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Urbanização
“Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população quanto em
extensão territorial. É o processo em que o espaço rural se transforma em espaço
urbano, com a consequente migração populacional do tipo campo–cidade que,
quando ocorre de forma intensa e acelerada, é chamada de êxodo rural”.
Em termos de área territorial, no mundo atual, o espaço rural é bem mais amplo do que o
espaço urbano. Isso ocorre porque o primeiro exige um maior espaço para as práticas nele
desenvolvidas, como a agropecuária, o extrativismo mineral e vegetal, além da delimitação
de áreas de preservação ambiental e florestas em geral.
→ Fatores atrativos: Como o próprio nome sugere, são aqueles em que a urbanização
ocorre devido às condições estruturais oferecidas pelo espaço das cidades, o maior deles é
a industrialização.
→ Fatores repulsivos: são aqueles em que a urbanização ocorre não em função das
vantagens produtivas das cidades, mas graças a essa espécie de expulsão da população
do campo para os centros urbanos. Esse processo ocorre, em geral, pela modernização do
campo, que propiciou a substituição do homem pela máquina, e pelo processo
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de concentração fundiária, que deixou a maior parte das quantidades de terras nas mãos de
poucos latifundiários.
Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a formação de grandes
metrópoles e, em alguns casos, até de megacidades, com populações que superam os 10
milhões de habitantes (3º ponto). Por fim, estrutura-se a chamada hierarquia urbana, que vai
desde as pequenas e médias cidades às grandes metrópoles.
Vale lembrar que esse esquema é apenas ilustrativo, pois a sequência desses
acontecimentos não é linear. Muitas vezes os fenômenos citados acontecem ao mesmo
tempo. Outra ressalva importante é a de que tal sequência não acontece de forma igualitária
em todo o mundo. Nos países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de forma
mais lenta e gradativa, enquanto nos países de industrialização tardia, tal processo
manifesta-se de forma mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais."
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Urbanização mundial
Ao longo dos anos, a sociedade tem sofrido diversas modificações, especialmente no que
tange à apropriação do espaço geográfico. Em meados de 1800, a população mundial era
praticamente rural, apenas cerca de 3% viviam em áreas urbanas. Contudo, um fato marcou
toda uma transformação social, modificando por completo a estrutura populacional no mundo
todo.
Por volta de 1950, a população urbana era de, aproximadamente, 746 milhões de pessoas.
Em 1950 houve um aumento bastante expressivo, passando-se a 3 bilhões e 900 milhões
de habitantes na zona urbana.
Assim, segundo a ONU, o crescimento da população urbana mundial, por ser elevado,
especialmente nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, não ocorreu de
maneira sustentável, acarretando diversos problemas sociais, ambientais e até climáticos.
Aproximadamente, 900 milhões de pessoas que foram para as cidades vivem hoje em
favelas no mundo todo, inseridas em um contexto de miséria, fome e diversos problemas de
saúde. Para saber mais, leia nosso texto: Urbanização no mundo."
Consequência
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1. Favelização: A falta de planejamento e de políticas públicas faz com que muitas
pessoas (ao dirigirem-se às cidades e não encontrar locais para abrigarem-se)
ocupem áreas terrenas, muitas vezes em áreas de risco. A favelização é uma
consequência do inchaço urbano e da ocupação desordenada das cidades.
Hierarquia urbana
"A hierarquia urbana é a maneira como as cidades organizam-se dentro de uma escala de
subordinação. Na prática, ocorre quando vilas e cidades menores subordinam-se às cidades
médias, e estas se subordinam às cidades grandes. Por meio da hierarquia urbana, pode-
se conhecer a importância de uma cidade e a sua relação de subordinação ou influência
sobre as outras que estão à sua volta.
Essa teoria não é estabelecida apenas pelo tamanho da cidade ou pelo contingente
populacional, mas especialmente pela quantidade e variedade de bens e serviços
oferecidos. Quanto maior é a sua importância no processo produtivo, maior é a sua
colocação na hierarquia urbana.
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"O processo de globalização e a melhoria dos transportes e comunicações mudaram a hierarquia urbana"
"Essa nova realidade é fruto da flexibilização e popularização dos meios de transporte, que
permitem às pessoas escolher onde querem adquirir produtos, não ficando subordinadas ao
centro urbano mais próximo.
Metrópole: cidade de maior porte que se caracteriza pelo poder de atração e influência que
exerce sobre um expressivo número de cidades do seu entorno. É o centro mais importante
da rede urbana, por isso, seu nível de influência pode ser classificado como regional ou
nacional:
Metrópole nacional: Grande centro urbano, com variedade de serviços e influência sobre
os centros regionais, capitais regionais e as metrópoles regionais.
Metrópole regional: Cidade que exerce grande influência em seu próprio estado. Apresenta
mais de um milhão de habitantes e grande concentração de pessoas.
Centros regionais: São cidades médias que exercem influência em âmbito regional. Podem ser ou
não uma capital de estado. Normalmente são referência no desenvolvimento da produção de bens e
serviços para as cidades de seu entorno e também estabelecem vínculo mais próximo com as
metrópoles nacionais;
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Cidade local: cidade de pequeno porte em que sua população, muitas vezes, recorre aos
centros urbanos maiores para ter acesso a bens ou serviços que não são ali oferecidos;
Vila: pequeno aglomerado urbano que não foi alcançou a condição de cidade. A grande
maioria dos bens e serviços não é oferecida. Necessita recorrer frequentemente a centros
urbanos maiores para ter suas necessidades atendidas.
Em uma metrópole são encontrados elementos, como produtos e serviços, que facilmente
se encontram em qualquer outra cidade. Entretanto, a característica marcante da metrópole
é oferecer bens e serviços que só são encontrados nas metrópoles. A variedade, o nível de
especialização e a especificidade dos elementos oferecidos pelas metrópoles explicam a
influência exercida por esses centros urbanos.
Esse poder de influência das metrópoles, porém, não possui apenas caráter econômico. A
influência política e cultural também faz parte dos requisitos que colocam esses centros
urbanos no topo da hierarquia das cidades.
Urbanização brasileira
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Mas nem sempre foi assim, até a década de 1960, a maioria da população morava no campo
e a quantidade de cidades era bem menor do que a atual. Nesse período, as cidades
existiam para atender às necessidades das atividades desenvolvidas no espaço agrário e
das atividades mineradoras, principalmente da cana-de-açúcar, do ouro e do café.
Na década de 1970 o número de habitantes morando nas cidades foi, pela primeira vez,
maior do que a população que vivia na zona rural. Esse crescimento do meio urbano
proporcionalmente maior do que o do meio rural recebe o nome de Urbanização e no Brasil
se iniciou no século XIX, intensificando-se a partir de 1920, motivados, principalmente, pela:
• implantação de indústrias nas cidades brasileiras, que atraiu muitas pessoas da zona
rural para a urbana em busca de trabalho e melhores condições de vida, provocando
assim o êxodo rural brasileiro.
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• a acentuação das desigualdades sociais nos centros urbanos, pois muitas pessoas
que chegavam às cidades não possuíam escolaridade e acabavam ficando
desempregadas, aumentando, assim, os índices de pobreza e violência nos centros
urbanos.
Metrópoles brasileiras
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O IBGE realiza o ordenamento e a classificação das metrópoles e demais aglomerados urbanos
"As metrópoles são centros urbanos de grande porte e caracterizam-se pelo poder de
atração e influência que exercem sobre um grande número de cidades em seu entorno.
Quanto maior a abrangência de sua influência, mais elevado é o seu nível na hierarquia
urbana.
No Brasil, recebem a denominação de metrópole doze centros urbanos. Eles são "
classificadas, de acordo com o órgão oficial – o IBGE –, em três níveis:"
"São Paulo é o centro urbano de maior influência no país e é categorizado como Grande Metrópole Nacional"
Grande metrópole nacional – No Brasil, apenas um centro urbano figura nessa categoria:
São Paulo, o maior centro urbano brasileiro. Possui aproximadamente 20 milhões de
habitantes e é responsável, sozinho, por expressiva fatia do PIB do país.
Metrópole nacional – Nessa classificação, estão Rio de Janeiro e Brasília, que, com São
Paulo, estão no primeiro nível da organização territorial. Rio de Janeiro, com mais 11 milhões
de habitantes, e Brasília, com mais de 3 milhões de habitantes, possuem áreas de influência
que ultrapassam os limites de seu estado (Rio de Janeiro) e o Distrito Federal."
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"O Rio de Janeiro é uma das metrópoles nacionais"
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