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DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
MATRÍCULA: 202210146011
RIO DE JANEIRO
2022
A região da península itálica nos séculos VII a.C e V a.C era ocupada por
diversos povos por toda a sua extensão, um deles foram os etruscos, que se
concentraram no norte do local.
O que se sabe sobre eles é basicamente cultura material, já que apesar de
registros escritos terem sido encontrados, o alfabeto e sua escrita não conseguiram
ser traduzida, fazendo com que essas informações estejam perdidas.
Acabaram se estabelecendo ao norte da região, com uma formação urbana
com comunidades mistas e dispersas, conseguindo riquezas através de guerras e
pirataria, com atividades marítimas. “Los etruscos se aprovecharon de ellos para
desarrollar sus actividades marítimas y adquirir así, a los ojos del mundo antiguo,
una bien merecida reputación de navegantes experimentados y temibles piratas.”
(BLOCH, 1961; p.54)
Após isso, expandiram em direção a região do Lácio, ao sul da região,
conquistando lugares como Toscana, Roma e Pompeia. “Contrariamente a los
griegos, que limitaron sus posiciones de Italia a las ciudades costeras y los territorios
circundantes, los etruscos penetraron profundamente en Italia. La Toscana no
satisfizo completamente sus ambiciones.” (BLOCH, 1961; p.98).
Mas eles não foram os únicos povos a habitar o local, no mesmo período
também habitavam os gregos, ao sul, os latinos, na região central, e os fenícios, na
região da Sicília. Jussemar Weiss (2005, p.66) afirma que "O mapa da Itália seria,
assim, habitado por itálicos e etruscos, até Nápoles, e gregos, na Itália meridional e
Sicília."
Com vários povos diversos ocupando esse mesmo espaço, foi inegável que
houve uma troca diversa entre as culturas. “An Etruscan dedication at the Greek
sanctuary of Delphi attests to the close interaction between the Greeks and the
Etruscans in the Archaic period.” (HEMINGWAY, 2000).
Um dos fatos mais concretos que comprovam essa teoria é o fato que os
etruscos utilizam o mesmo alfabeto que os gregos, mas com sua própria forma de
vocabulário. O autor Moses Finley em seu livro Aspectos da Antiguidade inclusive
evidencia as dificuldades encontradas diante da ignorância sobre a língua para se
conseguir conhecimento diante a cultura etrusca. Além do alfabeto, a cerâmica
grega também aparece como fruto do empréstimo cultural, um dos mais famosos, o
chamado "Vaso Chigi".
Fonte: Ribeiro Jr., W.A. Falange hoplítica. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. URL:
greciantiga.org/arquivo.asp?num=0821. Consulta: 27/08/2022