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Os valores deste índice têm vindo a aumentar, existindo cada vez mais idosos
dependentes da população activa. Esta situação coloca graves problemas ao nível da
Segurança Social e do pagamento de reformas.
Os jovens representam um grupo dependente, sendo importante determinar o
índice de dependência de jovens (IDJ), que relaciona o grupo etário dos jovens com o
grupo dos adultos e que se exprime em percentagem.
IDJ = População jovem (inferior a 15 anos) X100
População adulta (dos 15 aos 64 anos
O valor deste indicador tem vindo a decrescer como se pode concluir pela análise
dos valores da natalidade, que se encontram também em declínio.
O cálculo do índice de dependência total (IDT), que relaciona os grupos etários
dos dependentes com o grupo etário dos adultos, revela um aumento de valores.
IDT = População jovem + população idosa X100
População adulta
Quadro 1 População por níveis de ensino e por níveis de NUT II, em 2000
Nível de instrução em %
Sem Inferior ao
2º e 3º ciclo Secundário Superior
Regiões instrução 2º Ciclo
Agrárias
O turismo
A partir dos meados do século XX, com o desenvolvimento dos meios de
transporte, a melhoria do nível de vida e a conquista de importantes regalias sociais
(direito a férias, subsidio de férias, etc), o turismo transformou-se num fenómeno de
massas e numa actividade de grande importância económica, não só pelo número de
empregos que dá origem, como pelos capitais que atrai. Constitui-se como um
importante sector de desenvolvimento regional. A actividade turística é encarada como
potencializadora das regiões, principalmente pelos efeitos que produz ao nível de outras
actividades, impulsiona a construção civil, promove o desenvolvimento da restauração
e hotelaria, contribui para a dinamização do sector dos transportes, incentiva o
desenvolvimento dos serviços, estimula o artesanato, contribui para a preservação do
património.
O turismo balnear é em Portugal, o tipo de turismo que detém maior expressão,
o que se explica pelas características climáticas do país, com verões quentes e secos, e
pela extensão e diversidade da costa.
A implementação e expansão desta forma de turismo nem sempre
corresponderam a um desenvolvimento equilibrado e harmonioso do litoral. Pelo
contrário, deu origem em muitos casos a um crescimento urbano caótico,
descaracterizado e ambientalmente degradado, relativamente aos princípios de um
processo de desenvolvimento sustentável.
Como alternativa ao turismo massificado começaram a ganhar expressão outras
ofertas turísticas, enquadradas por novas perspectivas de ocupação dos tempos livres,
O Turismo em Espaço Rural tem sido responsável pelo potenciar dos recursos
endógenos das áreas rurais contribuindo para assegurar a melhoria da qualidade de vida
das populações residentes para estimular processos de desenvolvimento sustentável,
promovendo uma oferta turística mais respeitadora do património natural e urbano.
A importância atribuída na actualidade, à manutenção física e ao bem-estar
obtido com tratamentos preventivos, veio dar um novo impulso às termas e ao
contributo que dão no desenvolvimento de áreas do interior com poucas opções ou
alternativas para além da exploração de recursos naturais.
As áreas termais continuam a representar para um número reduzido de utentes,
uma forma de tratamento de problemas de saúde, sobretudo no descanso e na fuga ao
stress urbano ou no apoio a outras actividades para além das termas, que se tem
baseado a “recuperação” do turismo termal.
Um fenómeno recente relacionado com as termas, e que vem alterar a relação
entre as termas e as nascentes termais, prende-se com o aparecimento de vários hotéis
classificados nos segmentos mais altos, a exemplo de quatro estrelas, que assentam a
promoção na existência de actividades de balneário, acrescentando serviços
relacionados com a denominação spa (saúde pela água).
16 municípios.
Na GAM do Porto concentra-se cerca de 15% da população portuguesa
(aproximadamente 1,5 milhões de habitantes). Tal como acontece na GAM de Lisboa,
também o concelho do Porto tem registado uma diminuição da população residente,
enquanto os concelhos periféricos se assiste ao acréscimo.
A área Metropolitana do Porto apresenta-se como uma região relativamente
jovem, com um saldo natural superior á média nacional e europeia e com uma
proporção de idosos inferior à média registada nesses dois espaços de referência. O
Transporte rodoviário
O transporte rodoviário tem registado em Portugal um aumento muito
significativo, quer no que respeita aos veículos pesados quer aos ligeiros. Esta situação
traduz a subida do nível médio de vida da população, desenvolvimento do comércio e
das actividades produtivas. Este meio de transporte revela-se adequado sob o ponto de
vista económico, para curtas e médias distâncias. Apresenta uma grande flexibilidade,
Até meados dos anos 60, Portugal era um país de emigrantes. Sobretudo de
emigrantes transoceânicos. A falta de oportunidades e o clima de pobreza que reinava
no auge do antigo regime levaram milhões de portugueses a atravessar o Atlântico em
direcção ao Novo Mundo. Brasil (22% dos 2 milhões de emigrantes portugueses entre
1950 e 1984), Venezuela (8%), Canadá (9%) e EUA (13%) foram os destinos eleitos para
refazerem as suas vidas. A partir dos anos 60, estes fluxos começaram a centrar-se nas
economias florescentes da Europa Ocidental, carentes de mão-de-obra não
especializada e com condições laborais infinitamente superiores às oferecidas em
Portugal. França (31%), Alemanha (9%) e Suíça passaram então a ser o destino de eleição
destes portugueses. Foi então que o Estado começou a abrir as portas aos imigrantes
das colónias portuguesas (sobretudo de Cabo Verde).
Com a desagregação tardia do Império ultramarino português, em 1975, cerca
de meio milhão de portugueses que viviam sobretudo em Angola e Moçambique
regressaram a Portugal para 11 anos depois, com a entrada de Portugal na então
Comunidade Económica Europeia, se voltar a incentivar a saída de trabalhadores
nacionais para um espaço europeu comum que continuava carenciado de mão-de-obra.
A integração de Portugal neste novo espaço tornou-o especialmente atractivo como
destino de imigrantes oriundos do Brasil, dos PALOP e da Europa Central e Oriental. Os
manuais de sociologia e de antropologia distinguem três modelos de integração para as
populações imigrantes: a assimilação contempla a perda de identidade e cultura
originais a favor da identidade e cultura dominantes, neste caso, a do país receptor;
melting pot em que as diferentes culturas se fundem e assimilam umas às outras,
formando uma cultura e identidades novas; e o pluralismo cultural onde diferentes
culturas não cedem a outras e convivem de forma igual e equilibrada, formando um
mosaico multicultural.
Seja de que forma se faça, a integração é inevitavelmente um processo gradual
através do qual os imigrantes participam na vida económica, social, cívica e cultural do
país de acolhimento. No entanto, esta nem sempre ocorre, nomeadamente por causa
A pessoa
O terceiro componente do modelo bioecológico é a pessoa. Esta é analisada por
meio de suas características determinadas biopsicologicamente (experiências vividas,
1 Edgar Morin compreende o ser humano constituído pela razão – Homo sapiens e indissoluvelmente emoção/loucura - Homo
demens, quanto Homo faber, ao mesmo tempo Homo ludens, que Homo economicus é, ao mesmo tempo Homo mytologicus, que
Homo prosaicus e´, ao mesmo tempo, Homo poeticus. (MORIN, 2005 a: 42)