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1. URBANIZAÇÃO
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2.1 Urbanização no período industrial
3. HIERARQUIA URBANA
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3.1 A hierarquia urbana é composta por estruturas categorizadas na seguinte classificação:
• Megalópole:
• Metrópole: cidade de maior porte que se caracteriza pelo poder de atração e influência que
exerce sobre um expressivo número de cidades do seu entorno. É o centro mais importante
da rede urbana, por isso, seu nível de influência pode ser classificado como regional ou
nacional:
• Metrópole nacional: Grande centro urbano, com variedade de serviços e influência sobre os
centros regionais, capitais regionais e as metrópoles regionais.
• Metrópole regional: Cidade que exerce grande influência em seu próprio estado. Apresenta
mais de um milhão de habitantes e grande concentração de pessoas.
• Centros regionais: São cidades médias que exercem influência em âmbito regional. Podem
ser ou não uma capital de estado. Normalmente são referência no desenvolvimento da
produção de bens e serviços para as cidades de seu entorno e também estabelecem vínculo
mais próximo com as metrópoles nacionais;
• Cidade local: cidade de pequeno porte em que sua população, muitas vezes, recorre aos
centros urbanos maiores para ter acesso a bens ou serviços que não são ali oferecidos;
• Vila: pequeno aglomerado urbano que não foi alcançou a condição de cidade. A grande
maioria dos bens e serviços não é oferecida. Necessita recorrer frequentemente a centros
urbanos maiores para ter suas necessidades atendidas.
4.1 Conurbação
É um termo usado para designar um fenômeno urbano que acontece a partir da união de
duas ou mais cidades/municípios, constituindo uma única malha urbana, como se fosse
somente uma única cidade.
4.2 Metropolização
5. URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
O processo de urbanização no Brasil tem início no século XX com o êxodo rural. Ou seja,
o deslocamento de pessoas do campo para as cidades em busca de melhores condições de vida.
Lembre-se que a urbanização é o aumento da população em zonas urbanas em detrimento
das zonas rurais.
O processo de industrialização dos centros urbanos foi fundamental para que a urbanização
se expandisse cada vez mais no país.
Com a expansão das indústrias e de maiores ofertas de trabalho, o aumento populacional foi
significativo nos centros urbanos. Em relação a outros países, a urbanização no Brasil foi tardia,
rápida e desordenada.
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Gráfico mostra o crescimento anual de algumas capitais da federação
Até meados do século XX, grande parte da população brasileira vivia nos campos (zonas
rurais). Com a expansão da Industrialização esses dados foram se modificando ao longo do tempo.
Assim, com a mecanização de máquinas, as quais já substituíam o homem do campo,
o êxodo rural aumenta consideravelmente a partir de 1950.
Esse fator foi influenciado pelos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek com
sua Política Desenvolvimentista e sua famosa frase “50 anos em 5”.
Vale ressaltar que a urbanização foi muito notória no sudeste do país onde a infraestrutura
apresentava melhores condições.
E, a partir de 1960 e a construção de Brasília no governo de JK que a região centro-oeste
começa a apresentar sinais de urbanização.
Atualmente, cerca de 80% da população brasileira vive nas zonas urbanas. No entanto, as
possibilidades, a infraestrutura e os serviços diferem bastante de uma região para a outra.
A região sudeste, onde está localizada São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (que
concentram a maior parte das Indústrias no país), são as que mais têm crescido nas últimas
décadas.
Por outro lado, as regiões norte e nordeste ainda sofrem com carências e aumento da
violência nas grandes cidades.
7. PECUÁRIA
A atividade pecuária está dividida também de acordo com o nível tecnológico empregado na
produção, nesse sentido existe a pecuária extensiva na qual os animais vivem soltos em extensas
áreas, sem maiores cuidados, e o índice de produtividade é baixo. Na pecuária intensiva os
animais são criados em cocheiras e se alimentam de rações balanceadas, destinadas a aumentar a
produtividade, além de receber cuidados veterinários e sanitários, os planteis (animais de boa raça)
são selecionados a partir do interesse de produção.
Um dos problemas que vem dificultando esse tipo de atividade é a questão da saúde animal
que impede que aconteça a exportação de produtos oriundos de determinadas áreas de risco no
país, a principal é a febre aftosa.
Apesar da imensa importância que a pecuária exerce na economia do país, essa atividade
provoca, ao mesmo tempo, grandes impactos ambientais, como erosões provenientes do caminho
que o gado realiza dia após dia, formando os conhecidos “trieiros” no meio das pastagens, que vão
sendo lavados pela água da chuva criando as voçorocas. Outro problema está ligado à criação de
bovinos em grande escala, pois as flatulências emitidas por esses animais contêm gás metano
nocivos à atmosfera, favorecendo o aquecimento global e o efeito estufa, alguns estudos revelam
que realmente esse processo é possível.
A região Centro-Oeste é a que mais cresce no Brasil, sua principal atividade econômica é a
pecuária, embora nos últimos anos a agricultura tenha se intensificado, assim como o setor
industrial.
Dentre as várias criações que constituem a pecuária, a bovinocultura é a mais
representativa na região, são cerca de 70 milhões de cabeças de gado. O Centro-Oeste responde
por cerca de 36% da produção nacional, detém o maior rebanho do Brasil.
A segunda principal criação é a de suíno, no entanto, os criadores estão dispersos na região, estão
respectivamente no sul de Goiás e no Mato Grosso do Sul.
Um dos fatores que favorecem essa atividade econômica são as condições naturais (clima,
relevo, vegetação, água) da região.
A criação de gado é geralmente desenvolvida de maneira extensiva. No Pantanal, a
pecuária é a principal fonte econômica, a região oferece pastagens naturais, além das águas
salobras oriundas de lagos que se encontram nas áreas mais elevadas. É justamente para esses
locais que o rebanho é levado no período chuvoso. No período entre janeiro e junho, o pantanal se
torna uma enorme planície alagada.
A criação de gado de corte é a de maior destaque, embora haja bacias leiteiras nos Estados
que compõem a região. A produção de carne, além de abastecer o mercado local, supre o mercado
consumidor da região Sudeste.
8. AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou
seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é
realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de
grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras
para famílias camponesas.
Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o
direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em
prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades
adquiridas por grandes latifundiários.
No Brasil, historicamente há uma distribuição desigual de terras. Esse problema teve início
em 1530, com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias (distribuição de
terra pela Coroa portuguesa a quem tivesse condições de produzir, tendo que pagar para a Coroa
um sexto da produção). Essa política de aquisição da terra formou vários latifúndios. Em 1822, com
a independência do Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte,
resultando em grande violência e concentração de terras para poucos proprietários, sendo esse
problema prolongado até os dias atuais.
A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas
podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários), dificuldades
jurídicas, além do elevado custo de manutenção das famílias assentadas, pois essas famílias que
recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a
compra de adubos, sementes e máquinas, os assentamentos necessitam de infraestrutura, entre
outros aspectos. Porém, é de extrema importância a realização da reforma agrária no país,
proporcionando terra para a população trabalhar, aumentando a produção agrícola, redução das
desigualdades sociais, democratização da estrutura fundiária, etc.
Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) exerce grande
pressão para a distribuição de terras, sendo a ocupação de propriedades consideradas
improdutivas sua principal manifestação.
As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas pela União de
duas formas: expropriação e compra. A expropriação é a modalidade original para a obtenção de
terras para a reforma. Está prevista na Lei 8.629/93, que diz: “a propriedade rural que não cumprir a
função social é passível de desapropriação”. Quem estabelece se uma propriedade cumpre sua
função social prevista na lei é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que
a partir de índices de produtividade predeterminados avalia se a terra é produtiva ou não.
A outra forma de aquisição da propriedade rural para fins de reforma agrária é a compra
direta de terras de seus proprietários. Conforme dados do INCRA, de 2003 a 2009, o Governo do
Brasil comprou mais de 40 milhões de hectares para realizar a reforma, enquanto a expropriação
atingiu apenas 3 milhões de hectares.
A obtenção de terras através da compra é muito criticada, pois a União, ao pagar pelo
imóvel rural, proporciona as condições para permitir a reconversão do dinheiro retido na terra em
dinheiro disponível para os capitalistas-proprietários de terra.
Conforme dados do INCRA, o Brasil destinou mais de 80 milhões de hectares para fins da
reforma agrária, realizando o assentamento de, aproximadamente, 920 mil pessoas.
• Poluição dos solos e da água em virtude da utilização de insumos agrícolas, como adubos
químicos, corretores do solo, pesticidas (os chamados agrotóxicos) etc. Quando a lavoura
recebe a chuva ou é irrigada, esses insumos podem escoar para os rios, contaminar os solos
e o lençol freático;
• Diminuição da biodiversidade por causa do uso agrotóxicos (pesticidas), que, muitas
vezes, são pulverizados por aviões e atingem as áreas vizinhas, matando, assim, animais e
plantas. O desmatamento também contribui para a diminuição da biodiversidade;
• Erosão causada pela irrigação e manejo inadequado dos solos. A retirada da cobertura
vegetal que protege o solo também contribui para que surjam erosões. Além disso, a
retirada da mata ciliar para o plantio pode ocasionar o assoreamento dos rios;
• Exaustão dos mananciais de água doce – O maior responsável pelo consumo de água
doce é a atividade agrícola. Ela responde por mais da metade do consumo. Em tempos de
diminuição crescente de rios e córregos limpos, essa é uma questão preocupante.
Apesar de existirem muitas questões relacionadas com a produção agrícola e os impactos por
ela causados ao meio ambiente, tem havido uma crescente preocupação com essa questão.
Estudos e criação de técnicas que buscam diminuir os impactos ao meio ambiente são cada vez
mais comuns, como o reuso da água na agricultura e o incentivo à produção de alimentos e
matéria-prima por meio da agricultura orgânica, além do incentivo à utilização de fertilizantes e
defensivos biológicos. Essas iniciativas alimentam a esperança de que a produção agrícola possa
ter uma convivência mais amistosa com o meio ambiente.
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mecanização das atividades, visando a reduzir os impactos ambientais, além de cultivar produtos
alimentícios mais saudáveis.
Os constantes problemas sociais e ambientais desencadeados pelo atual modelo de
produção agrícola (poluição das águas subterrâneas e superficiais, esgotamento dos solos,
desemprego dos trabalhadores rurais em consequência da mecanização do campo, etc.), além dos
alimentos com grandes concentrações de agrotóxicos e o pouco esclarecimento sobre os alimentos
geneticamente modificados, têm despertado a consciência de parte da população que, em busca
de um modelo agrícola que reduza os impactos ambientais e impulsione a produção de alimentos
mais saudáveis, adere à prática da agricultura orgânica.
A agricultura orgânica é um segmento agrícola que tem por objetivo a sustentabilidade
econômica e ambiental. Sua prática baseia-se no uso de estercos animais, rotação de culturas,
adubação verde, controle biológico de pragas e doenças, utilização de energias renováveis e
eliminação do uso de organismos geneticamente modificados em qualquer etapa do processo
produtivo. Portanto, a agricultura orgânica busca a harmonia com o meio ambiente e a produção de
alimentos saudáveis.
Esse modelo de produção tem se fortalecido a cada ano, já que os benefícios
proporcionados têm atraído vários consumidores, tanto dos países desenvolvidos quanto das
nações subdesenvolvidas. No entanto, os produtos desse modelo agrícola são mais caros e
algumas frutas, verduras e legumes apresentam menor volume. Portanto, os produtos orgânicos
ainda não são acessíveis à maioria da população. Outro fator agravante é que alguns produtos
orgânicos não são identificados por simples observação, podendo haver a introdução de produtos
considerados não orgânicos entre eles.
No Brasil, a agricultura orgânica é desenvolvida em cerca de 15 mil propriedades
certificadas, em que 70% delas pertencem a agricultores familiares. Essa certificação em território
brasileiro é concedida pela Associação de Agricultura Orgânica (AAO) em parceria com a Ecocert
Brasil.
QUESTIONÁRIO
1. Defina Urbanização.
2. Explique a urbanização no Período Rural.
3. Cite 3 fatores atrativos e 3 repulsivos dentro do contexto da urbanização.
4. Cite uma metrópole mais próxima do seu local de moradia ou trabalho.
5. Belo Horizonte, Contagem e Betim podem ser citados como um exemplo de conurbação?
6. Quais são as características das Cidades Globais?
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11. Explique o processo de Metropolização.
12. Explique o processo de Macrocefalia Urbana.
13. Explique o que é Agricultura.
14. Explique quais são as principais características da agricultura moderna.
15. Cite dez produtos do Agronegócio Brasileiro.
16. No Brasil, a agropecuária é um dos principais setores da economia, sendo uma das mais
importantes atividades a impulsionar o crescimento do PIB nacional. Nesse contexto, o tipo
de prática predominante é:
24. Entre os efeitos de uma eventual realização da reforma agrária no espaço geográfico
brasileiro, podemos assinalar corretamente, exceto:
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25. Diferencia pecuária intensiva de extensiva.
26. Qual a diferença entre agricultura intensiva e extensiva?
27. Explique o impacto da agricultura no meio ambiente.
28. O que é êxodo rural? Qual o principal fator para esse fenômeno?
29. O êxodo rural no Brasil foi mais intenso entre as décadas de 1960 e 1980, período em que
também se acentuou o processo de urbanização no país. Dentre as principais causas do
êxodo rural no Brasil, podemos destacar:
a) a mecanização do campo, que substituiu a mão de obra humana por máquinas, forçando a
migração do trabalhador do campo para as cidades.
b) a política de governo implantada na ditadura militar, que incentivava a ida das pessoas para as
cidades a fim de facilitar o controle social pelo Estado.
c) a grande quantidade de pragas na lavoura, que impossibilitava o cultivo de praticamente todos
os tipos de gêneros agrícolas.
d) a grande quantidade de eventos sociais nas cidades, que atraia os jovens para as grandes
cidades e que acabavam preferindo morar nelas.
e) a grande quantidade de pessoas vivendo no campo, que diminuía a oferta de trabalhos
disponíveis e incentivava a migração dos trabalhadores para as cidades em busca de trabalho.
31. (ENEM)
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