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MÓDULO 4
O QUADRO NATURAL DE
PORTUGAL – A POPULAÇÃO
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Edição n.º 1 de Setembro 2006
Criado por: Departamento Pedagógico - IEDP (ENSINO ROFISSIONAL)
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LISTAGEM DAS REVISÕES
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O quadro natural de Portugal
– A População
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A evolução da população portuguesa é um dos factores mais importantes para o planeamento das
acções de desenvolvimento, uma vez que através desse estudo podemos:
Identificar e prever necessidades, estabelecer objectivos, programas no sentido de melhorar a
qualidade de vida da população, atenuar as assimetrias socioeconómicas regionais, utilizar
racionalmente os recursos naturais e ao mesmo tempo minimizar os desequilíbrios
ambientais.
Podemos pois definir Qualidade de Vida como sendo, no fundo as condições reais de
existência da população de uma determinada área, tendo em conta: a felicidade, a realização
pessoal, a segurança, o acesso á saúde, a educação, o lazer e as condições ambientais.
Portugal em relação a outros países, é um pais com população absoluta de mais ou menos de 10
milhões de habitantes, o que o torna um pais de média -pequena dimensão. Digamos que a
população portuguesa embora com um atraso significativo, têm vindo a acompanhar as tendências
demográficas características dos países mais desenvolvidos.
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EVOLUÇÃO NUMÉRICA DA POPULAÇÃO
Em Portugal as taxas de Natalidade são maioritariamente baixas mas no interior do país e mais
elevadas no Litoral.
Nos últimos anos deu-se um decréscimo da população, a taxa de natalidade passou de 24,1% em
1960 para 10,9% em2001
Entre 1995 e 2001 denotam-se algumas alterações, mas sempre direccionadas para o decréscimo
da população, devido:
Contrastes Regionais
Norte e Sul – Valores mais elevados no norte do país e mais baixos no Alentejo
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Aspectos favoráveis ao aumento de Natalidade:
Tal como a taxa de natalidade, também a taxa de mortalidade é um indicador demográfico importante
para o estudo do crescimento natural.
A taxa de Mortalidade desde 1960 aos dias de hoje também sofreu um acentuado decréscimo
devido:
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A melhoria do nível de vida da população em geral
Portugal, em relação aos países da União Europeia, têm valores ligeiramente superiores á média
europeia, sendo é apenas superado pelos países do Norte da Europa. Esta situação dá-se sobretudo
devido ao maior desenvolvimento económico dos países da União europeia, nomeadamente uma
melhor assistência médica, melhor acompanhamento a idosos, etc.
Contrastes Regionais
Registam-se assimetrias:
Litoral/Interior
Norte/Sul
Os valores mais elevados registam-se no Baixo Alentejo, ao passo que os mais baixos registam-se
no Norte, estes valores estão relacionados com o envelhecimento da população.
Taxa de Mortalidade Infantil: É o número de óbitos de crianças com menos de um ano, por cada
1000 nados vivos.
Até á relativamente pouco tempo a taxa de mortalidade infantil era mais elevada nos rapazes. No
entanto de 1960 a 2001 deu-se um decréscimo da taxa de natalidade devido:
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Vacinação infantil
Melhores condições de vida
Esta redução da taxa de mortalidade infantil, também está relacionada com a diminuição da taxa de
fecundidade.
Portugal em relação á União Europeia foi o pais que registou maior decréscimo da taxa de
mortalidade infantil nos últimos anos, no entanto Portugal continua a fazer parte dos países com
valores mais elevados, terá que percorrer ainda um longo caminho até chegar aos países mais
avançados como é o caso da Suécia ou da Finlândia.
Áreas repulsivas
Áreas pouco ou nada povoadas
Áreas atractivas de população e mais ocupadas
DP – População Absoluta
Superfície
Portugal:
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No contexto europeu têm uma densidade populacional média de
108 hab/Km2 – até é superior a Espanha que têm cerca de 77 hab/Km 2.
Lisboa Ocidental e Norte de Setúbal – são áreas planas, têm abundância de água, existe
comércio e serviços, industrialização, mais emprego, densa urbanização, e boa
acessibilidade
Litoral Algarvio – em que existe o turismo como motor de desenvolvimento económico.
Interior – onde o clima é mais seco, os solos são pobres, agricultura tradicional, pouca
industrialização, fraco desenvolvimento urbano.
Litoral Alentejano – clima seco, solos pobres, agricultura tradicional, pouca industrialização,
fraco desenvolvimento urbano.
1. Históricos – o perigo de uma invasão estrangeira que a ser será maior no interior do
que no litoral.
2. Físicos – o clima junto ao litoral é mais ameno e o relevo menos acidentado.
3. Humanos – a proximidade do mar possibilita actividades como a pesca, a extracção
do sal e o comércio.
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A partir da década de 60/70 o êxodo rural é responsável pela redistribuição da população e
pelos desequilíbrios demográficos.
1. Nas áreas rurais dá-se a saída da população jovem e adulta em idade de procriar e
trabalhar o que provocou o envelhecimento da população.
2. Nas áreas litorais – dá-se a chegada da população que passa a ser responsável por o
rejuvenescimento demográfico, pela expansão urbana, pelo surgimento de mais infra-
estruturas de apoio e maior dinamismo socioeconómico.
3. Nos anos 80 o êxodo rural abrandou devido a melhores condições de vida da
população nas áreas rurais.
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Estruturas demográficas
0 aos 19 – Jovens
20 aos 65 – Adultos
Mais de 65 – Idosos
Pirâmides Etárias: são gráficos de barras que representam a repartição da população por
idades e sexos.
É através do grupo de efectivos de cada um dos três grupos (jovem, adulto, idoso) – que se
avaliam as características de determinada população dependendo dos factores de
natalidade, mortalidade e fecundidade, a esperança média de vida ou ainda os fluxos
migratórios.
Estrutura etária de uma população consiste na sua repartição por grupos de idades e sexos.
É importante para a caracterização de uma população, e é importante para a tomada de
decisões estratégicas de grandes implicações sociais, como a alteração da idade da
reforma, a criação de emprego ou de habitação.
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Classes Oca são as classes etárias que representam uma redução do número de efectivos
relativamente à classe etária superior.
Portugal sofreu entre as décadas de 60 e 80, sobretudo após a adesão á União Europeia,
um processo de envelhecimento, há uma redução do número de jovens, e pelo aumento de
idosos.
População Activa: é o conjunto dos indivíduos que exercem uma profissão remunerada.
Também se consideram activos os indivíduos que estão a cumprir o serviço militar
obrigatório e os desempregados.
Nas últimas décadas a população activa têm vindo a aumentar, sobretudo devido á crescente
entrada da mulher no Mercado de trabalho.
TD – População desempregada
População activa x 100
Em relação aos outros países a evolução da população activa têm sido mais lenta que nos
outros países europeus.
Sector primário
Sector Secundário
Sector Terciário
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Desenvolvimento técnico do sector primário e secundário
Aumento de Turismo, lazer e cultura.
1 – Lisboa e Vale do Tejo – valores mais baixos no sector primário e mais elevados no
sector terciário, é o mais comparável aos países desenvolvidos.
2 – Algarve, Madeira -mais virados para a actividade Turística, Alentejo e Açores – embora
exista o sector terciário, ainda predomina o sector primário.
Por outro lado é fundamental hoje em dia que ter em conta factores como o nível de
qualificação profissional, assim como a taxa de alfabetização. Em relação ao primeiro – o
nível de qualificação profissional - é um indicador muito importante e fundamental no
desenvolvimento dos países. Como exemplo positivo deste factor são os Japoneses que
investe muito na qualificação profissional, como medida para o crescimento e desenvolvimento
económico dopais. Ao contrário de Portugal em que existem grandes restrições que tem
contribuído para o nosso atraso em termos de desenvolvimento.
Em relação ao segundo ponto, o nº de pessoas que sabem ler e escrever também é um
indicador muito importante no desenvolvimento de uns pais. Neste caso podemos considerar
que há 3 grupos de Países:
Portugal continua atrasado em relação aos países mais desenvolvidos, no entanto têm-se
notado uma evolução ao nivele da instrução da população.
A caracterização da população também passa por conhecer a sua situação perante o trabalho.
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Evolução da estrutura etária em Portugal
Portugal – até à década de 60 foi um dos poucos países da Europa a possuir uma
população predominantemente jovem. Devido:
A guerra colonial
A intensificação do fluxo migratório para a Europa
A estes aspectos associam-se uma redução da população rural e um aumento da
população urbana (fixação de populações nas cidades de Lisboa e Porto)
Um aumento de mulheres a trabalhar
A utilização de mais méis contraceptivos.
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Índice de Envelhecimento: relação entre a população idosa (65 anos ou mais), e a
população jovem (menos de 15 anos), por cada 100 indivíduos
1. Pensões
2. Reforma
3. Subsídios de desemprego
Todas estas situações têm custos cada vez mais elevados, leva a que a segurança social
tenha cada vez custos mais elevada – o que faz com que os idosos vivam mais angustiados
e preocupados. Há a preocupação não só de as pensões serem muito baixas, como a
insegurança em relação a estas poderem deixar de existir.
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1. Quebra da taxa de natalidade
2. Aumento da esperança média de vida
3. Emigração
4. Crescente urbanização/ terciarização
Taxa de fecundidade: número de nascimentos por ano, por mil mulheres com idade entre
os 15 e os 49 anos.
A quebra da taxa de fecundidade têm sido regular no nosso país. Causas desta quebra:
Alterações sócio-culturais
Aumento da população urbana
Feminização da mão-de-obra
O baixo nível de instrução e qualificação da população
O uso cada vez maior de contraceptivos
A instabilidade profissional que se reflecte na dificuldade em arranjar o 1º emprego
Trabalho precário
Baixos salários
1960 – Portugal tinha cerca de 3,1 de nº de filhos por mulher, superior a Portugal existia na
altura apenas a Irlanda, actualmente o valor é similar ao da união europeia -1,5 filhos por
mulher. Também actualmente o país com maior índice de fecundidade continua a ser a
Irlanda – com 1,9 filhos por mulher (mesmo assim inferior ao que seria desejado para a
renovação de gerações)
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Espanha e Itália se os países com valores mais baixos com 1,2 filhos
por mulher.
Todas estas situações têm necessariamente a ver com o nível educacional do nosso país,
no entanto têm havido alguns progressos, nomeadamente:
Para melhorar todas estas situações, devemos ter em atenção os incentivos à natalidade e
as politicas demográficas.
Os Incentivos à Natalidade:
No período entre 80/90 Portugal não sentiu necessidade de implementar medidas neste
sentido, no entanto com as crescentes dificuldades, o que passou a acontecer foi:
1. Casamentos tardios
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2. Redução do nº de filhos por casal
3. Aumento das atribuições profissionais das mulheres
4. A falta de recursos financeiros.
O nosso país poderá tomar várias medidas para reverte a situação, existem exemplos de
municípios que criaram alguns incentivos à natalidade, é o caso de Vila de Rei (Castelo
Branco), onde a Câmara atribui um subsídio de 997,60 euros para o casamento e 748,20
euros por cada criança nascida no concelho.
Por outro lado no nosso país não existe uma grande aposta na educação, na qualificação de
mão-de-obra o que levaria supostamente a uma melhor qualidade de vida.
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