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A palavra "cidade" tem sua origem no latim, e vem de "civitas", que significava
originalmente "condição de cidadão". Por sua vez, esse vocábulo deriva de "cives", que
pode ser traduzido como "homem que vive na cidade" ou "cidadão". Muitas palavras
derivam daqui, como civil, civilização, civismo, cidadania.
O conceito de cidade é impreciso, e por isso toma-se difícil estabelecer critérios claros
para defini-lo. Mesmo assim, há pelo menos cinco variáveis a considerar.
É muito difícil precisar a origem das cidades na história da humanidade, mas é fato que
existiram desde a Antiguidade. Filósofos gregos, como Platão e Aristóteles, já
apresentavam em suas reflexões algumas preocupações com as cidades e o modo de
vida de seus habitantes.
Assim, surgiram, nas primeiras cidades, novas formas de organização social, visto que
as atividades desenvolvidas eram completamente diferentes daquelas que
predominavam no campo. Os excedentes eram transportados para as cidades e lá eram
comercializados ou transformados em novos produtos, fazendo surgir novos grupos e
relações sociais entre os seus habitantes e o meio rural.
Estas primeiras cidades, tanto no Oriente como na América, tinham uma organização
bastante peculiar, pois estavam montadas em torno de grandes lideres político-
espirituais (teocracias), apresentavam um espaço bastante dividido entre as elites e o
restante da população como artesãos e pequenos comerciantes e se sustentavam com a
riqueza proveniente do campo.
Uma cidade pode manter diferentes funções, ainda que a residencial ocupe a maior parte
do espaço urbano:
Algumas cidades têm também uma importante função religiosa, como Roma, Jerusalém
ou Meca, que são os principais centros de peregrinação religiosa do mundo.
Os diferentes usos do solo delimitam a existência de vários tipos de cidade, elas estão
classificadas em:
Metrópoles
São centros urbanos de grandes dimensões, cidades que dispõem dos melhores equipamentos
urbanos do país (metrópole nacional) ou de uma região (metrópole regional). As metrópoles
exercem grande influência das cidades menores que estão ao seu redor.
Megalópole
As megalópoles são as maiores aglomerações urbanas dos dias atuais. Elas são
formadas pela crescente expansão de duas ou mais metrópoles, constituindo a gênese de
uma ampla área urbanizada. Comumente, uma ou mais de uma metrópole acabam
exercendo polarização nas áreas em que ocorreu a conurbação.
Megacidade
O conceito de megacidade enquadra-se em outra categoria em relação aos estudos
urbanos. A conceituação de megacidade refere-se primordialmente à questão
quantitativa, já que são englobadas nessa categoria as cidades do espaço mundial com
população superior a 10 milhões de habitantes.
Cabe ressaltar que a maior parte das megacidades do espaço mundial localiza-se
atualmente no mundo subdesenvolvido.
Rede Urbana
Conjunto de trocas que existem entre as cidades, podendo ser trocas materiais (mercadorias, fluxo de
pessoas etc.) e imateriais (fluxo de informações) entre as cidades de tamanhos distintos, desde
metrópoles até cidades de pequeno porte.
Hierarquia urbana
Cidade global
O termo “cidade global” é recente no estudo das cidades. Ele é utilizado para fazer uma análise
qualitativa das cidades, destacando a influência delas, em partes distintas do mundo, sobre os demais
centros urbanos.
Uma cidade global, portanto, caracteriza-se como uma metrópole, porém sua área de influência não
é apenas uma região ou um país, mas parte considerável de nosso planeta. É por isso que as cidades
globais também são denominadas “metrópoles mundiais”. As características utilizadas para
considerar uma cidade como global são:
Segregação socioespacial
A Autossegregação é quando as classes sociais com mais alto poder aquisitivo optam por ser
isolar, muitas vezes por questão de segurança, pagando por isso como um serviço. Tal fenômeno se
manifesta na proliferação dos condôminos fechados. Gentrificação é um processo que ocorre nas
grandes cidades onde se expulsa as populações pobres para áreas cada vez mais periféricas. Isso traz
consequências urbanas como congestionamentos, gastos com transportes e estradas, favelização e
diminui ainda mais a qualidade de vida da população marginalizada.