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Aula 1

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DO


ENVELHECIMENTO
A fase idosa tem relação direta com a expectativa de vida ao nascer e com a qualidade de vida oferecida
pelo país em que vive o indivíduo.
18 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

O envelhecimento é um processo natural e inevitável que ocorre em qualquer espécie de ser vivo, desde o
reino vegetal ao reino animal.

É uma fase que simboliza o encerramento de um ciclo, o fim da fase adulta, e reflete todos os eventos que
decorreram nas demais fases da vida.

O envelhecimento ocorre em todos os aspectos do ser humano, afetando tanto o elemento físico como o
mental/psíquico e social do indivíduo.

O processo de envelhecimento carrega consigo uma bagagem que pode refletir em enfermidades,
especialmente as doenças crônicas não transmissíveis, e mudanças nos hábitos de vida podem minimizar
essas complicações, resultando em um envelhecimento mais ativo e saudável.

Ao longo desta unidade você conhecerá o perfil de envelhecimento do Brasil, bem como as principais
características biopsicossociais associadas ao envelhecer.

Vamos começar?

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

A fase idosa tem relação direta com a expectativa de vida ao nascer e com a qualidade de vida oferecida pelo
país em que vive o indivíduo. A definição de idoso é variável a depender do grau de desenvolvimento de cada
país: há nações em desenvolvimento que consideram pessoas idosas aquelas com idade igual ou superior a
60 anos, e nações desenvolvidas que consideram idosas as pessoas com 65 anos ou mais.

A Organização Mundial da Saúde entende como população envelhecida aquela que acumula pelo menos 7%
de pessoas na faixa etária idosa, com tendência a aumentar. O Brasil por muitos anos foi considerado um país
jovem, que concentrava uma população com predominância da faixa etária entre zero e quatorze anos, no
entanto, hoje ele é considerado um país envelhecido.
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A teoria da transição demográfica foi desenvolvida no início do século XX, embasada por mudanças
ocorridas a partir do século XVIII na Europa. Essa teoria faz a relação das modificações demográficas que
ocorreram em decorrência do processo de industrialização ao longo da história e seus impactos socioculturais
e econômicos que alteraram o modo como as pessoas vivem, adoecem e morrem, repercutindo no tamanho e
características da população.

A transição demográfica é definida como a mudança de uma realidade populacional com altas taxas de
mortalidade e natalidade para taxas mais reduzidas e é dividida em quatro fases distintas. Pereira (2018)
classifica essas fases da seguinte maneira:

1ª Fase (pré-industrial): Período demarcado por altas taxas de natalidade e altas taxas de mortalidade,
contribuindo para um tímido crescimento demográfico. Essa fase é muito específica de países rurais, como os
países europeus antes do processo de industrialização.

2ª Fase (intermediária de divergência dos coeficientes): Período em que se registra um aumento demográfico
em decorrência da redução da taxa de mortalidade e manutenção da elevada taxa de natalidade. Essa fase
demarca o desenvolvimento industrial, econômico e social das populações.

3ª Fase (intermediária de convergência dos coeficientes): Período em que se mantêm reduzidas as taxas de
mortalidade e reduzem-se também as taxas de natalidade, contribuindo para uma queda do crescimento
demográfico. Essa fase demarca o desenvolvimento urbano, o progresso de estratégias de produção e
distribuição de alimentos, melhorias nas condições sanitárias e de habitação e erradicação de algumas
doenças. Atualmente essa fase reflete a realidade do Brasil.

4ª Fase (moderna ou de pós-transição): Período em que são mantidas baixas tanto a taxa de natalidade como
de mortalidade, além da elevação da expectativa de vida. Essa fase reflete um regime demográfico moderno
de progresso socioeconômico, e se enquadram nesse período a maioria dos países desenvolvidos.

Por ser a taxa de natalidade mais baixa que a taxa de mortalidade, alguns autores mais atuais têm admitido
uma 5ª Fase (recessão demográfica), em que há uma queda significativa tanto das taxas de natalidade como
de mortalidade, refletindo em uma diminuição da população e sua não renovação. É o que vemos em países
como a Itália, que tenta reverter esse cenário por meio do incentivo à natalidade.

Outra característica associada à transição demográfica é o aumento dos idosos mais idosos (maiores de 80
anos), atualmente a população que mais cresce no Brasil, trazendo impacto significativo na economia – em
especial nas finanças públicas, pois observa-se uma redução proporcional na população economicamente
ativa e um aumento paralelo de encargos econômicos para arcar em pensões e programas sociais e de saúde
para idosos.

VIDEOAULA: TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Neste vídeo abordaremos de maneira mais aprofundada os conceitos referentes à Teoria da Transição
Demográfica. Vamos juntos entender como as modificações demográficas decorrentes do processo de
desenvolvimento e de industrialização de um país impactam diretamente o tamanho e a composição de sua
população.

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Videoaula: Transição Demográfica

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LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DE ENVELHECIMENTO NO BRASIL E NO MUNDO

Vimos no bloco anterior que a transição demográfica é um fenômeno mundial que impacta diretamente a
demografia de um país e a composição de sua população.

As principais características evidenciadas são a queda das taxas de natalidade e de mortalidade, associadas ao
aumento da expectativa de vida, o que acaba por refletir no envelhecimento da população.

Essas alterações na estruturação demográfica não acontecem de forma homogênea, uma vez que existem
interferências de processos discriminatórios, exclusão de gêneros, etnia, racismo e condições
socioeconômicas, entre outros.

A transição demográfica vem ocorrendo de maneira gradativa e linear nos últimos dois séculos em países
desenvolvidos. No entanto, em países emergentes, em menos de um século essa transição se apresenta de
modo exponencial, acelerado e desordenado. Desse modo, observamos que o ritmo de envelhecimento
populacional tem sido mais rápido nos países em desenvolvimento, como o Brasil e a Argentina, em
comparação aos países desenvolvidos, por exemplo, Canadá e França.

Esse desequilíbrio populacional em nível mundial acaba levando uma maior concentração de idosos nos
países de baixa renda, como o Afeganistão, e média renda, como a Bolívia, sendo esperada para 2025 a
concentração de 57% de idosos nas regiões mais pobres, com elevação gradativa para 70% até o ano de 2050.

Estima-se para o ano de 2050 um total de 379 milhões de idosos em todo o mundo. Desse total, cerca de 61
milhões serão nonagenários e pouco mais de 3 milhões serão centenários. Neste cenário, o Brasil se
enquadrará entre os seis países mais populosos do mundo, detendo a nona maior população com cem anos
de idade ou mais. Estudos e projeções brasileiras demonstram um aumento de quinze vezes o número de
centenários, passando de 145 mil pessoas no ano de 1999 para 2,2 milhões em 2050, acumulando um
aumento de 65%.

Segundo o Censo Brasileiro levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , assim como
nos países emergentes, a população brasileira está envelhecendo muito rápido. Assim, é estimada para 2039
uma taxa de crescimento negativa, resultando na redução da população e modificação na estruturação das
faixas etárias, sendo esperado para o ano de 2050 um total de 172,7 idosos para cada 100 crianças entre 0 e
14 anos.

Além do processo de envelhecimento já observado no Brasil, existe uma característica peculiar evidenciada
pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (Desa – ONU ), que
é a feminilização da velhice: 65% da população idosa é composta por mulheres. Muitos autores atribuem a
maior sobrevida da população feminina ao fato de existir uma maior adesão às ações de prevenção e
promoção da saúde por mulheres, se comparadas ao grupo masculino. No entanto, é sabido que as mulheres
apresentam maior vulnerabilidade quando idosas, geralmente vivendo sozinhas, o que acaba aumentando a
necessidade de um cuidador nessa fase da vida.

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Os avanços socioeconômicos associados aos avanços da medicina foram os principais responsáveis pela
redução da mortalidade de gênese infecciosa e por mudanças demográficas e epidemiológicas no Brasil e no
mundo. O processo de globalização aliado à acelerada urbanização e ao novo estilo de vida do mundo
moderno acabaram favorecendo fatores de risco que vêm contribuindo para elevação e predominância de
doenças crônicas não transmissíveis. Essa realidade acaba sendo um novo desafio para os serviços de saúde,
que precisam criar estratégias para responder às necessidades atuais da população idosa.

VIDEOAULA: LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DE ENVELHECIMENTO NO BRASIL E NO MUNDO

Neste vídeo abordaremos de maneira mais ampla os levantamentos estatísticos a respeito do envelhecimento
no cenário brasileiro e mundial. Vamos juntos entender a realidade atual acerca do envelhecimento e as
estimativas levantadas para o futuro frente às modificações já observadas nos países considerados
desenvolvidos, os quais já atingiram a quarta fase do processo de transição demográfica.

Videoaula: Levantamento Estatístico de Envelhecimento no Brasil e no Mundo

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PERFIL DE MORBIMORTALIDADE DA POPULAÇÃO IDOSA

Você aprendeu que a transição demográfica é um marco importante que reflete na estrutura demográfica de
um país diante do processo de industrialização e desenvolvimento. Mas qual a relação desses fatos com a
saúde do idoso? É exatamente isso que vamos discutir ao longo desta unidade.

O processo de industrialização e desenvolvimento ao longo dos anos modificou completamente o modo de


viver, adoecer e morrer das pessoas. A essa modificação de cenário chamamos de transição epidemiológica,
que trouxe mudanças nos padrões de morbimortalidade da população.

Aliada à transição demográfica veio a transição epidemiológica, e vemos a mudança de um cenário no qual
prevaleciam doenças infecciosas e parasitárias para uma nova realidade, com uma maior prevalência de
doenças e agravos não transmissíveis (DANT).

A teoria da transição epidemiológica pode ser entendida em três fases distintas, que foram observadas ao
longo da história nos países desenvolvidos:

1ª Fase (era da fome das pestilências): caracterizada por altas taxas de natalidade e altas taxas de
mortalidade, quando predominavam quadros de desnutrição e doenças infecciosas e parasitárias, as quais
com muita frequência desencadeavam devastadoras e sucessivas epidemias, que por muitas vezes produziam
pandemias, impactando diretamente a demografia dos mais diversos países. Essa fase compreende o início
dos tempos e permaneceu até o fim da Idade Média, um período caracterizado por crescimento demográfico
lento e expectativa de vida em torno dos vinte anos de idade.

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2ª Fase (era do declínio das pandemias): nesta fase temos um crescimento populacional em decorrência das
altas taxas de natalidade e uma queda significativa das taxas de mortalidade. Este período coincide com os
marcos históricos que vão desde a Renascença até o início da Revolução Industrial. Apesar de as doenças
infecciosas e parasitárias ainda serem as principais causas de morte no período, podemos identificar uma
redução expressiva nas grandes pandemias, um melhor acesso aos bens e serviços, refletindo em melhor
qualidade de vida para grande parte da população, sendo a expectativa de vida elevada para
aproximadamente quarenta anos de idade.

3ª Fase (era das doenças degenerativas e das causadas pelo homem): nesta fase temos um acentuado
declínio das doenças infecciosas e parasitárias em decorrência das melhores condições de vida da população
(saneamento, alimentação, educação etc.), que posteriormente foram intensificadas com o avanço da
medicina (antibióticos, vacinas etc.). Caracteriza-se pela queda das taxas de natalidade e mortalidade,
evidenciando uma desaceleração no crescimento demográfico. Este período teve início com o fim da
Revolução Industrial e perdura até a atualidade, quando a expectativa de vida foi aumentando de forma
gradativa até atingir níveis superiores a 70 anos de idade – com isso, a principal causa de mortalidade passa a
ser em decorrência de doenças crônicas, não transmissíveis e agravos à saúde.

Atualmente os agravos em decorrência de doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de
morbimortalidade da população idosa. Ocupam em primeiro lugar as patologias cerebrovasculares, sucedidas
das cardiovasculares.

Damos destaque a agravos como o acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM),
hipertensão e insuficiência cardíaca. Também são prevalentes: diabetes, obesidade, neoplasias, demências,
quedas, fraturas domésticas e agravos em decorrência de acidentes e violências.

VIDEOAULA: PERFIL DE MORBIMORTALIDADE DA POPULAÇÃO IDOSA

Neste vídeo vamos abordar o perfil de morbidade e mortalidade da pessoa idosa no Brasil. Vamos juntos
compreender como o processo de transição epidemiológica impacta diretamente o atual cenário de condições
de saúde e doença e taxa de internação da população idosa.

Videoaula: Perfil de Morbimortalidade da População Idosa

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ESTUDO DE CASO

Perfil de Adoecimento do Idoso


O processo de envelhecimento no Brasil vem acontecendo de forma acelerada ao longo dos anos. Como
reflexo disso, temos atualmente uma alta taxa de envelhecimento populacional, se comparada a outros
países.

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Imagine a seguinte situação hipotética: você realizou um estágio supervisionado em uma Unidade Básica de
Saúde (UBS) no seu município. Como critério obrigatório para finalização do estágio você fez um levantamento
das doenças mais prevalentes na população usuária da unidade.

Em sua pesquisa, você identificou que 55% da dispensação de medicamentos na farmácia era destinada a
pacientes com idade igual ou superior a 65 anos e que as doenças mais prevalentes na unidade eram
hipertensão e diabetes.

Com base na situação hipotética apresentada e no que você aprendeu ao longo desta aula, reflita: existe
alguma relação entre a alta demanda de atendimento aos idosos e a prevalência de diabetes e hipertensão na
unidade? Essa é uma situação isolada e específica da unidade ou ela reflete algum padrão já existente na
população brasileira? Explique quais aspectos podem contribuir para que os usuários idosos tenham maior
demanda de cuidados e assistência à saúde.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

O caso apresentado na situação hipotética não se trata de uma situação isolada, mas reflete uma realidade da
população brasileira e até mesmo uma realidade mundial.

Esse fato existe graças a dois processos que conhecemos como transição demográfica e transição
epidemiológica, que modificaram a demografia e a composição da população e o modo de adoecer e de
morrer das pessoas.

Com o processo de industrialização e desenvolvimento do país as pessoas passam a ter melhores condições
de vida e melhor acesso a bens e serviços. Como resposta a isso temos uma transição de um cenário com
altas taxas de mortalidade e altas taxas de natalidade para um perfil de baixas taxas de natalidade e baixas
taxas de mortalidade. Associado a esse processo, temos o avanço das mais diversas tecnologias e o
aprimoramento da medicina enquanto ciência, contribuindo, assim, para a solidificação desse novo cenário
com o aumento da expectativa de vida.

Essas transformações conduzem de forma gradativa para o envelhecimento populacional e, com isso, uma
maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e agravos à saúde.

O processo de globalização e as mudanças no estilo de vida da população contribuem de forma significativa


para o aumento de fatores de risco, como o tabagismo, etilismo, sedentarismo, má alimentação etc. Esses
fatores cooperam de maneira incisiva para a prevalência de doenças como hipertensão, diabetes e obesidade,
entre várias outras, sendo esta última considerada o “mal do século” e um desafio para a saúde pública.

 Saiba mais
A transição epidemiológica no Brasil não se deu da mesma forma como nos países desenvolvidos, com
substituição do perfil de adoecimento por doenças infecciosas e parasitárias para o perfil de
adoecimento por doenças e agravos não transmissíveis. A transição no país se deu de forma polarizada,
com superposição de doenças infecciosas e doenças e agravos não transmissíveis.

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A transição polarizada é um desafio para saúde pública e se deve ao fato de termos muitas iniquidades
em saúde no país, além da persistência e reintrodução de processos infecciosos como dengue e malária.

Para se aprofundar um pouco mais a respeito do assunto, faça a leitura dos artigos a seguir:

ARAUJO, J. D. Polarização epidemiológica no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 21, n. 4, p.


533-538, 2012.

FARAH, R. M. et al. Novas tecnologias no envelhecimento. Revista Kairós: Gerontologia, v. 12, n. 5


(especial), 2009.

OLIVEIRA, A. S. Transição Demográfica, Transição Epidemiológica e Envelhecimento Populacional No


Brasil. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 15, n. 32, p. 69-79, 1 nov. 2019.

Gráfico da transição demográfica baseado no modelo de Warren Thompson

Fonte: elaborado pela autora.

Relações entre transição demográfica e epidemiológica

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Fonte: adaptada de Rouquayrol e Silva (2018).

Resolução do Estudo de Caso

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Aula 2

PROCESSOS BIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO


O ser humano, assim como todo ser vivo, passa por fases ou estágios do ciclo vital. No decurso natural
da vida todos enfrentam um processo contínuo em que nascem, crescem, se desenvolvem, envelhecem
e, por fim, morrem.
17 minutos

INTRODUÇÃO

Caro estudante, associado ao processo de desenvolvimento dos países temos observado um aumento
quantitativo da população no contexto mundial. Junto com esse processo, percebe-se e estima-se que a
população que mais cresce está compreendida na faixa etária idosa, levando ao que conhecemos como
envelhecimento populacional.

A fase idosa, por ter crescido consideravelmente no Brasil e no mundo, passou a ser cada vez mais estudada e
abordada pelos serviços públicos, principalmente nos contextos médico, tecnológico e social.

Cada ser humano é um sujeito único, diferenciado por suas particularidades e singularidades. Por esse
motivo, o modo como envelhecemos é individual. Enquanto alguns apenas envelhecem, outros apresentam
associações com diferentes distúrbios e patologias.

Nesta aula trabalharemos juntos o processo fisiológico do envelhecimento e sua associação com
comorbidades que são tão comuns nessa fase da vida.

Vamos começar? Bons estudos!

FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

EXPLORANDO AS FASES DA VIDA


O ser humano, assim como todo ser vivo, passa por fases ou estágios do ciclo vital. No decurso natural da vida
todos enfrentam um processo contínuo em que nascem, crescem, se desenvolvem, envelhecem e, por fim,
morrem. Em cada ciclo da vida compomos a nossa história, baseada em experiências negativas e positivas,
que refletirão diretamente no modo como envelhecemos.
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• FASES DA VIDA
A infância é a primeira fase da vida. De acordo com a legislação brasileira, ela é iniciada imediatamente após
o nascimento e vai até 12 anos de idade. Durante essa fase ocorrem inúmeras transformações físicas,
psicológicas e sociais, que podem ser diretamente influenciadas pela cultura, valores e crenças presentes no
contexto que permeia a vida da criança.

Logo em seguida estabelece-se a adolescência, que se estende até 18 anos de idade, fase marcada por
importantes transformações biopsicossociais, em que a puberdade passa a ser um fenômeno importante e
que evolui de forma distinta entre meninos e meninas.

Figura 1| Fases da vida de um ser humano

Fonte: Shutterstock

Seguidamente temos a fase adulta, marcada por responsabilidades e independência. É geralmente nessa
fase que o indivíduo constitui sua própria família.

No Brasil, a fase idosa tem início a partir dos 60 anos de idade, estendendo-se até o fim da vida. As
transformações que ocorrem nessa fase têm íntima relação com as experiências vividas nas fases anteriores.

• PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
O processo de envelhecimento é irreversível. Nele, alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas vão
modificando pouco a pouco o organismo. Começamos a envelhecer a partir do momento em que nascemos,
no entanto, considerando os aspectos biofuncionais, muitos autores afirmam que os primeiros sinais ocorrem
na segunda década de vida, sendo impossível interromper o seu curso.

O envelhecer natural está conectado à aptidão do organismo em adaptar-se às determinações e hostilidades


do meio ambiente. Cada pessoa envelhece de maneira particular e individualizada, estando sujeita a variáveis
como sexo, ambiente, estilo de vida, alimentação e experiências vivenciadas. Apesar disso, algumas
características são comuns a todos os indivíduos:

Figura 2| Processos de envelhecimento

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O envelhecimento fisiológico abrange uma gama de modificações orgânicas que decorrem exclusivamente
dos efeitos do avanço da idade sobre o organismo, fazendo com que este comece a fracassar em manter o
equilíbrio homeostático e suas funções fisiológicas.

Assimile!
Envelhecer é natural, é fisiológico e não deve ser considerado como sinônimo de doença. No entanto é
uma fase que carrega consigo diversas modificações que podem colocar o indivíduo em situação de
vulnerabilidade. Por conta dos riscos que a fase idosa carrega, esse público carece de um olhar atencioso
por parte dos profissionais de saúde, tendo em vista a maior suscetibilidade para o desenvolvimento de
enfermidades.

Como o envelhecimento se dá de forma gradativa, é imprescindível que essa temática seja abordada antes da
fase idosa, uma vez que ele reflete as experiências vividas nas fases anteriores. Apesar de não ser possível
interromper o envelhecimento, podemos retardá-lo favorecendo cada vez mais um envelhecimento ativo e
saudável.

VIDEOAULA: FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

Você aprendeu que a vida humana se dá em fases ou ciclos de vida distintos e que a forma como vivemos
cada fase pode determinar como se dará o decurso do envelhecimento. Neste vídeo abordamos como se dá o
processo fisiológico do envelhecimento e quais são os principais fatores que podem influenciar o seu
progresso.

Videoaula: Fisiologia do Envelhecimento

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SENESCÊNCIA E SENILIDADE

ENVELHECIMENTO: ALGUMAS TERMINOLOGIAS


O aumento quantitativo de idosos trouxe inúmeras consequências para a sociedade e para os indivíduos que
fazem parte deste grupo etário. Esse cenário justifica a busca que vem ocorrendo no campo científico pelos
determinantes das condições de saúde e de vida dos idosos e pelo conhecimento das múltiplas facetas que
permeiam a velhice e o envelhecimento.

Os fatores biológicos e fisiológicos têm extrema relevância no envelhecimento, mas é imperativo reconhecer a
importância dos problemas ambientais, psicológicos, sociais, culturais e econômicos que pesam sobre o idoso,
evidenciando a visão global e integral do envelhecimento, enquanto processo e, do idoso, enquanto ser
humano.

• TERMINOLOGIAS NO ESTUDO DO ENVELHECIMENTO


No estudo do envelhecimento se faz necessária a compreensão de algumas terminologias da área. Os termos
“velho” e “velha” são amplamente difundidos e utilizados mundo afora. No Brasil, esses termos acabam
ganhando implicação culturalmente negativa, uma vez que temos o hábito de descartar tudo que é velho,
certo?

Atenção!
Popularmente são utilizados outros termos em substituição ao termo “velho”: é muito comum ouvirmos
os termos “melhor idade”, “terceira idade”, os “jovens de ontem” etc.

A geriatria e a gerontologia são áreas profissionais que lidam diretamente com o idoso. A gerontologia é a
área da ciência que estuda o envelhecimento em seus aspectos biopsicossociais. Tem caráter multidisciplinar
e interdisciplinar, que visa descrever e explicar o processo de envelhecimento no intuito de prevenir e
interferir na melhora da qualidade de vida possível nessa fase. Compõem essa área profissionais de diversas
formações de ensino superior, como psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais.

A geriatria é uma especialização médica que inclina esforços sobre os aspectos clínicos do envelhecimento e
sobre os cuidados em saúde indispensáveis às pessoas idosas. É um campo específico que visa otimizar a
capacidade funcional, elevar a qualidade de vida e autonomia dos idosos.

Figura 3| Geriatria

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Fonte: Shutterstock

A senescência e a senilidade são termos que fazem parte do processo de envelhecimento e que também
devem ser compreendidos, pois implicam resultados diferenciados sobre a saúde do idoso. A senescência ou
senectude envolve todas as modificações naturais que ocorrem no nosso organismo à medida que
envelhecemos. Como exemplos de senescência temos os cabelos brancos, a diminuição da estatura,
surgimento de rugas, redução do turgor da pele, restrição da marcha e lapsos de memória. É um evento
fisiológico e, portanto, não configura doença e não provoca abreviação da vida: neste caso a morte acaba
sendo um desenredo natural.

A senilidade, por sua vez, acontece quando o decurso do envelhecimento é atingido por processos
fisiopatológicos. São modificações que podem desenrolar-se a partir de doenças crônicas e interferências
extrínsecas, como estilo de vida e ambiente. Essas alterações não são naturais do envelhecimento e podem
ser iniciadas em diferentes faixas etárias.

Após conhecer esses termos você deve preferir envelhecer apenas com alterações advindas da senescência,
certo? É importante termos em mente que a partir do momento em que nascemos sofremos interferências
externas, as quais nos acompanham ao longo da vida e podem influenciar o modo como envelhecemos. Por
isso é tão importante que as ações em saúde, em especial as de caráter preventivo e de promoção à saúde,
estejam voltadas para o envelhecimento ativo e saudável, estimulando medidas como alimentação saudável,
prática de atividade física regular e controle de doenças crônicas.

VIDEOAULA: SENESCÊNCIA E SENILIDADE

Você aprendeu que o ser humano envelhece de forma individualizada e particular, mas que possui
características em comum durante esse processo. Neste vídeo abordamos de maneira mais aprofundada a
temática "terminologias no estudo do envelhecimento”. Vamos juntos conhecer novos conceitos que são
cruciais no aprendizado a respeito da saúde do idoso.

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Videoaula: Senescência e Senilidade

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

ALTERAÇÕES ORGÂNICAS

FASES E ALTERAÇÕES ORGÂNICAS


Caro estudante, como já estudamos, no processo de envelhecimento ocorrem transformações biológicas e
fisiológicas, e entre elas, podemos destacar:

• Composição e forma do corpo

A quantidade de água presente no corpo diminui, há progressiva perda de massa muscular, aumento da
quantidade de gordura, em especial no abdome. É comum a redução de massa óssea, redução da estatura,
aumento do peso do coração e redução do peso dos demais órgãos. Fácies típicas do idoso, com progressivo
aumento do crânio, nariz e orelhas.

• Pele e anexos

Afinamento da pele, flacidez, redução do turgor e da elasticidade, rugas, alterações no controle térmico
corporal, aumento da mobilidade (que eleva o risco de lesões cutâneas), melanose solar (mancha senil), perda
de pigmentação dos pelos e cabelos e redução dos pelos corporais, exceto narinas, orelhas e sobrancelhas,
que tendem a aumentar.

• Sistema sensorial

Redução progressiva da acuidade visual, intolerância à claridade. Redução da acuidade auditiva com prejuízo
na capacidade de ouvir sons de alta frequência e amplificação dos sons de baixa frequência. Atrofia das
papilas gustativas que provocam a redução da capacidade gustativa geral. Redução da capacidade olfativa e
da sensibilidade do tato, em especial nas extremidades.

Figura 4| Pele: redução da elasticidade

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Fonte: Shutterstock

• Sistema Respiratório

Redução da elasticidade torácica que provoca redução da capacidade respiratória máxima e reflexo pulmonar,
como a tosse, predisposição ao acúmulo de secreções e redução da capacidade de ventilação. As alterações
respiratórias associadas à redução do débito cardíaco contribuem para a dificuldade em tolerar algumas
atividades físicas.

• Sistema Gastrintestinal

Desgaste dos dentes, dificuldade na fala, alterações no processo mastigatório. Atrofia do estômago, que
provoca redução na digestão e absorção de vitaminas. Maior propensão à gastrite, maior tempo de
esvaziamento gástrico. Redução do peristaltismo intestinal, aumento da prevalência de constipação e
predisposição à diverticulite.

O fígado passa a receber menos fluxo sanguíneo, prejudicando a metabolização de medicamentos.


Diminuição da secreção de albumina, glicoproteínas, colesterol e ácidos biliares. O pâncreas produz
menos insulina, favorecendo a elevação da glicose.

• Sistema Geniturinário:

Enfraquecimento da musculatura da bexiga e aumento do volume residual, menor capacidade de


armazenamento de urina. Perda de massa renal que resulta em redução funcional dos rins. Perda de tônus
muscular em ureteres e músculo perineal (assoalho pélvico).

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• Sistema Reprodutor

No homem há diminuição da produção de espermatozoides, aumento gradual do tamanho da próstata,


redução da produção de testosterona, diminuição do pênis e dos testículos. Na mulher observa-se atrofia do
útero, ovários e mucosa vaginal, redução da lubrificação vaginal, atrofia das glândulas mamárias e
substituição por tecido adiposo, enfraquecimento da musculatura das mamas.

• Sistema cardiovascular

Ao passo que envelhecemos há um aumento gradativo do coração em razão de alteração de volume das
câmaras cardíacas e hipertrofia das fibras musculares. O miocárdio se torna cada vez mais fibroso e menos
elástico, diminuindo a força de contração. Ocorre redução na rede de capilares sanguíneos, que compromete
a irrigação. Espessamento e calcificação de valvas cardíacas, redução da frequência cardíaca em repouso,
aumento da pressão arterial, aumento da resistência vascular, entre outros processos.

Figura 5| Alterações cardiovasculares por idade

Fonte: Shutterstock

• Sistema nervoso

Perda de neurônios que leva à atrofia cerebral, diminuição da irrigação sanguínea em decorrência da
diminuição da luz das artérias e baixo fluxo sanguíneo contribuem para a queda da função celular. Redução
da atividade cerebral com perda progressiva de memória. Encurtamento dos períodos de sono, mudanças de
humor, processamento lento de informações, alteração nos reflexos e queda das atividades locomotoras e
intelectuais.

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VIDEOAULA: ALTERAÇÕES ORGÂNICAS

Neste vídeo abordamos de maneira mais aprofundada as principais alterações orgânicas decorrentes do
processo de envelhecimento. Vamos juntos entender quais alterações fazem parte do processo de
senescência e a evolução para o processo de senilidade, evidenciando as patologias mais comuns presentes
na fase idosa.

Videoaula: Alterações Orgânicas

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

ESTUDO DE CASO

Olá estudante, aqui no estudo de caso você terá a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos ao
longo dos nossos estudos. Vamos lá?

HIPERDIA – Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e


Diabéticos
O HIPERDIA é um sistema informatizado destinado ao cadastro e acompanhamento de usuários da rede
ambulatorial do SUS (Sistema Único de Saúde) portadores de hipertensão arterial e diabetes. Esse sistema
permite a geração de dados e informações para facilitar o acesso aos tratamentos disponíveis na rede para
essas doenças crônicas. Como ferramenta de gestão, o sistema permite a orientação dos gestores públicos
para adoção de estratégias e ações em saúde, entre outros benefícios (DATASUS, 2021).

Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você está em uma Unidade Básica de Saúde junto com
uma equipe multidisciplinar realizando atendimentos A um grupo de idosos do seu município cadastrados no
HIPERDIA.

Na sala de acolhimento você foi abordado por um idoso que afirmava que o registro de sua altura na ficha de
atendimento estava incorreto. A altura registrada é 1,55 m e o idoso afirma que altura dele é 1,60 m, pois se
lembra com clareza que essa é altura mínima estipulada para ingressar na carreira militar e ele foi militar em
grande parte de sua vida. Ao reavaliar o idoso você confirmou que a altura registrada na ficha estava de fato
correta.

Com base no que você aprendeu ao longo desta aula, responda aos seguintes questionamentos:
considerando a indagação do idoso, o que justificaria a divergência em relação à sua altura? Quais outras
alterações fisiológicas podem ocorrer durante o processo de envelhecimento? Procure descrever algumas
alterações que se enquadram nos processos de senescência e senilidade.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

O envelhecimento é um processo natural que está presente no decurso da vida de qualquer ser vivo.

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O envelhecimento começa quando nascemos, e suas alterações biofuncionais começam a dar sinais a partir
da segunda década da vida. É natural a apresentação de alterações orgânicas que vão aparecendo de maneira
gradual na vida das pessoas.

As modificações orgânicas podem ocorrer em vários ou em todos os sistemas que compõem o organismo
humano. Podemos citar a diminuição da estatura, a perda da coloração dos cabelos e pelos, o
comprometimento da marcha, a perda da acuidade auditiva, o aumento da resistência vascular e a redução
da capacidade respiratória, entre outros.

O processo de envelhecimento justifica a divergência na altura do idoso. É muito provável que o idoso esteja
correto ao afirmar que em sua juventude ele tinha 1,60 m, e a redução de sua estatura para 1,55 m pode ter
se dado em decorrência de um processo fisiológico.

A altura do indivíduo tende a diminuir em virtude de vários fatores, como a redução do arco dos pés, o
afinamento da espessura das cartilagens, o aumento da curvatura da coluna vertebral e a compressão dos
discos vertebrais.

As alterações fisiológicas do envelhecimento são conhecidas como senescência. À medida que essas
alterações assumem caráter fisiopatológico temos um novo fator apresentado, denominado senilidade. Por
exemplo, falhas de memória são comuns e frequentes ao envelhecer e fazem parte da senescência. Todavia,
existem alterações de memória que trazem prejuízo funcional e que são particularidades de doenças, como o
Alzheimer, e nesse caso constituem um quadro de senilidade.

Outro exemplo que pode ser evidenciado ao envelhecer é a redução da densidade óssea, que faz parte da
senescência. À medida que essa alteração óssea evolui para osteoporose, estabelece-se a senilidade.

 Saiba mais
• Para se aprofundar um pouco mais a respeito do envelhecimento saudável assista à reportagem:
Envelhecimento saudável é tema do NBR Entrevista. [S. l.], 27 abr. 2018. 1 vídeo (29 min 52 seg).

• Leia também o artigo: Definição de envelhecimento saudável na perspectiva de indivíduos idosos ,


publicado pela revista. Psicologia: reflexão e crítica, v. 20, p. 81-86, 2007

• Para conhecer um pouco mais das síndromes geriátricas leia o artigo: Principais síndromes geriátricas.

Figura 6| Senescência versus Senilidade

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Figura 7| Geriatria versus Gerontologia

Resolução do Estudo de Caso

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Aula 3

TEORIAS BIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO I


Há muitos anos o ser humano tem tentado desvendar e compreender os mistérios que envolvem o
processo de envelhecimento – alguns, inclusive, esperançosos em alcançar a juventude eterna e a
imortalidade.
16 minutos

INTRODUÇÃO

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O envelhecimento é um processo gradativo e irreversível que ocorre em qualquer organismo vivo. No ser
humano não seria diferente; todo nosso organismo já começa a envelhecer a partir do momento em que
nascemos, e após algumas décadas temos a apresentação dos primeiros sinais desse processo.

O envelhecimento envolve aspectos biológicos, psicológicos e sociais, que podem afetar diretamente a forma
como o ser humano envelhece.

O processo de envelhecimento pode ser explicado por diversas óticas ou teorias. Ao longo desta aula, você
conhecerá as teorias estocásticas que integram as chamadas Teorias Biológicas do Envelhecimento.

Para um melhor aprofundamento, não deixe de consultar as bibliografias básicas e os materiais


disponibilizados ao final desta aula no campo Saiba mais.

Bons estudos!

TEORIAS DO ENVELHECIMENTO

O ENVELHECIMENTO COMO FOCO DE ESTUDO


Há muitos anos o ser humano tem tentado desvendar e compreender os mistérios que envolvem o processo
de envelhecimento – alguns, inclusive, esperançosos em alcançar a juventude eterna e a imortalidade. As
investigações a respeito do envelhecimento biopsicossocial ainda continuam sendo trabalhadas de maneira
intensa, e hoje o principal objetivo é o entendimento do processo de envelhecimento, para que as pessoas
cheguem à fase idosa com mais saúde, adiando o máximo possível as consequências e complicações que
podem vir associadas ao envelhecer.

As hipóteses levantadas com o estudo do envelhecimento deu origem a várias teorias: as teorias biológicas, as
psicológicas e as sociais. Elas buscam elucidar o envelhecimento humano; no entanto, nenhuma foi capaz de
explicar o envelhecimento em sua totalidade. As diversas teorias do envelhecimento existentes trazem
diferentes graus de universalidade, validade e confiabilidade. Os profissionais de saúde podem fazer uso
dessas informações para entender melhor os fatores que podem influenciar de forma positiva ou negativa o
bem-estar de indivíduos em todos os ciclos da vida.

• Teorias Biológicas do Envelhecimento

O processo de envelhecimento biológico ocorre de maneiras distintas entre as espécies e entre os próprios
indivíduos. Apesar de podermos prever as possíveis alterações orgânicas que ocorrem em decorrência do
envelhecimento, ninguém envelhecerá exatamente da mesma forma. Podemos perceber graus variados de
modificações fisiológicas, capacidades e limitações nas mais variadas faixas etárias. Com relação ao
envelhecimento dos sistemas de um único indivíduo, podemos observar que acontece de forma variável, com
declínios significativos em alguns enquanto outros não evidenciam modificações consideráveis.

Figura 1| Envelhecimento orgânico

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Fonte: Shutterstock

Na tentativa de explicar o envelhecimento biológico, muito estudiosos pesquisaram fatores internos e


externos ao organismo humano e a partir disso passaram a defender diferentes teorias. As teorias biológicas
sustentam que o envelhecimento se caracteriza por uma série de mudanças letais que vão diminuindo as
probabilidades de sobrevivência do ser humano.

• Teorias Estocásticas e Não Estocásticas

As diversas teorias biológicas do envelhecimento podem ser categorizadas em dois grupos distintos: teorias
estocásticas e teorias não estocásticas.

As Teorias Não Estocásticas (ou programadas) entendem as alterações do envelhecimento em


consequência de um processo complexo e predeterminado. São baseadas no conceito de “relógio biológico”,
com fenômenos delimitados, marcando etapas específicas da vida, como crescimento, maturidade,
senescência e morte. Dentre as teorias não estocásticas, podemos citar: apoptose, teorias genéticas, reações
autoimunes, teorias neuroendócrina e neuroquímica, teorias da radiação, teorias nutricionais e teorias
ambientais.

Já as Teorias Estocásticas entendem os efeitos do envelhecimento como resultantes de ataques aleatórios do


ambiente interno e externo. Estão condicionadas a alterações moleculares e celulares, progressivas e
aleatórias que promovem danos às estruturas biológicas para manutenção da vida. As teorias estocásticas
sugerem que fenômenos diversos, oriundos das desordens moleculares e celulares, promovem erros em
diversos segmentos orgânicos, resultando em um declínio fisiológico e estrutural que ocorre de maneira
progressiva. Dentre as teorias estocásticas incluem-se: teoria do elo cruzado, teoria dos radicais livres e da
lipofucina, teorias do uso e desgaste, teorias evolucionistas e biogerontologia.

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VIDEOAULA: TEORIAS DO ENVELHECIMENTO

Você aprendeu que o processo de envelhecimento é multicausal e que as transformações que decorrem
desse processo envolvem fatores biológicos, psicológicos e sociais. Muitos esforços foram feitos na tentativa
de elucidar a gênese do envelhecimento, resultando na elaboração de diversas teorias que tentam explicar
esse fenômeno. Neste vídeo abordamos de maneira mais aprofundada os conceitos que emergem das
Teorias Biológicas do Envelhecimento.

Videoaula: Teorias do Envelhecimento

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

TEORIAS ESTOCÁSTICAS I

Ao longo dos nossos estudos, abordaremos as teorias estocásticas: teoria do elo cruzado, teoria dos radicais
livres e da lipofucina.

• Teoria do elo cruzado

Uma das mais conhecidas entre as que tomam como base os danos moleculares progressivos, propõe que a
divisão celular é intensamente ameaçada por radiação ou por reações químicas, consideradas moléculas
altamente reativas. A teoria defende que essas moléculas reativas podem se ligar diretamente à molécula de
DNA no núcleo celular. O sistema de defesa da célula retira e descarta a porção do DNA que está corrompida
e tenta reparar o fragmento perdido, utilizando, como modelo inicial, a parte restante do DNA. Se esse
processo for muito lento ou se o agente reativo se ligar em duas porções da hélice proteica do DNA, existe
grande risco de perda de ambas as partes, impedindo o reparo. À medida que esse processo se repete, temos
como resultado a repartição anormal das linhagens durante a mitose, gerando confusão das informações que
são mediadas pelo núcleo da célula.

Figura 2| Envelhecimento

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Fonte: Shutterstock

Com o passar do tempo, mediante acúmulo desses agentes do elo cruzado, dá-se a formação de agregados
densos que impedem o transporte intracelular. Levando em consideração que os elos cruzados afetam
diretamente o DNA, pequenas lesões podem desencadear grandes desajustes nas funções celulares, logo, os
órgãos e os sistemas do organismo começam a falhar. Um dos efeitos do elo cruzado no colágeno (tecido
conectivo importante nos pulmões, no coração, nos vasos sanguíneos e nos músculos) é a redução da
elasticidade tecidual, associada a muitas mudanças relativas à idade.

• Teoria dos Radicais Livres

Os organismos aeróbicos mantêm dependência do oxigênio para produção de energia. No entanto, apesar de
essencial, o oxigênio também é capaz de causar danos por oxidação, retirando elétrons de estruturas como o
DNA, proteínas e lipídios e desencadeando uma instabilidade celular.

Os radicais livres são originados da oxidação. São definidos como moléculas cujos átomos são compostos por
um número ímpar de elétrons. Essa molécula incompleta é capaz de se apoderar de elétrons de proteínas que
fazem parte da composição das células para garantir seus elétrons em pares. Esse processo inicia uma reação
em cascata, em que cada molécula desfalcada perpetua o ciclo.

Os radicais livres fazem parte do desempenho fisiológico do corpo, que conta com antioxidantes
próprios que combatem essa reação. No entanto, quando a quantidade de radicais livres é excessiva,
podemos ter como resultado danos às proteínas, enzimas e DNA pela substituição de moléculas sadias
por moléculas defeituosas, desencadeando alterações genéticas, que ao longo do tempo vão declinando
as funções orgânicas.

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A teoria dos radicais livres sugere que o envelhecimento é resultado do metabolismo oxidativo e dos efeitos
dos radicais livres. Estudos defendem que os radicais livres se autoperpetuam e que a elevação quantitativa
dessas moléculas pode superar a capacidade natural do organismo em lidar com elas. Dentre os fatores
contribuintes podemos citar poluição, pesticidas, estresse, tabagismo e etilismo.

• Teoria da Lipofucina

Outra teoria envolve o papel dos pigmentos microscópicos da lipofucina, um derivado da oxidação das
lipoproteínas. Acredita-se que ela tenha papel semelhante ao dos radicais livres no processo de
envelhecimento. Com acúmulo da lipofucina, há interferência na difusão e no transporte de metabólitos
essenciais e de moléculas portadoras de informações nas células. Quanto mais velha for a pessoa, mais
lipofucina terá em seu organismo.

VIDEOAULA: TEORIAS ESTOCÁSTICAS I

O funcionamento celular é algo ainda não totalmente compreendido, mas com a evolução tecnológica, a
ciência consegue demonstrar evidências mais claras de sua organização e estrutura, permitindo o
levantamento de teorias que visam elucidar o processo biológico do envelhecimento. Neste vídeo abordamos
de maneira mais aprofundada algumas teorias estocásticas do envelhecimento.

Videoaula: Teorias Estocásticas I

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

TEORIAS ESTOCÁSTICAS II

A partir de agora, abordaremos as teorias estocásticas: teoria do uso e desgaste, teoria evolucionista,
biogerontologia.

• Teoria do Uso e Desgaste

A teoria do uso e desgaste defende que o processo de envelhecimento é resultado do uso normal do corpo e
de seus sistemas orgânicos. Com o passar dos anos, os sistemas corporais se desgastam e não funcionam
plenamente com sua capacidade máxima. A construção teórica é desenhada sob a perspectiva de que quanto
mais desgaste sofre uma célula, maior será o comprometimento em sua habilidade de sobrevida.

Figura 3| Envelhecimento natural

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Fonte: Shutterstock

Essa teoria surgiu no contexto da Revolução Industrial, com base em um comparativo do corpo humano com
as máquinas, em que ambos perdem a capacidade de funcionamento à medida que são utilizados, sofrendo
desgastes com o passar do tempo, que geram o declínio do desempenho de suas funções.

• Teorias Evolucionistas

As teorias evolucionistas defendem que as divergências no processo de envelhecimento e na longevidade dos


seres vivos são resultantes de uma interposição de processos de mutação e seleção natural. Associam o
envelhecimento ao processo de seleção natural, relacionando essas teorias àquelas que subsidiam o
conhecimento sobre a evolução humana.

Existem vários subgrupos de teorias que associam o envelhecimento à evolução humana. A teoria do
acúmulo de mutações considera que a força da seleção natural diminui com a idade. Em outras palavras,
supõe que o envelhecimento é resultante do declínio, com a idade, da força de seleção natural, quando as
mutações genéticas que afetam os indivíduos mais jovens serão finalmente eliminadas porque estas não
terão vivido tempo suficiente para se reproduzir e passar aquelas mutações a outras gerações, ao passo que
as mutações que surgem mais tardiamente são acumuladas porque os idosos por elas afetados já as terão
perpetuado aos seus descendentes.

Figura 4| Longevidade

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Fonte: Shutterstock

A teoria da pleiotropia antagônica defende que genes que trazem efeitos benéficos durante a juventude
tornam-se prejudiciais na fase tardia do ciclo vital. Dessa forma, os genes selecionados potencializariam o
vigor da juventude, favorecendo à reprodução. No entanto, posteriormente, causariam as mudanças
características da senescência.

Já a teoria da soma descartável difere das demais teorias evolucionistas. Ela postula que envelhecer está
mais relacionado com o uso da energia do corpo do que com alterações genéticas. Defende que o organismo
precisa usar energia para o metabolismo, reprodução e manutenção das funções e reparos. Pela evolução, os
organismos passaram a dar prioridade do gasto energético para as funções reprodutivas mais do que para as
outras funções capazes de manter a vida do organismo indefinidamente, desencadeando, assim, o declínio e a
morte.

• Biogerontologia

A Biogerontologia é o estudo dos processos que envolvem a relação entre o envelhecimento e os fatores
genético-ambientais que desencadeiam o aparecimento de doenças.

Os agentes etiológicos (bactérias, vírus, fungos etc.) podem ser responsáveis por algumas mudanças
fisiológicas durante o envelhecimento. Em casos específicos, esses patógenos podem permanecer no
organismo humano durante décadas, antes mesmo de influenciar os sistemas orgânicos.

Apesar da teoria, não existem evidências conclusivas que comprovem essa relação entre os patógenos e o
declínio do corpo, no entanto, é uma área que têm despertado o interesse de estudiosos por observarem o
aumento da expectativa de vida associada ao controle ou erradicação de doenças por meio de ações em
saúde, como imunização por vacinas e tratamentos específicos.

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VIDEOAULA: TEORIAS ESTOCÁSTICAS II

Na tentativa de tentar elucidar e compreender melhor o processo de envelhecimento, muitos estudos vêm
sendo realizados ao longo dos anos, dando origem a diversas teorias. As teorias do envelhecimento são
classificadas em biológicas e psicossociais. Neste vídeo, trabalhamos de maneira mais aprofundada as teorias
de uso e desgaste, evolucionistas e biogerontologia, que fazem parte de um conjunto de teorias biológicas
estocásticas.

Videoaula: Teorias Estocásticas II

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

ESTUDO DE CASO

Olá estudante, o estudo de caso é uma oportunidade para você aplicar os conhecimentos diante do que você
já estudou. Bons estudos!

Monitoria acadêmica
A monitoria pode ser entendida como uma iniciação acadêmica, no qual o estudante acompanha de perto o
trabalho docente, colaborando para a aprendizagem e o desenvolvimento dos discentes.

Cada instituição de ensino superior tem uma política interna específica que regulamenta essa iniciativa no
âmbito educacional. É comum que os monitores acadêmicos passem por processo seletivo, demonstrando
que de fato estão aptos a assumir tal função.

Entre as funções do monitor, podemos destacar o zelo pelo bom andamento das aulas, supervisão de
equipamentos utilizados em aula, repasse de materiais para a turma, promoção de reuniões de estudos e
treinamento. Um monitor exemplar está sempre de prontidão para esclarecer dúvidas que possam surgir em
relação ao conteúdo ministrado pelo professor em sala de aula.

A monitoria é uma função desafiadora, no entanto, pode trazer inúmeros benefícios, como o desenvolvimento
de habilidades, por exemplo, falar em público, conhecimento, experiência, autonomia, networking na área e,
em alguns casos, auxílio financeiro.

Para ampliar a aprendizagem do assunto abordado ao longo desta aula, imagine que você

está participando do processo seletivo para monitoria da disciplina Aspectos Biopsicossociais do


Envelhecimento. Um dos requisitos para seleção inclui uma avaliação oral com o professor titular da
disciplina. No dia da avaliação você foi solicitado a esclarecer o que são teorias do envelhecimento, suas
classificações e a explicar uma delas contextualizando com a realidade do idoso.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

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A busca pela longevidade e pela imortalidade por muito tempo foi foco de inúmeras pesquisas que
aconteceram em todo o mundo. A tentativa de elucidação e compreensão do processo de envelhecimento
deu origem a diversas teorias que procuraram explicar esse fenômeno.

As teorias do envelhecimento levantadas podem ser classificadas em teorias biológicas, psicológicas e sociais.

As teorias biológicas sustentam por meio do seu conceito que o envelhecimento se caracteriza por uma série
de mudanças letais que vão diminuindo as probabilidades de sobrevivência do ser humano.

As teorias biológicas podem ser classificadas em teorias estocásticas e teorias não estocásticas. As teorias
estocásticas entendem que o envelhecimento resulta de interferências do ambiente interno e externo. Já as
teorias não estocásticas entendem que as alterações do envelhecimento são resultantes de um processo
previamente programado ou predeterminado.

Ao longo desta aula estudamos de maneira mais específica as teorias estocásticas (teoria do elo cruzado,
teoria dos radicais livres e da lipofucina, teorias do uso e desgaste, teorias evolucionistas e biogerontologia),
dentre as quais você poderá eleger uma e discorrer a respeito dela.

Bons estudos!

 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais do processo biológico do envelhecimento assista ao vídeo O QUE
ACONTECE QUANDO NÓS ENVELHECEMOS? de Fabiano Moulin.

Leia também os materiais a seguir para aprofundamento dos conhecimentos acerca do envelhecimento
biológico e teorias biológicas do envelhecimento.

Bons estudos!

Figura 5| Teorias do Envelhecimento I

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Figura 6| Teorias Biológicas do Envelhecimento II

Figura 7| Teorias Estocásticas

Resolução do Estudo de Caso

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Aula 4

TEORIAS BIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO II


Olá, estudante, você aprendeu que o envelhecimento biológico é iniciado a partir do momento em que
qualquer ser vivo nasce, continua durante toda a vida e se encerra com o processo de morte.
15 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante, como você gostaria que fosse a sua velhice? O que você está fazendo, hoje, para que essas
metas se tornem realidade na fase idosa?

Em todo o mundo, ao longo de vários anos, muitos pesquisadores vêm investigando o processo de
envelhecimento na tentativa de elucidá-lo e descobrir meios para impedi-lo ou retardá-lo. Dessas buscas
incessantes, surgiram várias teorias que tentam explicar como se dá o envelhecimento, no entanto, elas ainda
não conseguiram de maneira concreta, explicar o envelhecimento em seu aspecto global, uma vez que se
trada de um processo multifatorial.

A depender do que se pretende explicar, as teorias se complementam, possibilitando uma melhor


compreensão do envelhecimento e a adoção de medidas específicas para envelhecer da melhor forma
possível.

Ao longo dos nossos estudos, daremos continuidade aos conhecimentos acerca das teorias biológicas do
envelhecimento a partir das principais teorias não estocásticas.

Vamos lá?

TEORIAS NÃO ESTOCÁSTICAS DO ENVELHECIMENTO

Olá, estudante, você aprendeu que o envelhecimento biológico é iniciado a partir do momento em que
qualquer ser vivo nasce, continua durante toda a vida e se encerra com o processo de morte. A senescência
decorre do processo da ação do tempo, que provoca resultados deletérios ao organismo. A senescência
representa um fenótipo complexo da biologia que se deflagra em todos os sistemas orgânicos do indivíduo;
seu desenrolar afeta intimamente a fisiologia do corpo humano, exercendo um impacto direto na capacidade
funcional do indivíduo, tornando-o mais suscetível ao aparecimento de doenças, em especial, as de natureza
crônica.

Apesar do crescimento dos estudos acerca do processo de envelhecimento, a comunidade científica ainda
detém conhecimentos limitados em relação a essa temática. Pesquisas experimentais não podem ser
realizadas em seres humanos, pois envolvem questões éticas, dessa forma, as pesquisas vêm sendo
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realizadas em modelos animais, como os roedores e organismos modelo, como alguns tipos de levedura.
Entretanto, para que os resultados desses estudos se tornem relevantes para elucidação do envelhecer, é
imperativo que os mecanismos experimentados sejam semelhantes ao do ser humano, o que nem sempre é
possível.

A corrida pelo entendimento do envelhecimento culminou na criação de diversas teorias que tentam explicar
como se dá o envelhecimento humano, sendo elas classificadas em biológicas, psicológicas e sociais. As
teorias biológicas do envelhecimento são divididas, atualmente, de diferentes formas, sendo mais frequente a
categorização em dois grupos distintos: o das teorias estocásticas e o das teorias não estocásticas
(programadas).

Figura 1 | Envelhecimento humano

Fonte: Shutterstock.

Teoria estocásticas
A premissa das teorias estocásticas é a identificação de condições específicas que produzem danos ao nível
molecular e celular, em que o processo de envelhecimento se dá de maneira aleatória e progressiva. Essas
teorias consideram o ambiente interno e externo do organismo como fatores que condicionam o envelhecer,
desencadeando diversos erros nos segmentos orgânicos, que acabam por deteriorar a estrutura e as funções
do corpo.

Teorias não estocásticas

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As teorias não estocásticas, também conhecidas como teorias programadas, são postuladas na existência de
um “relógio biológico”, entendendo que todas as alterações que acontecem à medida que envelhecemos são
fenômenos previamente programados ou predeterminados. As teorias não estocásticas entendem que o
organismo humano é previamente regulado para que possa crescer, amadurecer, envelhecer e morrer, e as
principais teorias consideradas como não estocásticas incluem: teoria da apoptose, teorias genéticas, reações
autoimunes, teorias neuroendócrina e neuroquímica, teorias da radiação, teorias nutricionais e teorias
ambientais.

Em relação aos objetivos das teorias do envelhecimento, alguns autores sugerem a classificação em ultimate
e proximate, em que ultimate dá destaque às questões oriundas do envelhecimento e esclarece o motivo do
processo, bem como a variabilidade na velocidade do envelhecimento entre espécies diferentes e indivíduos
pertencentes a uma mesma espécie. Já o proximate versa sobre questões imediatas ao envelhecimento,
investigando os instrumentos que retratam como se dá o processo.

Além disso, estudos evidenciam mais de 300 teorias que tentam elucidar o envelhecimento, as quais não
podem ser consideradas mutuamente excludentes; aliás, algumas podem ser consideradas complementares,
a depender da perspectiva que se deseja explicar.

Teorias do envelhecimento: síntese visual


Acompanhe a síntese visual das teorias do envelhecimento.

Figura 2 | Teorias biológicas do envelhecimento

Figura 3 | Teorias não estocásticas

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VIDEOAULA: TEORIAS NÃO ESTOCÁSTICAS DO ENVELHECIMENTO

Na tentativa de elucidar como se dá o processo de envelhecimento, surgiram inúmeras teorias que buscam
explicar e justificar esse processo. Entre essas teorias, encontram-se as teorias biológicas do envelhecimento.
Neste vídeo, abordamos, de maneira mais aprofundada, as teorias não estocásticas ou teorias programadas
do envelhecimento. Vamos lá?!

Videoaula: Teorias não estocásticas do envelhecimento

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

TEORIAS PROGRAMADAS I

Vamos nos aprofundar um pouca nas teorias não estocásticas, como apoptose, teorias genéticas e reações
autoimunes.

Apoptose
A também conhecida “morte celular programada” desempenha um relevante papel no remodelamento das
células e na manutenção da vida. A apoptose ocorre, normalmente, durante o desenvolvimento dos
organismos, assim como na manutenção da homeostase de tecidos e células, bem como envolve uma cascata
de eventos moleculares bastante complexos caracterizada por alterações bioquímicas e morfológicas.

Todas as células de organismos multicelulares carregam, dentro de si, condições necessárias para causar
sua autodestruição, e isso se dá a partir de sinais fisiológicos, podendo ter início por estímulos, como os
hormônios esteroides e danos no DNA.

Em média, em um ser humano adulto, 10 bilhões de novas células são concebidas diariamente para reposição
daquelas que sofreram apoptose para manutenção da homeostase. Apesar disso, alguns genes diminuem a
expressão de apoptose com o envelhecimento, e mudanças na sinalização da apoptose trazem consequências

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diretas no envelhecimento. Se existir uma grande ativação da cascata de apoptose, haverá, como
consequência, uma degeneração do tecido. Em contrapartida, pouca apoptose permite a permanência de
células disfuncionais que podem contribuir para o envelhecimento ou mesmo doenças degenerativas e
câncer.

Teorias genéticas
Entre as teorias genéticas mais antigas, temos a teoria do envelhecimento programado, que defende que
os seres vivos já nascem com uma programação ou um relógio biológico que determina o tempo de vida do
indivíduo. Além disso, alguns experimentos evidenciam que várias espécies possuem um número finito ou
limitado de divisões celulares, sendo que, quanto maior a idade, menores são as divisões celulares. Esses
estudos apoiam a ideia de que a senescência está sob controle genético e ocorre no nível celular.

Outra teoria genética também bastante difundida é a teoria do erro. Ela defende que mutações genéticas são
causadoras do envelhecimento, pois provocam o declínio de órgãos e tecidos em consequência de mutações
celulares que se autoperpetuam. Alguns estudiosos defendem que o envelhecimento ocorre quando uma
substância do crescimento falha em sua produção, conduzindo à interrupção do crescimento e da reprodução
das células. Outros defendem hipóteses de que um fator de envelhecimento responsável pelo
desenvolvimento e pela maturidade celular ao longo da vida é produzido em excesso, apressando, assim, o
envelhecimento. Há, ainda, os que supõem que a capacidade celular para funcionar e dividir-se fica
prejudicada.

Reações autoimunes
Acredita-se que os órgãos primários do sistema imune são influenciados diretamente pelo processo de
envelhecimento. O timo tende a ter diminuição de peso durante a vida adulta, perdendo a capacidade de
produzir e diferenciar as células T, e a produção do hormônio do timo vai sendo reduzida a partir dos 30 anos,
tornando-se indetectável na fase idosa. Além disso, há um expressivo declínio na resposta imune humoral e
as células-tronco da medula óssea funcionam com menos eficiência. De acordo com a teoria, o aumento da
incidência de infecções e de câncer na fase idosa deve-se a esse fato.

Figura 4 | Ilustração 3D de células T

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Fonte: Shutterstock.

Alguns estudiosos acreditam que a redução nas atividades imunes também pode aumentar a resposta
autoimune com o envelhecimento. Uma das hipóteses defendidas é que o declínio do sistema imunológico
leva a identificar as células do organismo como substâncias estranhas, dando origem à produção de
anticorpos que começam a atacar e livrar o organismo dessas substâncias, provocando a morte celular.

VIDEOAULA: TEORIAS PROGRAMADAS I

As teorias não estocásticas defendem que o organismo humano já nasce com uma programação prévia, como
se nosso organismo possuísse um relógio biológico que predeterminasse o processo de envelhecimento em
direção à morte. Neste vídeo, abordamos, de maneira mais específica, as teorias programadas: apoptose,
teorias genéticas, reações autoimunes.

Videoaula: Teorias programadas I

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TEORIAS PROGRAMADAS II

Vamos nos aprofundar um pouco mais nas teorias não estocásticas: teorias neuroendócrina e neuroquímica,
teorias da radiação, teorias nutricionais, teorias ambientais.

Teorias neuroendócrina e neuroquímica


As funções neuroendócrinas e neuroquímicas são capazes de manter todo o organismo humano em
condições para se reproduzir e para sobreviver, sendo fundamentais para a coordenação e a interação
multissistêmica e para o controle das respostas fisiológicas do organismo aos estímulos externos. Dessa
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forma, determina-se que o tempo de duração da vida é ajustado por sistemas biológicos e controlado por
intermédio de sinais endócrinos e químicos.

Alguns estudos defendem que o envelhecimento é resultado de mudanças no cérebro e nas glândulas
endócrinas e que hormônios específicos da hipófise anterior promovem o envelhecimento. Outros afirmam
que um desequilíbrio químico no cérebro prejudica a divisão celular saudável por todo o corpo, resultando,
também, no envelhecimento.

Teorias da radiação
A relação entre radiação e idade é uma temática que continua a ser investigada. Pesquisas com cobaias
demonstram que o tempo de vida é reduzido devido a doses não letais de radiação. O envelhecimento seria
desencadeado pelo acúmulo de mutações após longa exposição aos níveis de radiação natural e de outros
agentes ambientais. Dessa forma, a radiação seria responsável pela promoção do envelhecimento e do
desenvolvimento de câncer.

Figura 5 | Pele envelhecida pela radiação ultravioleta

Fonte: Shutterstock.

É sabido que a exposição repetida à radiação ultravioleta é capaz de causar a elastose solar, consequência da
substituição do colágeno pela elastina.

Teorias nutricionais

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É bastante evidente o impacto da alimentação na saúde e no envelhecimento do ser humano. No que se


refere à alimentação, a qualidade é tão importante quanto a quantidade dos alimentos ingeridos.

Figura 6 | Relação entre alimentação e envelhecimento

Fonte: Shutterstock.

Sabemos que uma má alimentação pode levar à obesidade e, como consequência, elevam-se os riscos de
instalação de muitas doenças, além da probabilidade de abreviação da vida. Além disso, as hiper e
hipovitaminoses, o excesso ou a deficiência de outros nutrientes podem desencadear muitos processos
patológicos, trazendo, como consequência, a senilidade junto ao processo de envelhecimento.

A importância de se ter uma nutrição equilibrada durante toda a vida é temática constante em uma sociedade
conscientizada quanto a uma boa alimentação.

Embora não se tenha total compreensão da relação da alimentação com o envelhecimento, já se conhece o
suficiente para a sugestão de uma boa dieta com o intuito de minimizar ou eliminar alguns efeitos danosos
que podem surgir e ser associados ao envelhecimento.

Teorias ambientais
As teorias ambientais defendem que o ambiente que rodeia o ser humano possui estreita relação na forma
como o indivíduo envelhece. São reconhecidos diversos fatores ambientais capazes de ameaçar a saúde e,
possivelmente, o processo de envelhecimento.

Figura 7 | Relação entre ambiente e envelhecimento

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Fonte: Shutterstock.

Sabe-se que a ingestão de substâncias como mercúrio, chumbo, arsênico, isótopos radiativos, alguns
pesticidas etc. pode causar mudanças patológicas nos seres humanos. Já se sabe, também, que o tabagismo,
ativo ou passivo, é reconhecido por trazer efeitos adversos ao organismo; além disso, a excessiva densidade
populacional, elevados níveis de ruído, a inalação de poluentes do ar e outros fatores ambientais parecem
influenciar negativamente a forma como envelhecemos.

VIDEOAULA: TEORIAS PROGRAMADAS II

O envelhecimento é considerado um processo multicausal que atinge todo e qualquer ser vivo de maneira
gradual e progressiva. Podem estar relacionados ao envelhecimento tanto os fatores intrínsecos como os
fatores extrínsecos ao organismo. Neste vídeo, abordaremos de maneira mais específica, as teorias
programadas: teorias neuroendócrina e neuroquímica, teorias da radiação, teorias nutricionais, teorias
ambientais.

Videoaula: Teorias programadas II

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 Saiba mais
Para se aprofundar um pouco mais na relação entre alimentação e envelhecimento, faça a leitura dos
artigos a seguir:

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• Envelhecimento e qualidade de vida: uma abordagem nutricional e alimentar.

• Consumo alimentar, estilo de vida e sua influência no processo de envelhecimento.

• Envelhecimento, obesidade e consumo alimentar em idosos.

Para que você adquira maiores conhecimentos sobre o atendimento do idoso no SUS e as respectivas
políticas públicas implementadas para a assistência a essa população, assista à entrevista Idosos no SUS -
sala de convidados.

ESTUDO DE CASO

Olá, estudante, aqui no estudo de caso você terá a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos ao
longo dos nossos estudos. Vamos lá?

Atenção primária à saúde (APS )


A atenção primária à saúde (APS) é considerada o primeiro nível de assistência à saúde e é caracterizada por
um conjunto de medidas que envolvem tanto a esfera individual como coletiva.

A APS é considerada a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde, abrangendo ações que visam à
promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de
danos e manutenção da saúde.

Além disso, é considerada o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção do SUS, funcionando como
se fosse uma espécie de filtro, retendo e resolvendo todas as demandas que forem possíveis e encaminhando
as que forem necessárias, sendo capaz de organizar todo o fluxo dos serviços desde os atendimentos mais
simples até os mais complexos.

A APS é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, estando presente de maneira
mais próxima da realidade dos usuários do sistema. Para contextualizar o assunto abordado, imagine que
você é um profissional de saúde que trabalha diretamente na atenção primária à saúde em um centro de
saúde do seu município. Uma das necessidades dos usuários da sua unidade é a conscientização a respeito da
alimentação saudável e equilibrada; por esse motivo, o gestor da unidade o incumbiu de organizar as reuniões
sobre a temática direcionada aos adultos e idosos que fazem acompanhamento na unidade.

Com base no que você aprendeu ao longo desta aula, a alimentação possui alguma relação com o processo de
adoecimento e de envelhecimento? Como se chama essa teoria? Como a alimentação pode influenciar o modo
como envelhecemos?

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

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O modo como nos alimentamos é capaz de influenciar diretamente nosso processo de envelhecimento, e essa
afirmação pode ser explicada por meio das teorias nutricionais, que defendem que uma má alimentação pode
favorecer o aparecimento de processos patológicos, que, muitas vezes, apresentam-se durante a velhice.

As teorias nutricionais enfatizam que a quantidade dos alimentos é tão importante quanto a qualidade, ao
passo que uma má alimentação pode desencadear excessos de nutrientes, como o excesso de colesterol, ou,
em sentido inverso, a falta deles, podendo gerar uma desnutrição, por exemplo.

Outro fator bastante evidente desencadeado pela alimentação é a obesidade, que, por si só, já eleva o risco de
processos patológicos bastante presentes na fase idosa, como hipertensão, diabetes, entre outros.

Uma nutrição equilibrada é capaz de auxiliar na manutenção da vida saudável, podendo refletir diretamente
no envelhecimento, minimizando o risco de instalação de doenças, evitando ou retardando processos de
senilidade, o que eleva a qualidade de vida da pessoa idosa.

Resolução do Estudo de Caso

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

REFERÊNCIAS
8 minutos

Aula 1

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