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A Arquitetura e o urbanismo

praticados pelos gregos e


romanos destacava-se
bastante dos egípcios e
babilônios na medida em que
a vida cívica passava a ganhar
importância. A cidade torna-se
o elemento principal da vida
política e social destes povos:
os gregos desenvolveram-se
em cidades-estado e o Império
Romano surgiu de uma única
cidade.
A cultura grega desenvolve-se principalmente
A na península
Arquitetura do Peloponeso, nas ilhas
e o urbanismo
praticados pelos gregos e romanos
próximas e na costa mediterrânea próxima à
destacava-se bastante dos egípcios e
atual na
babilônios Turquia,
medida em durante
que a vida o segundo e primeiro
cívica passava a ganhar importância.
A milênios
cidade torna-sea.C. O período
o elemento principal considerado mais
daimportante dadestes
vida política e social cultura
povos: e da arquitetura grega é
os gregos desenvolveram-se em
aquele que
cidades-estado se desenvolve
e o Império Romano entre os séculos VII
a.C.
surgiu e IVúnica
de uma a.C. Que concentra-se na arquitetura
cidade

religiosa – templos – com grande rigor de


dimensões, estabelecendo proporções
matematicamente precisas para os templos
construídos de mármore.
Templo de Apolo

Templo de Zeus
Templo de Hera

Templo de Hephaisto
Enquanto os povos anteriores
desenvolveram apenas as
arquiteturas militar, religiosa e
residencial, os gregos e
romanos foram responsáveis
pelo desenvolvimento de
espaços próprios à
manifestação da cidadania e
dos afazeres cotidianos: a
ágora grega definia-se como
um grande espaço livre
público destinado à realização
de assembléias, rodeada por
templos, mercados, e edifícios
públicos.
Os assuntos religiosos,
contudo, ainda
possuíam um papel
fundamental na vida
mundana, mas agora
foram incorporados aos
espaços públicos da
pólis. Os rituais
populares tomavam
lugar em espaços
construídos para tal,
em especial a acrópole.
Acrópole 460 – 430 a.C
A Acrópole de Atenas é a mais
conhecida e famosa das acrópoles
(cidade alta) na Grécia. É uma
colina rochosa de topo plano com
150 metros de altura do nível do
mar, que abriga algumas das mais
famosas edificações do mundo
antigo, como o Partenon.
Propileu
Erecteion , com seu
‘’balcão das cariátides
Templo de Athena Nike
O Parthenon –
templo dedicado
à deusa Atena,
na Acrópole de
Atenas –,
erguido entre
447 a.C. e 438
a.C., no governo
de Péricles, é
uma das mais
conhecidas e
admiradas
construções do
período.
Por sua proporções matemáticas é considerado o edifício mais
perfeito da antiguidade e uma da obras arquitetônicas mais
belas e copiadas do mundo.
Teatro de Delfos

Teatro de Epidauro
O arquiteto grego Hipódamo de
Mileto é considerado o primeiro urbanista
da história.
Foi o primeiro arquiteto grego a
conceber um planejamento urbano e a
estrutura de uma cidade a partir de um
ponto de vista que privilegiava a
funcionalidade. Hipódamo foi o introdutor
de uma planificação apoiada em ruas
largas que se cruzavam em ângulos retos.
Um traço marcante da
arquitetura grega é o uso de
colunas, estabelecendo
"ordens" características:
dórica, jônica e coríntia.
O Império Romano foi uma
civilização que se desenvolveu
a partir da cidade-estado de
Roma, fundada na península
itálica durante o século IX a.C..
Durante os seus doze séculos
de existência, a civilização
romana transitou da monarquia
para uma república oligárquica
até se tornar num vasto império
que dominou a Europa
Ocidental e ao redor de todo o
mar Mediterrâneo através da
conquista e assimilação
cultural.
Segundo a tradição, Roma teria sido
fundada no ano de 753 a.C. por Rómulo e
o seu irmão Remo. A cidade cresceu e, no
final da República Roma era a capital de
um vasto império. No seu auge, durante o
século II, a cidade chegou a ter cerca de
45 000 prédios de apartamentos, e uma
população de 1600 000 pessoas. Seus
aquedutos transportavam mais de um
milhão de metros cúbicos de água, mais
água do que chega à Roma atual.
A arquitetura romana deriva da arquitetura
grega, embora diferenciando-se com suas
características próprias. Alguns autores
contudo agrupam ambos estilos
designando-os por arquitetura clássica.
Os edifícios característicos do Império
Romano propagaram-se por toda a Europa,
como o aqueduto, a basílica, a estrada
romana, o Domus, o Panteão e o Arco do
Triunfo.
Aquedutos
A estrada romana é
um tipo de
construção
característico do
Império Romano,
que desenvolveram
em larga escala
esta via de
comunicação,
chegando a sua
rede viária a
estender-se até aos
limites do Império
O arco foi um
grande avanço
no sistema pilar
e viga. No lugar
de uma peça de
pedra horizontal
cobrir um vão
entre dois pilares
o arco usa
pequenas pedras
cuneiformes para
cobrir vãos
maiores.
Arco do Triunfo
Centro de Roma
Panteão

O Panteão de Roma é o único edifício construído na época greco-romana


que, atualmente, se encontra em perfeito estado de conservação. Desde
que foi construído se manteve em uso: primeiro como templo dedicado a
todos os deuses do panteão romano (daí o seu nome) e, desde o século VII,
como templo cristão. É famoso pela sua cúpula.
O Panteão original foi construído em 27 a.C., e foi destruído por um
incêndio em 80 d.C., sendo totalmente reconstruído em 125 d.C.
O fórum
romano era o
principal centro
comercial da
Roma Imperial.
Ali havia lojas,
praças de
mercado e de
reunião.
Termas
Basílica de Constantino
As Basílicas romanas eram
espaços destinados a
atividades cívicas e de
reunião, funcionando
muitas vezes como
tribunais ou espaços
comerciais, tornando-se
num edifício obrigatório em
qualquer cidade
importante. Este modelo de
construção foi adotado
pelo Cristianismo porque
tinha um interior espaçoso
e como tratava-se de um
edifício oficial não seria
conotado com o
paganismo.
Domus eram as casas particulares, onde moravam os cidadãos mais ricos no
tempo do Império Romano. Normalmente possuíam um jardim interno,
piscina, um atrium e outras comodidades como água encanada.
Pompéia foi no passado uma
antiga cidade do Império
Romano e foi destruída
durante uma grande erupção
do vulcão Vesúvio no ano 79
D.C. A erupção do vulcão
provocou uma intensa chuva
de cinzas que sepultou
completamente a cidade, que
se manteve oculta por 1600
anos antes de ser
reencontrada por acaso.
Desde então, as escavações
proporcionaram um sítio
arqueológico extraordinário,
que possibilita uma visão
detalhada na vida de uma
cidade dos tempos da Roma
Antiga.
Roma contribuiu imensamente
para o desenvolvimento no
Mundo Ocidental de várias áreas
de estudo, como o direito, teoria
militar, arte, literatura,
arquitetura, linguística, entre
outros.
A arquitetura bizantina
foi aquela desenvolvida
pelo Império Bizantino
(assim chamado como
referência a Bizâncio a
capital do império
romano no oriente)
durante a Idade Média
(atualmente é mais
correto denominar este
período como
Antiguidade Tardia) e
originou-se da
arquitetura romana, e
da arquitetura Cristã
primitiva no séc. V
O estilo bizantino caracteriza-se pelos
mosaicos coloridos vitrificados e a
arquitetura é marcada pelo processamento
das várias influências estéticas recebidas
pelo Império Bizantino. Também destacou-se
no desenvolvimento da engenharia e de
técnicas construtivas arrojadas, tendo sido
responsável pela difusão de novas formas e
tipologias de cúpulas, como a cúpula com
pendentes.
mosaico vitrificado
Os bizantinos destacaram-se especialmente na arquitetura religiosa,
tendo na Catedral de Santa Sofia (Hagia Sofia - sagrada sabedoria) em
Istambul, atual Turquia, sua maior realização.
Hagia Sofia foi construída pelo
imperador Constantino em 360 d.C.,
mas com a idéia encomendada por
Justiniano, que contratou dois
matemáticos para realizarem o
projeto, Antêmio de Tralles e Isidoro
de Mileto
Hagia Sofia é uma mistura das
grandes construções romanas,
como as termas de Caracalla,
com o clima místico das
construções orientais. A
estrutura se assemelha a uma
basílica romana, com uma forma
retangular, que abriga até três
campos de futebol.
Possui um grandioso domo
central, diferente do
Partenon que tinha paredes
circulares, e que é aqui pela
primeira vez utilizado. Quatro
arcos formam um quadrado
que sustenta pendentes de
abóbadas esféricas, que,
por sua vez, apóiam o
imenso domo. A base deste
domo é vazada por quarenta
janelas em arco que
permitem a entrada da luz,
dando leveza à estrutura e
oferecendo a ilusão de um
halo celestial.
Durante quatrocentos anos a cidade de
Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul) foi
a maior do mundo e, da Rússia a Veneza, as
catedrais se basearam na Hagia Sofia, uma das mais
belas igrejas do cristianismo. O tempo não foi
obstáculo para que ela ainda hoje permaneça bela,
mesmo tendo sido várias vezes danificada e
reconstruída após incêndios, terremotos e
vandalismo. E finalmente convertida em mesquita,
em 1453, quando foram acrescentados os seus
quatro minaretes.
O estilo românico é
um estilo de
arquitetura
caracterizado por
construções
austeras e robustas,
com paredes
grossas, janelas
minúsculas e o uso
do arco circular e
abóbada cilíndrica.
Surgiu na Europa ocidental
no século IX e durou até o
surgimento do gótico no
século XII. A principal
função destas estruturas
era a de resistir aos ataques
dos inimigos.
Estas igrejas
Abadia de Saint-Georges-de-Boscherville na
eram feitas para
Normandia.
receber grandes
multidões e
procissões, por
isso havia o
ambulatório, que
permitia o
decorrer normal
das cerimônias
simultaneamente
com as
procissões
passando atrás
do altar.
Igreja de Saint-Sernin,
França
Catedral de Speyer, Alemanha
Este estilo arquitetônico estende-se por um longo
período de tempo da Idade Média e varia de local
para local, sendo no entanto possível delimitá-lo
desde meados do século XII a inícios do século XVI,
quando do advento do Renascimento marcando o fim
do período medieval. O primeiro gesto impulsionador
da nova filosofia construtiva é dado em França,
acabando por se estender a toda a Europa no que
ficou conhecido como o tempo das grandes
catedrais.
A arquitetura gótica surge de modificações estruturais
importantes da arquitetura românica. As abóbadas são
construídas com nervura de pedra e enchimento de tijolo
(abóbada de aresta), o que as torna muito mais leves que as
abóbadas românicas; o arco preferencial deixa de ser o arco
pleno e passa a ser o arco quebrado (arco ogival); os
contrafortes, devido aos empuxos menores, transformam-se
em arcos botantes – braços externos perpendiculares à
superfície do edifício, que sustentam, nas igrejas, a
arquitetura central. Os arcobotantes são uma espécie de
meios arcos construídos por cima da cobertura das naves
laterais. Assim escorados, eles transferiam para o exterior:
para os botaréus e deles para os alicerces, as pressões das
abóbadas mais altas, tornando possível o seu equilíbrio. Com
abóbadas mais altas adotaram-se arcobotantes duplos ou de
dupla arcada que neutralizavam as pressões do peso da
abóbada.
As estruturas vazadas permitem
a utilização de rosáceas e vitrais
com cenas religiosas. Predomina
a verticalidade. As plantas
seguem a forma da cruz latina e
as fachadas abrigam esculturas e
relevos.
A arquitetura renascentista, iniciou-se no
século XV (e foi até o século XVI) com a descoberta
dos antigos tratados (incompletos) da arquitetura
clássica (dentre os quais, o mais importante foi De
Architetura de Vitrúvio).
É um momento de
ruptura na História
da Arquitetura em
diversas esferas: nos
meios de produção
da arquitetura; na
linguagem
arquitetônica
adotada e na sua
teorização.
No Renascimento, a
preocupação dos
construtores era
diferente, era preciso
criar espaços
compreensíveis de
todos os ângulos
visuais, que fossem
resultantes de uma
justa proporção entre
todas as partes do
edifício.
A descoberta da perspectiva é um aspecto
importante para se entender o período (e
especialmente a perspectiva central): a idéia de
infinito trazida pela manipulação do ponto de fuga
foi bastante utilizada como elemento cênico na
concepção espacial daqueles arquitetos.
Com Brunelleschi
surge um novo tipo de
arquiteto que altera as
regras da construção
civil, iniciando um
processo que,
gradativamente, separa
o projetista do
construtor.
O fato da importância de
Brunelleschi manifestar-
se de forma mais
importante no campo do
fazer arquitetônico que no
do estilo torna-se mais
clara quando,
observando-se o conjunto
de sua obra, percebe-se
que ele, mesmo que
desejasse seguir a
canonização clássica,
produzia ainda uma
arquitetura não
completamente
Santa Maria del Fiore, em Florença, Itália. comprometida com as
Século XV- Brunelleschi. regras clássicas.
Na prática, o método renascentista não consegue
produzir grandes transformações nos organismos
urbanos e territoriais. Os literatos e os pintores
descreveram a nova cidade, mas com um objetivo
teórico de uma cidade ideal.
A religião reflete nas cidades da
época, onde na maioria das vezes,
a igreja principal estava localizada
no centro da cidade, e era a maior,
a mais alta e a mais cara estrutura.
Assim toda a cidade é organizada,
de modo hierárquico, em torno da
igreja e o palácio papal.
-Leon Battista Alberti
-Alberti, retoma o problema da cidade ideal.

A TEORIA ALBERTINANA DA CIDADE

O tratado De re aedificatoria se divide em duas partes:


- Tratado de Edificação
- Tratado de Urbanismo
TRATADO DE EDIFICAÇÃO divide-se em:

•Lugar

•Distribuição

•Muros

•Cobertas

•Ventos

•Solar
TRATADO DE URBANISMO

- A cidade é formulada a partir de fatores


climáticos;

- As ruas estão divididas em 3 categorias:

•As principais

•As secundárias

•As funcionais
Paisagem florentina, um marco do Renascimento
Com o desenrolar do Renascimento e o constante
estudo e aplicação dos ideais clássicos, começa a
surgir entre os artistas do período, um certo
sentimento anticlássico, ainda que suas obras
continuassem, em essência, predominantemente
clássicas. Neste momento, surge aquele que foi
chamado de maneirismo.
- A arquitetura maneirista dá prioridade à
construção de igrejas de plano longitudinal,
- Com espaços mais longos do que largos,
- Com a cúpula principal sobre o transepto,
deixando de lado as de plano centralizado, típicas
do renascimento clássico.

Típica igreja de planta central, Planta longitudinal


tipologia disseminada no Il Redentore - Andrea Palladio
Renascimento (cruz grega) (cruz latina)
Mas as
verdadeiras
mudanças que
este novo estilo
introduz refletem-
se mais na
distribuição da luz
e na decoração.

Igreja de São Vicente de Fora


Arquiteto Fillipo Terzi
NAS IGREJAS

Palladio's Il Redentore Palladio's San Giorgio


-Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes,
- Coros com escadas em espiral, que na maior parte das
vezes não levam a lugar nenhum, produzem uma
atmosfera de rara singularidade.
- Guirlandas de frutas e flores,
- Balaustradas povoadas de figuras caprichosas
- Caracóis, conchas e volutas cobrem muros
e altares
RICOS PALÁCIOS E CASAS DE CAMPO

-Formas convexas que permitem o contraste entre luz e


sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do
renascimento.
- A decoração de interiores ricamente adornada
- Afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e
refinado estilo,
- Mais do que marcar a transição entre duas épocas,
expressa a necessidade de renovação.
VILA CORNARO
Vila Cornaro – Andrea Palladio
Villa Capra – Andrea Palladio
Villa Capra – Andrea Palladio
O Barroco, em um primeiro
momento, potencializa o
descontentamento do
Maneirismo pelas normas
clássicas e propicia o
surgimento de um tipo de
arquitetura inédita, ainda
que freqüentemente possua
ligações formais com o
passado.
Fachada da Igreja de San
Borromeo, em Noto, Sicilia.
Estilo artístico que surgiu em Itália e se difundiu
pela Europa entre os séculos XVII e XVIII.
Corresponde a uma evolução das formas clássicas
do Renascimento influenciada por uma sociedade
em crise, surgida no contexto da Contra-Reforma e
das guerras religiosas. Caracterizou-se pelo
exagero e irregularidade das formas, pelo
contraditório, pelo dramatismo, pelo movimento,
pela abundância de linhas curvas e contracurvas,
pelos jogos de luz e sombra e pelo recurso à ilusão
de óptica.
A ARQUITETURA BARROCA ENCONTRA-SE EM:

Edifícios Religiosos Edifícios civis, como os


palácios.

Basílica de São João de Latrão Palácio de Versalhes - França


Principais características da arquitetura

-As fachadas são


ondulantes e
decoradas com
esculturas.

-Há grande uso de


pilastras.

-Irregularidade das
formas;
DECORAÇÃO EXUBERANTE

O interior da Igreja de São Francisco,


Basílica de São Pedro - Baldaquino no Pelourinho, revestido em ouro
PRINCIPAIS ARQUITETOS DO BARROCO

Jean Lorenzo Bernini Francesco Borromini


Igreja de Gesu
1568,
protótipo da
fachada
barroca.
Mosteiro em Melk Austria
Interior de um monastério alemão
Teoricamente suas
características básicas
são herdadas do
Renascimento, das
cidades ideais. Porém,
particularmente anexou
a elas a arte da
FONTE DE TREVI
percepção visual
imediata, fazendo da
cidade a própria obra de
arte, incorporando a
perspectiva ao
urbanismo.
PRAÇA DE SÃO PEDRO-VATICANO
No fim do século XVIII e
início do XIX, a Europa
assistiu a um grande
avanço tecnológico,
resultado direto dos
primeiros momentos da
Revolução Industrial e da
cultura iluminista. Foram
descobertas novas
possibilidades
construtivas e
estruturais, de forma que
os antigos materiais
(como a pedra e a
madeira) passaram a ser
substituídos
gradativamente pelo
concreto (betão) (e mais
tarde pelo concreto
armado) e pelo metal.
Paralelamente, profundamente influenciados pelo
contexto cultural do Iluminismo europeu, os arquitetos
do século XVIII passaram a rejeitar a religiosidade
intensa da estética anterior e o exagero luxuriante do
barroco. Buscava-se uma síntese espacial e formal mais
racional e objetiva, mas ainda não se tinha uma idéia
clara de como aplicar as novas tecnologias em uma
nova arquitetura. Inseridos no contexto do
Neoclassicismo nas artes, aqueles arquitetos viram na
clássica a arquitetura ideal para os novos tempos.
O Neoclassicismo não se pretendeu, de fato, um
estilo novo (diferente da arte clássica renascentista).
Ocorria muito mais uma cópia do repertório formal
clássico e menos uma experimentação desta forma,
tendo como diferença a aplicação das novas tecnologias
Cenotáfilo de Newton, Boullée
Entrada de uma mina, Ledoux, 1773.
Casa do diretor,
Ledoux
Gilly
Klenze
O Capitólio de Washington
Memorial a Jefferson
Casa de Jefferson, 1769
A Escola de Chicago de arquitectura e urbanismo
foi preponderante no desenvolvimento da cidade
no final do século XIX. Representa um estilo de
construção que passa a utilizar o ferro na
estrutura ao invés da madeira, sendo produzido
em série. Por um lado criou uma fachada
constante, isto é, sem muitas variações, mais ou
menos tal como conhecemos hoje: janelas iguais,
aspecto de bloco no edifício. Por outro lado
possibilitou um erguimento mais rápido e prático.
Além disso, abriu a possibilidade de uma nova
divisão do peso da construção, aumentando o
gabarito. A escola de Chicago é o base da
construção dos arranha-céus.
Ecletismo,
considerado por
muitos como o mais
decadente e
formalista entre
todos os estilos
históricos. Era um
mero conjunto de
repertórios formais
e tipológicos
diversos. Foi muito
utilizado em todo o
Brasil no início do
século XX.
Era relacionado com o movimento arts &
crafts e que teve grande destaque durante a
Belle époque, nas últimas décadas do século
XIX e primeiras décadas do século XX.
Relaciona-se especialmente com a 2ª
Revolução Industrial em curso na Europa
com a exploração de novos materiais (como o
ferro e o vidro, principais elementos dos
edifícios que passaram a ser construídos
segundo a nova estética). Caracteriza-se
pelas formas orgânicas, escapismo para a
Natureza, valorização do trabalho artesanal,
entre outros.
Art decó foi um movimento que se manifestou na
arquitetura, nas artes plásticas, no design gráfico, e no
design industrial que surge na década de 1920 e ganha
força nos anos 30 na Europa e nas Américas.
Representa a adaptação pela sociedade de massa dos
princípios do cubismo. Edifícios, esculturas, jóias,
luminárias e móveis são geometrizados. Sem abrir
mão do requinte, os objetos têm decoração moderna.
Mesmo quando feitos com bases simples, como
concreto armado e compensado de madeira, ganham
ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e
outros materiais nobres. Diferentemente da Art
Nouveau, mais rebuscada, a Arte Déco tem mais
simplicidade de estilo.
Casa de secessão viena 1898
Ao lado de objetos
industrializados, há peças
feitas artesanalmente em
número limitado de cópias. Ao
contrário do design criado pela
Bauhaus, no art déco não há
exigência de funcionalidade. O
art déco pode ser visto como
uma tentativa de modernizar o
art nouveau.

Na arquitetura art déco, as


fachadas têm rigor geométrico
e ritmo linear, com fortes
elementos decorativos em
materiais nobres.
Rockefeller Center
Nova York
No Brasil, o movimento influencia artistas como o
escultor Vítor Brecheret. Uma obra de Brecheret
fortemente influenciada pelo art déco é o Monumento
às Bandeiras, em São Paulo.
Foi o Art Déco que inspirou os primeiros prédios de
Goiânia, nova capital de Goiás, projetada em 1930,
sendo que o acervo arquitetônico de Goiânia é
considerado um dos mais significativos do País.
O exemplo mais significativo do Art Déco no Brasil,
entretanto, é a torre do relógio da Central do Brasil, no
Rio de Janeiro.
Mercado de santos

Central do Brasil
A arquitetura pós-moderna é
um termo genérico para
designar uma série de novas
propostas arquitetônicas cujo
objetivo foi o de estabelecer a
crítica à arquitetura moderna, à
partir dos anos 60 até o início
dos anos 90. Seu auge é
associado à década de 80 (e
final da década de 70) em
figuras como Robert Venturi,
Philip Johnson e Michael
Graves nos Estados Unidos,
Aldo Rossi na Itália, e na
Inglaterra James Stirling, entre
outros.
Os arquitetos pós-modernos
utilizaram uma série de
estratégias para estabelecer a
crítica do modernismo,
principalmente a sua versão
mais difundida e homogênea: o
estilo internacional. Entre estas
estratégias a principal foi a
reavaliação do papel da
história, reabilitada na
composição arquitetônica,
principalmente como meio de
provocação e crítica à
austeridade do modernismo.
Philip Johnson (antes um
ávido defensor do estilo
internacional), adotou uma
postura irônica em seus
projetos utilizando um
"armário antigo" como
referência formal para o seu
edifício da AT&T em Nova
Iorque.
Outros arquitetos voltaram a adotar o ornamento e
formas de composição antigas.
Piazza dÍtália
Charles Moore
Outras tendências podem ser
associadas aos pós-modernos,
como o interesse pela cultura
popular e a atenção para a relação
entre o novo projeto e os edifícios
existentes acompanhando a escala,
altura e modulação destes.
Michael Graves
Robert Venturi foi um crítico
ferrenho da arquitetura moderna,
publicando seu manifesto
Complexidade e Contradição na
Arquitetura em 1966, considerado
uma das bases das transformações
que ocorreriam na arquitetura nas
décadas de 70 e 80.
Robert Venturi
Robert Venturi
Já para o arquiteto Aldo Rossi, era
preciso resgatar as imagens de uma
cidade presentes no imaginário
coletivo e trabalhá-las como
identidade da cidade, como o
coração da urbanização.
Museu Bonnefanten, Maastricht, Aldo Rossi
Teatro del Mondo, Veneza,
Italia
Sudliche Friedrichstadt Housing
Complex
Berlin, Germany
Mario Bota
O pós-modernismo na arquitetura tem
também uma forte ligação com os
espaços comerciais e sua expressão
máxima: o shopping center. Esta
ligação fez com que o estilo fosse
associada à nova cultura do consumo,
representando valores passageiros e
menores. Esta noção foi reforçada pela
adoção do estilo por grandes
empresas internacionais, que
buscavam uma nova imagem
corporativa.
James Stirling
A imagem que temos hoje da arquitetura pós-
moderna é associada principalmente à década de
80. Alguns elementos utilizados nos projetos desta
época fizeram do pós-modernismo imediatamente
reconhecível como estilo, mas foram responsáveis
também pela criação de uma imagem estereotipada
e caricatural do "movimento". O uso irônico
exagerado de referências históricas, a repetição
sem critério do uso do frontão como elemento de
coroação do prédio, ou a explosão de cores
(características que podem ser observadas na
Piazza d'Italia), são alguns desses elementos. Estes
foram compreendidos como um estilo a ser
repetido e não como crítica à austeridade sisuda do
modernismo.
Estilo que incorpora acessórios
industriais e comerciais, equipamentos,
materiais ou outros elementos de
aspecto visual utilitário e de aparência
“futurística”. Utiliza amplamente de alta
tecnologia [daí o nome high-tech]. Foram
os primeiros edifícios que possuiam
sistemas automatizados de climatização,
rede lógica, vigilância, segurança, entre
outros.
Norman Foster
Richard Rogers edifício Loyds
Centro Georges Pompidou, Paris
Centro cultural árabe Jean Nouvel
Se refere a novas experiências estruturais
iniciadas por arquitetos como Bernard Tschumi,
Peter Eisenman, entre outros. Ao final dos anos
80, o termo arquitetura deconstrutivista englobava
estes e outros arquitetos, apagando diferenças
fundamentais e transformando os esforços
individuais em um movimento genérico e de
aparência homogênea. Ironicamente, esta nova
arquitetura crítica era reduzida à algumas
características estilísticas como o Estilo
Internacional fez com as expressões modernas.
Os primeiros projetos denominados
deconstrutivistas têm em comum a
utilização da grelha (grade) conceitual.
Sobre esta, são efetuadas transformações
e distorções que se fazem explícitas no
projeto final. O Parc de la Villette, de
Bernard Tschumi é exemplo desta
tendência. Outro exemplo desta estratégia
é o Wexner Center for the Arts, de Peter
Eisenman. Sob alguns aspectos, esta
arquitetura estruturalista estabelece a
continuidade da base formal do
modernismo.
Peter Eisenman
Wexner Center for the Arts
Bernard Tschumi
Frank Gehry
Rem Koolhaas
Richard Meier
Museu de Arte Contemporânea de Barcelona
Santiago Calatrava Milwaukee Art Museum
•Le Corbusier foi arquiteto, escultor, pintor,
escritor, pensador revolucionário e
inovador, e líder do Movimento Moderno.
Nasceu a 06 de Outubro de 1887 em La
Chaux-de-Fonds, na Suíça, recebeu o nome
de Charles Édouard Jeanneret e só vindo a
adotar o nome de Le Corbusier, tirado de
sua mãe, em 1920 em Paris, já
profissionalmente.
Na década de 20 constrói o pavilhão do Esprit Nouveau na
Exposição das Artes Decorativas de Paris, a cidade-jardim de
Bourdéus-Pessac, a Villa Stein de Garches e a Villa Savoye de
Poissy, todas elas muito ousadas para a época. 
1927 - Villa Stein de Monzies, in Garches
Em 1936, retornou
ao Brasil para
orientar o projeto
do prédio do
Ministério da
Educação e Saúde
moderno do Rio de
Janeiro. (1937 – 43),
durante o governo
Vargas.
1º edifício
Entre 1942 e 1948, desenvolveu um
sistema de medição que ficou
conhecido por «Modulor», uma
seqüência de medidas e
proporções, baseado nos números
de ouro (retângulo áureo) que usou
para encontrar harmonia nas suas
composições arquitetônicas. O
Modulor, lançado na metade do
século XX, foi um sucesso e alguns
anos depois Le Corbusier lançou
uma nova publicação.
O Modulor
De 1945 a 1949 atuou
como consultor para a
reconstrução de
cidades européias
destruídas pela II
Guerra Mundial, e viu
dois de seus projetos
serem realizados,
entre os quais o da
Unidade de Habitação
de Marselha.
Visite de l'Unité
d'habitation de
Marseille avec
Jean Pierre Aumont.
•1952 Foi construída a Sede
da Organização das Nações
Unidas localizada em
Nova Iorque,
Estados Unidos, localizada
no setor leste de Manhattan
(em 1946 e 1947, Oscar
Niemeyer, participou dos
estudos junto a Le
Corbusier para a sua
edificação)
Desenhou o Plano
Diretor e construiu
os principais
edifícios
administrativos da
cidade de
Chandigarh, na
Índia.
1955 Assemblée
Chandigarh (Inde)
Referências - Nas viagens que fez a várias partes do mundo contatou com
muitos estilos, de diversas épocas, na busca de referências para a nova
arquitetura.
Preocupação - funcionamento prático de todos os espaços idealizados, cada
coisa tinha uma razão de ser. Não procurava a emoção ou a espiritualidade.
Desprezou os adornos e enfeites. O purismo foi a sua principal marca
registrada, junto com a ousadia de suas idéias revolucionárias.
Objetivo - o bem-estar dos usuários; inserir o homem num contexto de
harmonia com as condições da natureza: sol, espaço e verdor;
Recursos construtivos: concreto armado; vidros; e ferro;
A nova arquitetura tinha que inspirar-se na produção industrial. As
construções deveriam ser econômicas. Definiu a vivenda como uma
«máquina de habitar» para construir em série. E formulou uma nova
linguagem arquitetônica para o século XX, através dos cinco pontos para uma
nova arquitetura: PILOTIS; TERRAÇO-JARDIM; PLANTA LIVRE; FACHADA
LIVRE; E JANELA EM FITA.
1 – PILOTIS – tornou as
construções suspensas, liberando
o edifício do solo, tornando público
o uso deste espaço antes
ocupado, permitindo inclusive a
circulação de automóveis. Criando
assim nova perspectiva no
ambiente urbano. O plano livre foi
possível graças ao uso do
concreto armado, recente na
época, e o abandono da parede de
sustentação.
1949 Villa du Docteur Curutchet
(Buenos Aires (Argentina).
2 – TERRAÇO-JARDIM
– Não mais os telhados
do passado. Com o
avanço técnico do
concreto armado, seria
possível aproveitar a
última laje da
edificação como
espaço de lazer, em
contraposição aos
telhados inclinados
das construções
tradicionais.
1928 Villa Savoye.
3 – PLANTA LIVRE –
Os espaços internos
não mais estaria
atrelada à concepção
estrutural das paredes
maciças de alvenaria
que outrora recebiam
todos os esforços
estruturais dos
edifícios. O uso do
sistema viga-pilar
possibilitou diversidade
e flexibilidade na
definição dos espaços
internos.
1928 Villa Savoye.
4 – FACHADA LIVRE –
Os pilares são
projetados
internamente às
construções, criando
recuos nas lajes de
forma a tornar o
projeto das aberturas o
mais flexível. Deveriam
ser abolidos quaisquer
resquícios de
ornamentação.
1924 Quartiers
Modernes Frugès
Bordeaux – França.
5 – JANELA EM FITA –
Aberturas longilíneas
que cortam toda a
extensão do edifício
permitindo iluminação
mais uniforme e vistas
panorâmicas do
exterior. O uso do
sistema viga-pilar
permitiu a máxima
abertura das paredes.
1928 Villa Savoye.
No âmbito do urbanismo
ele realizou inúmeros
estudos. Concebeu o
Plano para uma Cidade
Contemporânea de Três
Milhões de Habitantes
(1922), o Plano Voisin de
Paris (1925) e La Ville
Radieuse (1935) com os
quais se propunha a
resolver a iminente crise
habitacional e de
circulação nas grandes
cidades.
Ville Radieuse (sans lieu)
1935
1951 Palais de l'Unesco - Paris (France) Urbanisation quartier Rotterdam -
Strasbourg (France)
Le Corbusier foi um dos
primeiros a compreender as
transformações que o
automóvel exigiria no
planejamento urbano. A
cidade do futuro, na sua
perspectiva, deveria consistir
em grandes blocos de
apartamentos assentes em
pilotis, deixando o terreno
fluir debaixo da construção, o
que formaria algo semelhante
a parques de estacionamento.
Brasília-DF
VILLA SAVOYE
O edifício foi construido utilizando-se de uma
tecnologia inovadora do concreto armado que se
mostrava através dos cinco pontos de uma nova
arquitetura.

Vista geral da residência desde a chegada

Vista da rampa central


Vista do espaço coberto de transição
no pilotis desde o hall principal.

Vista parcial da fachada sul,


pilotis e bloco térreo recuado.
Unidade de Habitação:
Devido a independência da estrutura do edifício com relação a um
dos apartamentos, Le corbosier dizia que os apartamentos foram
colocados na unidades como "garrafas de vinho em uma adega".

Imagem da fachada de uma Unidade Unidade de habitação em Berlim


de habitação
A visita de Le Corbusier ao Brasil em 1936, a convite
do Governo Brasileiro, causou efetivo impacto
sobre toda uma geração de jovens arquitetos
brasileiros (Affonso Reidy, Carlos Leão, Jorge
Moreira, Ernani Vasconcelos e Oscar Niermeyer),
liderados por Lucio Costa.
As obras destes arquitetos seguiam os princípios
racionalistas de Le Corbusier
Ministério da Educação e Cultura (Palácio Gustavo Capanema) –
Lucio Costa

•Le Corbusier, em 1936, foi consultor desta obra, realizando


pela primeira vez a utilização de Brise inventado por ele três
anos antes.
FORMAS SIMPLES E GEOMÉTRICAS - TÉRREO COM PILOTIS –
TERRAÇO JARDIM FACHADA ENVIDRAÇADA - INTEGRAÇÃO DOS
ESPAÇOS
APROVEITAMENTO DA VENTILAÇÃO E LUZ
Reflete a forte inspiração racionalista de Le Corbusier e se notabiliza pela sua
liberdade plástica (arcos, linhas curvas e formas sinuosas) contrariando a
geometria racionalista.
Parque Guinle – Rio de Janeiro
Lucio Costa

BRISE – SOLEILS
RECUO DOS AMBIENTES EM RELAÇÃO À FACHADA
PRINCIPAL
VOLUMES PUROS
Conjunto Habitacional de Pedregulho Afonso Reidy

PILOTIS
LÂMINAS HORIZONTAIS SOBRE
PILOTIS
Museu de Arte de São Paulo – MASP LINA BO BARDI

PILOTIS
LINHAS HORIZONTAIS
FACHADA ENVIDRAÇADA
FORMAS GEOMÉTRICAS
Le Corbusier enfrentou os
falsos conceitos e a
incompreensão acadêmica e
sua consagração como
grande arquiteto
internacional só aconteceu
nos últimos anos de sua
carreira, entre 1950 e 1965.
Foi um homem que marcou
sua época.
Viveu a maior parte de sua
vida na França, onde
morreu em 1965, ao 78 anos.
Havia projetado para si um
túmulo que foi construído
imediatamente após a sua
morte.
1955 Tombe Le Corbusier
Cimetière - Roquebrune-Cap-
Martin

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