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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSINHO DA CIDADANIA
GEOGRAFIA DO BRASIL

UNIDADE I – ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E URBANOS

PROFª ILUSKA CERVEIRA

São Bento
2018

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1. TEORIAS DEMOGRÁFICAS

1.1. Teoria malthusiana(Thomas Malthus- séculos XVIII e XIX- Revolução


Industrial)

Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a


população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e
sanitária muito melhor.
Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se
elevaram.
Analisando a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução
demográfica, Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade da
terra de produzir alimentos. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um
ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma
progressão aritmética. Assim, a população tenderia a crescer além dos limites de sua
sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria.
Diante dessa constatação e para evitar uma “catástrofe”, Malthus propôs uma
“restrição moral” aos nascimentos, o que significaria: proibir o casamento entre pessoas
muito jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais pobres; elevar o preço
das mercadorias e reduzir os salários, a fim de pressionar os mais humildes a ter uma prole
menos numerosa.
Ao lançar suas idéias, Malthus desconsiderou as possibilidades de aumento da
produção agrícola com o avanço tecnológico. Aos poucos essa teoria foi caindo em
descrédito e desmentida pela própria realidade.

1.2. Os neomalthusianos (a partir de 1950 - explosão demográfica -


planejamento familiar)

A Segunda aceleração do crescimento populacional ocorreu a partir de 1950,


particularmente nos países subdesenvolvidos.
Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, foi marcado pelo
surgimento de novos países independentes africanos e asiáticos e por grandes conquistas
na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma série de
doenças. Os remédios se tornaram mais acessíveis e baratos.

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Esse processo denominado revolução médico-sanitária, incluiu também a ampliação
dos serviços médicos, as campanhas de vacinação, a implantação de postos de saúde
pública em zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de higiene social. Todos
esses fatores permitiram uma acentuada redução nas taxas de mortalidade, principalmente
a infantil, que até então eram muito elevadas nos países subdesenvolvidos. A diminuição
da mortalidade e a manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande
crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou conhecido
como explosão demográfica.
Com a nova aceleração populacional, voltaram a surgir estudos baseados nas idéias
de Malthus, dando origem a um conjunto de teorias e propostas denominadas
neomalthusianas.
Novamente, os teóricos explicavam o subdesenvolvimento e a pobreza pelo
crescimento populacional, que estaria provocando a elevação dos gastos governamentais
com os serviços de educação e saúde. Isso comprometeria a realização de investimentos
nos setores produtivos e dificultaria o desenvolvimento econômico. Para os
neomalthusianos, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e
levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim, ao caos
social.
Para os neomalthusianos, a desordem social poderia levar os países
subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas, que se expandiam naquele
momento. Para evitar o risco, propunham a adoção de políticas de controle de natalidade,
que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”.

1.3. Reformistas (ou marxistas)


( sobrevivência do capitalismo exige um excesso relativo de população)

Seguidores do filósofo socialista Karl Marx, os teóricos desse pensamento afirmam


que a causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do
capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população. Em outras palavras,
ao contrário dos neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria como a principal
causa do acelerado crescimento populacional. Assim, defendem a necessidade de
reformas sócio-econômicas que permitam a melhoria do padrão de vida da população mais
pobre.

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2. A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Em oposição às teorias descritas anteriormente, para as quais o mundo vive um


processo de explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a teoria da transição
demográfica. Segundo os defensores dessa teoria, formulada em 1929, o crescimento
populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e
mortalidade.
Esse processo se daria em três etapas distintas:

 Primeira fase ou Pré-industrial, caracterizada pelo equilíbrio demográfico e por baixos


índices de crescimento vegetativo, apoiados em elevadas taxas de natalidade e de
mortalidade. Nascem muitos, mas morrem muitos. A elevada mortalidade era decorrente
principalmente das precárias condições higiênico-sanitárias, das epidemias, das guerras,
fome, etc.
 Segunda fase ou transicional, que apresenta as seguintes modificações: num
primeiro momento, a redução da mortalidade com o fim das epidemias e os avanços
médicos (decorrentes da Revolução Industrial), porém a natalidade ainda se mantém
elevada, ocasionando um grande crescimento populacional; num segundo momento, a
natalidade começa a cair, reduzindo-se então o crescimento populacional.
 Terceira fase ou Evoluída, etapa em que a transição demográfica se completa, com
a retomada do equilíbrio demográfico, agora apoiado em baixas taxas de natalidade e de
mortalidade. Atualmente estão nessa fase os países desenvolvidos, a maior parte dos quais
apresenta taxas de crescimento inferiores a 1% e até negativas. Países cujo crescimento
vegetativo se encontra estagnado.

Expectativa de vida: corresponde a quantidade de anos que vive em média a população.


Este é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos países.
No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado, em 1999 as mulheres
viviam em média 72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento na expectativa
também se deve a melhorias na qualidade médico sanitária da população em virtude do
processo de urbanização.

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Resumindo – idéias principais:

As teorias demográficas
Teoria Malthusiana Thomas Malthus – séculos XVIII e XIX –Revolução Industrial;

Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a população


que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária
muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se
elevaram

OBSERVAÇÕES!!!
1- Malthus concluiu que o crescimento populacional (P.A.) excedia a capacidade da
terra de produzir alimentos (P.G.), disso resultariam a fome e a miséria;
2- Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, para evitar
uma “catástrofe”;

3- Malthus desconsiderou as possibilidades de aumento da produção agrícola com o


avanço tecnológico. Podemos concluir que, se há fome no mundo e no Brasil hoje,
isso não se deve a falta de alimentos ou ao excesso de pessoas, mas a má distribuição
e destinação dos mesmos;

Os reformistas (ou marxistas)

 Seguidores de Karl Marx;


 A causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência
do capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população;
 A miséria como a principal causa do acelerado crescimento populacional;
 Necessidade de reformas sócio-econômicas que permitam a melhoria do padrão de
vida da população mais pobre.

A transição demográfica
 O crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das t
axas de natalidade e mortalidade.

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3. POPULAÇÃO BRASILEIRA

É importante conhecer as características da população brasileira para o seu


vestibular. Inicialmente vamos conhecer dois conceitos básicos para esse estudo:
*População absoluta – refere-se ao número total de habitantes de uma cidade, região ou
país.
*População relativa – pode ser chamada também de densidade demográfica e é obtida
dividindo-se o número de habitantes pela área em que eles vivem (nº hab/Km 2).
Segundo o censo demográfico realizado no ano 2010 o Brasil possui 190.732.694
habitantes, ocupando o 5º lugar no mundo. Podemos considerar o Brasil um país muito
populoso (aquele que tem muitos habitantes). A densidade demográfica em nosso país é
de 19,92 hab/Km2. É um número baixo e, assim, podemos considerar o Brasil um país
pouco povoado.
Além disso, precisamos lembrar que a população brasileira encontra-se mal
distribuída pelo território, concentrando-se, por motivos históricos e econômicos, em áreas
próximas ao litoral. Avançando para o interior do país encontramos densidades cada vez
menores, com grandes vazios demográficos na Amazônia.

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4. TIPOS DE
PIRÂMIDE
ETÁRIA

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CARACTERÍSTICAS DE UMA PIRMAIDE ETÁRIA:

TIPOS DE PIRAMIDES ETÁRIAS


Pirâmide Triangular: parcela de jovens é alta = contingente de idosos baixo (alta
taxa de natalidade + baixa expectativa de vida) = características de países periféricos
(subdesenvolvidos).
Topo estreito: indica um pequeno percentual de idosos na conjuntura da população
Base Curta: indica que taxa de natalidade é baixa = expectativa de vida longa.
5. ESTUDOS COMPARATIVOS DAS FASES DAS PIRÂMIDES

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Fase 1
A natalidade se dava de forma descontrolada, porém, ao mesmo tempo, a taxa de
mortalidade, por fatores ligados à época: conflitos bélicos, crises, epidemias, baixas
condições sanitárias básicas, e pouca higiene, também tinha índices altíssimos, resultando
num acréscimo populacional muito pequeno.
Fase 2
Os índices de mortalidade iniciam uma importante descida motivada por diferentes razões:
a melhoria nas condições sanitárias, a evolução da medicina, e a urbanização, aumentando
a expectativa de vida, mas os índices de natalidade não acompanham essa tendência,
causando um rápido crescimento populacional. Em muitos países, essa fase teve início com
a revolução industrial. Hoje em dia, muitos países subdesenvolvidos vivem essa fase
Fase 3
Ocorre uma queda na taxa de natalidade devido ao acesso à métodos anticoncepcionais,
e à educação (fazendo com que o planejamento familiar fique mais difundido). O resultado
é um crescimento vegetativo reduzido em relação à fase 2.
Fase 4
Os índices de natalidade e mortalidade voltam a se estabilizar criando um crescimento
populacional novamente pequeno.

Algumas considerações
De acordo com o exposto até aqui se podem obter algumas conclusões:
 O resultado final ao início e ao fim do processo é o mesmo: um crescimento natural
baixo. Ora, as circunstâncias são radicalmente opostas: na etapa 1 porque as taxas
natalidade e mortalidade são muito altas; e na etapa 4 porque as mesmas taxas se
equalizam em valores baixos.

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Crescimento da população mundial entre 10.000 a.C. - 2000.
 Desde suas origens e até o século XVIII, a humanidade esteve ancorada no estágio
1 da transição demográfica. Podemos observar no gráfico 2 que encontra-se à
direita, a lentidão com que cresceu a população mundial durante este longo período
de tempo.
 Com o estalido da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, os países hoje
desenvolvidos fizeram o salto no estágio 2, iniciando o rápido crescimento da
população mundial que reflete o gráfico 2. Os países ricos completaram todo o
processo no final do século XX, momento no qual estabilizaram à baixa suas taxas
de natalidade e mortalidade. Portanto, a transição demográfica começou aqui
lentamente ao longo de uns 250 anos.
 Os países em via de desenvolvimento ou do Terceiro Mundo (países em
desenvolvimento), em mudança, iniciaram a transição demográfica mais tarde e
repentinamente. Atualmente, a maioria deles -sobretudo os países africanos- se
encontram no estágio 2 do processo: mantêm a natalidade muito alta mas, em geral,
estão reduzindo consideravelmente a mortalidade. Outros países, especialmente em
América Latina, em Ásia e também algum de África, já se encontram na fase 3 do
processo porque reduziram muitíssimo a mortalidade e, ao mesmo tempo, estão
diminuindo paulatinamente a natalidade.
 Os demógrafos consideram que o atual rítmo de crescimento da população mundial
tem data de caducidade, dado que os países em via de desenvolvimento, tarde ou
temporão, completarão a transição demográfica e acabarão desfrutando de umas
taxas de natalidade e mortalidade semelhantes as que têm os países desenvolvidos.
Por esta razão, os demógrafos consideram que a catástrofe malthusiana
prognosticada por Thomas Malthus ao princípio do século XIX não acabará
produzindo-se.
 A moderação no crescimento da população mundial dependerá da velocidade com
que os países em via de desenvolvimento sejam capazes de completar a transição
demográfica. Segundo cálculos da ONU, se os países pobres aceleram o rítmo, no
ano 2050 terão no planeta uns 7,5 bilhões de habitantes. Se, por contra, o processo
se modera a população mundial se poderia situar aquele ano em cerca dos 11
bilhões de habitantes.

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5 - CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

O crescimento da população (crescimento demográfico) brasileira tem se


reduzido nas últimas décadas. Durante o século XX a rápida queda da mortalidade,
enquanto se mantinham elevadas as taxas de natalidade, provocou uma aceleração no
crescimento vegetativo brasileiro. Mas esse quadro se reverte nos últimos 40 anos com
uma queda mais pronunciada da natalidade no país. Lembre-se:

CV = TN – TM
(crescimento vegetativo = taxa de natalidade – taxa de mortalidade)

 Positivo: Quando o número de nascimentos é maior que o de mortes.


 Negativo: Quando o número de nascimentos é menor que o de mortes.
 Nulo: Quando o número de nascimentos é igual ao de mortes.

As taxas de natalidade e mortalidade são medidas para cada grupo de mil habitantes
ao longo de um ano. Além do crescimento vegetativo, os movimentos migratórios também
influenciam o crescimento da população. Os movimentos imigratórios foram importantes
para o crescimento e composição da população brasileira especialmente no período entre
meados do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Atualmente não são mais
expressivos.
A queda da mortalidade no decorrer do século XX pode ser explicada pela evolução
na medicina, nas condições sanitárias, o aumento da entrada da mulher no mercado de
trabalho, nos métodos anticoncepcionais, na qualidade de vida* como um todo. O processo
de urbanização da população contribuiu para essa queda e foi muito importante para a
redução da natalidade. Com a concentração cada vez maior da população em áreas
urbanas ampliou-se a prática do planejamento familiar. Aumentou o uso de métodos
anticoncepcionais, os casamentos se tornaram mais tardios e a inserção da mulher no
mercado de trabalho também levou a redução do número de filhos por casal. A redução da
natalidade foi acompanhada pela redução da taxa de fecundidade (nº de filhos por mulher
– em idade fértil). A tendência para as primeiras décadas do século XXI é a continuidade
na redução dessas taxas. O Brasil aproxima-se, assim, das taxas de crescimento
verificadas nos países do Primeiro Mundo (desenvolvidos).

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Observando a pirâmide etária do Brasil podemos perceber um estreitamento de sua
base, resultante da queda da Taxa de Natalidade e da diminuição da quantidade de jovens
no país. O corpo da pirâmide (adultos) e o seu topo (idosos) estão progressivamente se
alargando com o aumento da expectativa de vida. O Brasil já apresenta maioria de adultos
e o número de idosos é cada vez maior. Essas alterações não provocam ainda sérias
preocupações no mercado de trabalho. A reposição de mão-de-obra nesse mercado ainda
está garantida e podemos lembrar que a taxa de desemprego é que preocupa a nação. No
entanto já estamos providenciando nos últimos anos reformas previdenciárias que possam
fazer frente à nova realidade da composição da população brasileira, com um número
crescente de idosos, de aposentados, com uma longevidade cada vez maior.

TAXAS DE MIGRAÇÃO
TAXA DE EMIGRAÇÃO
TAXA DE IMIGRAÇÃO

Exercícios

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1- (FUVEST) Considerando-se a distribuição da população mundial por atividades
econômicas, é incorreto afirmar que:
a) a repartição da PEA pelos setores de atividades reflete o grau de desenvolvimento
econômico;
b) o setor terciário apresenta-se em expansão em quase todos os países do mundo;
c) em diversos países subdesenvolvidos, o número de pessoas empregadas no setor
secundário vem aumentando devido à existência de um processo de industrialização;
d) os países subdesenvolvidos apresentam geralmente um setor terciário hipertrofiado;
e) em todos os países desenvolvidos, de economia capitalista, o predomínio dos setores
primário e secundário reflete o elevado poder aquisitivo da sociedade.

2- Observe a tabela abaixo e assinale a alternativa que realiza uma avaliação correta
dos dados apresentados:

a) O Brasil caminha rapidamente para eliminar as desigualdades sociais em sua população.


b) A população branca apresenta melhor padrão de vida em comparação à população negra
e mestiça (pardos)
c) Os índices de mortalidade infantil podem ser considerados, atualmente, baixos e
comparáveis ao Primeiro Mundo
d) O grau de escolaridade em nossa população já é um dos mais elevados do mundo, apesar
das desigualdades internas
e) As diferenças exibidas na tabela podem ser explicadas unicamente pelo descaso
governamental em promover programas de atendimento aos mais necessitados no país.

3- Analisando o gráfico abaixo podemos afirmar sobre a população brasileira:

a) O Brasil tem conseguido melhorar a distribuição de renda entre seus habitantes

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b) A péssima distribuição de renda é o último fator negativo que o Brasil ainda deve resolver
para se tornar um país de primeiro mundo
c) Observa-se que nas últimas décadas piorou a distribuição de renda no Brasil
d) Os 40% intermediários foram aqueles que apresentaram a maior queda de renda,
proximando-se dos 50% mais pobres
e) Os 10% mais ricos estabilizaram sua renda e nada indica que ela possa continuar
aumentando

4- (FAAP) – A população do Brasil é:


a- irregularmente distribuída, predominando etnicamente o branco e etariamente o adulto.
b- de elevado crescimento vegetativo, elevado nível cultural e com predominância étnica do
negro.
c- de alto crescimento vegetativo, com predominância dos mestiços e elevado consumo de
energia.
d- regularmente distribuída, predominando os brancos e etariamente o jovem.
e- de grande crescimento vegetativo, etariamente jovem e com a predominância do branco.

5- Analise comparativamente as regiões brasileiras quanto ao padrão de vida da


população:

As regiões mais prósperas do país, como o Sul e Sudeste apresentam melhores


indicadores sócio-econômicos, com menor mortalidade infantil e analfabetismo, além de
uma expectativa de vida mais elevada. Isso indica um melhor padrão de vida. As regiões
Norte e Nordeste são as que apresentam os piores indicadores sócio-econômicos: a
mortalidade infantil e o analfabetismo são mais elevados e é menor a expectativa de vida.
A Região Centro-Oeste encontra-se num patamar intermediário. Mas é importante
lembrar que em todas as regiões brasileiras vem melhorando o padrão de vida.

6 - (UEMA – 2006) Analise o gráfico e as características da estrutura etária do Brasil

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I. Os jovens não constituem mais a maioria absoluta.
II. A estrutura etária aponta um país em transição para a maturidade
III. Sua população aos poucos está envelhecendo
A opção que contém somente a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:

a) I, II e III. d) II
b) I e II. e) III
c) I

7- A capacidade de crescimento da população é infinitamente maior do que a


capacidade de produção de alimentos na Terra. Esse é o enunciado básico da
doutrina de Malthus, que consiste no seguinte princípio:

a) progressão geométrica da população e progressão aritmética dos alimentos;


b) progressão geométrica da população e baixa taxa de natalidade;
c) progressão aritmética da população e baixa taxa de mortalidade;
d) progressão aritmética da população e progressão geométrica dos alimentos;
e) progressão geométrica da população e alta taxa de natalidade.

8- As declarações oficiais dos diversos governos do Brasil, em torno da necessidade


de povoar o território brasileiro; as concessões de legislação trabalhista brasileira,
como salário-família, o auxílio maternidade etc. levam a concluir que o Brasil adota
uma política demográfica:

a) Neomalthusiana;
b) natalista ou populacionista;
c) antinatalista;
d) contrária à teoria de Malthus;
e) contrária ao crescimento vegetativo.

9. O número de indivíduos de certa população é representado pelo gráfico a seguir.

Em 1975, a população tinha um tamanho aproximadamente igual ao de:


a) 1960 c) 1967 d) 1970
b) 1963 e) 1980

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10. Compare as pirâmides etárias do Brasil relativas aos anos de 1980 e 1996 e,
utilizando seus conhecimentos sobre as características da população brasileira,
responda:

a) Por que as duas pirâmides apresentam bases diferentes?

O grande estreitamento na baseirâmide ocorrido no período de 1980 a 1986 se explica pela


redução nas taxas de natalidade e nos índices de fertilidade.

b) Para a população em idade potencialmente ativa, quais as implicações destas


mudanças, considerando a atual situação econômica do país?

Com a redução das taxas de natalidade, no futuro haverá menor ingresso de pessoas no
mercado de trabalho, o que pode reduzir a pressão nos índices de desemprego; o
aumento de idosos no conjunto da população aumenta a necessidade de recolhimento
da Previdência Social, sobrecarregando a população ativa.

11. Relacione a predominância da população de origem européia na região Sul do


Brasil com o processo de povoamento do território brasileiro.
Com a redução das taxas de natalidade, no futuro haverá menor ingresso de pessoas no
mercado de trabalho, o que pode reduzir a pressão nos índices de desemprego; o
aumento de idosos no conjunto da população aumenta a necessidade de recolhimento
da Previdência Social, sobrecarregando a população ativa.
12. Responder as questões com base no texto:

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
(...) O Homo Sapiens surgiu há 100 mil anos. Há 10 mil anos, o Homo Sapiens já se
espalhara pelos cinco continentes, e seus múltiplos contingentes somavam, no
mundo, segundo supõem alguns cientistas, cerda de 5 milhões de indivíduos. (...) No
tempo de Cristo, a vida média do ser humano seria da ordem de 27 anos, assim
permanecendo até ao redor do ano 1000. Passaram-se alguns séculos, chegou-se ao
ano 1750 e a população do mundo alcançou cerda de 800 milhões de indivíduos. Ao
se iniciar a Era Industrial (1800 a 2000) calcula-se que havia cerda de 1 bilhão de

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seres humanos habitando a Terra. A ciência e a tecnologia avançaram, a medicina se
aperfeiçoou. Descobriram-se a vacinação e a assepsia, a oferta de alimentos cresceu,
a vida média do ser humano beirava talvez os 40 anos por volta do ano 1800.
A população da Terra cresceu e em 1930 alcançou o segundo bilhão de pessoas. A
partir de então se descobriram os antibióticos, sintetizaram-se as vitaminas,
aperfeiçoaram-se a prevenção e o tratamento das moléstias. Elevou-se a produção
de alimentos e as safras puderam ser armazenadas e transportadas em grandes
volumes e a grandes distâncias, regularizando-se a sua distribuição. Neste final de
século XX, somos mais de 6 bilhões de seres humanos, vivendo à custa de recursos
minerais limitados, de plantações e pastagens feitas em terrenos antes ocupados por
florestas e animais silvestres, necessitando de grande quantidade de água potável,
poluindo os rios e oceanos com um volume de fezes que chega diariamente a 6
milhões de toneladas. (...)

(SANTOS, Rubens R. dos. Uma visão do futuro – avaliação do que é relevante na


passagem do milênio. São Paulo: Nobel, 1999. p. 148-149)
12. Qual a provável relação existente entre a Era Industrial e o crescimento
populacional?

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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
13. Segundo o autor, que razões explicam o grande crescimento populacional
no século XX?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ _
__________________________________________________________________________

14-Leia com atenção:

Eu vou cantar seu moço


porque deixei meu sertão
Não foi pro falta de inverno
Não foi pra fazer meu baião.
É que todo sertanejo sempre tem essa ilusão
Conhecer a cidade grande e põe nas costas uma matalão
Oia os bens que eu deixei
Um roçado de algodão
Bem cheinho de mandioca
De arroz e de feijão

(João do Vale – Eraldo monteiro)

A letra da música pode ser relacionada a qual fenômeno social?

a) Aglomeração d) Sementeira Urbana


b) Conurbação e) Transumância
c) Êxodo Rural

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15-Comparando as três pirâmides etárias do Brasil, podemos afirmar que:

a) Houve uma forte queda de natalidade a partir dos anos 40.


b) O crescimento vegetativo aumentou na última década.
c) A revolução sanitária da globalização provocou drástica queda da mortalidade e o
conseqüente aumento do crescimento vegetativo.
d) O estreitamento da base indica diminuição percentual da população jovem.
e) O afunilamento do topo verificado no final do século XX indica aumento de
expectativa de vida.

16-O mapa a seguir demonstra:

a) A marcha da industrialização
brasileira.
b) Fluxo de migrações no século XX.
c) Extrativismo mineral.
d) As frentes pioneiras da agricultura
brasileira.
e) A nova expansão industrial do século XX.

17-O Índice de Desenvolvimento


Humano (IDH) é calculado com base
em três variáveis: longevidade,
educação e renda. A tabela, a

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seguir, mostra uma variação positiva, nas 27 unidades da federação, ao longo
da década passada.

Adaptada de MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio. "Geografia Geral e do Brasil. Espaço
geográfico e globalização". São Paulo: Scipione, 2004, p. 458.
Considerando os dados da tabela, é INCORRETO afirmar:
a) Os estados do Nordeste ocupam as últimas posições do IDH brasileiro. Nessa
região, os índices de esperança de vida ao nascer e as taxas de mortalidade infantil
são parecidos com os de muitos países africanos.
b) Os estados do Sudeste ocupam as primeiras posições no ranking do IDH brasileiro
por possuírem o maior parque industrial da América Latina, oferecendo emprego para
toda a população, e devido ao fato de São Paulo deter a posição de maior centro
financeiro do país.
c) O Distrito Federal lidera o ranking do IDH brasileiro. Uma das causas dessa posição
são os médios e altos salários pagos ao funcionalismo público federal lotado em
Brasília. Entretanto, essa não é a realidade de toda a sua população, uma vez que
grande parte vive em condições precárias nas cidades satélites.
d) Os estados do Sul e do Sudeste estão entre os onze primeiros do ranking do IDH
brasileiro, todavia Minas Gerais possui o pior IDH, perdendo para outras unidades do
Centro Oeste. Esse fato justifica-se pela presença do Vale do Jequitinhonha no norte
mineiro.
e) Um aumento no IDH ocorreu em todas as unidades da federação, entre 1991 e
2000. Estados da região Nordeste, como Ceará e Bahia, apresentaram maior variação
no IDH em comparação a São Paulo, maior centro industrial do país.

18-O Brasil está passando por uma transição demográfica, conforme mostra o
gráfico a seguir.

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Observando o gráfico, pode-se afirmar que essa transição teve uma aceleração maior,
a partir da década de 1970,
ocasionada por fator(es) como:
I. A diminuição das taxas de natalidade e mortalidade.
II. Os progressos da medicina.
III. A aceleração da migração para as cidades, melhorando a qualidade de vida da
população.
IV. O aumento do crescimento vegetativo da população.
Estão corretas apenas:

a) I e II d) II e III
b) I e III e) III e IV
c) II e IV

19. Sobre a dinâmica demográfica brasileira, assinale a afirmação correta.


a) O ritmo de crescimento da população brasileira está em declínio, comprovando que
estamos em um processo de transição demográfica.
b) O crescimento demográfico é positivo, porém o crescimento vegetativo é negativo
e a expectativa de vida está em alta.
c) O aumento da violência e do número de abortos explicam as altas taxas de
mortalidade, entre os jovens de 14 a 21 anos, nas dez maiores metrópoles do país.
d) O saldo migratório no Brasil é negativo e os países que mais têm recebido
emigrantes brasileiros são os Estados Unidos, o Paraguai e o Japão.
e) As taxas brasileiras de fecundidade e de mortalidade infantil são as menores dentre
os países da América do Sul.

20. Os mapas indicam o IDH no Brasil, por estado, em dois momentos.

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Está correto afirmar que, nesse período, o IDH a) melhorou em todo o país e elevou
a posição do Brasil na classificação mundial.
b) permaneceu baixo em estados do Nordeste, apesar da implementação de
programas sociais.
c) estagnou nas áreas mais ricas do país, resultado de uma política de distribuição de
renda.
d) cresceu nas áreas de maior concentração urbana do Brasil, depois da diminuição
do fluxo migratório.
e) continuou baixo na Amazônia, mesmo com a expansão da fronteira agrícola, baseada
no cultivo da soja.

(OSEC) Assinale a alternativa incorreta:

a) Classifica-se como Hábitat Rural o espaço humano ocupado por atividades


econômicas ligadas à agropecuária, sendo então um espaço rural.

b) Os povoados e colônias são exemplos de Hábitat aglomerado.

c) Quando as habitações encontram-se distantes umas das outras no meio rural damos
o nome de Hábitat Rural disperso.

d) O Hábitat Rural pode ser disperso ordenado e como exemplo podemos citar a
dispersão ordenada ao longo de um rio.

e) No Brasil predomina o Hábitat Rural aglomerado sob a forma de colônias, as quais


aparecem principalmente na região Sul do país.

1
(FUVEST) Considerando-se a distribuição da população mundial por atividades
econômicas, é incorreto afirmar que:

a) a repartição da PEA pelos setores de atividades reflete o grau de desenvolvimento


econômico;
b) o setor terciário apresenta-se em expansão em quase todos os países do mundo;
c) em diversos países subdesenvolvidos, o número de pessoas empregadas no setor
secundário vem aumentando devido à existência de um processo de
industrialização;
d) os países subdesenvolvidos apresentam geralmente um setor terciário
hipertrofiado;
e) em todos os países subdesenvolvidos, de economia capitalista, o predomínio dos
setores primário e secundário reflete o elevado poder aquisitivo da sociedade.

Em reportagem sobre crescimento da população brasileira, uma revista de divulgação


científica publicou tabela com a participação relativa de grupos etários na população
brasileira, no período de 1970 a 2050 (projeção), em três faixas de idade: abaixo de 15
anos; entre 15 e 65 anos; e acima de 65 anos.

Admitindo-se que o título da reportagem se refira ao grupo etário cuja população cresceu
sempre, ao longo do período registrado, um título adequado poderia ser:

a) "O Brasil de fraldas"


b) "Brasil: ainda um país de adolescentes"
c) "O Brasil chega à idade adulta"
d) "O Brasil troca a escola pela fábrica"
e) "O Brasil de cabelos brancos"

A relação entre o número de habitantes e a área territorial ocupada denomina-se:

a) Taxa de crescimento
b) Índice de desenvolvimento
c) Densidade demográfica
d) Taxa de natalidade

1. Calcule o crescimento vejetativo desses países:

2
Taxa de natalidade
Taxa de mortalidade
Crescimento
País
(em ‰) (em ‰) vegetativo

Haiti 36,59 12,34

Reino Unido 10,78 10,18

Itália 8,89 10,30

Suécia 10,36 10,36

2. A recente urbanização brasileira tem características parcialmente representadas nas


situações I e II dos esquemas acima. Considerando essas situações, é correto
afirmar que, entre outros processos,

a) I representa a involução urbana de uma


metrópole regional.

b) I representa a perda demográfica relativa da


cidade central de uma Região Metropolitana.

c) II representa o desmembramento territorial e


criação de novos municípios.

d) II representa a formação de uma região


metropolitana, a partir do fenômeno da
conurbação.

e) II representa a fusão político-administrativa de municípios vizinhos.

Com relação ao crescimento da população brasileira, explique Os motivos que


provocaram o declínio da taxa de natalidade.

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