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Conurbação

A conurbação é o processo em que duas cidades vizinhas crescem a tal


ponto que elas se juntam, compondo um mesmo meio urbano. Em alguns
casos, esse crescimento ocorre apenas em uma dessas duas cidades que, de
certa forma, “invade” o espaço da outra, que passa a crescer junto a ela. No
Brasil, em praticamente todos os casos, a conurbação dá origem às
chamadas regiões metropolitanas, que são conjuntos de municípios vizinhos
que estão interligados no espaço geográfico, na economia e nas práticas
sociais.

• Um exemplo de conurbação é o da região metropolitana de São


Paulo, também chamada de “Grande São Paulo”, envolvendo mais de
38 municípios. Na verdade, todas as capitais brasileiras possuem as
suas regiões metropolitanas, o que também ocorre em outros tipos de
cidade, como Campinas (SP) e Londrina (PR). A cidade principal
de uma região metropolitana recebe o nome de metrópole.

Nas áreas onde ocorre a conurbação, costuma haver uma grande


dependência de uma cidade em relação à outra. Em muitos casos, as pessoas
moram nas cidades menores por essas terem o aluguel ou o preço dos imóveis
mais baratos, mas trabalham e realizam todas as suas atividades nas cidades
maiores. Diante disso, surgem as chamadas “cidades-dormitórios”, onde a
maior parte das pessoas não permanece durante o dia. Mas esse fato vem
mudando no Brasil. As cidades menores que fazem parte de uma conurbação
vão, aos poucos, modernizando-se, gerando mais empregos e conseguindo
uma maior autonomia em relação à sua metrópole correspondente.

Metrópole e Megalópole
O termo metrópole é mais conhecido, sendo empregado para definir uma
cidade grande em dimensões territoriais e populacionais e com relevante
influência.

Conurbação, por sua vez, é a reunião de cidades e seus subúrbios, enquanto


megalópole é aplicado para definir o aglomerado de metrópoles conurbadas.

Metrópole
Além das dimensões físicas e populacionais, o conceito de metrópole inclui a
influência econômica, jurídica, administrativa, cultural e política dos centros
urbanos. A principal metrópole brasileira é São Paulo. Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Porto Alegre, e Brasília também ocupam o posto de metrópoles no
País. Em outros países, os exemplos mais conhecidos são: Tóquio, Nova
Iorque, Cidade do México, Paris e Londres.
Região Metropolitana
Quando ultrapassam o limite territorial dos municípios, as metrópoles
influenciam na existência de outro tipo de organização espacial, definida como
região metropolitana. No Brasil, a região metropolitana mais conhecida é a do
ABCD paulista, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São
Caetano e Diadema.

Nas regiões metropolitanas é a metrópole quem exerce a influência funcional,


econômica e social sobre os municípios menores. Por exercer influência
econômica, a metrópole não fica sujeita somente a uma definição federativa e
espacial - cidade, estado, país.

Megalópole
O termo megalópole é aplicado para definir um conglomerado de cidades que
resultou do crescimento e da união de todas elas. É aplicado, em suma, para
definir a junção de cidades conurbadas.

As megalópoles surgem quando o espaço rural fica restrito e é tomado de tal


maneira que deixa de ser reconhecido como tal. O espaço geográfico nas
megalópoles é classificado como caótico, porque há descontrole da oferta de
bens e serviços como resultado do excesso populacional. Em contrapartida, as
megalópoles são o alvo principal de investidores dos três setores econômicos
mais importantes no capitalismo: indústria, serviços e comércio.

No Brasil, o exemplo mais utilizado para exemplificar o conceito de megalópole


está nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Diferença entre Metrópole e Megalópole

Enquanto a metrópole é uma grande cidade, a megalópole é a aglomeração de


várias metrópoles. E essa aglomeração ocorre a partir do fenômeno da
conurbação. Esse é o contexto dos aglomerados urbanos, de complexidade
espacial e social.

Megacidades
Megacidades são aglomerações urbanas muito grandes em termos de população,
desconsiderando outros fatores desses centros urbanos. Portanto, esse termo
expressa estritamente um aspecto qualitativo. A maior parte das megacidades
existentes atualmente são encontradas na China ou em outros países da Ásia. EX:
Tóquio, Xangai, Jacarta…
Como ocorre a conurbação?

O crescimento das cidades acontece de duas maneiras: vertical, com a construção de


inúmeros prédios, e horizontal, que leva ao surgimento de subúrbios e, com o passar do
tempo, a aproximação com as cidades ao entorno. Dessa maneira, nas áreas que sofrem
constantes ampliações a tendência é ocorrer a conurbação, criando um zona urbana que
engloba vários municípios. Tal processo faz com que os limites entre as cidades vizinhas
se confundam e elas criem uma relação de dependência com a metrópole. Como essa
região é a mais desenvolvida, a maior parte da população mora ao seu entorno, já que o
custo de vida (moradia, alimentação, educação) é mais baixo, mas desloca-se até ela
todos os dias para trabalhar e estudar.
A chamada migração pendular ainda torna esses locais “cidades-dormitórios”, pois as
pessoas deixam suas casas antes mesmo do horário comercial e retornam somente no
início da noite.

Um dos principais motivadores da conurbação é a urbanização. Com o êxodo rural, ou


seja, saída da população do campo para as cidades industrializadas, com presença de
portos, rodovias, sistemas de comunicação e mais oportunidades de emprego, a expansão
dessas localidades foram intensificadas dentro e fora do país.

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