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‭FICHA DE LEITURA‬

‭1.‬ ‭NOME DO ALUNO(A):‬

‭Francisco Wesdras Braga Costa‬

‭2.‬ ‭REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA OBRA:‬

‭GIORDANI,‬ ‭Mario‬ ‭Curtis.‬ ‭História‬ ‭da‬ ‭Grécia:‬ ‭Antiguidade‬ ‭Clássica‬‭.‬ ‭-‬ ‭10‬ ‭ed‬ ‭-‬
‭Petrópolis, Rj: Vozes, 2012.‬

‭3.‬ ‭BIBLIOGRAFIA DO AUTOR:‬

‭Mário‬ ‭Curtis‬ ‭Giordani‬ ‭nasceu‬ ‭em‬ ‭1921,‬ ‭em‬ ‭Viamão,‬ ‭RS.‬ ‭Cursou‬ ‭Filosofia‬ ‭(1941)‬ ‭e‬
‭Teologia‬ ‭(1943)‬ ‭no‬ ‭antigo‬ ‭Seminário‬ ‭Central‬ ‭de‬ ‭São‬ ‭Leopoldo,‬ ‭RS.‬ ‭Bacharelou-se‬ ‭em‬
‭Letras‬ ‭Clássicas‬ ‭(1948)‬ ‭pela‬ ‭Universidade‬ ‭Católica‬ ‭do‬ ‭Rio‬ ‭Grande‬ ‭do‬ ‭Sul‬ ‭(atual‬ ‭PUC),‬
‭licenciou-se‬‭em‬‭letras‬‭Clássicas‬‭(1949)‬‭pela‬‭Universidade‬‭Católica‬‭do‬‭Rio‬‭de‬‭Janeiro‬‭(atual‬
‭PUC).‬‭Bacharelou-se‬‭em‬‭Direito‬‭(1955)‬‭pela‬‭Faculdade‬‭de‬‭Direito‬‭de‬‭Niterói.‬‭Lencionou‬‭a‬
‭partir‬ ‭de‬ ‭1953‬ ‭na‬ ‭antiga‬ ‭Faculdade‬ ‭Fluminense‬ ‭de‬ ‭Filosofia‬ ‭da‬ ‭UFF,‬ ‭como‬ ‭titular‬ ‭de‬
‭filosofia,‬ ‭até‬ ‭1977.‬ ‭É‬ ‭titular‬ ‭de‬ ‭Direito‬ ‭Romano‬ ‭na‬‭Faculdade‬‭de‬‭Direito‬‭da‬‭Universidade‬
‭Cândido‬‭Mendes‬‭(UCAM),‬‭Rio‬‭de‬‭Janeiro,‬‭onde‬‭leciona‬‭desde‬‭1959.‬‭A‬‭foto,‬‭de‬‭2009,‬‭é‬‭do‬
‭jornal‬‭on-line‬‭a‬‭Voz‬‭da‬‭Serra.‬‭Seu‬‭livro,‬‭História‬‭da‬‭Antiguidade‬‭Oriental,‬‭da‬‭editora‬‭Vozes,‬
‭é‬ ‭uma‬ ‭das‬ ‭referências‬ ‭básicas‬ ‭na‬ ‭disciplina‬ ‭de‬ ‭História‬ ‭Antiga‬‭I,‬‭no‬‭Curso‬‭de‬‭História‬‭da‬
‭UCDB‬‭.‬
‭4.‬ ‭DIVISÃO DO TEXTO:‬

‭I.‬ ‭As fontes 17‬


‭II.‬ ‭O quadro geográfico 34‬
‭5.‬ ‭CITAÇÃO DIRETA:‬

‭6.‬ ‭CONCEITOS:‬

‭Epigrafia‬‭:‬‭Análise, conhecimento, estudo daquilo que‬‭compõe as epígrafes ou às inscrições‬


‭antigas.‬
‭Numismática‬‭: Ciência que se dedica ao estudo de medalhas‬‭e moedas; numária ou‬
‭numulária.‬
‭Papirologia‬‭: Ciência auxiliar da história antiga,‬‭que se consagra ao estudo dos papiros.‬
‭Ciríaco de Ancona‬‭: italiano fundador da epigrafia.‬
‭7.‬ ‭COMENTÁRIOS‬

‭Curtis no começo do capítulo 1, apresenta a forma como é possível ir de encontro com o‬


‭passado helênico através de algumas fontes históricas: Epigrafia, Numismática,‬
‭Papirologia, Literária e Arqueológica.‬
‭Sobre a primeira forma, Curtis fala que existem diversas inscrições da civilização helênica,‬
‭mostrando como essa sociedade era viva, pois dessas inscrições muitas delas, eram atos‬
‭públicos, como tratados de paz, atos privados, de compra e venda, assuntos religiosos,‬
‭homenagem aos mortos e homenagem aos vivos.‬
‭Curtis não fala muito sobre a segunda fonte, apenas diz que as moedas mais perfeitas foram‬
‭produzidas entre os anos de 425 e 280 a.C, mas isso sinceramente não é o suficiente, então‬
‭pesquisando mais, descobri que a moeda que os gregos usavam era o Dracma e os seus‬
‭múltiplos.‬
‭Sobre o papiro, Curtis fala que os gregos já tinham conhecimento sobre eles bem antes da‬
‭conquista de Alexandre ao Egito, ou seja, mesmo com o impulsionamento da literatura‬
‭grega a partir dos papiros egípcios, Curtis fala que os gregos já utilizavam, e cita o primeiro‬
‭papiro grego que continha uma parte da Ilíada. Além disso, ele também fala sobre a‬
‭papirologia jurídica que forneceu informações sobre o direito grego, egipcio e romano.‬
‭As fontes literárias são de grande importância para o entendimento e conhecimento sobre os‬
‭acontecimentos da época, sobretudo as que tratam de História como Tucídides, esse que por‬
‭sinal fala que a guerra de troia foi um fato real e que mais tarde Schiemann (um arqueólogo‬
‭amador) mostra em partes a verdade.‬
‭No que concerne à arqueologia, Curtis começa falando sobre dois personagens que são de‬
‭extrema importância para essa área do conhecimento, mas antes disso ele mostra algumas‬
‭datas importantes da arqueologia grega, mas como esse livro é antigo, eu decidi por‬
‭procurar mais descobertas e colocar nessa linha do tempo de Curtis:‬
‭1870 - Escavações de Schliemann;‬
‭1875 - Escavações alemãs em Olímpia;‬
‭1877 - Escavações francesas em Delos, no Egeu;‬
‭1878 - Escavações alemãs em Pérgamo;‬
‭1881 - Escavações gregas em Epidauro, em Elêusis e sobre a Acrópole de Atenas;‬
‭1891 - Escavações francesas em Creta;‬
‭1892 - Escavações francesas em Delfos;‬
‭1895 - Escavações austríacas em Éfeso, alemãs em Priene e americanas em Corinto;‬
‭1900 - Escavações de Evans em Creta;‬
‭1907- Escavações inglesas em Esparta;‬
‭1931 - Escavações americanas na Ágora de Atenas;‬
‭2007 - Descoberta de uma nova cidade Grega, Thouria;‬
‭2016 - Antigo teatro do Período Helenistico;‬
‭Começando por Schliemann, esse alemão amante de Homero, confundia história com‬
‭poesia e com isso o levou a fazer escavações em lugares citados por Homero em seus‬
‭livros. Um desses lugares era a famosa cidade de Tróia, que achava estar perto do Monte‬
‭Hissarlik na Turquia. De fato ele encontrou, mas na verdade não foi apenas uma, mas sim 9,‬
‭e de maneira geral, ele escolheu dizer que a segunda (contando de baixo para cima) era a‬
‭Tróia de Homero.‬
‭Curtis então explica que as 9 Troias são períodos diferentes e que esses mesmos períodos se‬
‭dividem em subperíodos, totalizando 46. Eu sinceramente pensei que ele fosse falar sobre‬
‭cada uma delas, mas ele cita apenas algumas, como a primeira tróia, que data do terceiro‬
‭milênio a.c, que foi destruída por um incêndio por volta de 2300 a.c, sobre a Tróia II que‬
‭apenas fala que foi destruída por volta de 2250 por um terremoto e que ela era grandiosa e a‬
‭mais importante Tróia VII que é admitida como a Tróia de Homero, datando de 1350-1200.‬
‭A última escavação importante de Schliemann foi no Peloponeso, onde descobriu uma‬
‭civilização mais antiga que a Grécia clássica, a civilização micênica.‬
‭Já sobre Evans, ele viajou para ilha de Creta, particularmente em Cnossos, onde descobriu a‬
‭civilização minoica e fez descobertas incríveis também, como o Grande Palácio e as‬
‭necrópoles de Zafer-Papura e de Isopata. Mas uma coisa mais importante e interessante, o‬
‭fato de ser encontrado pinturas em paredes e vasos de cerâmica, que retratam homens e‬
‭mulheres, que segundo fala Curtis, destoa completamente do que eram as pessoas da‬
‭antiguidade oriental e clássica.‬
‭No capítulo seguinte, Curtis começa falando um sobre os aspectos geográficos da Grécia, e‬
‭um coisa interessante que é dito no livro é sobre em relação a quais países a Grécia se‬
‭encontra, e ele fala da Iugoslávia que se encontrava ao norte, mas o fato em si importante é‬
‭que esse país existiu entre os anos de 1918-1992, ou seja, é uma demarcação temporal desse‬
‭livro. Mas continuando, ele também fala que ao noroeste se encontra a Albânia e ao‬
‭nordeste a Turquia, além de ser banhada pelo Mar Egeu ao leste, o Mar Mediterraneo ao sul‬
‭e o Jônico ao oeste. Essa na verdade é a extensão da Grécia Moderna, pois os antigos‬
‭gregos não se importam de delimitar uma linha divisória entre eles e as outras nações.‬
‭Curtis de maneira didática divide a Grécia continental antiga em 3, sendo essas partes:‬
‭Grécia Setentrional, Grécia Central e Peloponeso.‬
‭Na primeira, ele fala basicamente de um pedaço da Grécia Antiga, a Tessália, que se‬
‭encontrava no limite da linha imaginária da antiguidade Grega, falando que lá era criado‬
‭cavalos e que tinha duas importantes cidades, Lárissa e Farsália, atualmente Tessália é um‬
‭estado da Grécia Moderna e essas duas cidades são municípios de lá.‬
‭Na Grécia Central é ao meu ver, o local mais importante e mais famoso da Antiguidade‬
‭Grega, pois se encontram as cidades mais famosas. De maneira geral está situado nessa‬
‭região: a Acarnânia e a Etólia, que ao fazer pesquisas, foi dito que elas são de pouca‬
‭importância para a história; a Dórida, a Fócida (onde se encontra Elateia e Delfos), Beócia‬
‭(com Tebas, Queroneia, Leuctra, Plateia); a Ática, finalizando a Grécia continental. Mas já‬
‭nessa planície, se encontra Atenas, com a Acrópole que está a 150m acima do mar e além‬
‭dessas também tem as planícies de Maratona e Elêusis. Já ligando a Grécia Continental ao‬
‭Peloponeso se situa Corinto, que nas falas de Curtis foi uma cidade de grande importância‬
‭comercial, e ainda existe outra cidade chamada Mégara que era rival de Atenas.‬
‭Já no Peloponeso, está a famosa cidade de Esparta, que não tinha fortificações, na região da‬
‭Lacônia, mas além disso tinha a Acaia, Élida com Élis e Olímpia, a Arcádia, a Messênia, a‬
‭Argélia e Tirinto.‬
‭Além disso, a Grécia tem sua parte insular, com ilhas de extrema importância, como a‬
‭Córcira, Leucadia, Ítaca, Cefalônia e Zacintos, isso tudo no Mar Jônico. No Mar Egeu se‬
‭encontra a grande ilha de Creta que faz a ponte entre a Grécia Continental e a Ásia Menor.‬
‭Curtis fala um pouco sobre as características geográficas em geral da Grécia, como as‬
‭principais montanhas, como o próprio Olimpo que se encontra na Tessália, o Monte Ossa,‬
‭que entre ele e o Olimpo corre o Rio Peneu, mas voltando para as montanhas, têm o Monte‬
‭Parnaso, o Monte Citeron, o Pentélico, o Himeto e o Laurium.‬
‭Curtis não adentra muito na discussão sobre os rios, mas ele fala que não são navegáveis,‬
‭pois são pequenos, mas que em compensação eles depositam aluvião em fozes, ou seja, tem‬
‭enchentes que ficam depositadas, ajudando na agricultura.‬
‭Falando sobre o clima, Curtis usa uma citação bem longe, que de maneira resumida e‬
‭tirando o lado poético, na Grécia existem 4 meses de muita chuva forte do que‬
‭propriamente frio, e depois vem 6 meses de verão forte com calor de 27º a 39º graus, típico‬
‭do calor europeu, mas que eles conseguiam suportar pois tinha os ventos etésios, que‬
‭vinham do norte.‬
‭Sobre os recursos naturais, Curtis fala o que já era esperado, a Grécia é extremamente pobre‬
‭de recursos naturais, sua superfície é coberta por 80% de montanhas e tem pouca terra‬
‭cultivável, já que o solo em sua maioria é pedra e calcário, dessa forma, pouca água. Mas‬
‭uma coisa inegável é o fato da Grécia ser rica até hoje de mármore, de todos os tipos,‬
‭mesmo que os minerais em si fossem poucos.‬
‭Como normalmente acontece, os meios geográficos influenciam a forma como os seus‬
‭habitantes locais vivem, com o gregos não seria diferente, então Curtis divide essas‬
‭influências em social, política, econômica, religiosa e artística.‬
‭Na vida particular os gregos tiveram uma alimentação um tanto estranha para mim, mas que‬
‭era o que suas condições permitiam, eles poderiam comer. Em uma citação para dizer o que‬
‭era preciso comer, disse o seguinte: "um bolo, ou um suco de cevada, um punhado de‬
‭azeitonas e de figos, um par de cebolas ou um dente de alho, queijo ou alguns bocados de‬
‭peixe fresco ou salgado, era o suficiente para sua alimentação diária [...] Se bebe um pouco‬
‭de vinho, entremeia-o com bastante água"‬
‭Aparentemente, ao dizer sobre o clima, esse fez do homem grego no geral, ter sua‬
‭flexibilidade muscular e vigor, mas além disso, esse clima é convidativo ao ar livre, assim‬
‭as pessoas tinham interações bem mais vividas e ativas, o que além disso causa uma‬
‭curiosidade para com o mundo, assim surgindo os grandes questionamentos pré socráticos e‬
‭futuramente as filosofias, que é a marca registrada da civilização grega clássica.‬
‭Na vida social, essas características fizeram uma grande diferença socialmente. Eles em‬
‭geral não gostavam da guerra que devastava o solo já ingrato, e além disso não gostava do‬
‭comércio, isso se valendo mais das pessoas do campo.‬
‭Agora sobre a distribuição geográfica, a coisa em si tem seu sentido, pois ela é dividida‬
‭perfeitamente para ter um assentamento único de cada grupo, o que ajudou na formação de‬
‭uma individualidade que ainda mantinha um certo senso de união, pois detinham em algum‬
‭outras características como a religião é em certo ponto o idioma.‬
‭Em uma citação feira pelo autor, ainda sobre a questão da polis, é dito que cada cidade‬
‭progride a sua maneira e que existia um censo de individualismo entre as cidades, o que de‬
‭certo modo é verdade, mas quando o mesmo fala de um patriotismo ( o que inegavelmente‬
‭remete a um nacionalismo) me trouxe um certo estranhamento, pois empregar um termo tão‬
‭atual a uma situação onde não efetivamente se encaixa, me parece errado.‬
‭Na vida artística e esportiva, as questões climáticas ajudaram bastante, pois o clima mais‬
‭quente e ao mesmo tempo fresco, era convidativo ao esporte e a dança. Tanto que na‬
‭arquitetura os grandes monumentos são adaptados ao clima sem chuva e suas casas são‬
‭mais simples, pois o clima em si convida as pessoas ao lado de fora.‬
‭Já na vida religiosa não é muito diferente do que já sei, os terremotos, citados pelo autor era‬
‭acreditado pelos gregos como o Poseidon com seu tridente, mas além disso cada parte da‬
‭natureza era um deus ou uma ninfa, pois fazia parte daquela natureza rígida e que de certa‬
‭forma mantinha eles vivos.‬
‭Os gregos ocupavam também outras partes do mediterrâneo, como a Ásia menor, sendo‬
‭nessa encontrada 3 zonas: Eólida, com as ilhas de Tênedos e de Lebos, a Jônia, com as‬
‭grandes cidades de Foceia, Éfeso e Mileto e a Dorida, com as cidades de Halicarnasso,‬
‭Cnido e as ilhas de Cos e Rodes. Esse contato com o oriente foi muito mais do que‬
‭econômico, foi sobretudo cultural, pois tiverem contato com as culturas milenares.‬
‭8.‬ ‭REFERÊNCIAS‬

‭GIORDANI,‬ ‭Mario‬ ‭Curtis.‬ ‭História‬ ‭da‬ ‭Grécia:‬ ‭Antiguidade‬ ‭Clássica‬‭.‬ ‭-‬ ‭10‬ ‭ed‬ ‭-‬
‭Petrópolis, Rj: Vozes, 2012.‬
‭BIBLIOGRAFIA:‬‭https://www.skoob.com.br/autor/1689-mario-curtis-giordani‬
‭Epigrafia:‬‭https://www.dicio.com.br/epigrafia/‬
‭Numismática:‬‭https://www.dicio.com.br/numismatica/‬
‭Papirologia‬‭:‬‭https://www.dicio.com.br/papirologia/‬
‭Sistema monetário:‬‭https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/105132/103874‬
‭Novas escavações:‬
‭https://socientifica.com.br/civilizacao-grega-perdida-e-redescoberta-por-arqueologos/‬

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