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SEBENTA DE GEOGRAFIA

MÓDULO 5

O QUADRO NATURAL DE
PORTUGAL – AS ÁREAS
URBANAS

Edição n.º 1 de Setembro 2006


Criado por: Departamento Pedagógico - IEDP (ENSINO ROFISSIONAL)

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LISTAGEM DAS REVISÕES

CAP FOLHA DESIGNAÇÃO DATA OBS.

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O quadro natural de Portugal
– As Áreas Urbanas

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Os centros urbanos: Áreas de atracção da população

No povoamento urbano, a construção é contínua e constituída por edifícios de vários pisos,

por vezes com dezenas de metros de altura. Estas características permitem a elevada densidade

populacional e a grande concentração de actividades económicas na cidade.

É comum usar – se a expressão centro urbano em vez de cidade. Porém, centro urbano

tem um significado mais lato – pode referir – se também a aglomerados com características

urbanas, mas que não têm a categoria administrativa de cidade.

As cidades: dimensão e crescimento

Em Portugal, tem – se dado um grande crescimento do espaço urbano, devido à atracção que as

cidades exercem sobre a população.

Assim, também o número de

cidades tem aumentado. Observe a

distribuição geográfica das cidades

portuguesas, na fig.1.

Fig. 1. AS cidades de Portugal Continental, segundo o número de habitantes- 2001

Em Portugal Continental, os centros urbanos mais populosos localizam – se no Litoral. Aí se


encontram as duas cidades do país com maiores dimensões – Lisboa e Porto. Estas duas cidades
estão rodeadas por outros centros urbanos mais pequenos que, no seu conjunto,

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englobam a maioria da população urbana portuguesa. São as chamadas Áreas Metropolitanas de

Lisboa e do Porto.

Os centros urbanos do interior têm menores dimensões.

Nas Regiões Autónomas, destacam –se a cidade do Funchal, na Madeira, e a de Ponte Delgada,

nos Açores.

Conforme a Cidade vai crescendo, as áreas periféricas vão – se alargando e ocupando os

subúrbios. Ao mesmo tempo, as fábricas, as grandes oficinas, os hipermercados, vão sendo

empurrados cada vez mais para longe do núcleo central.

 O crescimento de uma cidade faz –se sempre a partir de um “núcleo central”. Nas cidades

mais antigas esse núcleo central corresponde ao “centro histórico” da cidade.

É no centro da cidade que se concentra a maioria das lojas, bancos, escritórios, consultórios e

repartições públicas. Por isso, o centro da cidade é a zona com maior movimento de pessoas.

 À volta do núcleo central vão – se formando “áreas periféricas” cada vez mais recentes, que

começam por se desenvolver ao longo dos principais eixos rodoviários e ferroviários. Aí se

vão instalando os bairros residenciais, as zonas industriais, as zonas escolares, os grandes

hipermercados.

 Depois das áreas periféricas encontram – se os “arrabaldes” ou “subúrbios” da cidade. Nos

arrabaldes aparecem ainda alguns importantes serviços anexos à cidade: aeroporto,

reservatórios de água, parques desportivos, oficinas de automóveis. É também nos

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arrabaldes que se encontra a residência de um grande número da

poulação que trabalha na cidade e para ela se desloca diariamente.

Durante muitos anos as cidades cresceram desordenadamente, sem qualquer plano.

Actualmente compete às câmaras municipais fazer um “Plano de Urbanização”, no qual se define

o traçado das ruas e avenidas, os locais em que se podem construir fábricas, hipermercados,

residências, parques e jardins, etc.

Se numa determinada área existem várias cidades, formam - se grandes espaços urbanizados

contínuos:

MEGALÓPOLIS

Extensa área urbanizada constituída por várias cidades

independentes mas tão próximas que ficam aglutinadas

pelas suas periferias.

CONURBAÇÃO

Área urbanizada constituída por poucas cidades independentes mas

tão próximas que ficam aglutinadas pelas suas periferias (distingue

– se da megalópolis por ocupar uma extensão menor).

ÁREA METROPOLITANA

Extensa área urbanizada resultante da junção de vários concelhos, com

aglomerados urbanos ou não urbanos (pequenas cidades, vilas, aldeias,

pequenos aglomerados industriais).

Exemplos: Área metropolitana de Lisboa e Área Metropolitana do Porto.

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Estrutura das áreas urbanas

O estudo das áreas urbanas deve desenvolver:


 Uma análise morfológica, relativa às características das plantas e dos edifícios;
 Uma análise funcional, que tem a ver com o uso e a ocupação do solo e os tipos de
actividades que nele se desenvolvem.

Morfologia urbana

As cidades apresentam diferentes formas de organização interna, normalmente associadas a


diferentes áreas do globo.
A forma como o solo urbano é ocupado, o traçado das ruas, a disposição dos edifícios, a
localização dos espaços verdes, dá origem à planta da cidade ou planta urbana.

TIPOS DE PLANTAS

IRREGULAR
 Ruas estreitas e sinuosas, tipo labirinto
 Becos sem saída
 Ausência de planeamento
 Típica das cidades muçulmanas do Norte de África e do Médio Oriente

RADIOCÊNTRICA
 Ruas circulares e radiais à volta de um centro, que pode
ser um castelo, uma rotunda, uma praça, uma igreja, um
mercado.

ORTOGONAL
 Ruas traçadas geometricamente, perpendiculares umas
às outras
 É típica das cidades novas da América do Norte.

Diferenciação funcional das áreas urbanas


No presente, as cidades têm em comum uma forte diversidade e concentração da população que
nelas habitam e das actividades que ali se realizam.

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As diferentes actividades podem agrupar – se de acordo com o tipo de
necessidades que satisfazem – funções urbanas.

A diversidade de funções secundárias e terciárias revela a importância de uma cidade. Podem


citar –se como exemplo dessas funções:
 Político – administrativa – Representada pelos ministérios, câmaras municipais ou juntas
de freguesia,
 Económica – agrupa actividades como grandes empresas financeiras, indústrias, bancos,
seguros, transportadoras, estabelecimentos comerciais;
 Cultural – reúne centros de investigação científica e tecnológica, teatros, universidades;
 Religiosa – engloba locais de culto como igrejas e mesquitas;
 Recreativa – está representada pelas áreas de lazer como cinemas e centros desportivos;
 Residencial – as habitações ocupam uma fatia importante do espaço urbano.
Sucede, geralmente, que as actividades que possuem alguma afinidade entre si e, por isso,
pertencem à mesma função urbana, têm localizações próximas e dão origem a que determinadas
áreas da cidade se revelem mais ou menos homogéneas designadas por áreas funcionais.

AS ÁREAS
FUNCIONAIS DE
LISBOA NOS ANOS
70

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Podemos considerar a cidade o aglomerado populacional mais característico dos nossos dias, pois

mais de metade da população mundial aí vive.

Há pouco menos de um século, a maioria da população vivia em núcleos reduzidos, vinculados

principalmente a uma economia agrária, na maior parte dos casos, de subsistência.

O crescimento urbano, com expansão dos subúrbios, onde o modo de vida urbano e rural se

aproximam, é responsável pela dificuldade que por vezes existe na delimitação dos dois espaços

(rural e urbano), especialmente nestas áreas de penetração cidade/campo.

Contudo, nas áreas de maior desenvolvimento, a oposição espaço rural/espaço urbano é cada vez

menos significativa, pelo menos a julgar pelos padrões culturais e pelo acesso aos meios de

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consumo mais uniformizados, graças à acção dos meios de comunicação

social (importantíssimos meios difusores de “cultura urbana” da sociedade urbana).

Se atenderemos, porém, a outras características relacionadas com:

 A ocupação do espaço – notamos que o espaço rural é ainda normalmente conotado com
uma ocupação agrícola, pecuária ou florestal;
 Os meios de produção – verificamos que no espaço rural estes residem
fundamentalmente na terra, enquanto no espaço urbano excluem a terra e são
espacialmente concentrados, ocupando áreas mais reduzidas;
 A concentração populacional – esta é muito maior a nível urbano que rural, onde
predominam as construções baixas, normalmente unifamiliares e relacionadas com a
actividade agrícola;
 A dinâmica populacional – esta é muito menor nas áreas rurais, onde predomina uma
população envelhecida, com menor formação académica e profissional, o que conduz a uma
menor capacidade de inovação e de competição;
 As actividades económicas predominantes – encontramos, nas áreas rurais, uma atrofia
dos sectores II e III, reduzindo –se este último ao comércio vulgar, e ainda uma
considerável concentração de mão – de – obra no sector I embora, naturalmente, em
estreita dependência em relação ao grau de desenvolvimento de cada área;
 As deslocações diárias – observamos nas áreas urbanas uma particular intensidade nas
migrações pendulares entre os locais de residência e de trabalho, o que é mais raro nas
áreas rurais;
 A acessibilidade – a rede de transportes e de comunicações é normalmente muito menos
densa nas áreas rurais que nas áreas urbanas.

Podemos concluir que as principais diferenças são marcadas pelas actividades económicas

predominantes em cada um dos espaços considerados, dependendo estreitamente do nível de

desenvolvimento socioeconómico. Assim, por muito uniformizados que sejam os padrões culturais,

o modo de vida está sempre mais ou menos condicionado pela actividade e pelo nível

socioeconómico da população.

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As cidades e os seus problemas e soluções

Actualmente, a crescente terciarzação ( processo pelo qual o comércio e os serviços vão


assumindo progressivamente maior importância na económia de um pais) das cidades e a
concentração que ai se verifica levantam, obviamente, problemas para os quais é urgrnte
encontrar soluções.

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