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Explosão Demográfica

O homem com o passar dos tempos


assistiu a população mundial crescer
progressivamente até atingir o
impensado número de sete bilhões de
habitantes. Esse crescimento
populacional em grande escala passou
a apresentar inúmeros problemas, de
modo que os males provocados pelo
crescimento demográfico acelerado
são revertidas de danos que podem
ser verificados tanto contra a
natureza, quanto ao próprio homem.

A explosão demográfica já é
considerada um problema universal,
pois com maior ou menor incidência
afeta o planeta em seu todo.

O homem, até o período de 8.000


a.C., não havia se multiplicado de
forma tão explosiva como a dos dias
atuais. Naquela época, quando surgiu
a agricultura, a população mundial era
composta de aproximadamente dez
milhões de habitantes. Com o
desenvolvimento da agricultura,
permitiu-se que o homem passasse a
formar comunidades e a perder o
caráter nômade, fazendo com que
houvesse uma aceleração nesse
processo reprodutivo.

A população mundial foi


paulatinamente ganhando novos
membros, sendo que em nenhum
momento da história da humanidade
foi tão decisivo neste processo quanto
o período pós-revolução industrial.

Anteriormente à revolução industrial datada entre os séculos XVII e XVIII, a


população cresceu de trezentos milhões de habitantes, para oitocentos milhões, sendo
esses dados aceitáveis se analisado o período de mais de mil e setecentos anos.

No ano 1000, ainda existem 250 milhões de homens. Depois, começa uma fase de
crescimento lento: entre 1200 e 1500, atinge o patamar de 400 milhões, e esse
número se mantém. Mas a partir de 1500, manifesta-se uma aceleração, provocada
pelos progressos da higiene e da medicina. Em 1600, 580 milhões de homens; em
1700, 770 milhões; em 1800, 900 milhões. O primeiro bilhão é superado por volta de
1820, e o segundo, meio século mais tarde, aproximadamente em 1925.

Foi após o ano de 1950, que o mundo assistiu a uma verdadeira explosão no
crescimento da população mundial. Os números de crescimento passaram a ser
preocupantes se comparados ao crescimento da população ao longo da história da
humanidade.

Nesse espaço, o mundo assistiu a uma explosão demográfica que elevou em um


bilhão o numero de pessoas na terra em apenas 35 anos, sendo que do mesmo modo
passou a crescer até meados dos anos setenta.

A partir de 1950, uma verdadeira


explosão; o terceiro bilhão é atingido
depois de 35 anos, em 1960; o
quarto, 15 anos mais tarde, em 1975;
o quinto, após 12 anos, em 1987. Não
é exagero afirmar que estamos a
caminho da terceira revolução
demográfica; esta é muito mais ampla
e sobretudo mais violenta que as
revoluções do Paleolítico e Neolítico.
Em sua história, a humanidade jamais
conheceu uma taxa de crescimento de
2% ao ano, o que equivale a dobrar o
número total a cada 35 anos,
portanto, multiplicá-lo por oito em um
século. Esse ritmo foi superado no
começo dos anos 1970.

Esse acelerado processo de explosão


demográfica mundial despertou em
vários cientistas e estudiosos a
curiosidade de ser exploradas e
respondidas as dúvidas que decorrem
desse fenômeno.

Várias teorias têm sido sugeridas para


explicar a explosão demográfica que
começou no século XVIII, e disparou
com a revolução industrial. Uma
teoria, formulada por Thomas Malthus,
no século XVIII, diz que as populações
são limitadas pela comida disponível e
se expandem em resposta ao aumento
dos fornecimentos de comida. Embora
a produção mundial de alimentos
tenha crescido especialmente depois
da II Guerra Mundial, a Teoria de
Malthus é enfraquecida pelo fato de
que grande parte da produção é
exportada aos países industrializados,
e não ficam disponíveis ao consumo
nas regiões mais pobres do mundo,
onde o crescimento da população é
maior. Além disso, estudos
antropológicos mostram que as
sociedades tradicionais geralmente
não exploram, na totalidade, o
potencial de fornecimento de
alimentos, e se utilizam de vários
artifícios para limitar o crescimento da
população.

As teorias, como visto não conseguiram se sobressair frente ao crescimento


demográfico, de modo que ele ficou sem respostas, e passou a ser considerado um
problema social.

Se analisarmos o crescimento populacional mundial, observa-se que o acréscimo da


população mundial passou justamente a se dar após o período de revolução industrial,
sendo que os índices de duplicação dessa população total acentuou-se ainda mais no
século XX. Esse crescimento populacional se dá por vários fatores, dentre eles os
avanços da medicina, da produção de alimentos, da melhora das condições de
higiene, dentre outros fatores que buscam explicar esse fenômeno.

Portanto, partindo de uma análise histórica acerca do crescimento populacional,


facilmente percebe-se que esse passou a ser vastamente incrementado no mundo a
partir da revolução industrial, pelos motivos mencionados acima.

Os dados apontados à verificação das conseqüências do crescimento demográfico


mundial são alarmantes. O crescimento da população mundial deverá permanecer em
crescente evolução até o ano de 2050, quando as projeções são de que a população
mundial possa atingir a marca de 11 bilhões de habitantes.

Essas conseqüências já estão sendo sofridas pela humanidade atualmente e sobretudo


pela natureza. A retirada de matéria-prima do meio ambiente desencadeou uma grave
crise ecológica promovida por conta do crescimento da população mundial. A crise
atual foi concebida em diversos círculos científicos e acadêmicos, no discurso político e
na prática ecologista, como um problema de desajuste entre uma crescente população
humana e os recursos limitados do planeta.

O crescimento demográfico atingiu sobremaneira o ambiente natural, fazendo com


que inúmeras espécimes animais desaparecessem e outras tantas ficassem
ameaçadas de extinção. O homem por onde passa destrói e polui o meio ambiente.

A explosão demográfica é sem dúvida, fator relevante para o desencadeamento da


crise ecológica mundial. Ou seja, trás seus efeitos no meio ambiente através da
degradação ambiental pelo desmatamento, desertificação, erosão do solo e outros
fatores que serão analisados.
No que concerne ao desmatamento, o
mundo assistiu a uma assustadora
destruição das florestas mundiais,
sobretudo aquelas situadas em países
tropicais. Dados revelam que países
que detém o maior numero de
elevação na população, chegam ao
desflorestamento de 0,6% das áreas
tropicais a cada ano. Na África
Ocidental, por exemplo, a área
desmatada é de 3,4% considerando o
crescimento populacional de 2,9% a
cada ano. Na América Latina, a área
desflorestada chega a 3,1%,
considerando o índice decrescimento
populacional em 3% a cada ano. Na
América Central, o rápido crescimento
da população tanto humana quanto a
de animais de criação, tem sido
acompanhado por aberturas de
clareiras nas florestas em larga escala.
Entre 1950 e 1985, a população
humana dessa região aumentou cerca
de 183% passando de 9,2 milhões
para 26,1 milhões, enquanto que
cerca de 40% da floresta original foi
perdida.

Já no que se refere aos impactos


causados pela população mundial
quanto à desertificação, é de ser
esclarecido que o crescimento da
população tem grande parcela de ônus
neste processo. Isso porque, as
atividades agrícolas são fatores que
contribuem à formação de desertos,
principalmente pelas praticas de
pastoreio, em que inicialmente é
realizado desmatamento para
posterior exploração do solo.

A destruição da natureza pelo homem


também se dá em face do
desencadeamento de um modelo
agrícola em grande escala, porquanto
que tempos atrás o pequeno agricultor
ainda vivia em simbiose com a
natureza, retirando da terra somente
o essencial para sua sobrevivência,
asseverando que durante muito tempo
associados à natureza que tentavam
conquistar há séculos, os camponeses
viviam em total simbiose com uma
terra que os alimentava mas sem
excessos.

O contexto atual dos modelos agrícolas somente serviram para propiciar uma
destruição ainda maior da natureza em face da mecanização agrícola que possui a
necessidade de aumentar a produção em face do alto número de habitantes
existentes no planeta e que precisam de alimentos para se manterem.

Fungicidas, pesticidas, herbicidas, produtos fitossanitários, adubos diversos e


máquinas pesadas são atualmente os instrumentos de uma agricultura conquistadora
de altos rendimentos por hectare e geradora de poluições particularmente perversas
que juntam os seus efeitos diretos (empobrecimento e erosão do solo, destruição dos
relevos naturais, poluição das águas de superfície e dos lençóis freáticos) a efeitos
indiretos, tais como a perda da diversidade genética de muitas espécies vegetais e
animais.

A agricultura é responsável não somente pelo desencadeamento de  perda da


diversidade de espécies ou pela destruição das paisagens e relevos naturais, mas
também pelo aumento dos desertos em face do uso irresponsável dos solos através
das monoculturas que retiram suas propriedades, fazendo com que outros problemas
decorram deste uso indevido do solo pelos modelos agrícolas modernos.

Atividades agrícolas humanas são responsáveis pelos desertos de sal que hoje
existem em regiões onde um dia florescia o vale dos rios Eufrates e Tigres. Também
são responsáveis pelas taxas anuais atuais de desertificação que consomem 80.000
Km2 (mais ou menos o tamanho do estado americano de Maine) e pelo total das
áreas, 39.000.000 km² (igual à área somada dos Estados Unidos, Ex-URSS e
Austrália).

Outro fator relacionado ao tema é o da


explosão da área das cidades e seus
reflexos negativos. Neste aspecto, os
índices são alarmantes. Estima-se que
em 2020, cerca de 60% da população
mundial viva nas cidades. O êxodo
rural tem sido comum nos últimos
anos. Essas pessoas que se retiram do
meio rural, acabam por se tornar os
novos favelados urbanos. As pessoas
que residiam no meio urbano, por
exemplo, eram 29% apenas em 1950,
saltando para 42% em 1985, e de lá
para cá se estima que já está
superada a barreira dos 50%.

O crescimento urbano está resultando


em uma pobreza do meio rural em
face do alargamento dos territórios
das cidades, através da extração de
recursos naturais, como por exemplo,
da madeira, forçando as populações
rurais a migrarem para regiões
urbanas. Rapidamente, haverá uma
duplicação das populações urbanas e
os dados revelam que as dez maiores
cidades mundiais estarão localizadas
em países em desenvolvimento.

Deve-se acrescer que o crescimento


nos países industrializados não ocorre
dessa maneira, ou seja, as pessoas
não migram do campo para a cidade,
o que permite que o crescimento
urbano seja ordenado.

Nos países em desenvolvimento, os


Governos não dão conta da alta taxa
de êxodo rural em troca da migração
às grandes cidades na busca por
melhores condições de vida sendo que
não conseguem implementar políticas
nacionais de desenvolvimento urbano.

Acontece que o crescimento das cidades em face do aumento populacional


proporciona o aumento das catástrofes ambientais, porquanto que além de
representarem um acréscimo nos níveis de consumo, acabam por desencadear
problemas de suma importância, principalmente no que diz respeito à produção de
resíduos orgânicos e inorgânicos, revelando a problemática do lixo e seu alto impacto
sobre o meio ambiente.

Essa proliferação do aumento do lixo urbano,  representado pelo aumento das cidades
e pelo desenfreado crescimento dos níveis de natalidade, acabam por tornar a
questão dos resíduos como um dos alarmantes problemas ambientais da atualidade.
O lixo urbano é, provavelmente, um dos mais sérios problemas ambientais da
atualidade � pois tudo aquilo que é introduzido em um sistema de fluxo, depois de
processado, mais cedo ou mais tarde sai sob a forma de materiais secundários.

E a realidade da formação de lixo nas grandes cidades é assustadora em face que o


Poder Público não consegue dar conta da captação destes resíduos pela ausência de
estrutura, acabando por revelar uma realidade negativa em termos ambientais, ante
aos percentuais das cidades brasileiras que não possuem sistemas ideais de
manutenção de resíduos, de modo que permanece o lixo produzido nos denominados
�lixões� a céu aberto, proporcionando a proliferação de doenças e riscos
ambientalmente nocivos.

A realidade brasileira  nesse aspecto é muito triste: a grande maioria de todo o lixo
produzido no Brasil ainda é lançada em reservatórios naturais (vazadouros) a céu
aberto � os chamados lixões. Cerca de 75% dos municípios brasileiros ainda utilizam
esse recurso e apenas 25% dão tratamentos mais adequados, ou seja, aterro
controlado (12%), aterro sanitário (9%) e compostagem (4%). Como não bastasse a
gravidade dessa situação, apenas 55% dos municípios brasileiros admitem ter
recolhimento de lixo hospitalar, que, como se sabe, representa sério risco de
transmissão de doenças.

Certamente que um dos grandes


problemas das cidades atualmente
está justamente em controlar dois
aspectos cruciais desse processo que
desencadeia grandes impactos
ambientais: de um lado o crescimento
demográfico desordenado e, de outro,
a grande produção de resíduos,
causadores de inúmeros danos
ambientais e fatores de risco à saúde
pública.

Assim, pretender aplicar às cidades


um plano de desenvolvimento
sustentável é algo praticamente
impossível em face do crescimento
desordenado de seus territórios que
não respeitam os planos diretores, de
modo que este acréscimo populacional
do meio urbano acaba por revelar o
aparecimento de favelas em regiões
ribeirinhas, demonstrando o total
desrespeito ao meio ambiente, pois
desencadeia o desmatamento e a
poluição de rios e nascentes naturais,
culminando por causar grandes
impactos ao ambiente natural local.

As péssimas condições de vida nos


grandes centros urbanos em
decorrência da migração rural e da
formação de favelas, proporciona sim
a proliferação de doenças infecto-
contagiosas, bem como o aumento
dos índices de violência e a maior
vulnerabilidade de acidentes naturais
e industriais.

Requer-se nesse viés, que se tenha


um mínimo de planejamento urbano
adequado, que possa fornecer
subsídios para uma certa
sustentabilidade, mesmo que
proporcional, às populações urbanas
em face da alta degradação ambiental
por elas ocasionada.

Como visto, o homem desde o seu surgimento vem causando impactos  ao meio
ambiente, se sorte que atualmente vivemos uma profunda crise ecológica, sendo que
o processo de crescimento da população mundial também possui interferência direta
para fomentar essa crise da natureza em face das ações da população sobre o
ambiente natural.

O homem deve se dar conta que o Planeta Terra está pedindo ajuda e não sobreviverá
por muito tempo se o ser humano continuar a retirar-lhe as riquezas naturais e a
poluir o meio ambiente da maneira descontrolada e descomprometida como hoje vem
ocorrendo. Deve se desvincular da visão antropocêntrica, ou seja, daquela noção de
proprietário e grande senhor da natureza. Requer-se neste momento da história da
humanidade, que o homem assuma o comprometimento com o meio ambiente e faça
valer a noção de biocentrismo, em que a natureza está no centro das coisas e merece
total atenção e auxílio do homem para que possa se manter.

É imprescindível que se esteja profundamente imantado por uma visão de mundo que
encare o homem não como senhor, mas como irmão da natureza. É importante a
criação de mecanismos ideais para fomentar a sustentabilidade ambiental e controlar
o crescimento populacional desenfreado. É necessário que os governos estejam
atentos aos males proporcionados por este crescimento populacional demasiado e que
se instrumentalizem políticas públicas adequadas de controle de natalidade, de uso
ordenado dos espaços urbanos e de mecanismos de desenvolvimento sustentável para
as cidades.
     

Espera-se que haja uma tomada de consciência populacional no sentido de limitar o


crescimento da população mundial e, ao mesmo tempo buscar uma melhor
convivência com a natureza. Somente através da instituição de modelos de
convivência harmônica e sustentável com a natureza é que o homem poderá
perpetuar sua espécie. Do contrário, como hoje se apresenta, o homem está fadado a
desaparecer unicamente porque não sabe mais como gerenciar os recursos naturais
que ainda se encontram disponíveis em nosso planeta.

É preciso refazer os modelos postos e controlar o crescimento populacional, pois de


nada adianta estar-se o progresso cientifico e tecnológico se não existir a consciência
de que as coisas devem mudar de modo radical para assegurar a continuidade da
espécie humana na terra. Nada adiantarão conquistas sociais se não tivermos um
planeta saudável para habitar. É necessário que se molde uma racionalidade
ambiental, em que a população participe na gestão dos recursos ambientais
existentes e seja redefinido o crescimento da população através da atuação
regionalizada de controle e conscientização. A racionalidade ambiental promove
estratégias para uma economia descentralizada, fundada no ordenamento ecológico
do território e na gestão participativa da população sobre os recursos ambientais,
estabelecendo novos equilíbrios regionais e redefinindo a capacidade de suporte físico
de cada região ao crescimento populacional. Isto requer a articulação intersetorial das
políticas populacionais com as políticas econômicas, cientificas e tecnológicas, que
permitam desenvolver o potencial ecológico para satisfazer as necessidades básicas
de uma população crescente. Isto expõe a necessidade de articular processos de
natureza diversa e diferentes escalas espaciais e temporais.
Necessita-se que o homem tome consciência e passe a regular o crescimento
populacional para evitar um colapso ambiental dotado de irreversibilidade que o
colocará em derradeira ameaça de extinção.

Sumário: 1 Introdução; 2 Explicando historicamente a explosão demográfica;


3 As conseqüências da explosão demográfica mundial sobre o meio ambiente; 4
Conclusão; 5 Referências.  
Resumo: O crescimento da população mundial nunca foi tão pensado como
atualmente. O homem com o passar dos tempos viu na procriação uma forma
de perpetuar a espécie. Todavia, não se deu conta que essa reprodução
pudesse ter reflexos tão fortes nos mais variados contextos. Atualmente,
assistimos a uma explosão demográfica que parece não ter controle; crescente,
ela trás resultados negativos que afetam o planeta, tanto nas questões voltadas
á proteção ambiental, quanto nos campos econômico e social. O desafio maior
da humanidade está em buscar mecanismos efetivos que controlem o grande
crescimento populacional neste início de século, como meio de evitar
intempéries ainda maiores.
Palavras-chave: explosão demográfica; crise ecológica; produção industrial;
reflexos negativos.
1 Introdução
            O homem com o passar dos tempos assistiu a população mundial
crescer progressivamente até atingir o impensado número de sete bilhões de
habitantes. Esse crescimento populacional em grande escala passou a
apresentar inúmeros problemas. De modo que os males provocados pelo
crescimento demográfico acelerado são revertidas de danos que podem ser
verificados tanto contra a natureza, quanto ao próprio homem.
            A explosão demográfica já é considerada um problema universal, pois
com maior ou menor incidência afeta o planeta em seu todo.
            No presente trabalho, o que se propõe a esclarecer é justamente às
causas e as conseqüências dessa explosão do número de habitantes no mundo.
Dentre as conseqüências far-se-á uma abordagem quanto as questões
relacionadas ao meio ambiente, bem como quanto aos fatores econômicos e
sociais.
            Buscar-se-á focar algumas alternativas que sejam viáveis à fazer com
que seja estancado tal crescimento, como forma de garantir uma maior
sustentabilidade planetária.
2 Explicando historicamente a explosão demográfica
            Dados revelam que o homem desde o seu surgimento[2], sempre
procriou como forma de perpetuação da espécie. Todavia, é evidente que no
traço histórico, o homem até o período de 8.000 A.C, não havia se multiplicado
de forma tão explosiva como a dos dias atuais (CORSON, 2002, p. 23)
            Naquela época, quando surgiu à agricultura, a população mundial era
composta de aproximadamente dez milhões de habitantes. Com o
desenvolvimento da agricultura, permitiu-se que o homem passasse a formar
comunidades e a perder o caráter de nômade[3], fazendo com que houvesse
uma aceleração nesse processo reprodutivo. (CORSON, 2002, p. 23)
            Note-se que a população mundial foi paulatinamente ganhando novos
membros, sendo que em nenhum momento da história da humanidade foi tão
decisivo neste processo quanto o período pós-revolução industrial.
            Anteriormente a revolução industrial datada entre os séculos XVII e
XVIII, a população cresceu de trezentos milhões de habitantes, para oitocentos
milhões, sendo esses dados aceitáveis se analisado o período de mais de mil e
setecentos anos.
            No sentido de explicar esse processo de crescimento populacional até o
período  acima especificado, Jacquard (1998, p. 64), esclarece que:
...no ano 1000, ainda existem 250 milhões de homens. Depois, começa uma
fase de crescimento lento: entre 1200 e 1500, atinge o patamar de 400
milhões, e esse número se mantém. Mas a partir de 1500, manifesta-se uma
aceleração, provocada pelos progressos da higiene e da medicina. Em 1600,
580 milhões de homens; em 1700, 770 milhões; em 1800, 900 milhões. O
primeiro bilhão é superado por volta de 1820, e o segundo, meio século mais
tarde, aproximadamente em 1925.
            Foi após o ano de 1950, que o mundo assistiu a uma verdadeira
explosão no crescimento da população mundial. Os números de crescimento
passaram a ser preocupantes se comparados ao crescimento da população ao
longo da história da humanidade.
            Nesse espaço, o mundo assistiu a uma explosão demográfica que
elevou em um bilhão o numero de pessoas na terra em apenas 35 anos, sendo
que do mesmo modo passou a crescer até meados dos anos setenta.
            Jacquard (1998, p. 64), acrescenta que
A partir de 1950, uma verdadeira explosão; o terceiro bilhão é atingido depois
de 35 anos, em 1960; o quarto, 15 anos mais tarde, em 1975; o quinto, após
12 anos, em 1987. Não é exagero afirmar que estamos a caminho da terceira
revolução demográfica; esta é muito mais ampla e sobretudo mais violenta que
as revoluções do Paleolítico e Neolítico. Em sua história, a humanidade jamais
conheceu uma taxa de crescimento de 2% ao ano, o que equivale a dobrar o
número total a cada 35 anos, portanto, multiplicá-lo por oito em um século.
Esse ritmo foi superado no começo dos anos 1970.
            Esse acelerado processo de explosão demográfica mundial despertou
em vários cientistas e estudiosos a curiosidade de ser exploradas e respondidas
as dúvidas que decorrem desse fenômeno.
            Historicamente, três teorias buscaram explicar esse fenômeno, sendo
que Corson (2002, p. 23), nesse sentido esclarece que
Várias teorias têm sido sugeridas para explicar a explosão demográfica que
começou no século XVIII, e disparou com a revolução industrial. Uma teoria,
formulada por Thomas Malthus, no século XVIII, diz que as populações são
limitadas pela comida disponível e se expandem em resposta ao aumento dos
fornecimentos de comida. Embora a produção mundial de alimentos tenha
crescido especialmente depois da II Guerra Mundial, a Teoria de Malthus é
enfraquecida pelo fato de que grande parte da produção é exportada aos países
industrializados, e não ficam disponíveis ao consumo nas regiões mais pobres
do mundo, onde o crescimento da população é maior. Além disso, estudos
antropológicos mostram que as sociedades tradicionais geralmente não
exploram, na totalidade, o potencial de fornecimento de alimentos, e se
utilizam de vários artifícios para limitar o crescimento da população.
            As teorias, como visto não conseguiram se sobressair frente ao
crescimento demográfico, de modo que ele ficou sem respostas, e passou a ser
considerado um problema social.
            Historicamente, esse processo de crescimento populacional pode ser
explicado mediante a análise de dados catalogados com base na história da
humanidade (BELTRÃO, 1972).
            Ou seja, se analisarmos o crescimento populacional mundial, observa-
se que o acréscimo da população mundial passou justamente a se dar após o
período de revolução industrial, sendo que os índices de duplicação dessa
população total acentuou-se ainda mais no século XX. Esse crescimento
populacional se dá por vários fatores, dentre eles os avanços da medicina, da
produção de alimentos, da melhora das condições de higiene, dentre outros
fatores que buscam explicar esse fenômeno.
            Portanto, partindo de uma análise histórica acerca do crescimento
populacional, facilmente percebe-se que esse passou a ser vastamente
incrementado no mundo a partir da revolução industrial, pelos motivos
mencionados acima.
3 As conseqüências da explosão demográfica mundial sobre o meio
ambiente
            Os dados apontados à verificação das conseqüências do crescimento
demográfico mundial são alarmantes. Revelam as pesquisas que o crescimento
da população mundial deverá permanecer em crescente evolução até o ano de
2050, quando as projeções são de que a população mundial possa atingir a
marca de 11 bilhões de habitantes (COHEN, 2005, p. 43)
            Essas conseqüências do crescimento populacional já estão sendo
sofridas pela humanidade atualmente e sobretudo pela natureza. A retirada de
matéria-prima do meio ambiente desencadeou uma grave crise ecológica
promovida por conta do crescimento da população mundial.
            Nesse sentido, Leff (2001, p. 296), assevera que “a crise atual foi
concebida em diversos círculos científicos e acadêmicos, no discurso político e
na prática ecologista, como um problema de desajuste entre uma crescente
população humana e os recursos limitados do planeta”.
            O crescimento demográfico atingiu sobremaneira o ambiente natural,
fazendo com que inúmeras espécimes animais desaparecessem e outras tantas
ficassem ameaçadas de extinção. O homem por onde passa destrói e polui o
meio ambiente.
            Contextualizando o que acima foi exposto, a explosão demográfica é
sem dúvida, fator relevante para o desencadeamento da crise ecológica
mundial. Ou seja, trás seus efeitos no meio ambiente através da degradação
ambiental pelo desmatamento, desertificação, erosão do solo e outros fatores
que serão analisados.
            No que concerne ao desflorestamento, o mundo assistiu a uma
assustadora destruição das florestas mundiais, sobretudo aquelas situadas em
países tropicais. Dados revelam que países que detém o maior numero de
elevação na população, chegam ao desflorestamento de 0,6% das áreas
tropicais a cada ano.
            Parafraseando Corson (2002, p. 28), tem-se que na África Ocidental,
por exemplo, a área desmatada é de 3,4% considerando o crescimento
populacional de 2,9% a cada ano. Na América Latina, a área desflorestada
chega a 3,1%, considerando o índice decrescimento populacional em 3% a cada
ano. Na América Central, o rápido crescimento da população tanto humana
quanto a de animais de criação, tem sido acompanhado por aberturas de
clareiras nas florestas em larga escala. Entre 1950 e 1985, a população
humana dessa região aumentou cerca de 183% passando de 9,2 milhões para
26,1 milhões, enquanto que cerca de 40% da floresta original foi perdida.
            Já no que se refere aos impactos causados pela população mundial
quanto a desertificação, é de ser esclarecido que o crescimento da população
tem grande parcela de ônus neste processo. Isso porque, as atividades
agrícolas são fatores que contribuem à formação de desertos, principalmente
pelas praticas de pastoreio, em que inicialmente é realizado desmatamento
para posterior exploração do solo.
            Nesse aspecto, Bachelet (1995, p. 200), acrescenta que a destruição
da natureza pelo homem também se dá em face do desencadeamento de um
modelo agrícola em grande escala, porquanto que tempos atrás o pequeno
agricultor ainda vivia em simbiose com a natureza, retirando da terra somente
o essencial para sua sobrevivência, asseverando que “durante muito tempo
associados à natureza que tentavam conquistar há séculos, os camponeses
viviam em total simbiose com uma terra que os alimentava mas sem
excessos”.
            De modo que o contexto atual dos modelos agrícolas somente serviram
para propiciar uma destruição ainda maior da natureza em face da mecanização
agrícola que possui a necessidade de aumentar a produção em face do alto
número de habitantes existentes no planeta e que precisam de alimentos para
se manterem.
            Assim, prescreve Bachelet (1995, p. 201), que
Fungicidas, pesticidas, herbicidas, produtos fitossanitários, adubos diversos e
máquinas pesadas são actualmente os instrumentos de uma agricultura
conquistadora de altos rendimentos por hectare e geradora de poluições
particularmente perversas que juntam os seus efeitos directos
(empobrecimento e erosão do solo, destruição dos relevos naturais, poluição
das águas de superfície e dos lençóis freáticos) a efeitos indirectos, tais como a
perda da diversidade genética de muitas espécies vegetais e animais.
            Observando ainda a questão relacionada a agricultura, necessário
alertar que esta é responsável não somente pelo desencadeamento de  perda
da diversidade de espécies ou pela destruição das paisagens e relevos naturais,
mas também pelo aumento dos desertos em face do uso irresponsável dos
solos através das monoculturas que retiram suas propriedades, fazendo com
que outros problemas decorram deste uso indevido do solo pelos modelos
agrícolas modernos.
A esse respeito, alertam Kormondy e Brow (2002, p. 113-114), que
Atividades agrícolas humanas são responsáveis pelos desertos de sal que hoje
existem em regiões onde um dia florescia o vale dos rios Eufrates e Tigres.
Também são responsáveis pelas taxas anuais atuais de desertificação que
consomem 80.000 Km2 (mais ou menos o tamanho do estado americano de
Maine) e pelo total das áreas, 39.000.000 km² (igual à área somada dos
Estados Unidos, Ex-URSS e Austrália).
            Outro fator relacionado ao tema é o da explosão da área das cidades e
seus reflexos negativos. Neste aspecto, os índices são alarmantes. Estima-se
que em 2020, cerca de 60% da população mundial viva nas cidades. O êxodo
rural tem sido comum nos últimos anos. Essas pessoas que se retiram do meio
rural, acabam por se tornar os novos favelados urbanos. As pessoas que
residiam no meio urbano, por exemplo, eram 29% apenas em 1950, saltando
para 42% em 1985, e de lá para cá se estima que já está superada a barreira
dos 50%. (CORSON, p. 2002, p. 28-29)
            O crescimento urbano está resultando em uma pobreza do meio rural
em face do alargamento dos territórios das cidades, através da extração de
recursos naturais, como por exemplo, da madeira, forçando as populações
rurais a migrarem para regiões urbanas.
            Rapidamente, haverá uma duplicação das populações urbanas e os
dados revelam que as dez maiores cidades mundiais estarão localizadas em
países em desenvolvimento.
            Deve-se acrescer que o crescimento nos países industrializados não
ocorre dessa maneira, ou seja, as pessoas não migram do campo para a
cidade, o que permite que o crescimento urbano seja ordenado.
            Nos países em desenvolvimento, os Governos não dão conta da alta
taxa de êxodo rural em troca da migração às grandes cidades na busca por
melhores condições de vida sendo que não conseguem implementar políticas
nacionais de desenvolvimento urbano.
            Acontece que o crescimento das cidades em face do aumento
populacional proporciona o aumento das catástrofes ambientais, porquanto que
além de representarem um acréscimo nos níveis de consumo, acabam por
desencadear problemas de suma importância, principalmente no que diz
respeito a produção de resíduos orgânicos e inorgânicos, revelando a
problemática do lixo e seu alto impacto sobre o meio ambiente.
            Essa proliferação do aumento do lixo urbano,  representado pelo
aumento das cidades e pelo desenfreado crescimento dos níveis de natalidade,
acabam por tornar a questão dos resíduos como um dos alarmantes problemas
ambientais da atualidade.
            Nesse sentido, esclarecem Scarlato e Pontin (2001, p. 42), que “o lixo
urbano e, provavelmente, um dos mais sérios problemas ambientais da
atualidade – pois tudo aquilo que é introduzido em um sistema de fluxo, depois
de processado, mais cedo ou mais tarde sai sob a forma de materiais
secundários (subprodutos)”.
            E a realidade da formação de lixo nas grandes cidades é assustadora
em face que o Poder Público não consegue dar conta da captação destes
resíduos pela ausência de estrutura, acabando por revelar uma realidade
negativa em termos ambientais, ante aos percentuais das cidades brasileiras
que não possuem sistemas ideais de manutenção de resíduos, de modo que
permanece o lixo produzido nos denominados “lixões” a céu aberto,
proporcionando a proliferação de doenças e riscos ambientalmente nocivos.
            Scarlato e Pontin (2001, p. 42), alertam para esta negativa realidade
apresentando dados estatísticos, ao descreverem que
A realidade brasileira  nesse aspecto é muito triste: a grande maioria de todo o
lixo produzido no Brasil ainda é lançada em reservatórios naturais (vazadouros)
a céu aberto – os chamados lixões. Cerca de 75% dos municípios brasileiros
ainda utilizam esse recurso e apenas 25% dão tratamentos mais adequados, ou
seja, aterro controlado (12%), aterro sanitário (9%) e compostagem (4%).
Como não bastasse a gravidade dessa situação, apenas 55% dos municípios
brasileiros admitem ter recolhimento de lixo hospitalar (censo de 1991), que,
como se sabe, representa sério risco de transmissão de doenças.
            Certamente que um dos grandes problemas das cidades atualmente
está justamente em controlar dois aspectos cruciais desse processo que
desencadeia grandes impactos ambientais: de um lado o crescimento
demográfico desordenado e, de outro, a grande produção de resíduos,
causadores de inúmeros danos ambientais e fatores de risco à saúde pública.
Assim, pretender aplicar às cidades um plano de desenvolvimento sustentável é
algo praticamente impossível em face do crescimento desordenado de seus
territórios que não respeitam os planos diretores, de modo que este acréscimo
populacional do meio urbano acaba por revelar o aparecimento de favelas em
regiões ribeirinhas, demonstrando o total desrespeito ao meio ambiente, pois
desencadeia o desmatamento e a poluição de rios e nascentes naturais,
culminando por causar grandes impactos ao ambiente natural local.
            As péssimas condições de vida nos grandes centros urbanos em
decorrência da migração rural e da formação de favelas, proporciona sim a
proliferação de doenças infecto-contagiosas, bem como o aumento dos índices
de violência e a maior vulnerabilidade de acidentes naturais e industriais.
            Requer-se nesse viés, que se tenha um mínimo de planejamento
urbano adequado, que possa fornecer subsídios para uma certa
sustentabilidade, mesmo que proporcional, às populações urbanas em face da
alta degradação ambiental por elas ocasionada.
Assim, necessário que se molde uma racionalidade ambiental, em que a
população participe na gestão dos recursos ambientais existentes e seja
redefinido o crescimento da população através da atuação regionalizada de
controle e conscientização.
            Leff (2001, p. 99), se pronunciando a respeito da temática, acrescenta
que
A racionalidade ambiental promove estratégias para uma economia
descentralizada, fundada no ordenamento ecológico do território e na gestão
participativa da população sobre os recursos ambientais, estabelecendo novos
equilíbrios regionais e redefinindo a capacidade de suporte físico de cada região
ao crescimento populacional. Isto requer a articulação intersetorial das políticas
populacionais com as políticas econômicas, cientificas e tecnológicas, que
permitam desenvolver o potencial ecológico para satisfazer as necessidades
básicas de uma população crescente. Isto expõe a necessidade de articular
processos de natureza diversa e diferentes escalas espaciais e temporais.
            Como visto, o homem desde o seu surgimento vem causando
impactos  ao meio ambiente, se sorte que atualmente vivemos uma profunda
crise ecológica, sendo que o processo de crescimento da população mundial
também possui interferência direta para fomentar essa crise da natureza em
face das ações da população sobre o ambiente natural.
            Tem-se portanto, que o homem deve se dar conta que o Planeta Terra
está pedindo ajuda e não sobreviverá por muito tempo se o ser humano
continuar a retirar-lhe as riquezas naturais e a poluir o meio ambiente da
maneira descontrolada e descomprometida como hoje vem ocorrendo.
            O homem deve se desvincular da visão antropocêntrica, ou seja,
daquela noção de proprietário e grande senhor da natureza; requer-se neste
momento da história da humanidade, que o homem assuma o
comprometimento com o meio ambiente e faça valer a noção de biocentrismo,
em que a natureza está no centro das coisas e merece total atenção e auxílio
do homem para que possa se manter.
            Carvalho (2003, p. 05), acrescenta neste sentido que
Vivemos numa nave espacial em que todos somos tripulantes. Da visão restrita
de uma pequena casa individual, de responsabilidade compartimentada e em
grande parte colocada nas mãos da administração pública, evolui-se para uma
consciência da responsabilidade coletiva pelo vôo da nave Terra. Esse
entendimento traz em seu núcleo, além de elementos jurídicos, igualmente
fortes componentes éticos.
Compreender a legislação ambiental, interpretá-la e até aplicá-la, não é o
bastante. É imprescindível que se esteja profundamente imantado por uma
visão de mundo que encare o homem não como senhor, mas como irmão da
natureza. A ausência de tal perspectiva, isto é, a da existência dessa
indissociável fraternidade, equivale a ser como aquele indivíduo que tendo a
chave da porta de entrada de um edifício, não possui as das portas de seu
interior.
            Dessa maneira, importa em ser criados mecanismos ideais para
fomentar a sustentabilidade ambiental e controlar o crescimento populacional
desenfreado. É necessário que os governos estejam atentos aos males
proporcionados por este crescimento populacional demasiado e que se
instrumentalizem políticas públicas adequadas de controle de natalidade, de
uso ordenado dos espaços urbanos e de mecanismos de desenvolvimento
sustentável para as cidades.
4 Conclusão
            Como restou analisado o homem desde o seu surgimento,
simplesmente adotou a forma de procriação para dominar o mundo e perpetuar
sua espécie.
            No entanto, restou devidamente observado que foi após a revolução
industrial que esse processo reprodutivo da espécie humana ganhou proporções
alarmantes. Em pouco mais de dois séculos setuplicamos nossa população.
            Desse crescimento desordenado da população, hoje presenciamos uma
grave crise ecológica, sem precedentes na história mundial. O crescimento
populacional fez com que o homem tivesse de buscar na natureza os recursos
necessários a assegurar sua sobrevivência, fazendo com que em decorrência
disso, tais recursos e demais espécies fossem desaparecendo ou ficando à
mercê de tal fato.
            O crescimento populacional desencadeia inúmeros problemas; o
desmatamento, a desertificação do solo pela agricultura e o crescimento das
cidades trazem inúmeras preocupações.
            Nesse viés, o que se espera é que haja uma tomada de consciência
populacional no sentido de limitar o crescimento da população mundial e, ao
mesmo tempo buscar uma melhor convivência com a natureza.
            Somente através da instituição de modelos de convivência harmônica e
sustentável com a natureza é que o homem poderá perpetuar sua espécie; do
contrário, como hoje se apresenta, o homem está fadado a desaparecer
unicamente porque não sabe mais como gerenciar os recursos naturais que
ainda se encontram disponíveis em nosso planeta.
            É preciso refazer os modelos postos e controlar o crescimento o
populacional, pois de nada adiante estar-se diante do progresso cientifico e
tecnológico se não se há consciência de que as coisas devem mudar de modo
radical para assegurar a continuidade da espécie humana na terra.
            Conforme Gadotti (2000, p. 17) aduz  “nada adiantarão estas
conquistas (sociais) se não tivermos um planeta saudável para habitar”.
            Necessita-se, pois, que o homem tome consciência e passe a regular o
crescimento populacional para evitar um colapso ambiental dotado de
irreversibilidade que o colocará em derradeira ameaça de extinção.
5 Referências
BACHELET, Michel. A ingerência ecológica: direito ambiental em questão. Trad.
Fernanda Oliveira. Lisboa: Piaget, 1995.
BELTRÃO, Paulo Cesar. Demografia: Ciência da População, Análise e Teoria,
Porto Alegre: Sulina, 1972.
CARVALHO, Carlos Gomes de. O que é direito ambiental: dos descaminhos da
casa à harmonia da nave. Florianópolis: Habitus Editora, 2003
COHEN, Joel E. A maturidade da população. Scientific American. Edição Especial
para o Brasil, São Paulo. n. 41, p. 40-47, out. 2005.
CORSON, Walter H., Manual Global de Ecologia: O que você pode fazer a
respeito da crise do meio ambiente. 4 ed. São Paulo: Augustus, 2002, p. 23)
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. 3 ed. São Paulo: Peirópolis, 2000.
GUTIÉRREZ, Francisco; ROJAS, Cruz Prado. Ecopedagogia e cidadania
planetária. Trad. Sandra Trabucco Valenzuela. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
Leff, Enrique. Ecologia, capital e cultura: racionalidade ambiental, democracia
participativa e desenvolvimento sustentável. Trad. Jorge Esteves da Silva.
Blumenau: FURB, 2000.
KORMONDY, Edward. BROW, Daniel E. Ecologia Humana. Tradução de Marx
Brum. São Paulo: Atheneu Editora, 2002.
MORIN, Edgar.,et al. Terra-Pátria. 4 Ed. Porto Alegre:Sulina, 2003.
JACQUAR, Alberto. A explosão demográfica. Tradução de Paulo Herculano
Marques Gouveis. São Paulo: Ática, 1998.
SCARLATO, Francisco Capuano; PONTIN, Joel Arnaldo. O ambiente urbano. 2
ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

Notas:

[2] Várias são as teorias buscando explicar o surgimento do homem. Nesse


sentido, segue-se a teoria exposta no Manual Global de Ecologia, que acredita
tenha o homem surgido há aproximadamente três milhões de anos atrás.
(Corson, Walter H., Manual Global de Ecologia: O que você pode fazer a
respeito da crise do meio ambiente. 4 ed. São Paulo: Augustus, 2002, p. 23)

Explosão populacional
Explosão demográfica é o aumento elevado e repentino da população de seres humanos. É freqüentemente associada
a avanços tecnológicos, tendo a maior delas ocorrido no século XX da era cristã.
O aumento brusco da população leva a um aumento também brusco do território ocupado, e tem alguns efeitos
ambientais e econômico-sociais catastróficos, daí a comparação com uma explosão.
As explosões demográficas são observadas em duas situações:
- a introdução de novas tecnologias que reduzam a mortalidade (aumento na produção de alimentos ou cura de
doenças importantes);
- em períodos de guerra ou grandes calamidades, em que a sobrevivência da sociedade está ameaçada, registra-se
importantes aumentos das taxas de natalidade. Neste caso, a "explosão" também é chamada de baby boom.
Antes da Era Contemporânea, não era comum a contagem populacional, mas os pesquisadores sabem com relativa
certeza que houve algumas explosões demográficas em certos pontos do globo:
- com a Revolução Agrícola, na transição do período Paleolítico para o Neolítico(c. 8000 a.C.);
- a descoberta da metalurgia, na Idade dos metais (c. 3500 a.C.), que deu início à Revolução Urbana;
- durante a Idade Média européia (c. século XI), com a introdução de novas técnicas agrícolas que sustentaram o
revigoramento do comércio e das cidades.
Todas estas mudanças estão relacionadas ao aumento da produtividade agrícola, e portanto à maior oferta de
alimentos. É bem sabido que o ser humano, quando bem alimentado, tem o sistema imunológico fortalecido, resistindo
melhor a doenças e vivendo por mais tempo. Como a taxa de natalidade, regida por outros fatores, se mantém estável,
o resultado é o aumento do número de seres humanos vivos.
Contudo, até o século XIX, a mortalidade ainda era extremamente elevada para os padrões atuais, pois a humanidade
não tinha recursos suficientes para combater grande parte das doenças.
As grandes descobertas do século XX, como a penicilina, as vacinas, os antibióticos, a assepsia das mãos e dos
ferimentos, diminuíram bruscamente o índice de mortalidade. Como a natalidade não foi reduzida, o resultado foi o
aumento do crescimento vegetativo. Por volta de 1930, a população mundial atinge 2 bilhões de pessoas, sendo 100
milhões na Europa. Mais tarde, houve uma repetição do que ocorreu na Europa nos países do 3º mundo.
Algumas das causas:
- Industrialização;
- Urbanização;
- Médico-sanitário;
- Agricultura;

Explosão populacional
Durante muitos séculos, a partir do início da era cristã, a população humana
cresceu muito lentamente. A partir da metade da Idade Média, a população
começou a crescer cada vez mais rápido, em virtude principalmente da maior
produção de alimentos. Em 1750, a Terra tinha cerca de 1 bilhão de habitantes.
Duzentos e cinqüenta anos depois, em 1900, a população humana atingiu 1,5
bilhão. Mas apenas cem anos após, em 2000, a populacão já tinha atingido a
espantosa cifra de 6 bilhões de habitantes – aumentou quatro vezes em cem anos.

A partir de 1800, o mundo passou por um processo de industrialização, a Revolução


Industrial, que ganhou grande ímpeto a partir do final da Segunda Guerra Mundial.
A produção industrial nos anos 80 já era mais de sete vezes maior do que nos anos
50. A explosão populacional e a industrialização provocaram uma acelerada
urbanização, que se iniciou nos países onde essa industrialização ocorreu. Em
1900, a população urbana do mundo era inferior a 1/3 da população rural, mas no
ano 2000 já era maior que a população rural. Como conseqüência, a degradação do
meio ambiente passou a produzir efeitos diretos e claramente identificáveis sobre
as comunidades: dificuldades para servir água potável à população, poluição dos
rios e lagos pelos esgotos demásticos e industriais, poluição do ar pelos sistemas de
transportes movidos a combustíveis fósseis, pelas indústrias e pelo aquecimento
das casas que usavam carvão no inverno, necessidade de remover e tratar o lixo
produzido pela população.

 Cerqueira C respondido 8 anos atrás

É o crescimento acelerado da população sem nenhum controle da natalidade. O crescimento acelerado da


população mundial a partir do inicio do século XX, deu-se devido ao aparecimento das vacinas, dos
antibióticos, do progresso da medicina, com a preocupação dos procedimentos de higiene, do saneamento
básico como rede de esgotos, etc. Estes fatores concorreram para o aumento acelerado do crescimento

Síntese - A Explosão Populacional, a Expansão Urbana,


Migrações Internas e Emigração
O século XIX registou por todo o mundo, particularmente na Europa, um
extraordinário aumento demográfico, a ponto de se falar em “explosão
demográfica” (regime demográfico de transição).
O crescimento populacional (mais forte nos países de maior desenvolvimento
industrial e cultural, como a Inglaterra, a Holanda e a Bélgica, seguida da França do
Norte e da Alemanha) foi causado, numa primeira fase, pelo acentuado recuo da
mortalidade – enquanto a natalidade permanecia elevada.
A diminuição da mortalidade é explicada fundamentalmente, pela melhoria geral
das condições de vida, resultante dos seguintes factores:
* do desenvolvimento económico produzido pela Revolução Industrial e suas
implicações na produção agrícola, na revolução dos transportes e no alargamento dos
mercados internos;
* da melhor alimentação, o que fortaleceu o organismo humano permitindo-lhe
reagir com maior sucesso às doenças e às epidemias, ainda frequentes;
* do desenvolvimento científico-técnico, que permitiu o avanço da Medicina, com
progressos na farmacologia e na vacinação;
* dos progressos na higiene individual e colectiva (difunde-se o uso do sabão e do
vestuário em algodão, a prática do banho torna-se mais regular e estabelecem-se
redes de saneamento público).

- O século XIX foi também um século de surto urbano. Como


consequência da industrialização, as cidades cresceram a um
ritmo muito acelerado (em número, em extensão e em
quantidade de população). O rápido crescimento urbano do
século XIX é atribuído aos seguintes factores:
* ao crescimento demográfico;
* às alterações económicas provocadas pelas transformações
nos campos e pela industrialização (a mecanização dos
campos e as alterações no tipo de propriedade contribuem
para o desemprego rural. As cidades, centros industriais e
comerciais que oferecem maiores possibilidades de emprego,
absorvem a mão-de-obra que o campo liberta – êxodo rural);
* ao incremento e desenvolvimento dos transportes,
nomeadamente os caminhos-de-ferro;
* ao fascínio que as modernidades e as comodidades que a
vida citadina parecia oferecer, pela novidade das
realizações culturais e recreativas, correspondendo ao
ideal de promoção social.

A concentração populacional, das indústrias, do comércio e


dos serviços, nos espaços citadinos, levantou problemas de
difícil resolução, problemas esses que se fizeram sentir de
forma mais grave ao nível:
* da habitação: o espaço torna-se pequeno para albergar uma
população que cresce rapidamente;
* da circulação: o incremento dos transportes, aliado à
elevada densidade populacional, cria problemas de tráfego
nas antigas ruas estreitas e sinuosas;
* do abastecimento: de água (cujo consumo exigiu novos
meios de captação, tratamento e distribuição), de
combustíveis e de bens alimentares;
* do saneamento e da saúde pública: a forte densidade
populacional e a insuficiência de infra-estruturas de
higiene e de saneamento faziam proliferar as epidemias
(como a cólera e a tuberculose).
* da delinquência e do desregramento (criminalidade,
alcoolismo, violência doméstica, mendicidade,
prostituição), causados pela miséria extrema e pelo
desenraizamento das populações que afluíam à cidade.

Os problemas sentidos pelas cidades estiveram na origem de


intervenções urbanísticas que alteraram a fisionomia da
cidade:
* no centro, onde se encontram os edifícios governamentais
e de negócios, criam-se redes de saneamento, pavimentam-se
ruas, iluminam-se essas mesmas ruas (a gás ou a energia
eléctrica), abrem-se espaços verdes, constroem-se áreas de
lazer e de cultura;
* os bairros adjacentes prolongam o centro, servindo de
área residencial para os ricos, para as elites urbanas;
* os subúrbios, “dormitórios” dos operários, caracterizados
pela insalubridade das ruas e das habitações.
 

- O século XIX produziu, em todo o Mundo desenvolvido,


impressionantes fluxos migratórios que, embora difíceis de
contabilizar com precisão, são unanimemente reconhecidos
como os maiores da História.
A Europa foi o continente que registou a maior mobilidade
populacional, quer dentro quer fora das suas fronteiras
(“explosão branca” no mundo). Este fenómeno migratório foi
favorecido pelo elevado crescimento demográfico, pelas
crises económicas (desemprego e miséria), pelas
perseguições políticas e religiosas às quais muitos grupos
e povos foram sujeitos, pelo desejo de encontrar condições
de promoção social e pela simples curiosidade científica.
Estes movimentos demográficos geraram correntes de
migrações internas e de emigração.

Migrações internas:
a) deslocações sazonais: movimentos temporários de
populações que percorriam várias regiões atraídas por
trabalhos próprios de cada estação do ano e de cada região.
b) êxodo rural: normalmente migrações definitivas do campo
para a cidade, provocadas pela introdução de práticas
capitalistas nos campos e pelo desejo individual de
promoção social. Envolveu sobretudo as camadas jovens,
provocando enormes implicações como a diminuição da
população rural, o envelhecimento da população camponesa, o
atraso e estagnação do mundo rural e o rejuvenescimento e
carácter mais progressivo das cidades.

Emigrações:
a) dentro do espaço europeu, a tendência verificou-se
sobretudo entre os países menos desenvolvidos e os mais
industrializados, embora a fuga de situações de conflito,
assim como factores de ordem política e religiosa pudessem
acontecer.
b) fora do espaço europeu, os EUA, país abundante em terras
e oportunidades e carenciado de homens, foram o principal
destino dos fluxos emigratórios europeus. No final do
século, também a América Latina, em especial o Brasil, que
também se debatia com falta de mão-de-obra devido à
expansão da cultura do café e à abolição da escravatura,
recebe massas importantes de emigrantes portugueses,
espanhóis e italianos.
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Margarida às 22:05

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O crescimento da população mundial nunca foi tão pensado como atualmente. O homem com o passar dos tempos viu na procriação
uma forma de perpetuar a espécie. Todavia, não se deu conta que essa reprodução pudesse ter reflexos tão fortes nos mais variados
contextos. Atualmente, assistimos a uma explosão demográfica que parece não ter controle; crescente, ela trás resultados negativos
que afetam o planeta, tanto nas questões voltadas á proteção ambiental, quanto nos campos econômico e social. O desafio maior da
humanidade está em buscar mecanismos efetivos que controlem o grande crescimento populacional neste início de século, como
meio de evitar intempéries ainda maiores.

Palavras-chave: explosão demográfica; crise ecológica; produção industrial; reflexos negativos.

Uma explosão demográfica, por conseguinte, é um aumento súbito da quantidade de


habitantes numa determinada região. Este incremento da população tem consequências
importantes e dá origem a mudanças socioeconómicas.

A noção de explosão demográfica também pode entender-se com base num aumento
substancial do número de habitantes ao ponto de a infra-estrutura e de os sistemas já não
serem suficientes para satisfazer as necessidades das pessoas.

Leia mais: Conceito de explosão demográfica - O que é, Definição e Significado


http://conceito.de/explosao-demografica#ixzz3HGNdCWCq

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