-Antiguidade Clássica: as ordens e proporções e sua importância na arquitetura
grega; a origem do urbanismo com Hipodamo em Mileto; Principais materiais: mármore, madeira e calcário. Ordens: Dórico, Jônico e Corintio Hipodamo de Mileto: uma planificação apoiada em ruas largas que se cruzavam em ângulos retos, como um tabuleiro de xadrez. Já o traçado em tabuleiro das cidades planejadas era uma tradição da Jônia, desde o sec. VII, aplicado às colônias gregas que se espalhavam pelo mundo mediterrâneo e outras regiões interioranas. O desenho reticulado designava áreas distintas adequadas ao modo de vida e divisão de classes gregas, estabelecendo as áreas comerciais, residenciais e as ágoras planejadas. Foi o primeiro arquiteto grego conhecido a conceber um planejamento urbano e a estrutura de uma cidade a partir de um ponto de vista que privilegiava a funcionalidade. As novas cidades eram planejadas como novas colônias, carecendo de fortificação e um bom sistema de defesa.
-Roma Antiga: forma e função na arquitetura do império romano e seu
urbanismo colonizador; A Arquitetura Clássica Romana surge como uma releitura da Grega, mas com a influência do cotidiano dos romanos, que são consideradas pessoas guerreiras e trabalhadoras. Isso refletiu na sua Arquitetura, pois foram eles que iniciaram construções de grandes estradas em linhas retas, que foram criadas para facilitar o deslocamento de suas legiões de guerreiros, também a criação de transporte público e de aquedutos, produzidos para levar água as cidades, permitindo o acesso a banhos e a criação de lavatórios públicos. Também desenvolveram novos sistemas de construção, com o uso de arcos e abóbodas. Isso permitia que os espaços internos fossem mais amplos sem a necessidade do uso de múltiplas colunas. O uso de fileiras de arcos sobrepostos é uma das características de sua Arquitetura e é muito encontrado em igrejas e templos e, suas casas possuíam diversos aposentos amplos, com pátios e átrios. O material mais utilizado, foi o concreto, inovador para a época, fez com que suas construções tivessem maior durabilidade e solidez. COLISEUM – PANTEÃO - Com uma forma circular, o templo recebe o nome “Pantheon” derivada do grego, com significado “todos os deuses” em homenagem aos deuses romanos. Através de sua construção, os romanos alcançaram perfeição técnica e soluções para problemas estruturais como peso e empuxo. Foi concebido para unir o homem com a divindade, mas acima de tudo por seu imperador, que era proclamado como Deus aos olhos da população. As proporções e a estrutura são representativas dessa concepção religiosa romana, como uma arquitetura de síntese entre o solo e o céu, “como acima está abaixo – como abaixo está acima”. A adição de um grande salão redondo anexado ao pórtico de um templo clássico foi inovador para a época. O espaço interno da rotunda é construído de um cilindro coberto por uma semiesfera. A cúpula é considerada ainda hoje como a maior cúpula de concreto reforçado do mundo. Sua altura até o óculo e o diâmetro da circunferência interior são idênticos, de 43,3 m. -Sistemas construtivos e espaços abertos na Antiguidade Clássica;
-Arquitetura Paleocristã: as primitivas basílicas cristãs;
Arte cristã primitiva ou arte paleocristã foi um estilo que se desenvolveu por um longo período, que abrange os primeiros cinco séculos do cristianismo e foi produzida pelos primeiros cristãos para o seu povo. Surgiu de uma situação inusitada, na qual os primeiros cristãos, ao propagar as ideias de Cristo, entravam em choque com o Império Romano ou eram perseguidos, o que os obrigava a se reunirem nas catacumbas, escavações subterrâneas onde enterravam seus mortos, primeiro local a receber a arte cristã. As primeiras construções cristãs incorporam a influência arquitetônica grega e romana e serviram aos interesses dos imperadores na disseminação da nova religião. Os primeiros edifícios, improvisados, conservaram seu nome original, basílica, que vem do termo basileu (juiz). Internamente, as basílicas procuravam acolher uma numerosa população de fiéis que estava em busca dos caminhos da salvação. Foram construídos grandes espaços abertos, cujas paredes eram ornamentadas por mosaicos e pinturas de passagens religiosas com o propósito de ensinar aos novos adeptos os mistérios da fé para alcançarem, dessa forma, refinamento espiritual. Uma característica predominante nas igrejas medievais era o contraste do exterior com o interior. Neste, foram empregados materiais sofisticados, como mármore e granito, em pisos, paredes, talhas e relevos. A técnica do mosaico foi empregada na maioria das igrejas cristãs e se destacou na arte bizantina. Objetos relacionados à arte cristã, relevos em marfim e objetos de metais ornamentados com pedras preciosas passaram a fazer parte da decoração nos interiores dessas basílicas. A evolução da arte paleocristã, que de simples e grosseira nas catacumbas passou a ser rica e apurada nas basílicas, prediz mudanças, dado o elevado grau de comprometimento entre arte e doutrina cristã, que se consolidará na Idade Média, criando um padrão artístico voltado para a exaltação do mundo espiritual.
Os baptistérios (edifícios sagrados destinados à celebração do batismo), tal
como os mausoléus (túmulos), adotaram a planta centrada, com uma das portas orientada a leste e outra a poente, com enormes cúpulas sobre a sala central. As novas igrejas, desenvolvidas a partir da basílica romana, vão revelar a base do que será a arquitetura religiosa da Europa ocidental ao longo dos séculos. A basílica clássica, um espaço amplo onde se possibilita o agrupamento de um avultado número de pessoas, pode satisfazer várias necessidades (tribunal, mercado, audiências etc), mas nunca serve o propósito de local de culto. A basílica paleocristã compõe-se, então, por uma nave central com clerestório de janelas altas, abertas em paredes assentes em arquivoltas ou em arquitraves, cujas colunas fazem a ligação a outras duas naves laterais (colaterais) de menor altura. Todo o espaço segue um eixo longitudinal e converge a oriente na ábside, onde se situa o altar, e que é emoldurada por um arco triunfal. Este arco pode estar assente numa área elevada denominada bema. Em algumas basílicas, entre as naves e a ábside, situa-se uma nave transversal, o transepto, que forma um T com a nave central. Os tectos eram de travejamento à vista, de madeira.
-Arquitetura Bizantina e seus avanços técnicos;
Principais características da arquitetura bizantina: - Destaque para a arquitetura religiosa (igrejas e catedrais). - Influências estéticas da arquitetura e arte de vários povos que tiveram contato com o Império Bizantino. - Presença de pinturas sacras como elementos decorativos interiores. Há também a presença de ícones. - Presença de arcos e abóbadas esféricas. - Utilização do ladrilho como material de construção. O ladrilho era usado sozinho ou combinado com pedras no exterior e com mosaicos nos interiores. - Uso de colunas com capitéis como suporte construtivo. - Uso de arco de médio ponto com coletes, alternando ladrilho e pedra. - Utilização sistemática de telhado abobadado. - Prédios construídos com plantas centralizadas, relacionadas com o simbolismo oferecido pela cúpula. - Construção de cúpulas de forma concêntrica. - Contraste entre a simplicidade e austeridade dos exteriores e o brilho exuberante dos interiores decorados com mosaico e mármore dos Bálcãs, Rússia e Ucrânia. Com o passar dos tempos, foram incorporados elementos decorativos na parte exterior dos edifícios. Entre esses elementos, podemos citar: elementos cerâmicos, janelas com molduras, combinação de ladrilhos com efeitos de policromia.
Basílica de Santa Sofia - Igreja de São Marcos de Veneza
-A expansão islâmica: cidade e arquitetura muçulmana; -A cidade medieval: Arquitetura românica (o monastério e o castelo): -Arquitetura gótica: a construção das grandes catedrais e as variantes regionais na Europa;