentalidade (cúpulas, colunas, frontões) e representar ao mesmo
tempo solidez e perenidade, ela não renega as formas clássicas, mas as transforma. Também na
arquitetura oficial da corte, na arquitetura não religiosa, a estética do Barroco representou, e forma
condizente, o poder e a hegemonia dos reis e estados absolutistas. Suas transformações se
estendem tanto pelo externo dos edifícios como ao seu entorno, um grande cenário urbano por
fazer dialogar entre si todas as edificações, havendo assim uma passagem gradual da arquitetura dos
edifícios e da arquitetura das cidades.
Sua estética é a libertação espacial, libertação mental das regras dos tratadistas, das convenções, da
geometria elementar e da estaticidade, é libertação da simetria entre os espaços interior e exterior.
Por essa vontade de libertação, o Barroco assume um significado psicológico que transcende o da
arquitetura dos séculos XVII e XVIII. Entender esta arquitetura significa se libertar do conformismo
classicista e principalmente entender o trabalho com o espaço.
A arquitetura rococó na Europa acompanhou a corrente artística e se manifestou principalmente na
decoração dos espaços interiores. Feito de forma detalhada e contando com salões ovais, esse estilo
arquitetônico apresentava paredes com pinturas luminosas e suaves. Na parte externa, os edifícios
refletiam um barroco sem exageros ou o estilo clássico dos renascentistas italianos.
As características da arquitetura rococó são várias, entre elas:  leveza dos traços; suavidade e
luminosidade das cores; linhas curvas; ausência de interferência religiosa em quase todos os lugares;
busca pelo refinado e exótico; design elegante; paisagens e representações da natureza pintadas nos
tetos; formatos ovais; portas e janelas maiores com arcos; menores proporções; uso do ferro forjado
em grades para varandas, lagos, portas e jardins; salão principal como centro das dependências;
utilização de materiais que imitam mármores; paredes claras
A arquitetura rococó no Brasil foi bastante influenciada por temas religiosos, e isso pode ser notado
pelo visual das igrejas do século XVIII. Com linhas arquitetônicas claras e estilo equilibrado, essas
construções se destacaram pela leveza e originalidade.

Neoclassicismo e afins

O espaço neoclássico tentava ser o espaço de uma sociedade democrática, com ideias de
nacionalismo e igualdade, contrapondo a ideia absolutista e hierárquica, pensando em espaços para
aqueles que trabalham. Sua estrutura traz inspiração e valorização do estilo greco-romano e
adequando ele para idade moderna, trazendo de volta suas características marcantes, como o uso
das três ordens de colunas gregas e os frontões triangulares. Em todo o mundo, o estilo prevaleceu
na Europa e aplicou a tendência a outros continentes, como América do Norte e América Latina,
atingindo um pico de temporada no século XIX. XIX e enviados para as colônias durante a
colonização; como aconteceu no Brasil.
O Romantismo é uma oposição ao neoclassicismo, ele surgiu durante o século XIX, em uma época de
transformações socioeconômicas que além de gerar impacto na sociedade, política e economia,
também gerou impactos na cultura, arte, teatro, música, literatura e arquitetura. É um movimento
marcado pela liberdade de expressão e de criação, valorizando as escolhas estéticas dos artistas,
pelo desinteresse pelas regras e o rigor academicismo de correntes anteriores. Na arquitetura
romântica vemos o resgate da arquitetura medieval, do barroco e do oriente, uso de estilos clássicos
e originais e temas exóticos. É visto nessa arquitetura o uso de cores, elementos exóticos nas
decorações, sentido orgânico das formas e irregularidade espacial ou volumétrica.
o ecletismo é a união do neoclassicismo à revolução industrial. A sociedade burguesa, no final do
século XVIII, possuem seus conhecimentos históricos e geográficos ampliados, assim como os seus
valores. Assim, passam a utilizar vários estilos em suas construções, principalmente em suas
fachadas, trazendo-os à tona em uma nova (neo) forma. Os arquitetos começam a atuar mais como
ornamentadores, atuando em construções já realizadas em um padrão da indústria, assim, em
algumas construções, exigia-se uma fachada gótica, em outro, romântica, e assim segue. As
melhores representações alcançadas foram de arquitetos que não copiaram obras do passado, mas
as adaptaram ao presente e à utilização desejada. A exigência do uso de certos estilos não levava em
conta sua história e finalidade das construções em suas épocas. Assim, surgiram padrões vistos
atualmente, como teatros e operas criados com arquitetura ao estilo gótico, dentre outros
exemplos.
O realismo surgiu como uma reação às convenções neoclassicistas e românticas de meados do
século XIX, que valorizavam os centros industriais e as cidades agitadas. Era um movimento que
exigia do pintor uma atitude de objetividade e valorização do campo, do trabalho rural, que não
eram temas representados. As pinturas de paisagem e da interação com o meio ambiente marcam
esse período. Um pintor revolucionário, que marcou esse período e se tornou pioneiro para grandes
movimentos do século XX, é Edouard Manet, que acreditava ser errônea a representação da
paisagem dentro de um ateliê. Assim, valoriza a pintura ao ar livre com a observação, se
desprendendo de padrões antigos para as sombras e outras exigências. Manet foi muito criticado na
época, mas atualmente é um nome de peso.

Você também pode gostar