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Cultura Romana

Estrutura do teste
3 partes
1º parte: 5 valores resposta direta (quem é? o que aconteceu?)
2º parte: 5 valores inclui excerto
3º parte: 10 valores excerto

Cronologia
753 a.C – Realeza
509 a.C – Republica
31 a.C – Batalha do Áccio, queda da Republica
27 a.C – Otaviano é designado Augusto pelo Senado
476 d.C – queda do império/principado

geografia/topografia
Rio tibre - junto ao qual se forma a roma primitiva.
rio tiberino
Montes principais: Capitólio e Palatino.
grande vale entre os montes, onde se formou o fórum

lendas da fundação: significado cultural e político


1ª – roma sempre fora povoada (por latinos, etruscos, volscos, marsos, dentre outros povos
autóctones da península Itálica) + mito de Rómulo e Remo
2ª – roma começa por estar despovoada e é ocupada graças a uma imigração em massa
grega para a Itália + mito de Eneias
Na época de Augusto, a versão mais conhecida era a segunda. Augusto era inicialmente
otaviano, que foi adotado por julio cesar, cuja familia (os julios) se dizia descente de Eneias
pq o filho deste era chamado de Ascânio ou Iulio, pelo que seria preferível que se tomasse
a lenda de eneias como a oficial para a fundação de roma. No entanto, havia a questão de
roma se considerar ter sido fundada no século VIII a.C e a queda de troia de ser dado 4
século antes. Como tal, fundiram-se as 2 lendas mais populares – a de origem estrangeira e
de origem autótone: eneias funda lavinio e Iulio/Ascanio funda Alba Longa; séculos mais
tarde, Amúlio decide roubar o trono do irmão Numitor (rei de Alba Longa) e em vez de matar
a sobrinha, fá-la tornar-se virgem vestal para que não sejam produzidos mais herdeiros.
Marte viola Reia Silvia, que dá luz a um par e gémeos. Quando Amulio toma conhecimento
disto, manda matar as crianças, que são colocadas ao pé do rio tibre – esperava-se que
quando a maré enchesse, as crianças morressem afogadas. Afinal sobrevivem e são
amamentadas por uma loba (lupa - prostituta). Seguidamente, são encontradas por um
casal de agricultores e crescem com eles. Anos mais tarde, descobrem de onde veem,
matam amulio, mas não tomam o poder de Alba longa – em vez disso, preferem fundar uma
nova cidade Saíram de Alba Longa em busca de fundar a sua própria cidade e cada um
partiu em busca do melhor local. Os irmãos discutiram sobre o local da fundação de sua
nova cidade; Rômulo desejava fundar a cidade no Monte Palatino, enquanto Remo
desejava fundá-la no Monte Aventino. Para resolver o seu desacordo, concordaram em
consultar o augúrio; augúrio é um tipo de profecia em que os pássaros são examinados e
observados para determinar quais ações ou pessoas os deuses favorecem. Cada irmão
preparou um espaço sagrado em seus respectivos morros e começou a observar os
pássaros. Remus afirmou ter visto seis pássaros, enquanto Romulo disse ter visto doze
pássaros. Rômulo afirmou que ele foi o vencedor por seis pássaros, mas Remo argumentou
que, como viu os pássaros primeiro, ele havia vencido. Os irmãos permaneceram
paralisados ​e continuaram a brigar até que Rômulo começou a cavar trincheiras e a
construir muros ao redor de sua colina: o Monte Palatino. Em resposta Remo gozou
continuamente do muro e da cidade de seu irmão e pulou o muro de Romulo. Na versão de
Tito Lívio, Remo simplesmente morreu após pular o muro de Rômulo, o que se acredita ser
um sinal dos deuses do poder e do destino de Roma. A morte de Remo e a fundação de
Roma são datadas por Tito Lívio em 21 de abril de 753 a.C.
7 reis - Numa era grego (sul da itália, Magna Grecia) e por isso, associado à cultura.
Tarquinio soberbo foi péssimo
A tradição romana atribuía o fim da Monarquia romana a um drama
familiar que levou a uma revolta palaciana envolvendo confronto entre
pessoas próximas do último rei, Tarquínio o Soberbo. Trata‑se do rela‑
to da tragédia de Lucrécia, violada, segundo a lenda, por Sexto, filho
daquele rei, depois de o receber em sua casa como hóspede e familiar.
Consumado o estupro, a jovem convocou o esposo, Tarquínio Colatino, o
pai, Terêncio, e os amigos Lúcio Júnio Bruto e Públio Valério Publícola,
a quem relatou o crime, suicidando‑se de seguida com as célebres pala‑
vras: «para que nenhuma mulher viva desonrada à sombra do exemplo
de Lucrécia». Os presentes, horrorizados, decidiram expulsar Tarquínio
e não mais aceitar a presença de reis na cidade, pelo que, em vez deles,
foram eleitos dois cônsules: Lúcio Júnio Bruto e Tarquínio Colatino. Este utlimo foi banido
pouco depois, assumindo o seu cargo Públio Valério
Roma (tarquinio) VS Etruria (Lars Prosena)

Alexandria
Século IV-II a.C: período Helenístico.
Após a morte de Alexandre em 323 a.C, formam-se os reinos helenísticos (fragmentação do
mediterrâneo). Ptolomeu fica com o Egito, terra que tenta inovar por meio da cultura: rouba
o corpo do imperador falecido, construindo-lhe um belo monumento, traz os grandes
intelectuais gregos para o Egito e organiza um museu (bairro onde viviam, trabalhavam e
estudavam os intelectuais, no centro do qual se encontrava um templo dedicado às Musas)
em Alexandria, bem como aquela que viria a ser, por séculos, a maior e mais completa
biblioteca do mundo.

Filólogos importantes:
- Aristófanes de Bizâncio
- - Aristarco de Samotrácia (bibliotecário da biblioteca de Alexandria e tutor dos filhos
do rei)
Cientistas:
- Aristarco de Samos (heliocentrismo)
- Eratóstenes de Cirene (cronólogo; estabeleceu a data da guerra de toria; inventou a
geografia)
- Arquimedes (Eureka)
- Euclides (matemática)
- Erasístrato (válvulas do coração; sintomatologia e terapeutica)
Escritores:
- Calímaco (hino a deméter)
- Apolónio de Rodes (Argonáutica)
- Teóciro (Idílios)
Tópicos estéticos:
- Labor limae (cortar/limar tudo o que não está perfeito)
- erudição excessiva
- quotidiano
- ironia
- captar o instante
- perfeição formal

República: personalidades
Acontecimentos do século III a.C (século dos cipiões):
● 275. M. Cúrio Dentado (330 a.C-270 a.C) derrota Pirro e traz muitas estátuas e
quadros para Roma, o que revela uma alteração mental no que concerne ao valor da
arte para os romanos aristocratas.
● 272. Conquista de Tarento. Lívio Andronico vai para Roma como escravo. Fundador
da literatura latina: traduz/adapta Homero (Odissia), com o objetivo de usar as obras
do poeta para educar as crianças de quem era preceptor (índole didática); terá
escrito tragédias e hinos.
● 264 Os Romanos conquistam Volsinii (Orvieto) e trazem como saque 2000 estátuas
de bronze.

Acontecimento de meados do século II:


1. Em 161 Filósofos e retores são expulsos de Roma.
2. em 154 Os censores mandam construir um teatro em pedra junto ao Lupercal, no
Palatino. Em 151, P. Cipião Nasica opôs-se no Senado. O teatro foi destruído (Cic.,
Brut. 79 ; Liv., per. 48 inutile et nociturum publicis moribis)
3. em 154 (ou 173) tentativa de abrir uma escola epicurista.
4. em 146 a.C.: Roma domina o mundo mediterrâneo

M. Cláudio Marcelo (c. 268 – 208 a.C.).


- Foi consul 5 vezes
- intelectual e apreciador de arte
- 211: Saque de Siracusa, durante o qual tenta salvar Arquimedes, mas falha; leva
para Roma muitas obras de arte, bem como os globos do matemático, que coloca no
templo de Honos et Virtus, para que fossem apreciados por todos. O senado
considerou este um ato indigno de um general e iniciou um processo judicial por
esse motivo. Esta situação levou a que se estabelecesse o que é digno de um
general levar como saque; conclui-se que a resposta era “tudo, excepto obras
religiosas”
- Névio é levado para o campo de uma das suas batalhas e dedica-lhe uma tragédia
histórica baseada na mesma (Clastidium). Imortalidade por meio do verso
(mudanças de mentalidade)

T. Quíncio Flaminino (c. 229–174 a.C., cos. 198)


- General que venceu a Segunda Guerra Macedónica, 200-197.
- Alto oficial da corte militar de Cláudio Marcelo.
- 209: segunda conquista de Tarento, de onde Fábio Máximo Cunctator traz inúmeras
estátuas e quadros [Hércules de Lisipo que ficou no Capitólio]
- Falaria grego, o que era estranho para os seus contemporâneos.
- Manda construir a primeira estátua em Roma com inscrição em grego.
- 198 Teria saqueado as estátuas das cidades da Erétria.
- 196 O primeiro a cunhar moeda com o seu rosto (até ao momento só tinha sido feito
por reis).
- 194 Oferendas a Delfos com versos em grego.
- Aparentemente, tentava emular Alexandre Magno.
- Vai à Grécia declarar a liberdade dos povos gregos
- 194. Celebra triunfo (estátuas de bronze e mármore, baixela de prata; Júpiter
Imperator é uma das mais belas).

M. Fúlvio Nobilior (cos. 189; guerra contra Antíoco III)


- 187 Celebra triunfo.
- Traz de Ambrácia (antiga capital do Epiro, reino de Pirro) muitas obras de arte
(processo no Senado).
- Patrono de Énio (maior poeta épico)
- Foi acompanhado por artistas (Énio, Ambracia), facto muito criticado por Catão.
Trouxe muitos artistas da Grécia, escultores e pintores.
- 187-179: manda erguer o Templo a Hércules e às Musas para albergar as estátuas
de Hércules Musageta e das Musas que trouxera do palácio de Pirro em Ambrácia.
Era sede de um colegio de poetas, semelhante ao que havia em Alexandria.
- 179 Sendo censor, propõe a construção de um teatro junto ao templo de Apolo, mas
o senado vota contra.

Q. Metelo Macedónico (210 BC – 116/115 a.C., cos. 143)


- general que vence a 4ª Guerra Macedónica, sendo pretor, contra Andrisco.
- 146: saque de Corinto; celebra o triunfo. ano a partir do qual Roma se torna senhora
do mundo conhecido.
- Mandou erguer um pórtico e dois templos. Um deles foi o primeiro templo de
mármore em Roma (Júpiter Stator) e representa Alexandre e os companheiros que
cairam na batalha de Granico.

Influência helena e helenística


Progressiva helenização da cultura romana: primeiro, através do contacto com a Sicília, a
sul, e com a Etrúria, a norte; intensifica-se com a expansão de Roma pelo Mediterrâneo
(segunda fase da expansão romana; começa com a absorção da Campânia no século IV
a.C, quando se dá o contacto direto com a cultura grega).
Transferência física da cultura grega para Roma: escravos (eruditos); bibliotecas, estátuas,
etc.

Cultura e República Romana, séculos III-II :


• Integrada na cultura contemporânea das outras cidades mediterrâneas.
• Aristocracia no papel dos soberanos helenísticos.
• Cultivo das artes plásticas numa perspectiva de promoção pessoal e cívica e da grandeza
de Roma.
• A arte contemporânea numa mundividência romana.
Nomes importantes:
1. Lívio Andrónico
2. Énio
3. Névio
4. Pacúvio
5. Ácio
Lívio Andrónico e Énio foram, por muitos séculos, os principais nomes da literatura latina,
embora ambos fossem gregos. A própria obra fundadora da literatura latina é uma
adaptação da Odisseia para latim com fins educativos (Odissia, Lívio Andrónico). Já Énio,
fora poeta de escola até à ascensão de Virgílio no século I a.C.
Cultura literária em Roma, séculos III-II.
● Participante na cultura contemporânea: modelos helenísticos (temáticas, géneros
literários).
● ristocracia romana no papel dos aristocratas helenísticos.
● Promoção pessoal e de Roma.
● Integração da arte contemporânea numa mundividência romana.
No que concerne a literatura e filosofia, o que os romanos mais fizeram foi adaptar e
comentar textos gregos. O facto de levarem biblioteca inteiras para Roma tb é importante
(ex: Emílio Paulo traz para Roma a biblioteca do rei Perseu), pois, apesar da queda do
império Alexandrino, a Biblioteca de Alexandria continuava a ser o centro académico do
mundo: a obra de Píndaro largamente conhecida foi reescrita e organizada por filólogos de
Alexandria no século III a.C. Lívio Andrónico também não se terá limitado a traduzir a
Odisseia, mas adaptou-a para os seus alunos romanos.

Os romanos cultos (ex: cipiões) adotaram também os costumes funerários gregos, tais
como a inscrição de epitáfios e a decoração de túmulos.

Ideal da aristocracia romana: ideais militares e culturais (numa mão a pena, na outra a
lança.). Alguns homens romanos de relevo posicionaram-se contra a influência excessiva
da cultura helenística em Roma, pois considerava-e que os jovens capazes se deveriam
dedicar a atividades úteis, particularmente às artes militares; no entanto, mesmo estes (ex:
Catão) não rejeitavam por completo a cultura grega, apenas tinham reservas quanto à
intensidade com que uma cultura absorvia a outra.

Ser culto em Roma era saber grego e latim, bem como conhecer a cultura, filosofia,
literatura e arte gregas. Assim, surgiu o interesse de viajar para a Grécia como parte da
educação dos jovens.

Do mesmo modo que Roma foi gradualmente absorvendo a cultura grega, transformou-se
num centro cultural atrativo a estudiosos, semelhante a Alexandria.

Círculo dos Cipiões: conjunto de eruditos atraído pela familia dos cipiões graças ao seu
interesse cultural; constituído por figuras importantes: Políbio, Panécio (influenciou Cícero),
Cúcilio (criador da sátira), Terêncio (célebre comediógrafo), Lélio (a quem Cícero dedica a
obra De Amicitia).

Os cipiões
L. Emílio Paulo:
- Venceu a terceira guerra macedónica contra Perseu (171-168 a.C)
- 168 a.C: Celebra triunfo.
- Traz escultura, pintura, têxteis, vasos de ouro, prata e bronze, marfim, gemas,
estátuas colossais.
- Dedicou, no templo da Fortuna, uma estátua de Atena de Fídias; traz artistas
(Metrodoro de Atenas, filósofo e pintor, preceptor dos filhos).
- Dá aos filhos gramáticos gregos, filósofos, retores, escultores, caçadores e pintores.
- 167 Faz uma volta pela Grécia. Em Delfos, coloca uma estátua sua no lugar que
seria para uma de Perseu.

P. Cornélio Cipião-o-Africano:
- Segunda guerra púnica.
- Terá adotado vestuário grego e passado tempo no teatro, palestras e banhos, motivo
pelo qual foi criticado por Catão.
- Em 201, durante a celebração do seu triunfo, organiza representações das cidades
capturas e pinturas dos feitos de guerra.

P. Cornélio Cipião Emiliano (Africano, Numantino):


- 3ª Guerra Púnica,
- Guerra de Numância
- Ciropedia de Xenofonte (Cic ad Quint. 1, 1, 23).
- Traz Panécio de Rodes, Políbio, Terêncio, Lucílio.
- Em 146 Celebra triunfo (3ª Guerra Púnica). Traz de Cartago um colossal Apolo que
fica junto ao Circo; um Hércules, em frente do Pórtico das Nationes.

Marco Pórcio Catão, o Censor:


- Conhecimentos de grego.
- quando visitou Tarento em 209, terá ficado em casa de Nearco (pitagórico).
- em 191, durante a Guerra contra Antíoco III, realizou um discurso na assembleia de
Atenas em latim
- Critica Fúlvio Nobilior por levar poetas para a guerra contra Antíoco III.
- Estudo da literatura grega no final da vida.
- Basílica Pórcia (a primeira em Roma, modelo helenístico)
Teatro

Cânone teatral grego:


- estabelecido pelos filólogos alexandrinos n século III a.C (porque copiar livro era
dificil e caro então precisavam de decidir quais as obras não poderiam de modo
nenhum ser fadadas ao esquecimento – que foi o destino das peças escritas por
outros dramaturgos)
- ciclo tebano e troiano
- Ésquilo, Sófocles e Eurípides
- Apresentadas em trilogias no contexto de um concurso
- Os gregos viam o teatro como uma fonte de conhecimento e lições de moral, além
de entretenimento

Teatro séc. IV-III a.C:


- caráter helenístico
- renovação do teatro nas grandes cidades gregas
- estabelecimento de organizações dedicadas à gestão e regulamento das
performances (circuito de festivais)

Fases do teatro grego:


1. Comédia Antiga (séc.V a.C): Aristófanes (crítica social e filosófica; por exemplo, a
Sócrates)
2. Comédia Média (séc. IV)
3. Comédia Nova (séc.IV/III - II a.C): Menandro, Difiro e Filémon (enredos semelhantes
aos das atuais novelas da tarde)

A partir de meados do século III a.C, os espectáculos teatrais fazem parte integrante da vida
dos romanos.

Características do teatro romano:


- Barómetro de popularidade.
- Acontecimento popular (ao contrário do teatro grego, não era direcionado a eruditos
nem tinha como principal objetivo cultivar o pensamento crítico dos espectadores)
- Modelos contemporâneos. (?)
- escrito em verso e dotado de metro e ritmo muito complexos (variava consoante o
tipo de cena), o que foi perdido nas traduções.
- cenários espetaculares e móveis
- acompanhamento musical

Ocasiões: Festivais religiosos, funerais, triunfos, jogos votivos, celebrações triunfais,


consagração de templos.

Festivais religiosos: Desde inícios do séc. II havia um circuito de festivais religiosos que
incluiam representações teatrais, financiados e dirigidos pelos edis1. Incluíam ludi circenses,
ludi scaenici, combates, desportos vários. A temporada abria com os Megalenses (início de
Abril; 194 a.C.), Cereales (Final de Abril; 201 a.C.), Florales? (Maio; 240/173 a.C.),
Apollinares (meados de Julho; 212 a.C.), Romani (meados de Setembro; 240 a.C.), Plebei
(início de Novembro; 216 a.C.). Por volta do ano 200 a.C. ocupavam 11 dias do ano, e em
meados do séc. II uns 20/26 dias.

Triunfos:
187 a.C. M. Fúlvio Nobilior dedica ludi magni a Júpiter.
167 a.C. L. Anício Galo (vitória sobre os Ilírios, aliados de Perseu da Macedónia) (com
actores e músicos vindos da Grécia).

Dedicação de templos
191 a.C. Magna Mater, ludi Megalenses (Plauto, Psêudolo).
179 a.C. Juno Regina e Diana.
173 a.C. Fortuna Equestris.

Funerais:
174 a.C. T. Flaminino. Durou quatro dias (Liv. 41, 28, 11).
160 a.C. L. Emílio Paulo (Terêncio, Hecyra, Adelphoe).

Espaços:
179 a.C. os censores propõem a construção de um teatro de pedra, perto do templo de
Apolo.
Nunca terá sido construído.
174 a.C. A. Postúmio Albino propõe uma nova estrutura.

1
magistrados responsáveis pela supervisão e administração das questões públicas relacionadas ao
comércio, mercado, abastecimento de alimentos e organização de festivais e jogos públicos
155 a.C. Os censores constroem um teatro em pedra junto ao Lupercal no Palatino. Em
151,
perto da inauguração, o teatro foi demolido (Liv., per. 48: inutile et nociturum publicis
moribis).
55 a.C. Primeiro teatro: Pompeio.

Críticas ao teatro em Roma:


- imoral, no sentido do seguimento da mors (Tito Lívio)
- inútil (muitos consideravam que a juventude romana deveria ser educada somente a
nível civil e militar e que assitir ou escrever peças seria uma perda de tempo)
- potencialmente perigoso, pois podia dar os pobre a vontade de viver em meio ao
luxo, o que poderia conduzir a revoltas
- Resultado: foi muito dificil convencer o senado a permitir a construção de um teatro
em pedra em Roma

Embora o teatro romano existisse desde o nascimento da literatura latina (Lívio Andrónico
terá escrito peças de teatro), quase todo teatro latino foi perdido, com a excepção das
peças de Séneca, Plauto e Terêncio mais por sorte do que por excelência – na verdade,
para Séneca e os seus contemporâneos a maior tragédia latina era uma Medeia, de Ovídio,
que se perdeu após o exílio do poeta e a sucessiva queima das suas obras.

Plauto:
- Viveu durante os séculos III e II a.C (254 - 184 a.C.)
- personagens-tipo
- comédia de enganos
- Modelo: Comédia Nova (em particular, Menandro).
- cerca de 55 comédias. (ex: Amphitryon; Epidicus; Persa; Rudens; Truculentus, etc)

Terêncio:
- Séc. II a.C
- Segundo Suetónio, nasce em Cartago e vai para Roma, para a família dos Terêncio
Lucano.
- Parte do círculo dos cipiões
- Humor de mais difcil compreensão do que o de Plauto
- Autor de escola (motivo pelo qual terá sobrevivido)
- Modelos: Menandro, Apolodoro de Caristo, Kolax, Dífilo
- Principais obras: A sogra (165 a.C., Ludi Megalenses; 160 a.C., funeral de Emílio
Paulo); O homem que se castiga a si próprio (163 a.C. Ludi Megalenses;
modelo: Menandro); Phormio (161 a.C., Ludi Romani); Eunuchus (161 a.C., Ludi
Megalenses); Os dois irmãos (encomendada por P. Cornélio Cipião Emiliano e irmão para o
funeral do seu pai, L. Emílio Paulo).

Tanto Plauto como Terêncio adaptaram peças gregas à língua e cultura latinas (Lívio
Andrónio e a Odissia)

Filosofia - cultura erudita


Correntes filosóficas romanas:
- Epicurismo: fundado por Epicuro (grego); influenciado pelo pensamento de
Demócrito (atomista); não se envolvem em política; a morte não passa de uma
desagregação dos átomos que constituíam o corpo e alma de uma pessoa que por
sua vez serão futuramente reagrupadas sob outra forma; não existe pós morte
(contra a doutrina platónica); buscavam a aponia, (ausência de dor ou aflição), que
podia ser alcançada através da busca do prazer moderado e da eliminação das
dores físicas e emocionais. lucrécio
- Estoicismo: fundado por Zenão (grego); outros nomes importantes incluem Panécio
(círculo dos Cipiões), Posidónio, Séneca, Epicteto e o imperador romano Marco
Aurélio. professa a responsabilidade total do indivíduo pelo ambiente que o envolve,
até à sua morte, bem como a autodisciplina, o desapego total aos bens materiais;
autocontrolo para alcançar um estado de ataraxia (tranquilidade total).
- Peripatéticos: seguidores de Aristóteles; O nome "peripatético" deriva do grego
"peripatetikos," que significa "aqueles que caminham" ou "aqueles que vagueiam." O
termo refere-se ao hábito de Aristóteles de dar suas aulas enquanto caminhava pelo
Pórtico de Atenas, onde ele costumava ensinar. Concepções ontológicas contrárias
às de Platão. busca pelo conhecimento empírico, a ênfase na observação e análise
da natureza, e a ética virtuosa; os romano adaptaram a filosofia aristotélica,
fixando-se na Ética e na Política.
- Cepticismo académico: dá continuidade à filosofia platónica; introduzido na
academia durante o século IV a.C; considerava impossível alcançar um
conhecimento certo e indubitável sobre a realidade, portanto, deve-se suspender o
juízo; nunca há certeza pq existe sempre possibilidade de dúvida; remonta a Pirro de
Élis. Cícero terá sido o principal divulgador do ceticismo.

Epicurismo VS Estoicismo: o epicurismo defende a perspectiva de que o prazer é a


ausência de dor e, a partir desta preposição, concluem que a forma mais racional de viver é
passar pela vida evitando ao máximo envolver-se emocionalmente em qualquer área (o que
inclui tanto relacionamentos interpessoais como a atividade politica). Por outro lado, o
estoicismo professa a responsabilidade total do individuo pelo ambiente que o envolve até à
sua morte (preferencialmente, por suicidío). Ou seja, o epicurismo é contra o envolvimento
em assuntos politicos, enquanto o estoicismo considera tal imperativo, mesmo que implique
a morte do individuo. Em suma, são posições filosóficas simetricamente opostas.

A cultura romana somou uma enorme quantidade de dívidas para com a grega, no entanto,
no que concerne à Filosofia, a dívida é a maior de todas, pois os romanos não apenas se
inspiraram nos gregos ou tomaram as suas ideias como base para construir as próprias: a
inexistente “filosofia romana” limita-se a sintetizações, discussões e reflexões sobre a
filosofia grega.
Por outro lado, foi através dos textos latinos que a filosofia grega penetrou no ocidente de
forma tão profunda, mais especificamente graças aos textos de Cícero, que criou o
vocabulário filosófico em latim, além de ter redigido vários tratados sobre as correntes
filosóficas gregas que chegaram à Idade Média e ao Renascimento, despertando o
interesse das gerações futuras nos tópicos discutidos pelos gregos centenas de anos antes
do seu nascimento.
Ética prática: área da Filosofia que despertou maior interesse nos romanos (devido à sua
utilidade para compreender a maneira mais correta de atuar para com os outros).

Principais pensadores romanos:


- Lucrécio (obra epicurista; declara que tem como objetivo tirar aos homens o medo
da morte; De Rerum Natura)
- Cícero (estoico, mas tb se inspira noutras correntes filosóficas de modo a criar a sua
própria doutrina; literalmente personifica o envolvimento político até à morte)
- Séneca (estoico; não só nos seus tratados reflete sobre filsofia, mas também nas
suas tragédias, que tinham um intuito didático).

Críticas: Á semelhança do que era dito sobre o teatro, alguns homens eruditos romanos
consideravam a filosofia grega um meio de desviar os jovens da vida prática, devido ao seu
caráter teórico e especulativo. Por este motivo, deram-se 2 episódios de expulsão dos
filósofos da Urbs (177 e 161 a.C)

Eneida Canto VI
cada mito utilizado consiste em uma poética particular, um mito particular, pois os mitos
presentes na Eneida, formam um conjunto de informações entrelaçadas que geram um mito
completo descrito na epopeia: a origem do povo romano.
Dite: mundo dos mortos
● A frota troiana chega à Itália. Os navios aportam perto de Cumas.
● Seguindo as instruções de seu pai, Eneias dirge-se ao templo de Apolo, onde a
Sibila (sacerdotisa de Apolo) se encontra com ele.
● Enéias ora a Apollo para permitir que os Troianos se estabeleçam no Latium.
● A sacerdotisa alerta que mais dificuldades e conflitos aguardam o heroi na Itália
● Eneias pergunta a Sibila se é possível que ele visite o pai no submundo, como este
lhe disse para fazer. Ela diz que sim, mas que, antes, ele deve realizar um sacrificio,
enterrar um companheiro dele que havia morrido há pouco e arrancar um ramo de
outro. Se o ramo rompe facilmente a árvore, isso significa que o destino chama
Aeneas para o submundo. Se Aeneas não for destinado a viajar para lá, o ramo não
sairá da árvore.
● Um par de pombas guia Eneias até ao ramo de ouro. Ele consegue arrancá-lo e a
sacerdotisa conduz-lo aos portões do inferno.
● Enquanto se aproximam de Caronte, Enéias encontra o piloto Palinuro que, por não
ter sido enterrado, não pode atravessar o rio Aqueronte.
● Caronte só os deixa entrar no barco pq vêm acompanhados do ramo de ouro.
● Ao chegarem à outra margem do rio, deparam-se com Cérbero, guardião do
submundo. Para ultrapassar o portão a Sibila oferece-lhe um bolo com mel e
sementes medicinais que o fizeram adormecer.
● Ao transporem o portão, entram na primeira região dos Infernos, destinada as
crianças mortas recém nascidas
● No segundo nível, encontram-se as almas dos inocentes condenados injustamente.
São julgados por Minos que atua como juiz para examinar as ações de cada um, e
puni-los.
● Terceiro nível: suicidas
● Quarto nível: Campo das Lágrimas, onde estão as almas que morreram por amor.
Aqui está Dido, a quem Eneias pede perdão e tenta justificar os seus atos, mas a
rainha não lhe responde.
● Campo dos guerreiros: Enéias destaca-se qual luz divina, o que demonstra a
importância do troiano como líder e guia religioso. Abriga as almas dos guerreiros
troianos e gregos. Primeiro momento: exaltação dos guerreiros troianos,
colocando-os numa posição superior a dos outros guerreiros que ali habitavam.
Segundo momento: medo entre os guerreiros gregos, gerado pela figura de Enéias,
representando mais uma vez a superioridade dos troianos sobre as outras almas, ali
presentes.
● Enéias chega à bifurcação que o levará para o Tártaro e para os Campos Elísios.
● O caminho da esquerda leva para o Tártaro, onde há largas muralhas rodeadas por
tríplice muro, circundadas pelo Rio Flagetonte do Tártaro, rio de chamas torrenciais
por onde rolam retumbantes rochedos. No alto de uma torre que se ergue nos ares,
Tisífone, que aplica seu chicote de escorpiões, vigia dia e noite guardando o lugar.
● Nos Campos Elísios, Enéias oferece presentes a Perséfone.
● Morada dos Bem-Aventurados: eterna primavera. Os heróis contavam os seus feitos
ou ouviam os poetas que celebravam o seu nome. Enéias encontra o pai, Anquises.
● Anquises guia o filho pelos campos, dizendo-lhe quem são as almas que ali habitam
e qual o futuro destinado aos descendentes da raça de Dárdano. Depois, mostra a
Enéias os indivíduos de sua raça, que ainda nasceriam, além de relatar-lhe as
empresas que eles deveriam executar no mundo. Relata, também, os
acontecimentos que o esperavam antes que ele e seus companheiros se
estabelecessem definitivamente na Itália: seriam travadas guerras, disputadas
batalhas, uma esposa seria conquistada e seria fundado um novo Estado Troiano,
do qual surgiria o poder romano, que seria soberano no mundo.
● Anquises reafirma o destino do filho como herói, através de uma prolepse sobre a
grande descendência proveniente de Silvio Eneias, filho que tivera tardiamente
com a princesa latina Lavínia.
● Anquises apresenta ao filho os futuros heróis de Roma, dentre os quais Sílvio,
Rômulo, César e César Augusto. Segundo a profecia de Anquises, Sílvio será o
último filho de Enéias com Lavínia, cujos descendentes reinarão sobre Alba Longa;
Rômulo, filho de Marte com Ilía, neto de Sílvio, será o fundador da cidade de Roma;
César será o Imperador que ampliará os domínios do Império Romano; e César
Augusto será responsável pelo fortalecimento do Império.
● Por fim, Anquises conduz o filho até as portas do sono, dizendo-lhe: “estas são as
duas portas de saída, o portal de chifre são por onde as verdadeiras sombras
deveriam sair, enquanto que a porta de marfim servia de saída para os sonhos
falsos”, ou seja, porta de marfim é a porta por onde deverá sair Enéias e Sibila, uma
vez que estes não estavam mortos.

Eneida canto VIII:


● Começa com a aliança entre Eneias e o árcade Evandro, que o apresenta
às terras onde futuramente serão erguidas as bases de Roma
● finda com o recebimento das armas forjadas por Vulcano para Eneias, a pedido de
Vénus.
● É no escudo que veremos a antecipação da soberania de Augusto, e
consequentemente, da glória de Roma.
● Por possuir o escudo dimensão e peso consideráveis, é ele o primeiro a ser
abandonado no momento de fuga. Logo, essa arma representa o ataque, pois
em dadas circunstâncias é mortal, mas, sobretudo, ela é símbolo de defesa
contra o inimigo.
● No escudo estão gravados numerosos episódios da História de Roma
● Rómulo e Remo amamentados pela loba (animal consagrado a Marte; do mesmo
modo que este guiava a juventude nas suas conquistas territoriais, a loba
guiaria Romulo e Remo a fim de, posteriormente, fundar Roma)
● o rapto das Sabinas
● aliança entre Mettius Fuffetius e Tulo Hostilium contra a ameaça etrusca,
● guerra declarada por Poserna aos romanos, usando como argumento a expulsão de
Tarquínio de seu trono
● Mânlio: repeliu um ataque noturno ao Capitólio armado pelos gauleses em 390 a.C,
obrigando-os a recuar abruptamente.
● No centro do escudo está localizada a maior de todas as conquistas
romanas: a Batalha de Actium, travada em 31 a.C. entre Octávio Augusto e
Marco António.

Eneida canto XII:


● Enquanto Eneias está ausente, Turno ataca, resultando em uma batalha intensa.
● Pallas, filho do novo aliado Evandro, é morto por Turno, provocando a fúria de
Eneias.
● Uma trégua é acordada para enterrar os mortos, mas os líderes latinos discutem se
devem continuar a batalha. Latino, com o consentimento de Eneias, redige um
tratado. No dia seguinte, os exércitos se reúnem em lados opostos de um campo
diante da cidade.
● Decidem resolver a questão através de um duelo corpo a corpo entre Eneias e
Turno. Juno preocupa-se com Turno enfrentando Eneias e suspeita que Eneias seja
superior. Ela designa Juturna, irmã de Turno, para vigiar seu irmão.
● Disfarçada como um oficial nobre, Juturna incita o exército latino a quebrar o tratado.
Um conflito se inicia, e Eneias é ferido na perna por uma flecha perdida, pelo que se
retira em busca de auxilio médico.
● Eneias percebe que a cidade está indefesa e a ataca. A rainha Amata desespera-se,
enforca-se, e Turno corre de volta para defender a cidade.
● Turno, desejando encerrar o sofrimento de seu povo, propõe um duelo corpo a corpo
com Eneias.
● A espada de Turno parte. Júpiter intervém, e Juno, vendo o desfecho inevitável,
concorda em abandonar a sua rixa contra Eneias sob a condição de que os Troianos
adotem o nome e a língua dos Latinos.
● Júpiter envia uma Fúria para enfraquecer Turno. Eneias atinge-o com uma lança
poderosa. Turno cai, suplicando por misericórdia.
● Turno, gravemente ferido por Eneias, é quase poupado, mas o troiano mata-o ao
recordar-se da morte de Pallas.
● A epopeia termina com uma visão do futuro, profetizando a fundação de Roma e o
poder duradouro da cidade. Este é um ponto de conexão com o legado de Eneias e
o destino de Roma.
● O último canto da "Eneida" sintetiza a resolução da guerra e lança as bases para o
estabelecimento de Roma, cumprindo o destino preconizado para Eneias por Júpiter.

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