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Disciplina: Arte
Professora: Adriana Maques
Autoria do texto: Magno Anchieta
Roma chegou a governar o mundo. Foi o centro do maior império da Antiguidade e sua
influência se fez sentir em toda a Europa, parte da Ásia e África.
Com a decadência da arte clássica grega a arte romana toma seu lugar a partir do
século I AEC A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte etrusca popular e voltada
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para a expressão da realidade vivida, e a da greco-helenística, orientada para a expressão de
um ideal de beleza. Dos etruscos herdou o arco e a abóbada, dos gregos o restante.
Arquitetura
Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o
uso do arco e da abóbada nas construções.
1. Religião
Templos - Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater,
o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado
do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em
todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um
local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto.
2) Comércio e civismo
Basílica - A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica
servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o
Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma
característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) dividida em
várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi
concluída no Império de Otávio Augusto.
3) Higiene
Termas - Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro
social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho,
eram centros de reuniões sociais e esportes.
4) Divertimentos
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a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo.
Dos jogos praticados temos: jogos circenses - corridas de carros; ginásios - incluídos neles o
pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos -
executados por cavaleiros conduzidos por escravos. Sob a influência grega, os verdadeiros
jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 AEC Dos circos romanos, o mais célebre é
o "Circus Maximus".
b) Teatro: imitado do teatro grego. O
principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários
versáteis, giratórios e retiráveis.
c) Anfiteatro: o povo romano apreciava
muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas
compunham um espetáculo que podia ser
apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra
anfiteatro significa teatro de um e de outro lado.
Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos
anfiteatros romanos. Externamente o edifício era
ornamentado por esculturas, que ficavam dentro
dos arcos, e por três andares com as ordens de
colunas gregas (de baixo para cima: ordem
dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas
colunas, na verdade eram meias colunas, pois Ruínas do Anfiteatro Flávio ou Flaviano (Coliseu) – Roma, Itália
ficavam presas à estrutura das arcadas.
Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse
anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de
5.000 em pé.
Pintura
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Primeiro estilo: cobertura das paredes de uma sala com uma camada de gesso
pintado, que dava impressão de placas de mármore e outras texturas.
Segundo estilo: os artistas começaram a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas
abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um
grande mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorização da delicadeza dos
pequenos detalhes.
Quarto estilo: (estilo cenográfico ou ilusionista) um painel de fundo vermelho, tendo ao
centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.
Escultura
Teatro
O teatro romano teve diferentes géneros. Misturando influências etruscas e gregas.
Os romanos tinham uma forma pouco desenvolvida de teatro quando entraram em contato com
a Grécia. Esse contato significou o fim do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou
as formas gregas (tragédia, comédia). Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AEC),
depois estrangeiros radicados em Roma e depois romanos escreveram peças, adaptando
temas gregos, ou inventando mesmo temas romanos (normalmente baseados na História).
O apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II AEC com Plauto e Terêncio. Mas
outros autores também se destacaram, como Lívio Andrônico e Sêneca.
Quer a comédia, quer a tragédia romana, tinham diferenças com os seus modelos
gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco que era representada, grande
preocupação com a moral, discursos elaborados; mesmo do ponto de vista formal existiam
diferenças (na divisão em atos, no coro, etc).
Com o tempo (final da república), o público perdeu interesse pelo teatro tradicional,
pois a concorrência dos espetáculos com mais ação (gladiadores, corridas de carros), e a
criação de géneros teatrais mais simples como as pantominas (representação de um único
ator de uma peça simples e de fácil reconhecimento pela audiência, em que não falava,
dançava, fazia gestos, e era acompanhado por músicos e um coro) e mimos (historias também
simples, mas com vários atores, em que normalmente se satirizava tipos sociais de forma
obscena), levaram ao seu quase abandono.
Com o advento da Igreja, esta viu com maus olhos gêneros artísticos que troçavam
abertamente da instituição ou se referiam a deuses pagãos (como os espetáculos de mimos),
levando à sua progressiva perseguição, para além dos aspectos que considerava imorais
(representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez).
A última referência que existe de uma representação de uma peça de teatro é do
séc. VI (e sabe-se que Teodora, a imperatriz e esposa de Justiniano fora atriz de teatro).
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Depois disso, só se ouve falar dos artistas de teatro pelas proibições sucessivas e sermões de
membros da igreja que referem mimos que andam de terra em terra espalhando a imoralidade.
Os romanos construíram vários teatros (especificamente para representações), mas
na maioria dos casos nas pequenas cidades utilizavam edifícios originalmente destinados a
outros usos, como os anfiteatros, onde também se realizavam espetáculos de gladiadores,
execuções públicas de condenados à morte e corridas de bigas.
Dedicar-se ao teatro era muito mal visto: os atores eram normalmente escravos ou
ex-escravos; raramente mulheres representavam, tendo má reputação as que o faziam (os
papéis femininos eram feitos por homens).
Ficaram conhecidos imperadores com uma enorme paixão pelo teatro. Nero é o
mais conhecido: adorava espetáculos de mimos e representava ele próprio (isso foi motivo de
escândalo).
Destaca-se também, que vários imperadores, apresentados como cruéis,
ordenavam que os espetáculos se tornassem realistas: quando aparecia no guião que o
personagem era morto, substituía-se o ator por um condenado à morte (existe registado o caso
de uma representação de uma peça que relatava a união entre Europa e Zeus sobre a forma
de touro e uma condenada à morte foi de facto unida a um touro).
Música
Sabe-se menos sobre a música da Roma antiga do que sobre a
música da Grécia antiga. A arte musical grega, que embora tenha deixado
escassos exemplos registrados, persiste em diversas descrições e num
sistema bastante bem desenvolvido, mas da música romana nos chegaram
ainda menos relíquias, e suas características ainda permanecem em
grande parte no terreno da conjetura.
Graças ao testemunho das artes visuais e a alguns exemplares
encontrados, nosso conhecimento sobre os instrumentos romanos antigos Bucina
é bem mais rico do que sobre suas composições.
Os músicos romanos empregavam muitos tipos de instrumentos de todos os
principais gêneros: sopro, cordas e percussão. Dos instrumentos de sopro podemos citar a
bucina, a cornu, a tuba; a tíbia, ascaule, phusale e utriculium, flautas e flautas de pã; de corda
destacamos a lira, a kithara e o alaúde; de percussão sinos, chocalhos, sistros, címbalos,
tímpanos e tambores; usavam também um tipo de órgão chamado hydraulis.
Segundo o poeta grego Antítaper (século II AEC), entre as obras mais importantes da
Antiguidade, estão as chamadas “Sete Maravilhas do Mundo Antigo”, cuja beleza e imponência
era admirada por gregos e romanos. Todas foram destruídas, exceto a Grande Pirâmide, que
faz parte das três pirâmides do deserto de Gizé, no Egito. Além desse grande monumento
estão incluídos nessa lista: os Jardins Suspensos da Babilônia, a Estátua Criselefantina de
Zeus, o Colosso de Rodes, o Túmulo do rei Mausolo (Mausoléu de Halicarnasso), o Templo de
Ártemis e o Farol de Alexandria.
Exercício de fixação
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