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ARTE ROMANA:

Ao conquistarem a Grécia, os romanos importam também a cultura, a arte, a filosofia e


até a religião dos gregos. Assimilaram os elementos que mais bem se adaptavam ao seu
temperamento e às necessidades.

No primeiro momento, os deslumbrados romanos foram engolfados pela influência


grega. Seu apetite era tão intenso que chegavam galeões carregados de mármores e bronzes
para adornar os fóruns romanos. Somente Nero importou quinhentos bronzes de Delfos e,
quando não restavam mais originais, os artistas romanos passaram a fazer cópias. O poeta
Horácio observou com ironia: “A Grécia conquistada conquistou seu brutal conquistador.”

Mais tarde, porém os romanos deram uma reviravolta na arte e na filosofia gregas.
Fundador do maior império de todos os tempos, acrescentaram talentos gerenciais:
organização e eficiência. A arte romana é menos idealizada e intelectual que a arte clássica
grega; é mais secular e funcional. Enquanto os gregos brilhavam na inovação, o forte dos
romanos era a administração. Por onde quer que marchassem seus generais, traziam a
influência da lei e os benefícios práticos de estradas, pontes, instalações sanitárias e
aquedutos.

ARQUITETURA: Além das leis, talvez a contribuição mais importante de Roma tenha
sido nas áreas da arquitetura e engenharia. Os arquitetos romanos usaram as formas gregas,
mas desenvolveram novas técnicas de construção como o arco, que abrange uma distância
maior que o sistema grego (dois postes verticais suportando uma trave horizontal). O concreto
permitiu projetos mais flexíveis, como o teto abobadado e imensas áreas circulares com o teto
em cúpula. Foram os pioneiros no uso do concreto. Essas inovações provaram ser
revolucionárias e permitiram, pela primeira vez, cobrir enormes espaços fechados sem a
necessidade de suportes internos.

Os mais notáveis exemplos de arquitetura romana foram os edifícios públicos,


anfiteatros, banhos públicos, estádios para corrida e casas particulares. Podemos citar como
exemplo de grandiosidade e imponência: O COLISEU, anfiteatro construído no centro da velha
cidade, que podia acomodar quase 60 mil espectadores, onde aconteciam jogos e batalhas
entre gladiadores e o PANTEÃO, o maior exemplo do uso de abobada em cúpula, um templo
circular e enorme, dedicado a todos os deuses.

ESCULTURA: POLÍTICA, COMO SEMPRE: Embora os romanos tivessem copiado


maciçamente a estatuária grega, desenvolveram gradualmente um estilo próprio. Os romanos
tinham em casa máscaras mortuárias, feitas em cera, dos ancestrais. Essas imagens realísticas
eram moldes totalmente factuais das feições dos falecidos, e essa tradição influenciou os
escultores romanos.

O objetivo principal foi fixar os traços dos que governavam o Império, continuando a
tradição etrusca do retrato fiel e muito expressivo. A escultura orientava-se para satisfazer o
desejo de glorificação pessoal e comemoração, e para um enriquecimento superficial da
arquitetura. Eram dispostos nos prédios públicos reafirmando a presença política.

Outra corrente importante da escultura romana foi o relevo narrativo. Painéis de


figuras esculpidas representando feitos militares decoravam arcos de triunfo, sob os quais
desfilavam os exércitos vitoriosos conduzindo longas filas de prisioneiros acorrentados. A
coluna de Trajano (106-113 d.C.) é o mais ambicioso desses monumentos. Mostra um relevo
envolvendo a coluna em mais de duzentos metros de espiral interrupto, comemorando
massacres em mais de 150 cenas.
PINTURA: Conhece-se a pintura devido a Pompéia, destruída pelo Vesúvio no ano 79 e
descoberta no século XVIII por Alcubierre. Ficaram cobertos – esquecidos – por 1700 anos,
preservando uma incrível quantidade de artefatos, mosaicos e murais praticamente intactos.

Pompéia era uma cidade luxuosa, as escavações científicas, revelaram não só objetos
triviais, mas também residências inteiras com pinturas de naturezas mortas e paisagens
realistas em todas as paredes. Os artistas dominavam as técnicas da perspectiva e dos efeitos
de luz e sombra, desconhecidos no mundo da arte.

Mosaicos montados com pedacinhos de pedras coloridas, vidros ou conchas revestiam


paredes, tetos e chão. Num deles, um olho medindo quatro centímetros foi composto com
cinquenta cubinhos minúsculos.

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