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Estrutura do teste
3 partes
1º parte: 5 valores resposta direta (quem é? o que aconteceu?)
2º parte: 5 valores inclui excerto
3º parte: 10 valores excerto
Cronologia
753 a.C – Realeza
509 a.C – Republica
31 a.C – Batalha do Áccio, queda da Republica
27 a.C – Otaviano é designado Augusto pelo Senado
476 d.C – queda do império/principado
geografia/topografia
Rio tibre - junto ao qual se forma a roma primitiva.
rio tiberino
Montes principais: Capitólio e Palatino.
grande vale entre os montes, onde se formou o fórum
Alexandria
Século IV-II a.C: período Helenístico.
Após a morte de Alexandre em 323 a.C, formam-se os reinos helenísticos (fragmentação do
mediterrâneo). Ptolomeu fica com o Egito, terra que tenta inovar por meio da cultura: rouba
o corpo do imperador falecido, construindo-lhe um belo monumento, traz os grandes
intelectuais gregos para o Egito e organiza um museu (bairro onde viviam, trabalhavam e
estudavam os intelectuais, no centro do qual se encontrava um templo dedicado às Musas)
em Alexandria, bem como aquela que viria a ser, por séculos, a maior e mais completa
biblioteca do mundo.
Filólogos importantes:
- Aristófanes de Bizâncio
- - Aristarco de Samotrácia (bibliotecário da biblioteca de Alexandria e tutor dos filhos
do rei)
Cientistas:
- Aristarco de Samos (heliocentrismo)
- Eratóstenes de Cirene (cronólogo; estabeleceu a data da guerra de toria; inventou a
geografia)
- Arquimedes (Eureka)
- Euclides (matemática)
- Erasístrato (válvulas do coração; sintomatologia e terapeutica)
Escritores:
- Calímaco (hino a deméter)
- Apolónio de Rodes (Argonáutica)
- Teóciro (Idílios)
Tópicos estéticos:
- Labor limae (cortar/limar tudo o que não está perfeito)
- erudição excessiva
- quotidiano
- ironia
- captar o instante
- perfeição formal
República: personalidades
Acontecimentos do século III a.C (século dos cipiões):
● 275. M. Cúrio Dentado (330 a.C-270 a.C) derrota Pirro e traz muitas estátuas e
quadros para Roma, o que revela uma alteração mental no que concerne ao valor da
arte para os romanos aristocratas.
● 272. Conquista de Tarento. Lívio Andronico vai para Roma como escravo. Fundador
da literatura latina: traduz/adapta Homero (Odissia), com o objetivo de usar as obras
do poeta para educar as crianças de quem era preceptor (índole didática); terá
escrito tragédias e hinos.
● 264 Os Romanos conquistam Volsinii (Orvieto) e trazem como saque 2000 estátuas
de bronze.
Os romanos cultos (ex: cipiões) adotaram também os costumes funerários gregos, tais
como a inscrição de epitáfios e a decoração de túmulos.
Ideal da aristocracia romana: ideais militares e culturais (numa mão a pena, na outra a
lança.). Alguns homens romanos de relevo posicionaram-se contra a influência excessiva
da cultura helenística em Roma, pois considerava-e que os jovens capazes se deveriam
dedicar a atividades úteis, particularmente às artes militares; no entanto, mesmo estes (ex:
Catão) não rejeitavam por completo a cultura grega, apenas tinham reservas quanto à
intensidade com que uma cultura absorvia a outra.
Ser culto em Roma era saber grego e latim, bem como conhecer a cultura, filosofia,
literatura e arte gregas. Assim, surgiu o interesse de viajar para a Grécia como parte da
educação dos jovens.
Do mesmo modo que Roma foi gradualmente absorvendo a cultura grega, transformou-se
num centro cultural atrativo a estudiosos, semelhante a Alexandria.
Círculo dos Cipiões: conjunto de eruditos atraído pela familia dos cipiões graças ao seu
interesse cultural; constituído por figuras importantes: Políbio, Panécio (influenciou Cícero),
Cúcilio (criador da sátira), Terêncio (célebre comediógrafo), Lélio (a quem Cícero dedica a
obra De Amicitia).
Os cipiões
L. Emílio Paulo:
- Venceu a terceira guerra macedónica contra Perseu (171-168 a.C)
- 168 a.C: Celebra triunfo.
- Traz escultura, pintura, têxteis, vasos de ouro, prata e bronze, marfim, gemas,
estátuas colossais.
- Dedicou, no templo da Fortuna, uma estátua de Atena de Fídias; traz artistas
(Metrodoro de Atenas, filósofo e pintor, preceptor dos filhos).
- Dá aos filhos gramáticos gregos, filósofos, retores, escultores, caçadores e pintores.
- 167 Faz uma volta pela Grécia. Em Delfos, coloca uma estátua sua no lugar que
seria para uma de Perseu.
P. Cornélio Cipião-o-Africano:
- Segunda guerra púnica.
- Terá adotado vestuário grego e passado tempo no teatro, palestras e banhos, motivo
pelo qual foi criticado por Catão.
- Em 201, durante a celebração do seu triunfo, organiza representações das cidades
capturas e pinturas dos feitos de guerra.
A partir de meados do século III a.C, os espectáculos teatrais fazem parte integrante da vida
dos romanos.
Festivais religiosos: Desde inícios do séc. II havia um circuito de festivais religiosos que
incluiam representações teatrais, financiados e dirigidos pelos edis1. Incluíam ludi circenses,
ludi scaenici, combates, desportos vários. A temporada abria com os Megalenses (início de
Abril; 194 a.C.), Cereales (Final de Abril; 201 a.C.), Florales? (Maio; 240/173 a.C.),
Apollinares (meados de Julho; 212 a.C.), Romani (meados de Setembro; 240 a.C.), Plebei
(início de Novembro; 216 a.C.). Por volta do ano 200 a.C. ocupavam 11 dias do ano, e em
meados do séc. II uns 20/26 dias.
Triunfos:
187 a.C. M. Fúlvio Nobilior dedica ludi magni a Júpiter.
167 a.C. L. Anício Galo (vitória sobre os Ilírios, aliados de Perseu da Macedónia) (com
actores e músicos vindos da Grécia).
Dedicação de templos
191 a.C. Magna Mater, ludi Megalenses (Plauto, Psêudolo).
179 a.C. Juno Regina e Diana.
173 a.C. Fortuna Equestris.
Funerais:
174 a.C. T. Flaminino. Durou quatro dias (Liv. 41, 28, 11).
160 a.C. L. Emílio Paulo (Terêncio, Hecyra, Adelphoe).
Espaços:
179 a.C. os censores propõem a construção de um teatro de pedra, perto do templo de
Apolo.
Nunca terá sido construído.
174 a.C. A. Postúmio Albino propõe uma nova estrutura.
1
magistrados responsáveis pela supervisão e administração das questões públicas relacionadas ao
comércio, mercado, abastecimento de alimentos e organização de festivais e jogos públicos
155 a.C. Os censores constroem um teatro em pedra junto ao Lupercal no Palatino. Em
151,
perto da inauguração, o teatro foi demolido (Liv., per. 48: inutile et nociturum publicis
moribis).
55 a.C. Primeiro teatro: Pompeio.
Embora o teatro romano existisse desde o nascimento da literatura latina (Lívio Andrónico
terá escrito peças de teatro), quase todo teatro latino foi perdido, com a excepção das
peças de Séneca, Plauto e Terêncio mais por sorte do que por excelência – na verdade,
para Séneca e os seus contemporâneos a maior tragédia latina era uma Medeia, de Ovídio,
que se perdeu após o exílio do poeta e a sucessiva queima das suas obras.
Plauto:
- Viveu durante os séculos III e II a.C (254 - 184 a.C.)
- personagens-tipo
- comédia de enganos
- Modelo: Comédia Nova (em particular, Menandro).
- cerca de 55 comédias. (ex: Amphitryon; Epidicus; Persa; Rudens; Truculentus, etc)
Terêncio:
- Séc. II a.C
- Segundo Suetónio, nasce em Cartago e vai para Roma, para a família dos Terêncio
Lucano.
- Parte do círculo dos cipiões
- Humor de mais difcil compreensão do que o de Plauto
- Autor de escola (motivo pelo qual terá sobrevivido)
- Modelos: Menandro, Apolodoro de Caristo, Kolax, Dífilo
- Principais obras: A sogra (165 a.C., Ludi Megalenses; 160 a.C., funeral de Emílio
Paulo); O homem que se castiga a si próprio (163 a.C. Ludi Megalenses;
modelo: Menandro); Phormio (161 a.C., Ludi Romani); Eunuchus (161 a.C., Ludi
Megalenses); Os dois irmãos (encomendada por P. Cornélio Cipião Emiliano e irmão para o
funeral do seu pai, L. Emílio Paulo).
Tanto Plauto como Terêncio adaptaram peças gregas à língua e cultura latinas (Lívio
Andrónio e a Odissia)
A cultura romana somou uma enorme quantidade de dívidas para com a grega, no entanto,
no que concerne à Filosofia, a dívida é a maior de todas, pois os romanos não apenas se
inspiraram nos gregos ou tomaram as suas ideias como base para construir as próprias: a
inexistente “filosofia romana” limita-se a sintetizações, discussões e reflexões sobre a
filosofia grega.
Por outro lado, foi através dos textos latinos que a filosofia grega penetrou no ocidente de
forma tão profunda, mais especificamente graças aos textos de Cícero, que criou o
vocabulário filosófico em latim, além de ter redigido vários tratados sobre as correntes
filosóficas gregas que chegaram à Idade Média e ao Renascimento, despertando o
interesse das gerações futuras nos tópicos discutidos pelos gregos centenas de anos antes
do seu nascimento.
Ética prática: área da Filosofia que despertou maior interesse nos romanos (devido à sua
utilidade para compreender a maneira mais correta de atuar para com os outros).
Críticas: Á semelhança do que era dito sobre o teatro, alguns homens eruditos romanos
consideravam a filosofia grega um meio de desviar os jovens da vida prática, devido ao seu
caráter teórico e especulativo. Por este motivo, deram-se 2 episódios de expulsão dos
filósofos da Urbs (177 e 161 a.C)
Eneida Canto VI
cada mito utilizado consiste em uma poética particular, um mito particular, pois os mitos
presentes na Eneida, formam um conjunto de informações entrelaçadas que geram um mito
completo descrito na epopeia: a origem do povo romano.
Dite: mundo dos mortos
● A frota troiana chega à Itália. Os navios aportam perto de Cumas.
● Seguindo as instruções de seu pai, Eneias dirge-se ao templo de Apolo, onde a
Sibila (sacerdotisa de Apolo) se encontra com ele.
● Enéias ora a Apollo para permitir que os Troianos se estabeleçam no Latium.
● A sacerdotisa alerta que mais dificuldades e conflitos aguardam o heroi na Itália
● Eneias pergunta a Sibila se é possível que ele visite o pai no submundo, como este
lhe disse para fazer. Ela diz que sim, mas que, antes, ele deve realizar um sacrificio,
enterrar um companheiro dele que havia morrido há pouco e arrancar um ramo de
outro. Se o ramo rompe facilmente a árvore, isso significa que o destino chama
Aeneas para o submundo. Se Aeneas não for destinado a viajar para lá, o ramo não
sairá da árvore.
● Um par de pombas guia Eneias até ao ramo de ouro. Ele consegue arrancá-lo e a
sacerdotisa conduz-lo aos portões do inferno.
● Enquanto se aproximam de Caronte, Enéias encontra o piloto Palinuro que, por não
ter sido enterrado, não pode atravessar o rio Aqueronte.
● Caronte só os deixa entrar no barco pq vêm acompanhados do ramo de ouro.
● Ao chegarem à outra margem do rio, deparam-se com Cérbero, guardião do
submundo. Para ultrapassar o portão a Sibila oferece-lhe um bolo com mel e
sementes medicinais que o fizeram adormecer.
● Ao transporem o portão, entram na primeira região dos Infernos, destinada as
crianças mortas recém nascidas
● No segundo nível, encontram-se as almas dos inocentes condenados injustamente.
São julgados por Minos que atua como juiz para examinar as ações de cada um, e
puni-los.
● Terceiro nível: suicidas
● Quarto nível: Campo das Lágrimas, onde estão as almas que morreram por amor.
Aqui está Dido, a quem Eneias pede perdão e tenta justificar os seus atos, mas a
rainha não lhe responde.
● Campo dos guerreiros: Enéias destaca-se qual luz divina, o que demonstra a
importância do troiano como líder e guia religioso. Abriga as almas dos guerreiros
troianos e gregos. Primeiro momento: exaltação dos guerreiros troianos,
colocando-os numa posição superior a dos outros guerreiros que ali habitavam.
Segundo momento: medo entre os guerreiros gregos, gerado pela figura de Enéias,
representando mais uma vez a superioridade dos troianos sobre as outras almas, ali
presentes.
● Enéias chega à bifurcação que o levará para o Tártaro e para os Campos Elísios.
● O caminho da esquerda leva para o Tártaro, onde há largas muralhas rodeadas por
tríplice muro, circundadas pelo Rio Flagetonte do Tártaro, rio de chamas torrenciais
por onde rolam retumbantes rochedos. No alto de uma torre que se ergue nos ares,
Tisífone, que aplica seu chicote de escorpiões, vigia dia e noite guardando o lugar.
● Nos Campos Elísios, Enéias oferece presentes a Perséfone.
● Morada dos Bem-Aventurados: eterna primavera. Os heróis contavam os seus feitos
ou ouviam os poetas que celebravam o seu nome. Enéias encontra o pai, Anquises.
● Anquises guia o filho pelos campos, dizendo-lhe quem são as almas que ali habitam
e qual o futuro destinado aos descendentes da raça de Dárdano. Depois, mostra a
Enéias os indivíduos de sua raça, que ainda nasceriam, além de relatar-lhe as
empresas que eles deveriam executar no mundo. Relata, também, os
acontecimentos que o esperavam antes que ele e seus companheiros se
estabelecessem definitivamente na Itália: seriam travadas guerras, disputadas
batalhas, uma esposa seria conquistada e seria fundado um novo Estado Troiano,
do qual surgiria o poder romano, que seria soberano no mundo.
● Anquises reafirma o destino do filho como herói, através de uma prolepse sobre a
grande descendência proveniente de Silvio Eneias, filho que tivera tardiamente
com a princesa latina Lavínia.
● Anquises apresenta ao filho os futuros heróis de Roma, dentre os quais Sílvio,
Rômulo, César e César Augusto. Segundo a profecia de Anquises, Sílvio será o
último filho de Enéias com Lavínia, cujos descendentes reinarão sobre Alba Longa;
Rômulo, filho de Marte com Ilía, neto de Sílvio, será o fundador da cidade de Roma;
César será o Imperador que ampliará os domínios do Império Romano; e César
Augusto será responsável pelo fortalecimento do Império.
● Por fim, Anquises conduz o filho até as portas do sono, dizendo-lhe: “estas são as
duas portas de saída, o portal de chifre são por onde as verdadeiras sombras
deveriam sair, enquanto que a porta de marfim servia de saída para os sonhos
falsos”, ou seja, porta de marfim é a porta por onde deverá sair Enéias e Sibila, uma
vez que estes não estavam mortos.