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UNILAGO - UNIÃO DA FACULDADE DOS GRANDES LAGOS

ARQUITETURA E URBANISMO

GEISE MARA COSTA ULIAN


KALIL BRUNO ARCURE
KEMILY COVIZZI TORRES
LARA DA SILVA DOS SANTOS
NICOLE AUGUSTO BINDELLA

TRABALHO DE
HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO I:
PARTENON, PANTEÃO E CATEDRAL DE SANTA SOFIA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2015
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GEISE MARA COSTA ULIAN
KALIL BRUNO ARCURE
KEMILY COVIZZI TORRES
LARA DA SILVA DOS SANTOS
NICOLE AUGUSTO BINDELLA

TRABALHO DE
HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO I:
PARTENON, PANTEÃO E CATEDRAL DE SANTA SOFIA

Trabalho apresentado à disciplina


de História da Arquitetura e
Urbanismo I – 2º Período de
Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Alexandre de Freitas

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2015

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SUMÁRIO

1. O P A RTEN O N ............................................................................4
1.1. O TEM P LO .................................................................................5
1.2. S IM BO LO G IA .............................................................................6
1.3. P LA N TA DO P ARTEN O N ............................................................6
1.4. O RD ENS CLÁ S S ICAS .................................................................7
2. O PA N TEÃ O E A ROM A A N TIG A ................................................8
2.1. CO NS TRU ÇÃ O P LÁ S TICA ..........................................................9
2.2. P RIM EIRAS IN F LU ÊN CIAS ......................................................10
3. CA TED RA L D E S AN TA S O F IA ..................................................11
3.1. D IFU S ÃO D A CÚ P U LA ............................................................13
3.2. REV ES TIM EN TO ......................................................................13
4. CO N CLUS Ã O ............................................................................15
5. BIBLIOG RA F IA ........................................................................16

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1. O Parten on

A Idade de O uro da G récia, por volta de 500 a 300 a.C, foi caracteri zada
por trans formações que marcaram as civilizaçõ es ocidentais , influenci ando-
as ainda nos dias de hoje. Es s e período es tá as s ociado ao s urgimento dos
ideais de beleza, artes , filos ofia, ciência matem átic as , as trológicas , e uma
nova forma de governo, a democrac ia.

C omo forma de imortali zar es s es ideais , os gregos cons truíram na cidade de


A tenas , o templo P artenon, em homenagem a A tena, deus a grega da
s abedoria, e guardiã da cidade. O templo foi encomendado por P éricles ,
es tadis ta e almirant e ateniens e (461 à 429 a.C.), alguns anos após vitórias
gregas s obre os pers as , entre 490 e 480 a.C.

Fig. 1: Busto de Péricles - cópia romana de um original grego, 430 a.C.,

Museu do Vaticano, Roma

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1.1. O Temp lo

Fig. 2: Templo Partenon – Acrópole de Atenas

O P artenon es tá s ituado na A crópole de A tenas .


F oi cons truído pelos arquitetos Ictinos e
C alícrates , qua pass aram 11 anos aperfeiçoando o
templo dórico, após ter s ido incendiado durante a
invas ão pers a. Toda a parte es cultórica é atribuída
à autoria de F idias .

A arquitetur a exterior era muito mais valorizad a


do que a interior, já que os gregos pas s avam muito
mais tempo na área externa da edificação.

P ara as s egurar a beleza e a perfeição des ejada


para a arquitetura do templo, os arquitetos Ictinos
e C alícrat es s e utilizara m da técnica de êntas e
(técnica utilizad a para reduzir a ilus ão de ótica de
uma coluna, curvando- a para fora, de forma que
aos olhos as linhas pareçam retas ), que cons titui o
engross amento do primeiro terço da coluna para
criar ess a ilus ão de ótica.

Fig. 3: Exemplo de êntase

Os templos gregos , ao contrário das ruínas que conhecemos , eram


ricamente coloridos , em tons de dourado, azul e vermelho, des tinados a
celebração de grandes cerimônias .

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1.2. S imb ologia

S imbolicamen te, o P artenon, eram a repres entação dos valores ess enciais
que mantinham de pé a civiliz ação grega, um local de reuniões e de
veneração, a bas e do poder, um tear domes tico, e a própria democraci a,
ainda que em um s entido limi tado.

A partir de sua s imbologia, a edificação do P artenon, foi reproduzida por


todo o mundo, e sua ess ência influenciou, e influencia arquitetos até hoje.

1.3. Plan ta do Parten on

Fig. 4: Planta de Partenon

O que difere a planta do P artenon é sua fachada ampliada, tendo oito


colunas ao invés de s eis , e dezes s ete colunas em s ua lateral. A colunata
encerra a cela, a es trutura menor é dividida em duas câmaras , s endo a
maior a que abriga a es trutura de A tena.

O P artenon foi um projeto de cons trução rápida que s e des envolveu a partir
do es tilo de ordem jônica, porém trata- s e de uma arquitetura mais racional,
ao contrário do es tilo jônico, que mais s e aproxima de um labirinto.

1.4. Ord en s C lás s icas

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A arquitetur a grega era caracter izada por ordens clás s icas , ou s eja, es tilos
das colunas , es truturas e decoração. N es te s entido, três principais tipos
des tacam- s e: dórica, jônica e coríntia.

Fig. 5: Estilo de Colunas

Os três tipos de colunas eram bas eadas nas colunas egípcias , s imbolizando
feixes de junco amarrados . Cada uma tinha origem em diferentes partes da
Grécia.

O es tilo de coluna dórica, que compõe o projeto de P artenon, é a mais


antiga, difere das demais por não pos s uir bas e, ter corpo canelado e capital
s imples . Também as cons ideram mais s óbrias e mas culinas , ao contrário de
outros es tilos , como as coríntias que s e caracter izava m por uma delicadeza
e feminilid ade.

2. O Pan teão e a Roma A n tiga

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Fig. 6: O Panteão

A es trutura impres s ionante do P anteão na Roma antiga pode s er comparada


ao P artenon na G récia Antiga, entretanto, es s e último poss uía mais requinte
e beleza, diferenci ando- s e da arquitetura Romana que bas eava- s e mais na
prática, no trabalho e na guerra.

O P anteão, datado de 118 d.C., pode ter s ido projetado pelo imperador
Adriano e defini- s e por uma cúpula no centro comerci al e político de Roma.

A arquitetur a romana antiga, tendo como bas e a prática, conquis tou o


mundo ocidental e apes ar de conhecerem e admirarem a arquitetura grega
trans cendeu em cons trução das cidades e do império. D es ta forma, ligaram
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regiões por meio de es tradas , trouxeram água corrente por meio de
aquedutos a dis tâncias de mais de 80km.

2.1. Con s tru ção Plás tica

Fig. 7: Planta de Panteão

A planta baixa do P anteão pos s uía diâmetro igual à altura de s ua cúpula,


teoricamen te dizendo que a cons trução poderia s us tentar uma es fera
perfeita, s endo dedicado aos conhecidos deus dos planetas .

O P anteão era um edifício s óbrio, ass im como a pos tura romana, porém
provido de uma arquitetura arrojada, tendo s ua cúpula, com mais de 43,2m
de diâmetro s ido cons iderada a mais ambicios a do mundo até a cons trução
da catedral de F lorença, entre1420 e 1436.

A lém das inovações des critas acima, o P anteão trouxe o us o do concreto na


cons trução de sua cúpula, por iss o, o nome de cons trução plás tica, mais
maleável e podendo s er us ada em grande es cala.

O concreto era uma mis tura de areia vulcânic a com calcário e outro
material que permitia cobrir grandes áreas s em s us tentação direta. No
entanto, difere do concreto moderno, pois não s uportava carga aplicad a
diretament e. A forma e as poss ibilidad es arquitetôn icas foram ampliadas
com a invenção des te materia l.

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2.2. Primeiras I n flu ên cias

A arquitetura grega e parte da etrus ca influenci aram os romanos . O povo


etrus co encontrava- s e dis pers o pela Itália central, dominada pos teriorment e
pelos romanos , apres entando arquitetura mais vis tos a e primitiva, com
monumentos funerários de grande beleza.

As colunas gregas (as ordens dórica, jônica e coríntia) influenci aram a


romana que agregou duas próprias , a tos cana e a compós ita. A primeira
caracteriz a- s e pela ordem dórica trans formada pela relação com os
etrus cos , e a s egunda, combinava as ordens jônica e coríntia. Entretanto as
colunas não pos s uíam caráter es trutural, apenas es tético, por s erem feitas
em concreto, que como dito acima, não suportava carga direta.

Fig. 8: Colunas Toscana e Coríntia

Também incremen taram a arquitetura clás s ica com colunas planas ou meias
colunas , cons truções que faziam parte da parede, também conhecidas como
pilas tras .

Os materiais de cons trução variavam de acordo com a região da edifica ção,


por exemplo, tijolos na G rã Bretanha e pedras no norte da Á frica, porém, os
elementos es s enciais eram bas icamente os mes mos .

3. A C ated ral d e San ta S ofia: D a Es cu rid ão à Lu z

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Fig. 9: Catedral de Santa Sofia

A era das trevas envolveu a Europa entre o período entre a queda do


Império Romano (fim do s éculo V d.C.) e o s urgimento dos grandes
mos teiros e catedrais góticas . P orém, não foi um período tão s ombrio como
s e acredita, por exemplo, em Bizâncio teve início o império do oriente. A s
conquis tas árabes trouxeram novos conhecimentos à Europa.

No período anterior ao s aque de Roma, 410 d.C, o império romano foi


divido em duas partes : ocidental e oriental. A oriental tinha como s ua
capital Cons tantinopl a, que s e tornou o centro do cris tianis mo.

O imperador do império oriente Jus tiniano I ergueu em torno de trinta ou


mais igrejas em Cons tantinopla durante s eu reinado, como por exemplo,
S anta S abina, S anta M aria M aggiori e S anta S ofia (H agia S ophia, também
conhecida por divina sabedoria), s endo es s a última, de longe, a maior de
todas .

Os arquitetos res pons áveis pela concepção do projeto da Catedral de S anta


S ofia foram Antemio de Trales e Is idoro de M ileto. A es trutura da cúpula
projetada por eles tornou- se bas e de grandes catedrais renas centis tas , como
de S ão P edro em Roma e S ão P aulo em Londres .

Antemio e Is idoro eram habilidos os engenheiros e matemát icos , ainda que a


cúpula tenha des abado 30 anos após sua cons trução, fator atribuído à
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velocidade da cons trução ditada por Jus tiniano, e não a cálculos . S ua
criação foi de um vas to local de congregação, s ob grandes tetos abobadados
e magnífica cúpula central, s em a neces s idade de utilizaç ão de colunas e
paredes para a s us tentação.

A s us tentação da cúpula foi feita através de quadro abóbadas pendentes que


s e originavam nos quatro grandes arcos que definiam o grande es paço
central abaixo da cúpula.

S anta S ofia muitas rupturas com o clas s icis mo romano, por exemplo, s uas
colunas eram erguidas acima de capteis decorados com folhagem
s erpentina.

Após a invas ão turca (1153), muitas igrejas foram des truídas , porém, por
sua beleza, S anta S ofia foi mantida e trans formada em mes quita, por 500
anos , até tornar-s e mus eu.

Fig. 10: Planta da Catedral de Santa Sofia

3.1. D ifus ão d a Cú p u la

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Ao exemplo da arquitetur a dos templos de P artenon na Grécia e P anteão em
R oma, a arquitetura da Catedral de S anta S ofia s e es palhou por outras
regiões . S ua cúpula foi reproduzida com variações por todo Império
B izantino, Grécia, M acedônia, S érvia, Armênia G eórgia e mais tarde
V eneza e S icília. S ua influênci a es tá pres ente em centenas de igrejas
provinciais em todo o império bizantino.

Fig. 11: Cúpula da Basílica

3.2. R eves timen to

O reves timen to da Bas ílica de S anta Sofia poss ui paredes e pilares


reves tidos em mármore branco da F rígia, verde da Lacônia, azul da Líbia e
preto célti co. A lém diss o, s eu interior encontra- s e ricamente decorado com
inúmeros painéis de mos aicos geométricos e figurativos .

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Fig. 11: Interno da Catedral de Santa Sofia

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4. Con clu s ão

A mbas as obras apres entadas nes te trabalho s ão marcos da arquitetura


antiga que nos ins piram, e legado perdura s endo es tudados e reproduzidos
até os d i a s d e h o j e . F o r a m m a i s d o q u e a p e n a s e d i f í c i o s , t e m p l o s
políticos ou religiosos, mas verdadeiras obras de arte, construídas a
partir de grande conhecimento em engenharia e matemática, apesar da
pouca tecnologia existente na época, desafiando-nos a criar ainda mais,
com todos os recursos que dispomos nos dias de hoje.

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5. Bibliografia

GLANCEY, Jonathan. História da arquitetura. São Paulo: Edições


Loyola, 2007

http://www.educacional.com.br/reportagens/arquitetura/classica.asp

http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/partenon.htm

http://www.ocw.unicamp.br/fileadmin/user_upload/cursos/au909/
CDgeoHM/catedral.html

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