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Arquitetura e Urbanismo
PROJECTO ARQUITETÔNICO IV
Docente
Arq. Manuel Pestana
PROJECTO ARQUITETÔNICO IV
Grupo n° 4
• Geral
• Específico
Utilizamos aqui a palavra “cidade” em sentido lato, aplicando-a aos espaços urbanos,
independentemente da sua dimensão, por contraposição aos espaços rurais, pois outra
opção seria extremamente redutora, na medida em que “apenas havia duas cidades (Luanda
e Benguela, fundadas em 1576 e em 1617).
DESENVOLVIMENTO
Até aos anos 60, e mesmo 70, verifica-se uma evolução mais acentuada das cidades
de maior importância, e das que lhes estão próximas. A partir desta década, a
necessidade política de povoamento e enraizamento das populações intensificou-se,
ordenando-se e redesenhando-se os tecidos das respectivas aglomerações, de maior
ou menor escala, de acordo com a sua localização, como consequência do início da
guerra colonial, em 1961.
ARQUITETOS QUE INTERVIERAM PARA A URBANIZAÇÃO EM ANGOLA
Vários foram os autores que intervieram nos planos para estas cidades e aglomerados,
referindo-se, a título de exemplo:
-Arq. João António Aguiar, com planos para Lândana, Cabinda, Porto Amboim, Novo
Redondo, Lobito (no caso, juntamente com Castro Rodrigues) e Moçâmedes, elaborados
entre 1948 e 1953;
-Fernando Batalha com o plano de Novo Redondo (juntamente com João António
Aguiar), e o plano para a Baía Farta, entre 1951 e 1955;
-Antonieta Jacinto que, em 1958, elabora os planos para S. Martinho dos Tigres e Porto
Alexandre;
-Castro Rodrigues, com o plano de Urbanização para o Lobito (juntamente com João
António Aguiar), em 1953.
NÚCLEOS URBANOS
Num primeiro grupo, que designamos como núcleos urbanos litorâneos de raiz
espontânea, integram-se as cidades de formação e localização no litoral, consequência do
primeiro momento de fixação urbana em território angolano ligada aos impulsos que a
própria colonização foi tendo ao longo dos séculos.
Num segundo grupo que designamos como núcleos urbanos sob influência da rede
ferroviária, integram-se as cidades cujo crescimento urbano decorreu da implementação
da estrutura ferroviária, suporte de desenvolvimento económico, e que se desenvolveram ao
longo do percurso das linhas de caminho de ferro.
Num terceiro grupo que designamos como núcleos urbanos sob influência da rede
rodoviária integram-se pequenas cidades ou simples aglomerados no interior que surgem
espontaneamente, seguindo a ordem da estrutura rodoviária e das actividades comerciais
dela resultantes.
Devido à sua localização, há cidades que fazem simultaneamente parte do grupo de
cidades litorais e do grupo das que se desenvolveram sob a influência do caminho-de-
ferro, nomeadamente Luanda, Lobito/Benguela e Moçâmedes, sendo cada uma delas o
início de uma das três linhas em referência (Linha do Norte, de Benguela e do Sul). No
entanto, estas cidades são integradas no grupo núcleos urbanos litorâneos de raiz
espontânea por terem a sua origem nos primórdios da colonização e, nas características
que adquiriram, terem tido mais influência o mar e a costa, do que a presença do caminho
de ferro.
NÚCLEOS URBANOS LITORÂNEOS DE RAIZ ESPONTÂNEA
Referem-se, como exemplo, os casos de Lândana, Cabinda, Luanda, Porto Amboim, Novo
Redondo, Lobito, Benguela, Baía Farta, Lucira, Moçâmedes, Porto Alexandre, Baía dos
Tigres, localizadas no litoral, de Norte a Sul de Angola. Estes aglomerados têm em comum
o facto de terem um núcleo urbano espontâneo de origem, aquando da sua formação, ao
qual foram adicionados planos de expansão.
Plano Geral de
Urbanização de Nova
Lisboa, Gabinete de
Urbanização Colonial,
Arq. João Aguiar,
1947/48.
Núcleos Urbanos: cidade ou povoado, conjunto unitário de uma área urbana, em relação
ao território. Cada um dos assentamentos de caráter urbano, de diversas características,
que integram o sistema urbano de um determinado território
Obrigado!