Você está na página 1de 33

Os gregos no século V a.C.

:
o exemplo de Atenas
História
A Grécia: condições naturais
e ocupação humana do território

• A Grécia é um país da Europa que se localiza


no Mediterrâneo Oriental, fazendo parte
da Península Balcânica. A maior parte do
território grego é ocupada por um território
acidentado e seco e o litoral apresenta uma
costa bastante recortada.
• Estas características, aliadas com o
clima mediterrâneo, tornavam difíceis as
práticas de agricultura. Porém, além da
pastorícia, associada a relevos montanhosos,
os Gregos aproveitavam as planícies para
cultivar cereais e os solos pedregosos para
plantar vinha, oliveira e figueira.
A Grécia: condições naturais e
ocupação humana do território

• A proximidade ao mar e a existência de muitos


portos naturais também favoreceram a prática
da pesca e do comércio. Na Antiguidade, o mar
Mediterrâneo foi muito percorrido pelos
Gregos, os quais fundavam colónias para
abastecer as cidades gregas.
• Os Gregos, ou Helenos, resultaram da fusão de
diversos povos, como os Aqueus, os Jónios e os
Dórios, que se foram fixando em locais onde a
Natureza oferecia boas condições de
sobrevivência, formando comunidades que
foram importantes para a organização
administrativa da Grécia Antiga.
A formação e organização
das cidades-estado
• As características geográficas da Grécia,
favoráveis ao isolamento das populações,
ajudavam a fomentar as rivalidades entre as
comunidades deste país e contribuíram para a
formação das cidades-estado, a partir do
século VIII a.C.
• A cidade-estado, pólis para os gregos, era
constituída por um território independente,
com leis, governo e defesas próprias, devendo
garantir a autossuficiência da sua população.
• Apesar da separação política, as pólis tinham a
língua, a religião, a cultura e os costumes em
comum.
A formação e organização
das cidades-estado
• A pólis tinha o seu território organizado em
dois espaços distintos: o espaço urbano e o
espaço rural.
• O espaço urbano era constituído pela Acrópole
e pela Ágora. A acrópole é a parte alta das
cidades, fortificada, onde se encontram os
edifícios religiosos e defensivos. A Ágora era a
parte baixa da cidade, com edifícios de
habitação, comércio, cultura e política.
• O espaço rural inclui as aldeias, os campos e as
florestas. Esta zona abastecia a cidade de
diversos produtos, contribuindo para a
sua autossuficiência.
A expansão grega
no mediterrâneo
• A partir de meados do século VIII a.C., os
Gregos emigraram e expandiram-se pelos
Mares Mediterrâneo e Negro. Fundaram
colónias, com as quais mantinham relações
económicas, políticas e culturais.
• O aumento demográfico, a pobreza dos solos,
e consequentemente, a escassez de alimentos,
as rivalidades internas, a procura de terras
férteis e a procura de áreas de comércio foram
as principais razões que levaram a esta
expansão grega.
Atenas no século V a.C.:
prosperidade económica e
poder militar
• No século V a.C., Atenas tornou-se na mais
importante cidade-estado da Grécia,
destacando-se pela sua prosperidade
económica e poder militar.
• Foram vários os fatores que contribuíram para a
prosperidade de Atenas. O solo naquela zona
permitia cultivar cereais, vinha, oliveira e
figueira mas também a criação de gado. A
proximidade do mar e do Porto de Pireu
permitiu também aumentar o comércio através
dos Mares Negro e Mediterrâneo, Por outro
lado, a abertura comercial da cidade permitiu
desenvolver o comércio, o artesanato e a
construção naval.
Atenas no século V a.C.:
prosperidade económica e
poder militar
• No século V a.C., o comércio tornou-se na
principal atividade económica dos atenienses,
ou seja, tinham uma economia comercial. Esta
atividade económica era feita muitas vezes por
mar, podendo-se dizer que era uma economia
marítima. Porém, para facilitar as trocas
comerciais, os atenienses utilizavam a moeda,
denominada dracma, praticando assim uma
economia monetária.
• Nas trocas comerciais, os atenienses,
importavam cereais, metais e escravos e
exportavam vinho, azeite, armas e cerâmica.
Atenas no século V a.C.:
prosperidade económica e
poder militar
• Entre 490 a.C. e 479 a.C., os Persas invadiram a
Grécia. Perante esta ameaça, muitas
cidades-estado gregas uniram-se contra o
invasor, formando a Liga de Delos. Todas as
cidades-estado que integrassem esta liga
tinham de pagar um imposto para as despesas
militares. A prosperidade económica e a
dantesca frota naval ateniense contribuiu para
que esta cidade liderasse a Liga de Delos,
tornando possível a vitória grega aos persas.
• No século V a.C., Atenas assumiu o seu poder
económico e militar, impondo o seu
imperialismo no mundo helénico.
A sociedade ateniense
no século V a.C.
• No século V a.C., a sociedade ateniense era
constituída por três grupos sociais: cidadãos,
metecos e escravos. Os cidadãos eram os únicos com
direitos políticos, sendo que os metecos, os escravos
e as mulheres não tinham tais direitos.
• Os cidadãos eram homens livres, com mais de 18
anos, filhos de pais atenienses, com serviço militar
cumprido. Constituíam uma pequena da população
(13,8%), mas eram os únicos com direitos políticos.
Podiam ter terras e outros direitos, mas pagavam
impostos.
• As mulheres tinham uma condição social
inferior, dedicando-se às tarefas domésticas e
cuidando dos filhos. Não tinham direitos políticos.
A sociedade ateniense
no século V a.C.
• Os metecos eram homens livres, oriundos de
outras cidades gregas, mas que não tinham
direitos políticos. Dedicavam-se ao comércio e
aos ofícios, pagavam impostos e também
cumpriam serviço militar.
• Os escravos eram prisioneiros de guerra ou
condenados adquiridos em mercados. Não
tinham quaisquer direitos e não eram valorizados
como seres humanos na sociedade.
Correspondiam a 38% da população e eram
responsáveis dos trabalhos mais pesados. Alguns
podiam ser pedagogos, acompanhando a
educação dos filhos dos cidadãos.
A cidade-estado de Atenas no
século V a.C.: a organização
política
• No século V a.C., depois de adotar vários
regimes políticos, Atenas distinguia-se por ter
uma democracia.
• A democracia ateniense é o resultado de um
longo processo evolutivo. Em 508 a.C.,
Clístenes iniciou mudanças na organização
política da cidade de forma a garantir
igualdade de direitos entre os cidadãos. Mais
tarde, Péricles criou uma remuneração,
permitindo aos cidadãos mais pobres
participar na vida política, atingindo a
democracia ateniense o seu apogeu.
A cidade-estado de Atenas no
século V a.C.: a organização
política
• As decisões políticas eram tomadas
diretamente pelos cidadãos,
independentemente da sua riqueza, podendo
estes votar e ocupar cargos nas instituições
políticas da cidade. A democracia ateniense
era, assim, direta. Os cargos eram ocupados
por eleição, por sorteio ou por nomeação
vitalícia, como era o caso dos arcontes. Os
mandatos tinham um período de tempo
limitado, para evitar abusos de poder e para
garantir um maior envolvimento de todos os
cidadãos na vida política da cidade.
A cidade-estado de Atenas no
século V a.C.: a organização
política
• O funcionamento da democracia ateniense
implicava a existência de órgãos ou instituições
que garantiam a participação direta dos
cidadãos.
• No poder legislativo, existia a Eclésia e o Bulé.
O Bulé, formado por 500 cidadãos escolhidos à
sorte, preparava as leis para serem votadas na
Eclésia, mas também guardava o selo de
Estado e controlava as finanças. Na Eclésia, os
cidadãos votavam as leis e discutiam sobre
todos os assuntos, como impostos, a guerra e a
paz e o financiamento de obras públicas.
A cidade-estado de Atenas no
século V a.C.: a organização
política
• No poder executivo, existia os Estrategos e os
Arcontes, que asseguravam o cumprimento
das leis. Os Estrategos, elegidos na Eclésia,
ocupavam-se das funções militares e políticas
e os Arcontes, sorteados também na Eclésia,
ocupavam-se das funções religiosas e judiciais.
• No poder judicial, existia o Helieu e o
Aerópago. O Helieu, composto por 6000 juízes
sorteados na Eclésia, julgava a maioria dos
crimes, enquanto o Aerópago, composto por
antigos arcontes, julgava apenas os crimes
mais graves.
As limitações da
democracia
ateniense
• A democracia ateniense estabeleceu os
princípios de governação que estão na base
da democracia moderna. No entanto,
através da análise de fontes históricas do
século V a.C. e da aplicação do método
comparativo, os historiadores concluíram
que a democracia ateniense evidenciava, à
luz do que hoje conhecemos por
democracia, algumas limitações e
imperfeições que impedem de a caracterizar
como uma democracia plena.
As limitações da
democracia
ateniense
• Os direitos de participação política estavam
reservados apenas aos cidadãos, excluindo as
mulheres, metecos e escravos desses direitos.
Para além disto, não estava também garantido
um dos direitos fundamentais da democracia,
a liberdade. A prática do ostracismo (castigo
que impunha a suspensão dos direitos políticos
e obrigava o condenado ao exílio por 10 anos),
a condenação à morte, a prática da
escravatura e o imperialismo de Atenas sobre
outras cidades-estado constituíam limites a
esse princípio democrático.
A educação: o
exemplo de Atenas
• A educação dos jovens era uma
preocupação para os atenienses, uma vez
que consideravam que esta garantia a
formação de cidadãos que, pelas suas
qualidades, poderiam dar um importante
contributo para a sua cidade-estado.
• A educação dos rapazes assentava, desde
cedo, numa formação física, intelectual e
moral, seguindo, assim, a máxima grega
mente sã em corpo são.
A educação: o
exemplo de Atenas
• Até aos 7 anos, a educação dos rapazes era
assegurada pela mãe em casa. Dos 7 aos 15
anos, frequentavam a escola. Aprendiam a ler,
escrever, contar e recitar de cor os poemas de
Homero, de modo a seguirem os exemplos dos
seus heróis. Também desenvolviam as áreas da
música e do exercício físico. Dos 15 aos 18 anos,
frequentavam o ginásio e desenvolviam as áreas
da Matemática, Filosofia, Gramática e da
Oratória. Incutia-se o gosto pela sabedoria e
pela arte de bem falar. Também participavam
em eventos religiosos e culturais. Dos 18 aos 20
anos, cumpriam o serviço militar.
A educação: o
exemplo de Atenas
• A educação das raparigas visava transformá-las
em modelos de obediência e de virtude. No
gineceu, espaço da casa destinado às
mulheres, aprendiam as tarefas domésticas
que as preparavam para, no futuro, serem
boas esposas e mães, já que só algumas jovens
mais abastadas aprendiam a ler e a escrever.
• As mulheres atenienses não podiam participar
em atividades públicas, como o governo da
pólis, ou privadas, como os jogos e os
banquetes, pois estas atividades estavam
reservadas aos homens.
A religião- o culto dos
deuses e dos heróis
• Os gregos eram politeístas. Os seus deuses, apesar
de serem parecidos aos humanos, distinguiam-se
pela beleza, imortalidade, invisibilidade e
metamorfose. Segundo os Gregos, os deuses
habitavam no Monte Olimpo, mas a sua ação estava
próxima dos seres humanos, sendo-lhes possível
decidir o seu destino.
• Zeus era denominado de "rei dos deuses". Casou-se
com Hera, deusa dos céus e da mulher, mas teve
vários relacionamentos amorosos, entre os quais
com Deméter, deusa da agricultura. Teve 7 filho:
Ares, deus do furor e da violência, Hefesto, deus do
fogo, Hermes, deus do comércio, Atena, deusa de
Atenas, da guerra e da sabedoria, Artemisa, deusa da
caça, Apolo, deus do Sol e da arte, e Afrodite, deusa
do amor e da beleza.
A religião- o culto dos
deuses e dos heróis
• De modo a evitar a fúria e a obter proteção
divina, os gregos prestavam diversos cultos aos
deuses:
1. O culto doméstico, constituído por rituais e
orações dirigidas pelo chefe de família aos
deuses protetores do lar, junto a altares
instalados nas habitações particulares.
2. O culto cívico, que consistia em festividades
públicas dedicada à divindade de cada pólis.
3. O culto pan-helénico, que consistia num culto
nacional dedicado a um deus.
A religião- o culto dos
deuses e dos heróis
• Os gregos veneravam também os seus heróis,
como Hércules, Ajax, Aquiles e Ulisses, os três
últimos das obras de Homero, a Ilíada e a
Odisseia. Apesar de os gregos considerarem os
heróis mortais, acreditavam que tinham
capacidades de praticar feitos que os tornavam
num exemplo de força e coragem.
• Os gregos revelaram uma grande capacidade
de criarem mitos (mitologia), isto é, histórias
da vida dos deuses e heróis ou explicações,
embora fantasiosas, de fenómenos naturais.
Nesta área destacou-se Hesíodo.
Os Jogos Olímpicos
• O culto prestado pelos gregos aos seus deuses
passava também pela organização de grandes
festividades, que incluíam competições
musicais, literárias e desportivas.
• Destas festividades, destacam-se os Jogos
Olímpicos, realizados de 4 em 4 anos, em
honra de Zeus, no santuário de Olímpia.
• Em Olímpia juntavam-se atletas de toda a
Grécia, durante uma semana,, participando em
cerimónias religiosas e competindo nas mais
variadas modalidades desportivas.
Os Jogos Olímpicos
• As modalidades olímpicas naquele tempo eram as
corridas, o salto, o lançamento do disco, o
lançamento do dardo, a luta, o pentatlo e as
corridas de cavalos. Os vencedores recebiam uma
coroa de ramos de oliveira, árvore sagrada de
Zeus, e eram considerados heróis nacionais.
• A realização dos Jogos Olímpicos determinava a
imposição de tréguas sagradas, sendo, por isso,
um evento que contribuía para reforçar os laços
de união entre os gregos. Estes jogos eram tão
importantes para os gregos que estes começaram
a datar os acontecimentos tendo em conta o ano
dos primeiros Jogos Olímpicos (776 a.C.).
O teatro
• O teatro na Grécia Antiga teve origem nas
festividades em honra de Dionísio, deus do
vinho, da alegria e da comunhão com a
Natureza. As representações eram feitas ao ar
livre, em recintos semicirculares, chamados
anfiteatros.
• Os Gregos desenvolveram dois géneros teatrais.
A tragédia retratava as relações, as tensões e os
conflitos humanos e os desafios na relação
entre estes e os deuses, tendo um final moral e
pedagógico. Aqui destacaram-se Ésquilo,
Sófocles e Eurípedes. A comédia abordava, de
forma cómica e satírica, os temas sociais e
políticas, destacando-se aqui Aristófanes.
O teatro
• Todos os gregos podiam assistir a estas
representações, incluindo as mulheres e os
metecos. No entanto, às mulheres estava
vedado o papel de atrizes, sendo todos os
papéis representados por homens, incluindo
os femininos. O facto de um ator poder
encarnar várias personagens determinou o uso
de máscaras, que se tornaram num dos
símbolos do teatro. As máscaras permitiam
ainda ampliar a voz dos atores e tornar a
representação mais percetível para o público
em geral.
Oratória, Filosofia, Literatura,
História e outras ciências

• Reconhecendo a importância da palavra e


da argumentação na política, os gregos
desenvolveram a Oratória, a arte de bem
falar em público, onde se destacou
Demóstenes.
• O gosto pela sabedoria, por saber como
surgiu o mundo ou o que é o bem levou os
gregos a criarem a Filosofia, destacando-se
nesta área do conhecimento Sócrates
(séculos V-IV a.C.), Platão (séculos V-IV a.C.)
e Aristóteles (século IV a.C.).
Oratória, Filosofia, Literatura,
História e outras ciências

• Na Literatura, para além dos autores de teatro


já mencionados, destacou-se Homero (século
VII a.C.), escritor que ficou associado a duas
obras épicas, relacionadas com os feitos dos
gregos, a Ilíada e a Odisseia.
• Na História, destacou-se Heródoto (século V
a.C.), enquanto Ptolomeu (séculos I-II d.C.)
deixou-nos obras relacionadas com a
Astronomia, a Cartografia e a Geografia.
• Hipócrates (séculos V-IV a.C.) destacou-se na
Medicina, Pitágoras (séculos VI-V a.C.) na
Matemática e Arquimedes (século III a.C.) na
Matemática e na Física.
A arte na Antiga
Grécia
• Os gregos deixaram-nos um importante
património artístico, visível em áreas como a
arquitetura, a escultura e a pintura.
• O século V a.C. é considerado o "século de
ouro" da arte grega, sendo muitas vezes
associado à designação arte clássica. Esta
designação deve-se também ao facto de a arte
grega ter servido de modelo para as criações
artísticas dos Romanos e de povos de outras
épocas históricas, nomeadamente nos
séculos XV e XVI, com o Renascimento, e nos
séculos XVIII e XIX, com o estilo neoclássico.
A arte na Antiga
Grécia
• Os edifícios gregos refletem a preocupação
com o equilíbrio, a harmonia, a proporção e o
sentido de beleza. Os gregos construíram
palácios, anfiteatros, estádios e, sobretudo,
templos. Estes eram construídos para honrar
os deuses, mas sem a grandiosidade dos
templos egípcios. Eram construídos "à medida
do Homem", respeitando proporções
equilibradas e harmoniosas.
• O edifício mais antigo da Grécia Antiga é o
Pártenon, localizado no Acrópole de Atenas, e
é dedicado à deusa Atena.
A arte na Antiga
Grécia
• Os gregos obedeciam a regras de
construção bem definidas- as ordens. As
ordens utilizadas pelos gregos eram três:
1. A ordem dórica. É a mais simples,
apresentando uma coluna sem base e um
capitel simples.
2. A ordem jónica. É a mais elegante,
apresentando uma coluna com base e um
capitel com volutas.
3. A ordem coríntia, que se distingue pelo
capitel mais elaborado, com folhas de acanto.
A arte na Antiga
Grécia
• As esculturas gregas foram esculpidas de modo
a reproduzirem a anatomia e os movimentos do
corpo. As figuras transmitiam serenidade nos
rostos, beleza e perfeição. Fídias, Policleto e
Míron (século V a.C.) destacaram-se como
importantes escultores da Grécia Antiga.
• A pintura grega surge, geralmente, na cerâmica.
No século VI a.C. , eram desenhadas figuras
negras sobre fundo vermelho, mas a partir
do século V a.C., as figuras destacam-se a
vermelho sobre fundo negro. Os temas das
cerâmicas eram inspirados nos deuses, nos
heróis míticos, nas festividades, nos jogos e nas
cenas do quotidiano.

Você também pode gostar