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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

THIAGO LIMA DA SILVA

JOÃO VINÍCIUS DA SILVA PEREIRA

Natal

2022
QUESTÃO 1

A mortalidade é uma métrica usada em demografia que se refere ao número de óbitos


registrados em uma determinada unidade geográfica (país, unidade federativa, região
metropolitana ou município) durante um determinado período de tempo sendo geralmente
contado por por mil habitantes. Normalmente, as unidades dessa taxa são expressas em
pessoas/ano.
A razão também está intimamente relacionada à expectativa de vida da população,
que o governo utiliza como um dos parâmetros necessários para determinar o chamado fator
previdenciário.

A taxa de mortalidade pode ser expressa da seguinte forma:


Taxa de Natalidade = número de óbitos (x1000)/ número de habitantes

A taxa de natalidade representa o número de crianças nascidas vivas em um ano. O cálculo


não inclui natimortos ou o número de crianças que morreram logo após o nascimento. Este
indicador representa a relação entre o número de nascimentos e o número de moradores de
uma determinada localidade. Calculado por mil habitantes, os resultados são dados em
permilagem (por mil pessoas).

A taxa de mortalidade pode ser expressa da seguinte forma:


Taxa de Natalidade = número de nascimentos (x1000)/ número de habitantes

A partir destas duas grandezas populacionais podemos chegar ao conceito de


“crescimento vegetativo” que podemos definir como a diferença entre o número de
nascimentos e óbitos em uma população. É calculado subtraindo as taxas de natalidade e
mortalidade para um determinado local. Este cálculo resulta em crescimento positivo ou
negativo da planta.

O crescimento das plantas é um indicador que mostra a diferença entre o número de


nascimentos e óbitos em uma determinada população. Juntamente com a taxa de imigração,
este indicador pode verificar o crescimento populacional absoluto de uma área.
O crescimento das plantas, também conhecido como crescimento natural, é uma
ferramenta importante para analisar dados demográficos. Permite o estabelecimento de metas
e estratégias para a advocacia de políticas públicas com base em estimativas populacionais
dentro de um contexto regulatório. O crescimento vegetativo é normalmente expresso em
percentagem.

As análises das taxas de natalidade e mortalidade nos permitiram fazer algumas


considerações sobre a população.

A taxa de fecundidade representa o número estimado de filhos que cada mulher tem
ao longo de sua vida reprodutiva. As taxas caíram nos países desenvolvidos devido ao
planejamento familiar, maior acesso das mulheres ao mercado de trabalho, programas de
saúde, métodos contraceptivos e educação.

As taxas são geralmente mais altas em países menos desenvolvidos, onde é comum
que as mulheres parem mais devido à falta de políticas públicas de saúde e planejamento
familiar.

A densidade populacional corresponde à distribuição da população em uma


determinada área. Também conhecido como densidade populacional ou população relativa,
esse índice demográfico representa a média entre a área de um determinado local e a
população total.

Os resultados obtidos permitem uma análise da população de uma determinada


localidade, como a população está distribuída e os fatores que influenciam a concentração de
indivíduos em uma mesma área.

A migração é um dos principais fatores de mudança humana e uma das formas mais
importantes de conectar as pessoas. O fenômeno da globalização e as mudanças demográficas
atuais marcaram decisivamente os fluxos migratórios, exigindo novas formas de diálogo e
cooperação internacional, apresentando desafios adicionais para políticos e formuladores de
políticas em todo o mundo. Além disso, a própria globalização e a facilidade de comunicação
vêm promovendo uma maior interconectividade entre os países, tornando seus povos mais
conscientes das diferenças nacionais e regionais e, portanto, mais conscientes do real
progresso econômico e social trazido pelas decisões de imigração.

De acordo com o último censo (2010), podemos dizer que o Brasil tem uma
população jovem urbana, principalmente mulheres. O IBGE estima que 84% da população
brasileira vive em áreas urbanas, com mais da metade da população entre 15 e 64 anos, e
cerca de 96 homens por 100 mulheres no país. Além disso, a população chega a incríveis 190
milhões de habitantes.

A população brasileira cresceu muito nos últimos anos com a “explosão


populacional”. Para se ter uma ideia, a população atual é mais que o dobro do que era há 40
anos. Explicar essa explosão é o crescimento das plantas ou crescimento natural, que é a
diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade.

No passado, a taxa de natalidade era alta, o que gerou a atual população jovem do
Brasil. No entanto, a taxa de natalidade vem caindo, levando a mudanças na demografia do
Brasil.
Em tempos passados, a taxa de natalidade era no Brasil alta, o que gerou a atual
população jovem do Brasil. No entanto, a taxa de natalidade vem caindo, levando a mudanças
na demografia do Brasil. Por exemplo, pessoas de 0 a 14 anos representavam 29% da
população em 2000, mas caíram para 24% em 2010.

Outros indicadores importantes para validar a demografia do Brasil e melhorar a


qualidade de vida são a expectativa de vida, mortalidade infantil e escolaridade. A
expectativa de vida dos brasileiros é de 71,7 anos e vem aumentando nos últimos anos. A
taxa de mortalidade infantil do país ainda é considerada alta em 26%, mas vem caindo nos
últimos anos. Em termos de escolaridade, 9,6% da população não sabe ler nem escrever, o
que também é relativamente alto, mas 4 pontos percentuais abaixo de 2000.

O crescimento populacional do Brasil continuou até a década de 1960 e, desde então,


diminuiu. Em 1940, a população nacional aumentou 1,49% em relação ao ano anterior, saltou
para 2,99% em 1960, mas diminuiu gradativamente até atingir 0,9% do registro do IBGE em
2012.
Antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o crescimento populacional no Brasil
não era tão alto, pois a taxa de natalidade, embora elevada, era compensada pela taxa de
mortalidade, principalmente devido ao elevado número de doenças e à baixa e instável
qualidade de vida da condição sanitária da população. Por exemplo, na década de 1930, o
crescimento populacional deveu-se apenas à imigração internacional para o Brasil.

No entanto, à medida que as condições de vida melhoraram, o número de óbitos caiu


drasticamente, enquanto o número de nascimentos não acompanhou e permaneceu alto por
algum tempo.

No entanto, ao longo dos próximos anos, a taxa de natalidade também diminuiu


gradualmente, levando a um declínio no crescimento populacional do país. Vários fatores são
responsáveis ​por isso, mas podemos destacar:

1. A adoção de políticas neomalthusianas de controle dos métodos contraceptivos da


população;
2. A inserção da população feminina no mercado de trabalho;
3. A disseminação do planejamento familiar.

Por isso, sabe-se hoje que o Brasil não é uma explosão populacional, mas uma
mudança demográfica, fenômeno que ocorreu de forma semelhante nos países desenvolvidos
no passado e ainda ocorre nos países subdesenvolvidos. Basicamente, décadas depois, depois
que a taxa de mortalidade caiu, a taxa de natalidade também caiu. Dessa forma, a população
cresce rapidamente por alguns anos e depois se estabiliza novamente.
QUESTAO 2

Para a análise dessa questão foi realizado um comparativo entre dois países, Brasil e Angola,
no qual estes apresentam diferentes dinâmicas populacionais e se encontram em diferente
estágio de transição demográfica.

Figura: Pirâmide Etária da Angola

Figura: Pirâmide Etária do Brasil


Para ser possível analisar as respectivas pirâmides etárias é necessário primeiramente
expor os princípios da Teoria da Transição demográfica, e como esta Teoria explica a
demografia da Angola e do Brasil.

No primeiro estágio, observa-se a característica de crescimento das sociedades


tradicionais, em que a natalidade e a mortalidade são elevadas, o que contribui para um
tímido, quase nulo, crescimento demográfico.
O segundo estágio evidencia o desenvolvimento industrial, econômico e social das
populações. É o estágio característico da modernidade, quando há o rápido decréscimo das
taxas de mortalidade, ao passo que as taxas de natalidade demoram a cair. Devido a isso,
nesse período o crescimento populacional é acelerado. Esse segundo estágio corresponde à
primeira fase da transição demográfica destacada no gráfico acima.

Já o terceiro estágio caracteriza-se pelo desenvolvimento urbano, a difusão de


métodos contraceptivos e a queda das taxas de natalidade, que se relacionam, sobretudo, à
inclusão da mulher no mercado de trabalho. Com isso, a fecundidade diminui e o crescimento
demográfico mantém-se em um nível moderado. Compreende-se que o Brasil está atualmente
inserido nesse período demográfico.

Concluindo o tópico, em seu quarto estágio demográfico, podemos concluir que o


regime demográfico moderno é representado por baixas taxas de natalidade e mortalidade,
com um crescimento demográfico próximo a zero.
Em relação a pirâmide etária da Angola pode-se observar que, no ano 2022, a sua
distribuição da população está classificada em: População total - 35.049.570 - 100%;
população jovem - 15.808.887 45,10%; população em idade de trabalhar (adultos) -
18.331.356 - 52,30%; e população idosa - 909.327 - 2,59%. A população em idade ativa será
superior a 60% da população total no ano 2048. A população total atingirá seu pico em 2101
em 133,280,756.

Nesse caso da Angola o problema principal da falta de estudos científicos da


população foi derivado principalmente da inexistência de informações demográficas
fidedignas durante várias décadas. O 1º Censo Geral Populacional realizado após a
Independência, foi o CENSO 2014 realizado em maio de 2014 pelo INE.
A transição demográfica da Angola ainda está muito distante, visto que as diferenças
entre as taxas brutas de natalidade e da mortalidade ainda é bastante elevada sendo, a
considerar pelos dados do INE, em 33%, o que coincide com um crescimento natural
exponencial. Atualmente encontra-se na penumbra da 2ª Fase da transição Demográfica. Nos
próximos anos, a tendência é de continuar a observar na Angola um elevado crescimento da
população, fenômeno que perdura há seis décadas.

Esse crescimento levará no mínimo mais duas décadas para diminuir, para se
aproximar timidamente da 3ª fase da “Transição Demográfica”, dado que os fenómenos
demográficos ligados à dinâmica populacional (nascimentos, óbitos e migrações) revelam
uma grande inércia, ou seja, ações de Políticas de População tomadas hoje só surtirão efeito
no mínimo 20 anos depois.

Quanto ao Brasil, o país encontra-se, atualmente, na terceira fase do processo de transição


demográfica, isso ocorreu, principalmente, pelo maior acesso às políticas públicas de saúde e
saneamento básico, o que resultou em uma queda da mortalidade. Ao mesmo tempo, houve
uma constante urbanização enfrentada pelo país que garantiu o aumento do acesso a práticas
de planejamento familiar, o que levou a uma redução significativa das taxas de natalidade.

No entanto, alguns dados demonstram que, nos últimos dez anos, a queda nas taxas de
fecundidade e mortalidade no Brasil estão ainda mais aceleradas, o que leva a indícios da
entrada do país na fase de estabilização demográfica.

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