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A herança dos muçulmanos na Península Ibérica

O islanismo nasceu na Península Arábica no início do século VIII,


através de Maomé, que se tornou num profeta.
No início, a Península Arábica era um lugar simples e com um povo
politeísta, mas, em 612, Maomé criou uma religião onde só se
acreditava num Deus, Alá. A integração dos árabes nessa religião não
estava a ser muito bem sucedida, mas, alguns anos depois, já eram
muitos os adeptos dessa religião, aos quais se chamavam muçulmanos.
Em 630, toda a Península Arábica, incluindo Meca, tornou-se para a
religião islâmica.
Esta religião tinha cinco princípios fundamentais, que foram registados
Alcorão:
Fé em Alá;
Caridade com os mais pobres;
O jejum durante o mês do Ramadão;
Orar cinco vezes por dia;
Ir a Meca pelo menos uma vez na vida.
Atualmente, as maiores comunidades islâmicas situam-se em quase
toda a Ásia e no Norte de África. Em Portugal, a maior comunidade
islâmica situa-se em Lisboa, com quase 1000 muçulmanos.

Com o objetivo de expandir a religião e o território e de ficar com muitas


riquezas naturais, os muçulmanos, em 711, invadiram a Península
Ibérica. E logo em 714, 3 anos depois, os muçulmanos já governavam a
Península Ibérica, exceto as Astúrias que continuavam a defender o seu
território. Com as grandes montanhas a proteger o local, os cristãos das
Astúrias não tiveram de ser governados pelos muçulmanos.
Mas, apesar do fácil domínio da Península Ibérica, o convívio entre
cristãos e muçulmanos não foi muito fácil. Foram muitos anos de
guerras e perseguições, mas também houve compreensão dos
muçulmanos, aprendendo alguns costumes cristãos.

Os muçulmanos, apesar de não gostarem muito do povo cristão,


deixaram uma enorme herança e costumes para a Península Ibérica.
Construíram mesquitas, bibliotecas, noras, casas típicas e modernas,
palácios, muralhas, ruas estreitas e mercados. Mas também deixaram
algumas evoluções na aprendizagem, trazendo a astronomia, a história,
a matemática, as artes, a geografia, a literatura e a medicina, assuntos
que ainda hoje são bastante falados e ensinados nas escolas e
faculdades do país e do mundo. Também deixaram várias cidades,
como Silves e Córdova.
Os muçulmanos também trouxeram algumas palavras ainda hoje
utilizadas e os algarismos (0,1,2,3,4,5,...), que são utilizados
diariamente em todo o mundo.
Em relação ao cultivo de alimentos, os muçulmanos deixaram
laranjeiras, limoeiros, alfarrobeiras, amendoeiras e figueiras.
Os vestígios muçulmanos que chegaram até hoje são imensos,
sobretudo no Sul da Península Ibérica, local onde mais muçulmanos se
concentraram. Mesmo assim, existem alguns vestígios muçulmanos no

Norte e no Centro da Península Ibérica.

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