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Índice

Introdução..................................................................................................................................4

Evolução da População Mundial................................................................................................5

Revolução Demográfica.............................................................................................................6

Formas de Povoamentos Rurais...............................................................................................10

Formas de Povoamentos Rurais...............................................................................................10

Métodos estaisticos analise......................................................................................................11

A Lei da População .................................................................................................................12

A Distribuição da População em África...................................................................................14

Distribuição da população na Ásia...........................................................................................15

Recenseamento da população..................................................................................................15

Conclusão.................................................................................................................................20

Referencias Bibliograficas.......................................................................................................21
Introdução

A Geografia da população e povoamentos não é uma ciência recente, é muito antiga como a
própria geografia. Dizemos que a geografia da população é muito antiga porque desde que a
geografia surgiu como ciência ela sempre se preocupou em fazer a descrição dos habitantes
dos vários quadrantes. O estudo que a geografia fazia no passado a respeito da população era
análises antropológicas. A Geografia da População é um ramo da geografia (humana) que
analisa, descreve e interpreta a composição, a distribuição, as migrações e o crescimento da
população, em relação com o espaço. A distribuição dos homens sobre a Terra traz ao mesmo
tempo a marca dos caracteres originais das civilizações e dos condicionamentos ecológicos.

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Evolução da População Mundial

 1ª fase: Regime Demográfico Primitivo (verifica-se até 1750)


 2ª fase: Revolução Demográfica (verifica-se 1750 até 1950)
 3ª fase: Explosão Demográfica (verifica-se desde1950 até a actualidade)
 4ª fase: Regime Demográfico Primitivo (verifica-se até 1750)

Características:

 O ritmo de crescimento era lento


 As taxas de mortalidade eram muito elevadas
 As taxas de natalidade eram muito elevadas
 As taxas de crescimento natural eram muito baixas

As taxas de natalidade eram muito elevadas devido:

 Á inexistência de métodos contraceptivos;


 Aos filhos serem fonte de rendimento para a família;
 Ao incentivo á procriação de parte da religião;
 Aos casamentos ocorrerem precocemente;
 Às famílias numerosa terem prestigio na sociedade.

As taxas de mortalidade eram muito elevadas devido:

 Á falta de assistência médica e medicamentosa


 A falta de condições sanitárias;
 A grandes carências alimentares;
 A guerras e epidemias frequentes.

2º fase: Revolução Demográfica (verifica-se 1750 até 1950)

Características:

 O ritmo de crescimento era rápido


 As taxas de natalidade eram elevadas nos países mais desenvolvidos
 As taxas de mortalidade diminuíram muito nos países mais desenvolvidos
 As taxas de crescimento natural aumentaram nos países mais Desenvolvidos

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As taxas de mortalidade diminuíram devido:

 Aos progressos técnicos com a revolução industrial e revolução agrícola;


 A uma melhoria da alimentação;
 A uma melhoria das condições sanitárias;
 Aos progressos ao nível da medicina;
 A uma melhoria das condições de vida da população

3º fase: Explosão Demográfica (verifica-se desde1950 até a actualidade)

Características:

 O ritmo de crescimento era muito rápido ou explosivo


 As taxas de mortalidade são elevadas nos países menos desenvolvidos
 As taxas de natalidade são baixas em todo o mundo
As taxas de crescimento natural são elevadas nos países menos desenvolvido

As taxas de mortalidade diminuíram nos países em desenvolvimento devido:


Á ajuda internacional das organizações humanitária que prestam auxílio ao nível da saúde,
alimentação, educação e obtenção de água potável.

Revolução Demográfica
No século XVIII/XIX assiste-se a uma autêntica revolução demográfica, que é visível
principalmente na Europa. Esta mudança foi operada devida a diversos factores, entre os
quais os avanços da medicina, o desenvolvimento da indústria e da agricultura, a alteração
das mentalidades á nível da medicina. Neste período assistimos também a um aumento da
taxa de natalidade, reflexo da redução da idade média de casamento (como consequência das
melhorias de condições de vida). Os progressos operados na agricultura, com a introdução da
mecanização e consequente aumento das produções e, portanto, da quantidade de alimentos,
bem como a eclosão da Revolução Industrial foram também decisivos para esta mudança.

Transição Demográfica
Segundo Frank (1929). Define a transição demográfica é a contestação factual da lógica
malthusiana. Foi elaborada a partir da interpretação das transformações demográficas sofridas
pelos países que participaram da Revolução Industrial nos séculos 18 e 19, até os dias actuais.
A partir da análise destas mudanças demográficas foi estabelecido um padrão que, segundo

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alguns demógrafos, pode ser aplicado aos demais países do mundo, embora em momentos
históricos e contextos económicos diferentes. Ela explica que, durante uma longa fase da
história, anatalidade e a mortalidade mantiveram-se elevadas e próximas, caracterizando um
crescimento lento. Guerras, epidemias e fome dizimavam comunidades inteiras.

A transição demográfica é, no geral, um processo de diminuição de taxas de mortalidade e


natalidade, sendo que a primeira diminui mais rápido que a segunda, causando um período de
aumento do crescimento vegetativo e, portanto, de grande acréscimo populacional.

Transição demográfica

1º Explica porque o crescimento da população mundial se disparou nos últimos 200 anos
(passando de 1 bilhão habitantes no ano 1800 aos 7 bilhões na actualidade).

2º Descreve o período de transformação de uma Sociedade pré –industrial moderna ou pós


pós-industrial (diminuição de taxas de mortalidade e natalidade).

1ª Fase
A natalidade se dava de forma descontrolada, porém, ao mesmo tempo, a taxa de
mortalidade, por factores ligados à época: conflitos bélicos, crises, epidemias, baixas
condições sanitárias básicas, e pouca higiene, também tinha índices altíssimos, resultando
num acréscimo populacional muito pequeno.

2ª Fase
Os índices de mortalidade iniciam uma importante descida motivada por diferentes razões: a
melhoria nas condições sanitárias, a evolução da medicina, e a urbanização, aumentando a
expectativa de vida, mas os índices de natalidade não acompanham essa tendência, causando
um rápido crescimento populacional. Em muitos países, essa fase teve início com a revolução
industrial. Hoje em dia, muitos países subdesenvolvidos vivem essa fase

3ª Fase
Ocorre uma queda na taxa de natalidade devido ao acesso à métodos anticoncepcionais, e à
educação (fazendo com que o planeamento familiar fique mais difundido). O resultado é um
crescimento vegetativo reduzido em relação à fase 2.

4ª Fase
Os índices de natalidade e mortalidade voltam a se estabilizar criando um crescimento
populacional novamente pequeno.

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O crescimento demográfico de hoje
O quadro abaixo permite captar a evolução da transição demográfica em nossos dias. Assim,
escolheram-se 20 estados - com as taxas de natalidade e mortalidade correspondentes ao 2005
- que põem de manifesto os diferentes ritmos existentes à hora de completar as 5 fases do
processo. Há que assinalar, no entanto, que na actualidade não há nenhum país que se
encontre ainda na fase 1 porque, felizmente, as taxas de mortalidade próximas de 40 ou 50‰
não são registradas há décadas.

Crescimento da população mundial entre 10.000 a.C. - 2000 D. C.

Desde suas origens e até o século XVIII, a humanidade esteve ancorada no estágio 1 da
transição demográfica. Com o estalido da Revolução Industrial, em meados do século XVIII,
os países hoje desenvolvidos fizeram o salto no estágio 2, iniciando o rápido crescimento da
população mundial. Os países ricos completaram todo o processo no final do século XX,
momento no qual estabilizaram à baixa suas taxas de natalidade e mortalidade. Portanto, a
transição demográfica começou aqui lentamente ao longo de uns 250 anos.

Os países em via de desenvolvimento ou do Terceiro Mundo, em mudança, iniciaram a


transição demográfica mais tarde e repentinamente. Actualmente, a maioria deles -sobretudo
os países africanos - se encontram no estágio 2 do processo: mantêm a natalidade muito alta
mas, em geral, estão reduzindo consideravelmente a mortalidade. Outros países,
especialmente em América Latina, em Ásia e também alguns de África, já se encontram na
fase 3 do processo porque reduziram muitíssimo a mortalidade e, ao mesmo tempo, estão
diminuindo paulatinamente a natalidade.

A moderação no crescimento da população mundial dependerá da velocidade com que os


países em via de desenvolvimento sejam capazes de completar a transição demográfica.

Crescimento Populacional

O Crescimento populacional é caracterizado como o aumento do número de habitantes no


planeta. Esse fenómeno é consequência do crescimentovegetativo, obtido através do saldo
entre as taxas de natalidade (nascimentos) e de mortalidade (mortes). Quando a taxa de
natalidade é superior à taxa de mortalidade, temos um crescimento vegetativo positivo, caso
contrário, a taxa é negativa.

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Explosão Demográfica

Explosão demográfica: é o aumento elevado e repentino da população de seres humanos. É


frequentemente associada a avanços tecnológicos, tendo a maior delas ocorrido no século XX
da era cristã. O aumento brusco da população leva a um aumento também brusco do território
ocupado, e tem alguns efeitos ambientais e económico-sociais catastróficos, daí a
comparação com uma explosão.

As explosões demográficas são duas situações

1. O surgimento das vacinas, os antibióticos, diminuíram bruscamente o índice de


mortalidade foi o aumento do crescimento vegetativo.

Dados revelam que o homem desde o seu surgimento, sempre procriou como forma de
perpetuação da espécie. Todavia, é evidente que no traço histórico, o homem até o período de
8.000 A.C, não havia se multiplicado de forma tão explosiva como a dos dias actuais.
Conforme Corson (2002, p. 23).

Naquela época, quando surgiu à agricultura, a população mundial era composta de


aproximadamente dez milhões de habitantes. Com o desenvolvimento da agricultura,
permitiu-se que o homem passasse a formar comunidades e a perder o carácter de nómada,
fazendo com que houvesse uma aceleração nesse processo reprodutivo. (Corson, 2002, p. 23)
Note-se que a população mundial foi paulatinamente ganhando novos membros, sendo que
em nenhum momento da história da humanidade foi tão decisivo neste processo quanto o
período pós-revolução industrial.

As Consequências da Explosão Demográfica Mundial sobre o Meio

Ambiente
Os dados apontados à verificação das consequências do crescimento demográfico mundial
são alarmantes. Revelam as pesquisas que o crescimento da população mundial deverá
permanecer em crescente evolução até o ano de 2050, quando as projecções são de que a
população mundial possa atingir a marca de 11 biliões de habitantes (Cohen, 2005, p. 43)

Contextualizando o que acima foi exposto, a explosão demográfica é sem dúvida, factor
relevante para o desencadeamento da crise ecológica mundial. Ou seja, trás seus efeitos no
meio ambiente através da degradação ambiental pelo desmatamento, desertificação, erosão do
solo e outros factores que serão analisados.

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O crescimento urbano está resultando em uma pobreza do meio rural em face do alargamento
dos territórios das cidades, através da extracção de recursos naturais, como por exemplo, da
madeira, forçando as populações rurais a migrarem para regiões urbanas. Rapidamente,
haverá uma duplicação das populações urbanas e os dados revelam que as dez maiores
cidades mundiais estarão localizadas em países em desenvolvimento.

Formas de Povoamentos Rurais

Tipos de Povoamento
As casas são as marcas mais visíveis da forma como a população organiza o espaço em que
vive, temos dois tipos de povoamento:

Formas de Povoamento:

 Povoamento Urbano
 Povoamento Rural: Concentrado e Disperso

O povoamento rural: pequenos aglomerados populacionais (aldeias e algumas vilas) com


pequeno número de casas

 A população vive dos trabalhos do campo;


 Grande ligação com a natureza.

Povoamento Rural Disperso / Isolado

Formas de Povoamentos Rurais

O desenvolvimento da rede do povoamento tem muita importância porque constitui centros


de produção e das ligações económicas, bases de desenvolvimento cultural, técnico e
tecnológico. A maneira como as casas se distribuem (sementeira do povoamento), o seu
agrupamento e suas relações próprias constituem o tipo de povoamento ou habitat, que se
apresenta sob duas formas: habitat rural e habitat urbano.

O habitat rural é dos campos. Não deve ser considerado apenas a disposição das casas. É
também o modo de exploração do solo, em ordem à exploração agrícola, porquanto “na
paisagem geográfica a imagem da casa está associada à do campo”. O habitat urbano é o das
cidades, verdadeiras paisagens totalmente “artificiais”, com suas casas e espaços livres (ruas,
largos e praças), construções variadas, circulação complexa, e em que os habitantes exercem
funções comerciais, industriais e administrativas, sem se dedicarem à exploração dos campos,

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verdadeiros abastecedores das cidades. “Habitat” rural – Raras são as casas de habitação
completamente isoladas, separadas das outras e que “parecem fugir às relações com as
demais.

Povoamento disperso ou disseminado – as casas encontram-se mais ou menos afastadas, os


lugarejos e os lugares ou casais distribuem-se por entre campos de cultura fechados, quase
sem formarem povoações bem definidas e com população exclusivamente rural. Causas
sociais e geográficas influíram na dispersão. É característico das regiões húmidas, de forte
pluviosidade e com solos impermeáveis e ricos em possibilidades de captação de água; mas
encontra-se também em zonas secas, como na parte central dos Estados Unidos, no Sudeste
da Austrália e no “barrocal”algarvio, em terrenos calcários lapizeados. Tudo leva a crer que
esta forma de habitat substituiu o agrupado, em muitos países de velha civilização rural, logo
que a segurança dos povos se foi acentuado e certas transformações sociais se deram, como
se verificou no Nordeste e Sudoeste da Alemanha, na Dinamarca, na Suíça, Norte e Nordeste
da França e Inglaterra. Também se instalou em zonas de colonização moderna, como na
Austrália, Oeste dos Estados Unidos e determinadas zonas da Argentina, apesar de, ao
iniciar-se, a protecção e segurança das populações coloniais não estarem asseguradas.

Povoamento agrupado – sob influências variadas – pobreza do solo, clima agreste, hábitos,
necessidades de defesa, secura do solo e factores humanos – as casas aglomeram-se e
formam, então, povoações bem definidas. Contudo, há povoamento agrupado onde as
condições são opostas às indicadas são o caso da planície húngara. É a mais antiga forma de
habitat rural, derivado da necessidade de defesa contra os animais selvagens e contra outros
homens, e auxílio mútuo nos trabalhos agrícolas e na criação de gados.

Métodos Estatísticos de análise: Método de progressão aritimetica

1. Método de incremento natural

Este método considera a tendência passada verificada pelas variáveis demográficas:


fecundidade, mortalidade e migração onde são formuladas hipóteses de comportamento
futuro (Tsutiya & Alem Sobrinho, 2000). É demonstrada pela seguinte equação:

P = P0 + ( N – M ) + ( I – E )
onde: P = população na data t;
P0 = população na data inicial t0;
N = nascimentos (no período t - t0);

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M = óbitos;
I = imigrantes no período;
E = emigrantes no período;
N-M = crescimento vegetativo no período;
I-E = crescimento social no período.

Método de Progressão aritmética


Este método prevê um incremento constante por unidade de tempo ( constância no
crescimento)
Px = População do ano que se pretende obter
Po = população no ano inicial ( pode ser do 1º/2º censo, censo mais
próximo)
Tx = ano que pretendemos conhecer a população
To = Ano 0 ( pode ser do 1º / 2º Censo)
Métodos
CMA = Crescimento médio anual
P1 = População do 2º censo
Po = População do 1º censo

T1 = ano do 2º censo

To = ano do 1º censo

Px = Po + ( CMA) x ( Tx – To )

CMA = P1 – Po

T1 – To

Método de progressão Geométrica


Px = Po x ( 1-r )( Tx – To )
Px = população no ano T1
Po= População no ao To
1 – r = Razão anual do crescimento geométrico
r = Taxa anual do crescimento geométrico ( % )
LogPx = Log Po + ( Tx –To) x Log ( 1-r)
1º Passo : Calcular Log ( 1-r )
Log (1-r) = Log P1 – Log Po
T1 - To

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A Lei da População
Exército de Reserva
Segundo Thomas Robert Malthus, economista inglês do século XVIII, atribuiu o desemprego
a leis eternas da natureza. De acordo com a sua "lei da população", desde a origem da
sociedade humana a população aumenta em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32...) e os
meios de Subsistência, dado o carácter limitado das riquezas naturais, aumentam em
progressão aritmética (1, 2, 3, 4.
A lei capitalista da população estimula então a constituição, de um exército de reserva
suficiente para a manutenção das exigências do numérico das classes trabalhadoras. Nos
países centrais, desde o início do século, verificavam-se movimentos que visavam a
contenção dos nascimentos.

A Lei da População no Socialismo


Para Marx, a produção e o consumo são pólos da mesma contradição, intimamente ligados
um ao outro, um condicionando a existência do outro. Em um determinado trecho do texto
“Para a crítica da economia política” o autor frisa que a produção é imediatamente ao
consumo e este, imediatamente produção. (Marx, 1985).

Segundo Marx também formulou uma lei da população para explicar o desemprego.
Chamou-a de "lei capitalista do desemprego", e a considerou uma consequência da
propriedade privada dos meios de produção. Segundo ele, na sociedade burguesa a
acumulação do capital faz com que uma parte da população operária se torne inevitavelmente
supérflua. É eliminada da produção e condenada à fome. Essa "superpopulação relativa" toma
diferentes nomes, segundo os aspectos que apresenta:

 Superpopulação flutuante, constituída pelos operários que perdem seu trabalho por
um certo tempo, em consequência da queda da produção, do emprego de novas
máquinas, do fechamento de empresas. Com o incremento da produção, uma parte
desses desempregados volta a se empregar; e também consegue emprego uma parcela
dos novos trabalhadores que alcançaram a idade produtiva.
 Superpopulação latente, constituída pelos pequenos produtores arruinados e
principalmente pelos camponeses pobres e pelos operários agrícolas que estão
ocupados na agricultura somente durante parte do ano. Ao contrário do que ocorre no
sector industrial, o progresso técnico na agricultura provoca uma diminuição absoluta
da demanda de mão-de-obra.

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 Superpopulação estagnada, constituída pelos grupos numerosos de pessoas que
perderam definitivamente seu emprego e cujas ocupações irregulares são pagas muito
abaixo do nível habitual de salário. Encontram-se entre esses os trabalhadores
domésticos e os que vivem de trabalho ocasional.

Classificação do desemprego

Desemprego estrutural - característico dos países subdesenvolvidos, ligado às


particularidades intrínsecas de sua economia. Explica-se pelo excesso de mão-de-obra
empregado na agricultura e actividades correlatas e pela insuficiência dos equipamentos de
base que levariam à criação cumulativa de emprego.

Desemprego tenológico - que atinge sobretudo os países mais adiantados. Resulta da


substituição do homem pela máquina e é representado pela maior procura de técnicos e
especialistas e pela queda, em maior proporção, da procura dos trabalhos meramente braçais.

Desemprego conjuntural - também chamado desemprego cíclico, característico da


depressão, quando os bancos retraem os créditos, desestimulando os investimentos, e o poder
de compra dos assalariados cai em consequência da elevação de preços.

Desemprego ficcional - motivado pela mudança de emprego ou actividade dos indivíduos. É


o tipo de desemprego de menor significação económica

Desemprego temporário - forma de sub emprego comum nas regiões agrícolas, motivado
pelo carácter sazonal do trabalho em certos sectores agrícolas.

A Distribuição da População em África

Os habitantes do continente africano apresentam grande variedade de características raciais.


Desde o paleolítico inferior, ali viveram grupos étnicos muito diferenciados: negróides,
caucasóides, etíopes, bosquímanos, pigmeus e, em épocas mais recentes mas ainda
préhistóricas, mongolóides. É difícil e até arriscado descrever pormenorizadamente as etnias
africanas, já que nem sempre as características antropométricas coincidem com as línguas e
dialetos falados pelos diferentes grupos étnicos ou com outros traços culturais
diferenciadores.

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Principais tiposétnicos africanos

Paleoafricanos pigmeus bosquímanos hotentotes, etíopes Mongolóides caucasóides nilóticos


bantos do leste e do sul guineenses e congoleses.

Principais tipos étnicos africanos

Povos paleoafricanos - reduzidos a bandos dispersos que, na segunda metade do século XX


não ultrapassavam 200.000 indivíduos, os pigmeus são povos caçadores e coletores, embora
em alguns casos tenham na pesca seu principal meio de subsistência. Encontram-se
principalmente no Camarão, no Gabão e na bacia do Congo. São de baixa estatura, que
raramente ultrapassa um metro e meio. A pele, pardo-amarelada, é brilhante e pilosa. O
cabelo é negro e encarapinhado; o nariz, largo; e o rosto, ovalado.

África central), bosquímanos, hotentotes e brancos (no sul). Sua característica distintiva
fundamental é a cor da pele, que no entanto pode variar do moreno-escuro ao negro-retinto. É
de notar-se o prognatismo, isto é, a proeminência das maxilas. Têm nariz largo, cabelo negro
e encarapinhado, lábios tendentes ao grosso e pômulos salientes. O pêlo facial e corporal é
escasso. A estatura vária, de um povo a outro, de média a muito alta. Distinguem-se várias
sub-raças: sudanesa, nilótica, guineense-congolesa e banta. Os povos sudaneses
correspondem à zona de savana subsaariana. Têm alta estatura, pele muito escura e acentuado
prognatismo.

Factores que influenciam a distribuição da População Físicos - Naturais Humanos

 Clima desértico Económicos


 Vegetação estepe Históricos
 Montanhas Transportes
 Solos Políticos

Recenseamento da população
Mundial foi feito o Censo das Américas. Em alguns países, as pessoas não querem ser
recenseadas. Existe alguma polémica sobre se a realização de recenseamentos é uma prática
aceitável, ou se por outro lado é uma intromissão do Governo. Esta situação muitas vezes
leva certos países a procurar alternativas, o que pode comprometer a veracidade dos
resultados. Em alguns destes países, são utilizados os registos normais de população, como o
registo civil (bilhete de identidade), da carta de condução, ou de um registo camarário
especial que as pessoas são obrigadas a fazer.

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Objectivos do Censo
Censos mostram a evolução da população de um país e a estrutura etária saúde água potável,
energia eléctrica o nível de educação esgota a céu aberta condições de habitação e acesso a
serviços públicos de saneamento, água potável, energia eléctrica, telefonia e internet.
Emprego renda Deposito de lixo.

O censo ou recenseamento demográfico é um estudo estatístico referente a uma população


que possibilita a recolha de várias informações, tais como o número de habitantes, o número
de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas, profissão, entre
outras coisas. Esse estudo é realizado, normalmente, de dez em dez anos, na maioria dos
países. Segundo a definição da ONU, "um recenseamento de população pode ser definido
como o conjunto das operações que consistem em recolher, agrupar e publicar dados
demográficos, económicos e sociais relativos a um momento determinado ou em certos
períodos, a todos os habitantes de um país ou território".

Características do recenseamento

 É projectado e executado sob os auspícios (protecção, direcção, conselho…) do


Governo, logo, obrigatório responder;
 Universal - são contados uma única vez todos os habitantes do território;
 Simultaneidade de recolha de informações, que se referem todas a um período bem
determinado. Isto é, realizado ao mesmo tempo em todas as zonas do país, para evitar
duplas contagens.
 Recolha com base no indivíduo, das informações nele contidos sobre a população
recenseada
 As pessoas são contadas na sua residência e são criados boletins para cada indivíduo.
 Âmbito territorial bem delimitado, em que assenta a contagem da população realiza-se
o recenseamento no território de um país, podendo fazer-se em embaixadas (que são
consideradas território de um país)
 Elaboração periódica dos dados- hoje em dia os dados não é guardada em segredo,
encontrando-se à disposição de todos.
 Realização periódica (habitualmente, de 10 em 10 anos). A contagem e a recolha
periódica de informações relativas à população não é algo de novo. Ao longo da
História do Homem têm-se registrado esforços para recolher periodicamente
informações relativas à população.

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Fases do Recenseamento : Planificação e preparação; Anotação e recolha Apuramento e
publicação dos dados, Compilação e verificação; Inquérito Estatístico.

Fases do Recenseamento

Os inquéritos estatísticos são usados para recolher informação quantitativa nos campos de
marketing, sondagens políticas, e pesquisanas ciências sociais. Um inquérito pode incidir
sobre opiniões ou informação factual, dependendo do seu objectivo, mas todos os inquéritos
envolvem a administração de perguntas a indivíduos. Quando as perguntas são colocadas por
um pesquisador, o inquérito é chamado uma entrevista ou um inquérito ministrado por um
pesquisador. Quando as questões são administradas pelo respondente, o inquérito é referido
por questionário ou um inquérito auto-administrado.

Questionário
Um questionário é um instrumento de investigação que visa recolher informações baseando-
se, geralmente, na inquisição de um grupo representativo da população em estudo. Para tal,
coloca-se uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores,
não havendo interacção directa entre estes e os inquiridos.

Estrutura e padronização
As questões de um inquérito estão normalmente estruturadas e padronizadas. A estrutura
pretende reduzir o enviezamento. Por exemplo, as questões devem ser ordenadas de tal forma
que uma questão não influencie a resposta às questões subsequentes. Os inquéritos são
padronizados para assegurar a confiança, generalidade e a validade. Cada respondente deverá
ser apresentado com as mesmas questões e na mesma ordem que os outros respondentes.

Vantagens dos inquéritos

 São flexíveis no sentido em que uma grande variedade de informação pode ser
recolhida.
 Eles podem ser usados para estudar atitudes, valores, crenças e comportamentos
passados.
 São relativamente fáceis de ministrar. Há uma economia da colecta dos dados devido
à focalização providenciada por questões padronizadas. Apenas questões de interesse
para o pesquisador são colocadas, gravadas, codificadas e analisadas.

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Desvantagens dos inquéritos

 Eles dependem da motivação dos sujeitos, sua honestidade, memória e capacidade de


resposta. Os respondentes podem não estar conscientes das suas razões para qualquer
determinada acção. Eles podem ter esquecidos as suas razões. Eles podem não estar
motivados para dar respostas correctas, na verdade, eles podem estar motivados a
fornecer respostas que os apresentem numa luz favorável.
 Inquéritos não são apropriados para estudar fenómenos sociais complexos. O
indivíduo não é a melhor unidade de análise nestes casos. Os inquéritos não dão um
completo senso dos processos sócias e a análise parece superficial. Inquéritos
estruturados, particularmente aqueles com repostas fechadas, podem ter baixa
validade quando pesquisando variáveis afectivas. As amostras de inquéritos são
normalmente auto-escolhidas, e por isso amostras sem probabilidade das quais as
características da população não podem ser inferidas.

Vantagens dos questionários auto-administrados

 São menos caros que as entrevistas.


 Não requerem um grande número de entrevistadores qualificados.
 Podem ser ministrados em grande número, num curto espaço de tempo, num só lugar.
 A anonimidade e privacidade encorajam respostas mais cândidas e honestas.
 Não há enviesamento pelo entrevistador.
 Rapidez de administração e análise.
 Possível de ser processada por computador.
 Menor pressão nos respondentes

Vantagens das entrevistas administradas pelo pesquisador

 Menos questões mal entendidas e respostas impróprias.


 Menos respostas incompletas.
 Maior taxa de respostas.
 Maior controle sobre o ambiente no qual o inquérito é administrado.
 Construção das questões.

O investigador deve ainda evitar questões baseadas em pressuposições, pois parte-se do


princípio que o inquirido encaixa numa determinada categoria e procura informação baseada
nesse pressuposto. É também necessário redobrar a atenção ao formular questões de natureza

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pessoal, ou que abordem assuntos delicados ou incómodos para o inquirido. As questões
devem ser reduzidas e adequadas à pesquisa em questão. Assim, elas devem ser
desenvolvidas tendo em conta três princípios básicos: o Princípio da clareza (devem ser
claras, concisas e unívocas), Princípio da Coerência (devem corresponder à intenção da
própria pergunta) e Princípio da neutralidade (não devem induzir uma dada resposta mas sim
libertar o inquirido do referencial de juízos de valor ou do preconceito do próprio autor).

Tácticas usadas para aumentar as taxas de resposta

 Brevidade - uma única página se possível


 Incentivos financeiros
 Pagos em avanço
 Incentivos não monetários
 Brindes pecuniários (canetas, notepads)
 Bilhete de loteria, sorteio ou concurso
 Promessa de contribuição para uma obra de caridade
 Notificação preliminar
 Técnicas de pequenos passos (foot-in-the-door techniques) -
 Começar com um pequeno pedido
 Personalização do pedido - dirigir-se a indivíduos específicos
 Pedidos de seguimento (follow-up requests)
 Apelos emocionais
 Ofertas de simpatia

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Conclusão

Conclui-se que hoje a geografia da população faz a descrição da evolução populacional,


distribuição, factores da distribuição, politicas demográficas, teorias demográficas, leis da
população, entre outros aspectos relacionados com a população, bem como estuda a
população do ponto de vista económico, quer dizer encarar essa população como sujeito da
produção material e consumidor da produção material para além de ser o elo de ligação de
todas actividades económicas.

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Referencias Bibliográficas

Corson, M (2002, p. 23). A Geografia da população e povoamentos

Frank, N (1929). A Geografia da população e povoamentos

Thomas, R. M. (2000). A Geografia da população e povoamentos

Tsutiya, B & Alem Sobrinho, 2000). A Geografia da população e povoamentos

Marx, V. (1985). A Geografia da população e povoamentos

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