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GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO

MÓDULO 05 – Professores: Alisson Moura e Gisele Cruz

1. URBANIZAÇÃO

Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população quanto em extensão


territorial. É o processo em que o espaço rural se transforma em espaço urbano, com a
consequente migração populacional do tipo campo-cidade que, quando ocorre de forma intensa e
acelerada, é chamada de êxodo rural.
Em termos de área territorial, no mundo atual, o espaço rural é bem mais amplo do que o
espaço urbano. Isso ocorre porque o primeiro exige um maior espaço para as práticas nele
desenvolvidas, como a agropecuária (espaço agrário), o extrativismo mineral e vegetal, além da
delimitação de áreas de preservação ambiental e florestas em geral.

2. PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS CIDADES

O processo de formação das cidades ocorre desde os tempos do período neolítico. No


entanto, sob o ponto de vista estrutural, elas sempre estiveram vinculadas ao campo, pois
dependiam deste para sobreviver. O que muda no atual processo de urbanização capitalista, que
se intensificou a partir do século XVIII, é que agora é o campo quem passa a ser dependente da
cidade, pois é nela que as lógicas econômico-sociais que estruturam o meio rural são definidas.

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2.1 Urbanização no período industrial

O processo de urbanização no contexto do período industrial estrutura-se a partir de dois


tipos de causas diferentes: os fatores atrativos e os fatores repulsivos.
Os fatores atrativos, como o próprio nome sugere, são aqueles em que a urbanização
ocorre devido às condições estruturais oferecidas pelo espaço das cidades, o maior deles é a
industrialização.
Esse processo é característico dos países desenvolvidos, onde o processo de urbanização
ocorreu primeiramente. Cidades como Londres e Nova York tornaram-se predominantemente
urbanas a partir da década de 1900, início do século XX, em razão da quantidade de empregos e
condições de moradias oferecidas (embora em um primeiro momento, a maior parte dessas
moradias fosse precária em comparação aos padrões de desenvolvimento atual dessas cidades).
Os fatores repulsivos são aqueles em que a urbanização ocorre não em função das
vantagens produtivas das cidades, mas graças à “expulsão” da população do campo para os
centros urbanos. Esse processo ocorre, em geral, pela modernização do campo que propiciou a
substituição do homem pela máquina e pelo processo de concentração fundiária, que deixou a
maior parte das quantidades de terras nas mãos de poucos latifundiários.
Esse fenômeno é característico dos países subdesenvolvidos e é marcado pela elevada
velocidade em que o êxodo rural aconteceu, bem como pela concentração da população nas
metrópoles (metropolização). Tais cidades não conseguem absorver esse quantitativo populacional,
propiciando a formação de favelas e habitações irregulares, geralmente precarizadas e sem
infraestrutura.

• Em geral, o que se observa é a industrialização funcionando como um motor para a


urbanização das sociedades.
• Em seguida, ampliam-se as divisões econômicas e produtivas, com o campo produzindo
matérias-primas, e as cidades produzindo mercadorias industrializadas e realizando
atividades características do setor terciário.
• Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a formação de grandes
metrópoles e, em alguns casos, até de megacidades, com populações que superam os 10
milhões de habitantes.
• Por fim, estrutura-se a chamada hierarquia urbana, que vai desde as pequenas e médias
cidades às grandes metrópoles.

3. HIERARQUIA URBANA

A hierarquia urbana é a maneira como as cidades organizam-se dentro de uma escala de


subordinação. Na prática, ocorre quando vilas e cidades menores subordinam-se às cidades
médias, e estas se subordinam às cidades grandes. Por meio da hierarquia urbana, pode-se
conhecer a importância de uma cidade e a sua relação de subordinação ou influência sobre as
outras que estão à sua volta.
Essa teoria não é estabelecida apenas pelo tamanho da cidade ou pelo contingente
populacional, mas especialmente pela quantidade e variedade de bens e serviços oferecidos.
Quanto maior é a sua importância no processo produtivo, maior é a sua colocação na hierarquia
urbana.
A ideia de hierarquia urbana, especialmente na atualidade, está vinculada ao conceito de
rede urbana, que nada mais é do que a rede de relações econômicas, sociais e culturais que
integram as cidades
O esquema clássico da hierarquia urbana sofreu modificações importantes no decorrer
das últimas décadas. A razão é a história das cidades e a evolução dos meios de comunicação e
transportes, que são resultados do processo de Globalização. O processo de subordinação não
mais obedece a uma escala contínua. Em diversas situações, os habitantes de cidades menores
direcionam-se diretamente a centros urbanos como metrópoles regionais ou nacionais para adquirir
bens ou serviços, estabelecendo uma nova hierarquia urbana.

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3.1 A hierarquia urbana é composta por estruturas categorizadas na seguinte classificação:

• Megalópole:
• Metrópole: cidade de maior porte que se caracteriza pelo poder de atração e influência que
exerce sobre um expressivo número de cidades do seu entorno. É o centro mais importante
da rede urbana, por isso, seu nível de influência pode ser classificado como regional ou
nacional:
• Metrópole nacional: Grande centro urbano, com variedade de serviços e influência sobre os
centros regionais, capitais regionais e as metrópoles regionais.
• Metrópole regional: Cidade que exerce grande influência em seu próprio estado. Apresenta
mais de um milhão de habitantes e grande concentração de pessoas.
• Centros regionais: São cidades médias que exercem influência em âmbito regional. Podem
ser ou não uma capital de estado. Normalmente são referência no desenvolvimento da
produção de bens e serviços para as cidades de seu entorno e também estabelecem vínculo
mais próximo com as metrópoles nacionais;
• Cidade local: cidade de pequeno porte em que sua população, muitas vezes, recorre aos
centros urbanos maiores para ter acesso a bens ou serviços que não são ali oferecidos;
• Vila: pequeno aglomerado urbano que não foi alcançou a condição de cidade. A grande
maioria dos bens e serviços não é oferecida. Necessita recorrer frequentemente a centros
urbanos maiores para ter suas necessidades atendidas.

3.2 Outras classificações

• Megacidade: O conceito de megacidade foi desenvolvido pela Organização das Nações


Unidas (ONU) para fazer referência a toda e qualquer aglomeração urbana com população
superior a dez milhões de habitantes.
• Megalópole: é um termo elaborado para designar uma região ou área superurbanizada, que
congrega em torno de si uma articulação entre metrópoles, regiões metropolitanas e
pequenas cidades, concentrando boa parte da população e dos serviços de um país. A
expressão foi criada em 1960 pelo geógrafo francês Jean Gottmann (1915-1994) para
classificar a região dos Estados Unidos que envolvia as cidades de Boston, Washington D.
C. e Nova York.
• Cidades globais: As cidades globais, também conhecidas como metrópoles mundiais, são
grandes aglomerações urbanas que funcionam como centros de influência internacional.
Estão no topo da hierarquia urbana. São dotadas de técnica e conhecimento em serviços de
elevada influência nas decisões vinculadas à economia globalizada e ao progresso
tecnológico, como por exemplo Nova York, Tóquio, Paris...
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4. FENÔMENOS URBANOS

4.1 Conurbação
É um termo usado para designar um fenômeno urbano que acontece a partir da união de
duas ou mais cidades/municípios, constituindo uma única malha urbana, como se fosse
somente uma única cidade.

4.2 Metropolização

Metropolização é o processo de crescimento urbano de uma cidade e sua constituição como


centralidade de uma região metropolitana, isto é, de uma área composta por vários municípios que
congregam a mesma dinâmica espaço-territorial. A metrópole passa a ser vista como a zona na
qual as demais cidades tornam-se dependentes e interligadas economicamente. Entre os exemplos
de metrópoles no Brasil, temos as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador,
Goiânia, Porto Alegre e muitas outras.

4.3 Macrocefalia Urbana

O processo de urbanização de diversas cidades, principalmente em países considerados


subdesenvolvidos, ocorreu de maneira acelerada e desordenada, causando problemas urbanos de
ordem social e econômica em razão de um fator fundamental: a falta de planejamento.
Muitos centros urbanos têm um crescimento desordenado e acelerado provocado pelo
desenvolvimento do país em um curto espaço de tempo, que causa um fenômeno marcado pelo
inchaço e pela falta de estrutura em determinadas áreas da cidade: a macrocefalia urbana.

5. URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

O processo de urbanização no Brasil tem início no século XX com o êxodo rural. Ou seja,
o deslocamento de pessoas do campo para as cidades em busca de melhores condições de vida.
Lembre-se que a urbanização é o aumento da população em zonas urbanas em detrimento
das zonas rurais.
O processo de industrialização dos centros urbanos foi fundamental para que a urbanização
se expandisse cada vez mais no país.
Com a expansão das indústrias e de maiores ofertas de trabalho, o aumento populacional foi
significativo nos centros urbanos. Em relação a outros países, a urbanização no Brasil foi tardia,
rápida e desordenada.
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Gráfico mostra o crescimento anual de algumas capitais da federação

Até meados do século XX, grande parte da população brasileira vivia nos campos (zonas
rurais). Com a expansão da Industrialização esses dados foram se modificando ao longo do tempo.
Assim, com a mecanização de máquinas, as quais já substituíam o homem do campo,
o êxodo rural aumenta consideravelmente a partir de 1950.
Esse fator foi influenciado pelos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek com
sua Política Desenvolvimentista e sua famosa frase “50 anos em 5”.
Vale ressaltar que a urbanização foi muito notória no sudeste do país onde a infraestrutura
apresentava melhores condições.
E, a partir de 1960 e a construção de Brasília no governo de JK que a região centro-oeste
começa a apresentar sinais de urbanização.
Atualmente, cerca de 80% da população brasileira vive nas zonas urbanas. No entanto, as
possibilidades, a infraestrutura e os serviços diferem bastante de uma região para a outra.
A região sudeste, onde está localizada São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (que
concentram a maior parte das Indústrias no país), são as que mais têm crescido nas últimas
décadas.
Por outro lado, as regiões norte e nordeste ainda sofrem com carências e aumento da
violência nas grandes cidades.

6. REVOLUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL


A prática da agricultura é uma das mais antigas atividades desenvolvidas pelos humanos.
No Período Neolítico, a constituição das primeiras técnicas e materiais utilizados para o cultivo de
plantas e confinamento de animais foi a principal causa para aquilo que se denominou como a
sedentarização do ser humano, o que permitiu a sua moradia fixa em uma dada localidade, embora
a coleta e a caça tenham convivido por muito tempo lado a lado da agricultura.
O desenvolvimento da agricultura, portanto, esteve diretamente associado à formação das
primeiras civilizações, o que nos ajuda a entender a importância das técnicas e do meio técnico no
processo de construção das sociedades e seus espaços geográficos. Nesse sentido, à medida que
essas sociedades modernizaram suas técnicas e tecnologias, mais a evolução da agricultura
conheceu os seus avanços.
Originalmente, a prática da agropecuária foi desenvolvida na proximidade de grandes rios,
notadamente o Tigre e Eufrates, além do Nilo, o Ganges e outros. Não por coincidência, foram
nessas localidades que surgiram as primeiras grandes civilizações que se teve notícia, pois a
prática da agricultura permitiu o desenvolvimento do comércio graças à produção de excedente.
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6.1 A revolução agrícola

Um dos momentos mais importantes do processo de evolução da agricultura ao longo da


história foi, sem dúvidas, aquilo que ficou conhecido como a Revolução Agrícola. Podemos dizer
que, com o passar do tempo, várias revoluções agrícolas sucederam-se, mas a principal delas
ocorreu a partir da Revolução Industrial.
O processo de industrialização das sociedades permitiu a transformação do espaço geográfico no
meio rural, o que ocorreu graças à inserção de maiores aparatos tecnológicos na produção
agrícola, permitindo uma maior mecanização do campo. Essa transformação materializou-se a
partir do fornecimento de insumos da indústria para a agricultura, tais como maquinários,
fertilizantes e objetos técnicos em geral.
O desenvolvimento da revolução agrícola no mundo também esteve diretamente associado
à expansão marítimo-colonial europeia, em que os povos europeus disseminaram as diferentes
culturas pelo mundo por meio das plantations. No Brasil, o caso mais evidente foi a produção da
cana-de-açúcar. Vale lembrar que essa interação entre colonos e colonizadores também contribuiu
para a evolução agrícola, na medida em que técnicas antes pouco conhecidas passaram a ser
aplicadas, a exemplo do terraceamento praticado tanto na China antiga quanto pelas civilizações
pré-colombianas.

6.2 A Revolução Verde

No século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, a evolução da


agricultura conheceu um de seus patamares mais importantes, o que ficou conhecido
como Revolução Verde. Trata-se, basicamente, de um conjunto de medidas e promoção de
técnicas baseado na introdução de melhorias genéticas nas plantas e na evolução dos aparatos de
produção agrícola para ampliar, sobretudo, a produção de alimentos.
A introdução das técnicas provenientes da revolução verde permitiu um aumento, em larga
escala, da produção de grãos e cereais, diminuindo sensivelmente a necessidade por alimentos em
várias regiões da Ásia, África e América Latina, muito embora a fome não tenha sido erradicada,
uma vez que a sua existência não se deve somente à falta de alimentos. O impacto no mundo foi
tão amplo que o agrônomo estadunidense Norman Borlaug, considerado o “pai” da Revolução
Verde, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz no ano de 1990.
Embora a Revolução Verde seja bastante criticada pelos seus impactos ambientais e
também pelo processo de concentração de terras que acompanhou a sua evolução, é inegável a
sua importância para o desenvolvimento da agricultura no mundo. Além do mais, como extensão,
ampliaram-se nas décadas posteriores as melhorias decorrentes da tecnologia no campo, como
a biotecnologia e a introdução dos Sistemas de Informações Geográficas na linha de produção
agropecuária, o que vem intensificando a elevação da produtividade.

7. PECUÁRIA

A produção pecuária corresponde ao conjunto de técnicas utilizadas e destinadas à criação


e reprodução de animais domésticos com fins econômicos, esses animais são comercializados e
abastecem o mercado consumidor. A pecuária integra a agricultura, pois ambas são desenvolvidas
em um mesmo lugar e em determinados momentos uma atividade depende da outra, um exemplo
disso é a ração para bovinos, a produção leiteira que necessita de cana-de-açúcar e capim
cultivados e, às vezes, as fezes dos animais servem como adubos naturais no cultivo de algumas
culturas, como hortas.
A pecuária é uma atividade ligada à criação de gado e outros animais, esse ramo produz
importantes matérias-primas que abastecem as agroindústrias, como carnes para frigoríficos, peles
na indústria de couro, leite para laticínios e muitos outros.
Dentre as muitas fontes de renda derivadas da pecuária destaca-se a produção de carne,
leite e ovos. A carne exerce a principal função na produção agroindustrial, nesse sentido os animais
consumidos são: bovinos, suínos, bufalinos, ovinos, caprinos e galináceos ou aves em geral. A
segunda importante produção está ligada à produção leiteira, nesse caso são derivados de
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bovinos, bufalinos, ovinos e caprinos, o terceiro tipo de produção mais importante é a de ovos,
provenientes da criação de galináceos e por último os animais de montaria (equinos, muares e
asininos).

Especialização produtiva na criação animal:


- Pecuária de corte (criação de bovinos destinados à produção de carne).
- Pecuária de leite (criação de bovinos e outros animais destinados à produção de leite).
- Pecuária de lã (criação de ovinos ou caprinos que fornecem lã).
- Equinocultura (criação de cavalos).
- Suinocultura (criação de porcos).
- Avicultura (criação de aves).
- Cunicultura (criação de coelhos).
- Apicultura (criação de abelhas).
- Piscicultura (criação de peixes).

A atividade pecuária está dividida também de acordo com o nível tecnológico empregado na
produção, nesse sentido existe a pecuária extensiva na qual os animais vivem soltos em extensas
áreas, sem maiores cuidados, e o índice de produtividade é baixo. Na pecuária intensiva os
animais são criados em cocheiras e se alimentam de rações balanceadas, destinadas a aumentar a
produtividade, além de receber cuidados veterinários e sanitários, os planteis (animais de boa raça)
são selecionados a partir do interesse de produção.
Um dos problemas que vem dificultando esse tipo de atividade é a questão da saúde animal
que impede que aconteça a exportação de produtos oriundos de determinadas áreas de risco no
país, a principal é a febre aftosa.
Apesar da imensa importância que a pecuária exerce na economia do país, essa atividade
provoca, ao mesmo tempo, grandes impactos ambientais, como erosões provenientes do caminho
que o gado realiza dia após dia, formando os conhecidos “trieiros” no meio das pastagens, que vão
sendo lavados pela água da chuva criando as voçorocas. Outro problema está ligado à criação de
bovinos em grande escala, pois as flatulências emitidas por esses animais contêm gás metano
nocivos à atmosfera, favorecendo o aquecimento global e o efeito estufa, alguns estudos revelam
que realmente esse processo é possível.
A região Centro-Oeste é a que mais cresce no Brasil, sua principal atividade econômica é a
pecuária, embora nos últimos anos a agricultura tenha se intensificado, assim como o setor
industrial.
Dentre as várias criações que constituem a pecuária, a bovinocultura é a mais
representativa na região, são cerca de 70 milhões de cabeças de gado. O Centro-Oeste responde
por cerca de 36% da produção nacional, detém o maior rebanho do Brasil.
A segunda principal criação é a de suíno, no entanto, os criadores estão dispersos na região, estão
respectivamente no sul de Goiás e no Mato Grosso do Sul.
Um dos fatores que favorecem essa atividade econômica são as condições naturais (clima,
relevo, vegetação, água) da região.
A criação de gado é geralmente desenvolvida de maneira extensiva. No Pantanal, a
pecuária é a principal fonte econômica, a região oferece pastagens naturais, além das águas
salobras oriundas de lagos que se encontram nas áreas mais elevadas. É justamente para esses
locais que o rebanho é levado no período chuvoso. No período entre janeiro e junho, o pantanal se
torna uma enorme planície alagada.
A criação de gado de corte é a de maior destaque, embora haja bacias leiteiras nos Estados
que compõem a região. A produção de carne, além de abastecer o mercado local, supre o mercado
consumidor da região Sudeste.

8. AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

O agronegócio, que atualmente recebe o nome de agrobusiness (agronegócios em inglês),


corresponde à junção de diversas atividades produtivas que estão diretamente ligadas à produção
e subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária.
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Quando se fala em agronegócio é comum associar somente a produção in natura, como
grãos e leite, por exemplo, no entanto esse segmento produtivo é muito mais abrangente, pois
existe um grande número de participantes nesse processo.
O agronegócio deve ser entendido como um processo, na produção agropecuária intensiva
é utilizado uma série de tecnologias e biotecnologias para alcançar níveis elevados de
produtividade, para isso é necessário que alguém ou uma empresa forneça tais elementos.
Diante disso, podemos citar vários setores da economia que faz parte do agronegócio, como
bancos que fornecem créditos, indústria de insumos agrícolas (fertilizantes, herbicidas, inseticidas,
sementes selecionadas para plantio entre outros), indústria de tratores e peças, lojas veterinárias e
laboratórios que fornecem vacinas e rações para a pecuária de corte e leiteira, isso na primeira
etapa produtiva.
Posteriormente a esse processo são agregados novos integrantes do agronegócio que
correspondem às agroindústrias responsáveis pelo processamento da matéria-prima oriunda da
agropecuária.
A agroindústria realiza a transformação dos produtos primários da agropecuária em
subprodutos que podem inserir na produção de alimentos, como os frigoríficos, indústria de
enlatados, laticínios, indústria de couro, biocombustíveis, produção têxtil entre muitos outros.
A produção agropecuária está diretamente ligada aos alimentos, processados ou não, que
fazem parte do nosso cotidiano, porém essa produção é mais complexa, isso por que muitos dos
itens que compõe nossa vida são oriundos dessa atividade produtiva, madeira dos móveis, as
roupas de algodão, essência dos sabonetes e grande parte dos remédios têm origem nos
agronegócios.
A partir de 1970, o Brasil vivenciou um aumento no setor agroindustrial, especialmente no
processamento de café, soja, laranja e cana-de-açúcar e também criação de animais, principais
produtos da época.
A agroindústria, que corresponde à fusão entre a produção agropecuária e a indústria,
possui uma interdependência com relação a diversos ramos da indústria, pois necessitam de
embalagens, insumos agrícolas, irrigação, máquinas e implementos.
Esse conjunto de interações dá à atividade alto grau de importância econômica para o país,
no ano de 1999 somente a agropecuária respondeu por 9% do PIB do Brasil, entretanto, se
enquadrarmos todas as atividades (comercial, financeira e serviços envolvidos) ligadas ao setor de
agronegócios esse percentual se eleva de forma significativa com a participação da agroindústria
para aproximadamente 40% do PIB total.
Esse processo também ocorre nos países centrais, nos quais a agropecuária responde, em
média, por 3% do Produto Interno Bruto (PIB), mas os agronegócios ou agrobusiness representam
um terço do PIB. Essas características levam os líderes dos Estados Unidos e da União Europeia a
conduzir sua produção agrícola de modo subsidiado pelos seus respectivos governos, esses criam
medidas protecionistas (barreiras alfandegárias, impedimento de importação de produtos de bens
agrícolas) para preservar as atividades de seus produtores.
Em suma, o agronegócio ocupa um lugar de destaque na economia mundial, principalmente
nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, pois garante o sustento alimentar das
pessoas e sua manutenção, além disso, contribui para o crescimento da exportação e do país que
o executa.

8.1 Principais Produtos Agrícolas

O Brasil, desde 2010, quando ultrapassou o Canadá, é o terceiro maior produtor e


exportador agrícola do mundo, atrás somente das duas grandes potências agrícolas mundiais: os
Estados Unidos e a União Europeia. No entanto, diferentemente desses dois territórios, a
capacidade de crescimento e a perspectiva nacional em relação a um futuro de médio prazo são
grandes, de modo que o país poderá apresentar maiores crescimentos nos próximos anos.
Dois principais fatores estão associados ao crescimento da atuação agropecuária do
Brasil no mercado externo: a mecanização do campo, vivenciada no país a partir da segunda
metade do século XX, e a expansão da fronteira agrícola para o interior do território ao longo do
mesmo período. Assim, elevou-se a produtividade nas áreas produzidas, bem como as áreas
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cultivadas, embora muitas áreas de expansão apresentem modelos tradicionais, uso extensivo da
terra e baixa produtividade.
Dos principais produtos agropecuários do Brasil, cabe destaque para a cana-de-açúcar,
o café e a laranja, dos quais somos os maiores produtores mundiais; a soja, o fumo e a carne
bovina – encontramo-nos na segunda posição internacional; e o milho, produto em que o Brasil é
o terceiro país em volume de produção anual.

9. TIPOS DE TRABALHADORES RURAIS

O trabalho no campo não se desenvolve de maneira homogênea, existem diversas formas


de relação. Desse modo, são classificadas em:
• Posseiros: São trabalhadores rurais que ocupam terras do governo com a finalidade de
desenvolver a agropecuária.
• Parceiros: São parcerias fixadas entre o dono de terras e um trabalhador rural. Dessa
forma, um disponibiliza o espaço agrário e outro a força de trabalho. Ao fim do processo, toda a
produção é dividida conforme acordo pré-estabelecido, para determinar o percentual que cabe para
cada uma das partes.
• Pequenos proprietários: São pequenos produtores rurais que atuam em sua terra,
geralmente com mão-de-obra familiar. A produção gerada na propriedade é destinada ao
abastecimento da própria família e o excedente é comercializado no mercado local.
• Arrendatários: Agricultores que não possuem terras, mas que dispõem de equipamentos
agrícolas. Desse modo, para produzir, alugam ou arrendam a terra de terceiros. O pagamento do
aluguel é realizado em moeda corrente ou com parte da produção.
• Assalariados permanentes: Trabalho com certa estabilidade. Isso quer dizer que o serviço
não tem um prazo determinado para terminar, ou seja, é fixo.
• Assalariados temporários: Trabalhadores rurais que desempenham atividades por um
período determinado. Essa relação de trabalho pode acontecer por dia, empreitadas, períodos de
colheitas. Isso é comum no corte de cana; os boias-frias trabalham por alguns meses do ano.
• Não-remunerados: Corresponde ao trabalho realizado muitas vezes pelo grupo familiar
(filhos, esposas, etc.), sem que haja o pagamento de salários. Existe outra forma de trabalho não-
remunerado: o trabalho escravo, que ainda tem sido praticado em algumas fazendas do Brasil.
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10. REFORMA AGRÁRIA

A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou
seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é
realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de
grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras
para famílias camponesas.
Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o
direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em
prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades
adquiridas por grandes latifundiários.
No Brasil, historicamente há uma distribuição desigual de terras. Esse problema teve início
em 1530, com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias (distribuição de
terra pela Coroa portuguesa a quem tivesse condições de produzir, tendo que pagar para a Coroa
um sexto da produção). Essa política de aquisição da terra formou vários latifúndios. Em 1822, com
a independência do Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte,
resultando em grande violência e concentração de terras para poucos proprietários, sendo esse
problema prolongado até os dias atuais.
A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas
podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários), dificuldades
jurídicas, além do elevado custo de manutenção das famílias assentadas, pois essas famílias que
recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a
compra de adubos, sementes e máquinas, os assentamentos necessitam de infraestrutura, entre
outros aspectos. Porém, é de extrema importância a realização da reforma agrária no país,
proporcionando terra para a população trabalhar, aumentando a produção agrícola, redução das
desigualdades sociais, democratização da estrutura fundiária, etc.
Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) exerce grande
pressão para a distribuição de terras, sendo a ocupação de propriedades consideradas
improdutivas sua principal manifestação.
As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas pela União de
duas formas: expropriação e compra. A expropriação é a modalidade original para a obtenção de
terras para a reforma. Está prevista na Lei 8.629/93, que diz: “a propriedade rural que não cumprir a
função social é passível de desapropriação”. Quem estabelece se uma propriedade cumpre sua
função social prevista na lei é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que
a partir de índices de produtividade predeterminados avalia se a terra é produtiva ou não.
A outra forma de aquisição da propriedade rural para fins de reforma agrária é a compra
direta de terras de seus proprietários. Conforme dados do INCRA, de 2003 a 2009, o Governo do
Brasil comprou mais de 40 milhões de hectares para realizar a reforma, enquanto a expropriação
atingiu apenas 3 milhões de hectares.
A obtenção de terras através da compra é muito criticada, pois a União, ao pagar pelo
imóvel rural, proporciona as condições para permitir a reconversão do dinheiro retido na terra em
dinheiro disponível para os capitalistas-proprietários de terra.
Conforme dados do INCRA, o Brasil destinou mais de 80 milhões de hectares para fins da
reforma agrária, realizando o assentamento de, aproximadamente, 920 mil pessoas.

11. IMPACTOS AMBIENTAIS PROVOCADOS PELA ATIVIDADE AGRÍCOLA

A inovação nas técnicas produtivas, a mecanização e a utilização de insumos para melhorar a


produtividade e diminuir as perdas por causas naturais provocaram significativos impactos no meio
ambiente.

11.1 Agricultura e meio ambiente

O desmatamento da área a ser cultivada constitui talvez o primeiro impacto da produção


agrícola. O terreno a ser cultivado precisa estar limpo para que se possa fazer a preparação do
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solo e o plantio das sementes e mudas. Entretanto, esse é apenas um dos impactos ambientais
possíveis de serem gerados pela agricultura.
Vejamos outros impactos da produção agrícola sobre o meio ambiente:
• A mecanização da agricultura trouxe agilidade à produção, além de diminuir muito a
necessidade de mão de obra. Todavia, para a utilização desses maquinários agrícolas, é
preciso queimar combustíveis fósseis, como o óleo diesel, o que prejudica a qualidade do ar,
ampliando a poluição atmosférica;

A mecanização da agricultura aumentou a produtividade e reduziu custos de produção, mas também


trouxe consigo impactos ambientais

• Poluição dos solos e da água em virtude da utilização de insumos agrícolas, como adubos
químicos, corretores do solo, pesticidas (os chamados agrotóxicos) etc. Quando a lavoura
recebe a chuva ou é irrigada, esses insumos podem escoar para os rios, contaminar os solos
e o lençol freático;
• Diminuição da biodiversidade por causa do uso agrotóxicos (pesticidas), que, muitas
vezes, são pulverizados por aviões e atingem as áreas vizinhas, matando, assim, animais e
plantas. O desmatamento também contribui para a diminuição da biodiversidade;
• Erosão causada pela irrigação e manejo inadequado dos solos. A retirada da cobertura
vegetal que protege o solo também contribui para que surjam erosões. Além disso, a
retirada da mata ciliar para o plantio pode ocasionar o assoreamento dos rios;
• Exaustão dos mananciais de água doce – O maior responsável pelo consumo de água
doce é a atividade agrícola. Ela responde por mais da metade do consumo. Em tempos de
diminuição crescente de rios e córregos limpos, essa é uma questão preocupante.
Apesar de existirem muitas questões relacionadas com a produção agrícola e os impactos por
ela causados ao meio ambiente, tem havido uma crescente preocupação com essa questão.
Estudos e criação de técnicas que buscam diminuir os impactos ao meio ambiente são cada vez
mais comuns, como o reuso da água na agricultura e o incentivo à produção de alimentos e
matéria-prima por meio da agricultura orgânica, além do incentivo à utilização de fertilizantes e
defensivos biológicos. Essas iniciativas alimentam a esperança de que a produção agrícola possa
ter uma convivência mais amistosa com o meio ambiente.

12. AGRICULTURA ORGANICA


O termo agricultura orgânica foi desenvolvido pelo inglês Sir Albert Howad, entre os anos de
1925 e 1930. No entanto, essa modalidade da agricultura ganhou força somente na década de
1960.
A agricultura orgânica é um modelo de produção caracterizado por não utilizar fertilizantes
sintéticos, agrotóxicos, sementes modificadas, reguladores de crescimento animal e intensa

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mecanização das atividades, visando a reduzir os impactos ambientais, além de cultivar produtos
alimentícios mais saudáveis.
Os constantes problemas sociais e ambientais desencadeados pelo atual modelo de
produção agrícola (poluição das águas subterrâneas e superficiais, esgotamento dos solos,
desemprego dos trabalhadores rurais em consequência da mecanização do campo, etc.), além dos
alimentos com grandes concentrações de agrotóxicos e o pouco esclarecimento sobre os alimentos
geneticamente modificados, têm despertado a consciência de parte da população que, em busca
de um modelo agrícola que reduza os impactos ambientais e impulsione a produção de alimentos
mais saudáveis, adere à prática da agricultura orgânica.
A agricultura orgânica é um segmento agrícola que tem por objetivo a sustentabilidade
econômica e ambiental. Sua prática baseia-se no uso de estercos animais, rotação de culturas,
adubação verde, controle biológico de pragas e doenças, utilização de energias renováveis e
eliminação do uso de organismos geneticamente modificados em qualquer etapa do processo
produtivo. Portanto, a agricultura orgânica busca a harmonia com o meio ambiente e a produção de
alimentos saudáveis.
Esse modelo de produção tem se fortalecido a cada ano, já que os benefícios
proporcionados têm atraído vários consumidores, tanto dos países desenvolvidos quanto das
nações subdesenvolvidas. No entanto, os produtos desse modelo agrícola são mais caros e
algumas frutas, verduras e legumes apresentam menor volume. Portanto, os produtos orgânicos
ainda não são acessíveis à maioria da população. Outro fator agravante é que alguns produtos
orgânicos não são identificados por simples observação, podendo haver a introdução de produtos
considerados não orgânicos entre eles.
No Brasil, a agricultura orgânica é desenvolvida em cerca de 15 mil propriedades
certificadas, em que 70% delas pertencem a agricultores familiares. Essa certificação em território
brasileiro é concedida pela Associação de Agricultura Orgânica (AAO) em parceria com a Ecocert
Brasil.

QUESTIONÁRIO

1. Defina Urbanização.
2. Explique a urbanização no Período Rural.
3. Cite 3 fatores atrativos e 3 repulsivos dentro do contexto da urbanização.
4. Cite uma metrópole mais próxima do seu local de moradia ou trabalho.
5. Belo Horizonte, Contagem e Betim podem ser citados como um exemplo de conurbação?
6. Quais são as características das Cidades Globais?

7. As Cidades Globais, no atual contexto da urbanização mundial, caracterizam-se por:


Justifique.

a) possuírem necessariamente mais de 10 milhões de habitantes.


b) apresentarem um grande número de fábricas, sobretudo indústrias de base.
c) serem densamente urbanizadas e gerarem influência sobre outras cidades no mundo.
d) não apresentarem vínculos com as atividades agropecuárias e mineradoras.

8. O que são megacidades, segundo a ONU?


9. Cite e explique dois problemas dos grandes Centros Urbanos.
10. Quais são os três níveis hierárquicos relacionados a Metrópoles?

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11. Explique o processo de Metropolização.
12. Explique o processo de Macrocefalia Urbana.
13. Explique o que é Agricultura.
14. Explique quais são as principais características da agricultura moderna.
15. Cite dez produtos do Agronegócio Brasileiro.

16. No Brasil, a agropecuária é um dos principais setores da economia, sendo uma das mais
importantes atividades a impulsionar o crescimento do PIB nacional. Nesse contexto, o tipo
de prática predominante é:

a) a agricultura familiar, com elevado emprego de tecnologias.


b) o agronegócio, com predomínio de latifúndios.
c) a agricultura sustentável, com práticas extrativistas.
d) a agricultura itinerante, com técnicas avançadas de cultivo.

17. No contexto da agricultura colonial brasileira, estabeleceram-se as


chamadas plantations, caracterizadas pela monocultura, formação de latifúndios e produção
voltada à exportação.

Os sistemas de plantations são característicos

a) de sistemas intensivos mini fundiários


b) de sistemas agrícolas tradicionais
c) de sistemas agrícolas modernos
d) de sistemas produtivos de curta duração
e) de sistemas agroindustriais de massa

18. Diferencie Agricultura de Pecuária.


19. Explique o que Agricultura de Subsistência.
20. O que é agricultura Orgânica.
21. O que são sementes transgênicas.
22. O que é Reforma Agrária.
23. Quais são os objetivos da Reforma Agrária.

24. Entre os efeitos de uma eventual realização da reforma agrária no espaço geográfico
brasileiro, podemos assinalar corretamente, exceto:

a) desconcentração das posses rurais.


b) contenção do êxodo rural.
c) expansão da agricultura familiar.
d) extinção dos minifúndios.
e) diversificação da produção.

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25. Diferencia pecuária intensiva de extensiva.
26. Qual a diferença entre agricultura intensiva e extensiva?
27. Explique o impacto da agricultura no meio ambiente.
28. O que é êxodo rural? Qual o principal fator para esse fenômeno?

29. O êxodo rural no Brasil foi mais intenso entre as décadas de 1960 e 1980, período em que
também se acentuou o processo de urbanização no país. Dentre as principais causas do
êxodo rural no Brasil, podemos destacar:

a) a mecanização do campo, que substituiu a mão de obra humana por máquinas, forçando a
migração do trabalhador do campo para as cidades.
b) a política de governo implantada na ditadura militar, que incentivava a ida das pessoas para as
cidades a fim de facilitar o controle social pelo Estado.
c) a grande quantidade de pragas na lavoura, que impossibilitava o cultivo de praticamente todos
os tipos de gêneros agrícolas.
d) a grande quantidade de eventos sociais nas cidades, que atraia os jovens para as grandes
cidades e que acabavam preferindo morar nelas.
e) a grande quantidade de pessoas vivendo no campo, que diminuía a oferta de trabalhos
disponíveis e incentivava a migração dos trabalhadores para as cidades em busca de trabalho.

30. Descreva o que foi a Revolução Verde.

31. (ENEM)

Charge sobre os alimentos transgênicos

Na charge, faz-se referência a uma modificação produtiva ocorrida na agricultura. Uma


contradição presente no espaço rural brasileiro derivada dessa modificação produtiva está
presente em:

a) Expansão das terras agricultáveis, com manutenção de desigualdades sociais.


b) Modernização técnica do território, com redução do nível de emprego formal.
c) Valorização de atividades de subsistência, com redução da produtividade da terra.
d) Desenvolvimento de núcleos policultores, com ampliação da concentração fundiária.
e) Melhora da qualidade dos produtos, com retração na exportação de produtos primários.

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