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Reconhecida como uma das instauradoras, juntamente à arquitetura grega, do que é

conhecido atualmente como arquitetura clássica, que aconteceu entre os séculos VII
a.C. e IV a.C., a arquitetura romana é uma combinação de influências gregas e
etruscas voltada para o cotidiano e sociedade romana. Apesar de características que
se assemelham com escolas anteriores, os romanos foram capazes de exceder nas
edificações, diante de diversos motivos, como a organização política, além da
descoberta de novas técnicas construtivas e materiais, capazes de construírem
estradas, pontes e aquedutos que serviram de modelo para desenvolvimento de
futuras civilizações. Inovaram com construções nunca vistas na época com seus arcos
e abóbodas, caracterizando como um dos principais feitos desta civilização,
responsáveis pela criação de duas novas ordens, somando às gregas já conhecidas, e
a uma organização urbanística estudada da cidade, que levava ao seu centro o fórum,
onde eram encontradas as edificações mais importantes, de peso político, religioso ou
econômico. Nomes como Marcos Vitrúvio Polião, Apolodoro de Damasco e
imperadores como Trajano e Adriano tiveram grande importância arquitetônica por
conduzir obras de importante caráter histórico, como Pantheon e Coliseu, e
compartilhar conhecimentos que serviram como objeto de estudo até os dias atuais.

O império romano foi essencial para o desenvolvimento arquitetônico, pois,


diferentemente dos gregos, seus ideais eram pensados de maneira maior e unificada,
refletindo a estrutura política desta sociedade, que ainda iria se tornar império.

O primeiro grande passo dado pelos romanos foi a construção de aquedutos,


edificações que levavam água das montanhas para a cidade, chegavam
primeiramente para o imperador, logo após para os aristocratas e por fim para o
público geral, também funcionava para retirar os dejetos; Pontes e estradas também
foram fundamentais na construção desse império, já que podiam se locomover de
maneira mais rápida e simplificada, como por exemplo a via Ápia, construída em 312
a.C., que conectava a capital de Roma até a província de Cápua, que mais tarde foi
ligada ao Egito, Grécia e o Oriente, facilitando expedições comerciais e militares.
Aqueduto Pont du Gard – © Adriana Lage Toma

Outras grandes realizações da civilização romana foi trazer novas técnicas


construtivas para a arquitetura já conhecida, os arcos, construídos em pedras,
descoberto bastante viável economicamente, além de suportar o peso das
construções, levou também a criação das abóbadas de berço (sequências de arcos),
que só foi possível graças ao aperfeiçoamento do concreto, obtido a partir de cinzas
vulcânicas, cal e água do mar, elevando as construções até mesmo para dentro
d’água, visto que era bastante resistente.
Arco de Constantino – Google

Após a criação dos arcos e seus seguimentos, que além de adorno, funcionavam
como apoio estrutural nas edificações, as colunas passaram a ser elementos mais
decorativos, criando ordens que seriam modificações e combinações das gregas. A
ordem toscana seria a alteração da ordem dórica de maneira mais simplificada, como
a adoção do fuste liso; e a composta, juntando as ordens jórica e coríntia, se tornando
a mais elaborada das ordens.
Ordens da Arquitetura Clássica - Google

Grandes imperadores como Trajano, Vespasiano e Adriano e diversos outros foram


responsáveis por grandes monumentos bastante conhecidos atualmente.

Um exemplo é o Panteão (Phanteon), que foi passado na mão de vários imperadores,


sendo construído primeiramente pelo Marco Vipsanio Agrippa, em 27 a.C. por ordem
de César Augusto, o monumento pegou fogo por volta de 80 d.C., e em 118 d.C. foi
feito em seu lugar um templo destinado à Agripa, por ordem do Imperador Adriano,
feito pelo arquiteto Apolodoro de Damasco, que teve sua cúpula como ao maior vão
livre do mundo até a renascença, que foi construída por Brunelleschi.

Panteão - Google Estrutura do Panteão – Google

Outro exemplo bastante significativo é o Coliseu, construído em 70 d.C., no governo


do Vespasiano, é o maior anfiteatro do mundo, muitas das diversas técnicas
abordadas durante o estudo são encontradas aplicadas neste monumento, com
capacidade para mais de 50 mil pessoas sentadas, foi inaugurado com uma batalha
naval, e em seguida foi utilizado para entretenimento do povo, com combates e lutas
de gladiadores, serviu como base militar e durante o período da renascença foi
defraudado diversas vezes, perdendo vários itens valiosos.

Coliseu - Google Visão Interna Coliseu – Google

Marcos Vitrúvio também teve grande importancia neste momento da história, o maior
tratadista da arquitetura, escreveu o The Archithetura, com dez volumes com diversas
informações sobre construções do mundo antigo, técnicas, materiais, ensinamentos
sobre hidraulica e sobre como o corpo humano e a harmonia universal se conectavam,
influenciando futuramente no conceito do homem vitruviano, na renascença, por
Leonardo da Vinci. Segundo Vitrúvio, “todos os edificios devem ser executados de
forma a levar em conta a durabilidade, a utilidade e a beleza”

Além de estradas e aquedutos, templos, ginásios, teatros, termas públicas e


bibliotecas foram construídos; serviu como base para tornar as basílicas nas primeiras
igrejas da região, com o crescimento do cristianismo e em 476 d.C. o império romano
do ociedente chega ao fim, com a conversão do império em cristão, crise econômica e
disputas internas pelo poder, no século IV, Roma enfraquece e é tomada pelos
bárbaros, dando inicio a idade média e futuramente ao renascimento.

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