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CRIATURAS MÁGICAS
DESBRAVANDO TERRAS BRASILEIRAS
E CAUÃ OLIVEIRA
RG: 2003010295920
CPF: 020.139.503-73
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1ª Edição – 14 de março de 1931
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AGRADECIMENTOS:
Agradeço a um sonho de infância, que me fez amar os animais. Aos meus pais e
familiares, por sempre estarem ao meu lado. Aos meus queridos amigos da Ordem, cujo
apoio e palavras mágicas foram essenciais para a confecção deste livro.
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SUMÁRIO
A idéia
Sobre os Autores
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UMA BREVE INTRODUÇÃO
A IDÉIA
Apesar de ser um país rico no que diz respeito a fauna mágica, o Brasil não
possui, até o presente momento, dados escritos e documentados desses animais, muito
do conhecimento sobre eles sendo passado de boca a boca através das gerações nas
comunidades mágicas, ou por professores especializados da escola de magia brasileira
desde que a mesma foi criada, em meados do século IX.
Um dos contos mais populares, que persiste na boca do povo até os dias atuais, é
o folclore da Iara, uma jovem Mãenati que gostava de se aventurar nas águas mais rasas
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próximas a moradia de seu grupo. Um dia, um jovem Enguiço indígena a avistou e
acabou se apaixonando por ela. Todos os dias ele iria até a beira do rio e deixava uma
pequena flor na água, para que a correnteza levasse até ela. Passado o tempo, o jovem
criou coragem e resolveu se revelar para a sua amada, contudo, ao ver a aproximação do
humano, a Mãenatí se assustou e mergulhou de volta para a segurança do fundo do lago.
Desconsolado, o rapaz apaixonado se jogou às águas e nunca mais foi visto.
Floresta Amazônica
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Cerrado
Mata Atlântica
Caatinga
Estende-se por todo o sertão brasileiro, ocupando cerca de 11% do território
nacional. Trata-se da região mais seca do país, localizando-se na zona de clima tropical
semiárido. A vegetação dessa região é composta, principalmente, por plantas xerófilas
(acostumadas com a aridez, como as cactáceas) e caducifólias (que perdem a folha
durante o período mais seco), além de algumas árvores com raízes bem grandes que
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conseguem captar a água do lençol freático em grandes profundidades e que, por isso,
não perdem as suas folhas, como o juazeiro, uma das espécies de madeira mágica mais
comumente utilizada para a confecção de varinhas do povo mágico nordestino. A fauna
desse bioma é composta por criaturas que possuem uma alta resistência ao calor e a
seca, como é o caso do Ahó Ahó e do Maçone.
Pampas
Localizado no extremo sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, esse bioma é
bastante influenciado pelo clima subtropical e pela formação do relevo, que é
constituído principalmente por planícies. Em virtude do clima frio e seco, a vegetação
não consegue desenvolver-se, sendo constituída principalmente por gramíneas e ervas
que só crescem em climas frios. São exemplos da fauna mágica que sobrevivem nesse
clima o Acaeoby, o Boi Vaquim e o Saci.
Pantanal
Trata-se da maior planície inundável do país e está localizado nos estados de
Mato Grosso e Mato Grosso do sul. Esse bioma é muito influenciado pelos regimes dos
rios presentes nesses lugares, pois, durante o período chuvoso (outubro a abril), a água
do pantanal alaga grande parte da planície da região. Quando o período chuvoso acaba,
os rios diminuem o seu volume d'água e retornam para os seus leitos. Por essa razão, a
vegetação e os animais precisam adequar-se a essa movimentação das águas. Todos
esses fatores tornam a fauna mágica do pantanal muito diversificada, constituída por
Cucas, Caiporas, Quibungos, dentre outros.
SENDO UM ZOOMAGO
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Maiara Amana, que em meados de 1670, foi a primeira mágica a se aventurar e ser
aceita em uma comunidade de Boapurãs.
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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
MÁGICO – MIMAM
*Madikauku, na língua da antiga tribo de Palikur, significa “fim das mãos”, ou seja, os
dez dedos das mãos (madik – fim, auku – mãos).
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UM GUIA DA FAUNA MÁGICA
BRASILEIRA
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Abagualun
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Acaéoby
CLASSIFICAÇÃO: PI
Ave mágica de plumas azuis e cabeça preta com um pequeno topete, conhecida
pelos Enguiços como Gralha-azul. Devido a sua aparência comum, não foi considerada
um animal mágico até meados do século 19, quando o Herbologista Pedro Nunes
Carvalho, em uma de suas viagens de pesquisa que o levou a floresta de araucárias do
sul do Brasil, se deparou com um desses animais. Intrigado com o fato do pássaro não
se mover ou emitir qualquer som, o mago se aproximou com cautela, e qual não foi sua
surpresa ao perceber que a ave não só estava chorando lágrimas peroladas como, onde
ditas lágrimas tocavam o solo, plantas das mais variadas formas e tamanho cresciam
instantaneamente. Mestres de Poções de vários locais do mundo tentaram capturar e
domesticar essa ave, no intuito de fazê-la produzir plantas mágicas a partir de suas
lágrimas, entretanto, nenhum deles jamais conseguiu fazer com que esses animais
chorassem em cativeiro. Com o tempo, a caça ao Acaéoby foi proibida.
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Acutipuru
CLASSIFICAÇÃO: MPANA*
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Aguará
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
Conhecido pelos Enguiços como Lobo Guará, esse canídeo de orelhas pontudas,
pelo vermelho fogo, olhos dourados e compridas pernas negras é tido como um animal
comum que se encontra quase em extinção. Entretanto, são animais muito comuns no
mundo mágico brasileiro e amplamente procurados como animais para a guarda, devido
a sua feroz lealdade e à sua capacidade de detectar Artes das Trevas a quilômetros de
distância. Quando em modo de proteção, chegam a dobrar de tamanho e suas presas
secretam uma substância venenosa paralisante. As Forças Armadas Mágicas – FAMa
possui um esquadrão especializado, onde magos e bruxas fazem parceria com esses
animais para capturar infratores.
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Ahó Ahó
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
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Ajá
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Alamoa
CLASSIFICAÇÃO: POHO
Seres mágicos que se manifestam sob a ilusão de uma bela mulher de pele
branca e longos cabelos dourados, que utiliza seus encantos para atrair os caminhantes
pela noite. Assim que os tem sob seu controle, elas assumem sua verdadeira forma: um
esqueleto de presas pontiagudas, as quais utiliza para drenar o sangue de suas vítimas. A
cada 50 anos, a Alamoa procura por um mago poderoso para criar a próxima geração. A
espécie está hoje contida por uma infinidade de barreiras mágicas no alto do Morro do
Pico, elevação rochosa de 323 metros na ilha de Fernando de Noronha.
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Anhangá
CLASSIFICAÇÃO: POHO*
Muitos dizem ser este um espírito maligno que habita as profundezas da Floresta
Amazônica, atacando todos aqueles que cheguem muito perto de suas terras. Entretanto,
em estudo mais aprofundado de uma manada em seu habitat natural, descobriu-se que
são na verdade seres mágicos de extrema pureza e inteligência, que protegem a natureza
a sua volta. Possuem a forma de um cervídeo de pelos branco puro quando adultos e
negro-esverdeado quando jovens, de olhos tão vermelhos quanto rubis. Dizem que,
assim como o sangue dos unicórnios britânicos, seus olhos são capazes de prolongar a
vida de um indivíduo quando ingeridos, razão pela qual eles foram caçados até quase a
extinção. Os poucos exemplares existentes atualmente são protegidos por rigorosas leis
mágicas.
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Arranca Línguas
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
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Babau
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
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Besta Fera
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
Ser fantástico, metade lobo, metade cavalo, que costuma viver em pequenos
bandos, compostos por um casal alfa e seus seguidores. São animais relativamente
pacíficos, mas muito orgulhosos, inteligentes e territoriais. Dizem que, ao se encarar
fixamente os olhos azulados de uma destas bestas, o indivíduo será acometido por uma
loucura sem sentido que irá durar por vários dias, ao final dos quais não se lembrará de
jamais ter visto tal criatura. A bruxa Moema Aiyra dos Santos é a única conhecida na
história da magia brasileira por ter conseguido domesticar com sucesso um desses
animais, entretanto, a bruxa em questão faleceu sem repassar esse conhecimento.
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Bicho Homem
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
Um dos gigantes das terras brasileiras, parentes dos Gorjalas. Possui um único
olho no centro de sua testa e um pé redondo enorme. Grandes, fortes, ferozes e
extremamente burros, costumam emitir assobios agudos que assombram os moradores
da região. Devido aos perigos de exposição à comunidade não mágica, esses seres estão
sendo contidos em áreas serranas do território nordestino, protegidas pelo Esquadrão
Especial de Zoomagos do MIMAM.
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Boapurã
CLASSIFICAÇÃO: POHO
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Boi Vaquim
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
Bovino alado com chifres de ouro e olhos de diamante. É capaz de expelir fogo
pelas narinas e boca. São extremamente velozes e fortes, com pelagem dura e resistente,
tornando quase impossível capturá-los. Vivem em pequenos bandos nas serras gaúchas.
Seu sangue, quando ingerido, confere ao bebedor uma força hercúlea por alguns
minutos e é um dos principais ingredientes das poções de revitalização, entretanto,
devido à dificuldade de obtê-lo, é considerado um ingrediente de luxo no mercado.
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Boitatá
CLASSIFICAÇÃO: PI
Também conhecidas como “Fogo que corre” essas serpentes de escamas azuis
incandescentes e olhos como brasas protegem as matas brasileiras das queimadas
provocadas pelos humanos, controlando o fogo e muitas vezes o impulsionando em
perseguição dos infratores. Seu corpo também é capaz de absorver as chamas, acabando
com os incêndios. Embora ferozes protetores, são animais muito dóceis e fáceis de
serem domesticados, sendo utilizados antigamente pelas tribos sulistas brasileiras para
aquecer as moradias no período de friagem.
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Boiúna
CLASSIFICAÇÃO: POHO
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Bradador
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
Criatura sem forma conhecida, que vive no interior de São Paulo e Santa
Catarina. Emite gritos medonhos, que lembram os prantos de uma criança em perigo, os
quais eles utilizam para atrair suas vítimas, conduzindo-as até as cavernas escuras, onde
o Bradador costuma fazer sua moradia, e onde são então devoradas. Nenhum estudioso
jamais conseguiu distinguir a forma verdadeira de um desses seres, pois eles
desaparecem ao menor sinal de luminosidade.
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Caboclos D’água
CLASSIFICAÇÃO: POHO
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Cabra Cabriola
CLASSIFICAÇÃO: MPANA.
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Cachorra da Palmeira
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Cainamé
CLASSIFICAÇÃO: POHO
Monstro mágico bípede, com pés que terminam em cascos de boi, garras de
águia, cabeça de tamanduá e corpo peludo. Somente vistos por aqueles que possuem
magia, esses seres se alimentam de emoções, retirando de suas vítimas pouco a pouco a
vontade de viver. São os guardas da prisão mágica brasileira, localizada na ilha de São
Francisco do Sul, em Santa Catarina. Muitos presos chegam a cometer suicídio após
exposição prolongada a esses seres. Podem ser controlados apenas por magos que
possuam um domínio excepcional de sua mente e de suas emoções, sendo este o motivo
pelo qual a seleção para o cargo de Mago Vigilante, oficiais que mantém a ordem na
prisão bruxa, ser extremamente complexa.
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Caipora
CLASSIFICAÇÃO: POHO
Entidades humanóides protetoras das florestas brasileiras e dos seres que nela
vivem. Sempre acompanhadas por um grupo de Curupirraças, elas protegem os terrenos
da escola de magia brasileira e a floresta que o circunda daqueles sem magia. Não são
maiores que um ser humano adulto e seus corpos são feitos de madeira vermelha,
semelhante ao pau-brasil. Podem controlar livremente a flora local e relatos de
zoomagos dizem que, se alguém encarar os profundos olhos perolados deste ser, poderá
vislumbrar pedaços de seu futuro.
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Cão da Meia Noite
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Cãoera
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
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Capelobo
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
Tido como o lobisomem das terras brasileiras, essa criatura de corpo grande e
musculoso, coberto por pelos, e focinho comprido, assombra as comunidades mágicas e
não mágicas, tendo preferência por caçar jovens e crianças. Diferente do seu homólogo
britânico, a maldição do Capelobo não é transmitida pela mordida, mas sim se manifesta
sempre no sétimo filho homem de uma família mágica. Alguns pesquisadores atribuem
a origem do Capelobo a uma maldição lançada por uma feiticeira Negra nas famílias
mágicas com muitas crianças devido a ciúmes, pois ela mesma não podia ter filhos.
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Carbúnculo
CLASSIFICAÇÃO: POHO*
Animal mágico que possui uma jóia preciosa incrustada em sua testa, a qual traz
boa sorte e fortuna para aquele que a possuir. Para fugir dos perseguidores gananciosos,
o Carbúnculo é capaz de assumira diferentes formas, geralmente pequenos animais
como gatos, aves e lagartos. Além disso, ele tem a habilidade de projetar um raio
luminoso de sua jóia, capaz de cegar aqueles que o perseguem por motivos mesquinhos.
Entretanto, quando se deparam com alguém humilde e de bom coração que esteja em
extrema necessidade, a jóia cai de sua testa e ele a entrega pacificamente. São
classificados como animais em risco de extinção pelo Departamento de Controle do
Comércio e Criação de Criaturas Mágicas.
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Caruara
CLASSIFICAÇÃO: PAHA
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Cavalo das Almas
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Cavalo do Rio
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
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Cervo Berá
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
Cervídeo mágico de pelagem dourada, cujo macho possui uma galhada em sua
testa feita do mais puro ouro. A cada cinquenta anos, essa galhada cai e uma nova
cresce em seu lugar, um pouco maior que a anterior e, quanto maior for a galhada, mais
velho será o animal. As fêmeas da espécie, no lugar da galhada, desenvolvem um par de
pequenos chifres pontiagudos, capazes de liberar uma substância que, quando injetada,
transforma qualquer ameaça em uma estátua de ouro puro. São uma espécie protegida e
sua caça é proibida.
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Chibamba
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
Pequenos primatas que utilizam longas folhagens para esconderem seus corpos e
se camuflarem com a mata ao seu redor. São comumente encontrados nas regiões
florestais de Minas Gerais. Adoram dançar e seus movimentos têm uma qualidade
hipnótica que força quem os vê a seguirem seus movimentos. São facilmente atraídos
por sons musicais, e o Esquadrão Especial de Assuntos Não Mágicos passou por um
grande sufoco tentando limpar a memória dos enguiços quando um grande grupo desses
animais resolveu invadir a pequena cidade de Sabará, em Minas Gerais, atraídos pelos
festejos que estavam ocorrendo no local. Desde então a espécie está sobre forte
vigilância do Departamento de Controle e Identificação de Espécies Mágicas As folhas
que eles utilizam adquirem propriedades curativas ao passar do tempo e muitos mestres
de poções vêm analisando seus efeitos na busca pela cura do câncer.
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Chupacabra
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
Animal fantástico de hábitos noturnos, que utiliza suas presas proeminentes para
sugar o sangue de animais. Embora aparentemente perigosos, nunca houve relatos de
um ataque dessas criaturas aos seres humanos. Possuem olhos grandes e vermelhos, e
espinhos pontiagudos que saem de suas costas, os quais são recobertos por escamas que
variam entre o azul, o verde, o vermelho e o púrpura durante a noite. Todavia, na luz do
dia, essas escamas se tornam completamente negras, auxiliando a sua camuflagem na
escuridão das tocas e cavernas que escolhe como moradia.
43
Cobra Norato
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
44
Cuca
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
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Curupirraça
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Daridari
CLASSIFICAÇÃO: PAHA
Inseto mágico que possui uma carapaça colorida incrustada com as mais
variadas pedras preciosas. Vivem nas profundezas das florestas serranas, sendo
raramente avistados. Possuem um chifre em sua testa altamente sensível a magia, o qual
utiliza para detectar possíveis atacantes. Quando se sentem ameaçados, esses animais
utilizam uma forma rudimentar de teletrasnporte para escaparem, deixando para trás
uma carapaça colorida e vazia, que explode dentro de alguns segundos.
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Emboici
CLASSIFICAÇÃO: PAHA
Pequenos insetos de carapaça suave, com uma grande variedade de cores, e que
são capazes de se disfarçarem como diferentes flores. Conseguem passar dias imóveis
na mesma posição, se alimentando da seiva das árvores onde pousam. Devido a isso,
por muitos anos houve uma disputa entre zoomagos e herbologistas para descobrir se
esses seres eram de fato animais ou vegetais, até que um zoomago, após realizar uma
dissecação de um Emboici, conseguiu provar que eles possuíam uma forma rudimentar
de coração e sistema circulatório. Ele foi amaldiçoado alguns dias após sua descoberta
por um grupo de ativistas protetores.
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Encantados
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Erê
CLASSIFICAÇÃO: PI
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E.T. de Varginha
CLASSIFICAÇÃO: PI
Pequenos seres tímidos e prestativos, que são utilizados pela aristocracia mágica
brasileira para realizar trabalhos caseiros. Podem se teletransportar livremente,
independente de barreiras mágicas. Esses seres possuem membros longos, olhos
grandes e vermelhos, e três chifres em sua cabeça, sendo os das fêmeas mais longos que
os dos machos. Embora sejam bons faxineiros, são péssimas babás, tendo um medo não
tão saudável de crianças pequenas. Ativistas protetores de Criaturas Mágicas tentaram
por alguns anos protestar ante o Governo Mágico Brasileiro pela libertação desses seres,
alegando que eles eram tratados como escravos. Os protestos chegaram a um fim
abrupto quando um zoomago porta voz dos ET’s comprovou que os mesmos
necessitavam da magia que os ligava aos magos para poderem sobreviver.
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Familiá
CLASSIFICAÇÃO: PI*
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Fogo Fátuo
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Foguinho da Ladeira
CLASSIFICAÇÃO: PI
Cabritinho cujo corpo é coberto por intensas labaredas e que possui a índole
calma e olhar inocente, sendo encontrado principalmente no estado do Piauí. Pode se
transportar de um ponto a outro com incrível velocidade usando suas chamas. São
também conhecidos pelos magos locais como “Fogo da Justiça”, pois suas chamas
apenas queimam aqueles com intenções malignas ou assassinas. Quando morre, suas
labaredas se apagam, deixando para trás uma carcaça de ouro puro.
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Galo Depenado
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
Galo enorme cujo corpo, no lugar de penas, possui vários espinhos pontiagudos.
Quando se sentem ameaçados, eles incham seus corpos e projetam seus espinhos, como
se fossem porcos-espinhos. Vivem no interior paulista e são conhecidos por atacarem
caminhantes desavisados em busca de objetos brilhantes, os quais utilizam para montar
seus ninhos.
55
Gorjala
CLASSIFICAÇÃO: POHO
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Ipupiara
CLASSIFICAÇÃO: POHO
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Janaí
CLASSIFICAÇÃO: PI
Pequenos, fofos e muito arteiros, esses símios de pelos pretos e olhos azulados
utilizam seus poderes para fazer desaparecer objetos e até mesmo pessoas,
transportando-os para lugares completamente diferentes no raio de um quilômetro.
Alguns magos tentaram domesticar esses animais para utilizá-los como uma forma de
transporte rápido, entretanto a prática caiu em desuso quando mais e mais crianças
começaram a desaparecer de suas casas, vítimas das brincadeiras desses seres. Possuem
longas caudas que utilizam para se moverem de uma árvore para a outra e, quanto mais
longa for a cauda, mais velho será o Janaí.
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João de Barro
CLASSIFICAÇÃO: PI
Pequeno passeriforme de aparência comum que, assim como o Acaéoby, não foi
considerado uma criatura mágica até o dia em que um exemplar da espécie foi avistado
carregando o tronco de um gigantesco pinheiro em suas patas minúsculas. Também
secretam uma substância pelos seus bicos que muito se assemelha ao barro, a qual
utiliza para construir suas moradias. Pedro Silva, zoomago especialista em aves, possuía
um esquadrão domesticado de João de Barro, os quais ele passou anos treinando para
construir casas mágicas. Infelizmente o negócio não se tornou muito popular, pois as
casas construídas tinham todas um formato arredondado, dificultando na hora de por a
mobília.
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Kunhã Bebé
CLASSIFICAÇÃO: PI*
60
Labatut
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
61
Lobreu
CLASSIFICAÇÃO: PI
62
Macará
CLASSIFICAÇÃO: PI
Serpente gigante e muito dócil que antigamente era utilizada pelos bruxos
indígenas para transportar seus contingentes de guerreiros. Apesar de sua cegueira, é
capaz de se deslocar com extrema velocidade pelos intricados túneis subterrâneos que
interligam as localidades mágicas brasileiras, utilizando seu apurado sentido de olfato. É
atualmente o meio de transporte mais popular do mundo mágico, podendo carregar
confortavelmente os passageiros nos vagões atados às suas costas.
63
Maçone
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
64
Mãenatí
CLASSIFICAÇÃO: POHO
65
Mão – Pelada
CLASSIFICAÇÃO: PI
66
Mapinguarí
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
67
Marajigoana
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
Ser mágico capaz de assumir a forma de qualquer um que olhe em seus olhos
esverdeados. Alimentam-se da alma do ser o qual roubou a identidade, até que este se
transforme em uma casca sem vida, momento em que busca por uma nova vítima. Pode-
se identificá-lo através de seu antinatural olhar esverdeado, que permanece o mesmo,
independente da identidade que assuma. A única forma de libertar a vítima do
Marajigoana é fazendo com que esse animal se olhe em uma superfície reflexiva. Ele
tentará assumir a forma refletida e acabará preso dentro do espelho, que pode então ser
destruído.
68
Matinta Pereira
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
69
Minhocão
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
Serpente mágica gigantesca que, assim como os Macará, vive e se desloca por
uma rede de túneis subterrâneos. Apesar do seu imenso tamanho e semblante
assustador, é um animal de extrema inteligência e muito protetor de seu território, sendo
por isso utilizado como o principal guardião dos portões da maior cidade mágica
brasileira: Akakor. Suas escamas coloridas e resistentes são muito procuradas para a
confecção de vestes pela aristocracia mágica.
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Mocó
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Mula sem Cabeça
CLASSIFICAÇÃO: PI
Animal fantástico com corpo de mula que, no lugar da cabeça, apresenta uma
tocha de fogo. Eram muito procurados pela aristocracia do mundo mágico para puxar
suas carruagens, entretanto, devido a alguns incidentes com a comunidade não mágica,
o uso desses animais ficou muito restrito. O maior rebanho conhecido dessas criaturas
encontra-se nas terras da escola de magia, sendo usados para puxar as charretes que
transportam os alunos dos portais de embarque até os portões do colégio.
72
Pai – do – Mato
CLASSIFICAÇÃO: PI
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Pisadeira
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
Pequenos diabretes que surgem nas casas mágicas e não mágicas durante a noite,
provocando pesadelos e se alimentando do medo das pessoas. Fazem seus ninhos em
locais escuros como forros de casas e porões. Em 1895, o então diretor da escola de
magia brasileira, Pedro Noronha, teve um grande problema com uma infestação desses
seres na área do laboratório de poções, e as aulas tiveram que ser canceladas por quase
duas semanas enquanto um grupo do Esquadrão Especial de Zoomagos combatia a
praga.
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Quibungo
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
Lobo gigante de pelos negros, com uma boca cheia de dentes pontiagudos em
suas costas. Animal de origem africana, chegou ao Brasil trazido por uma família
portuguesa de bruxos das trevas, que pretendia utilizá-los para se vingar de uma família
rival. Entretanto, devido à ferocidade e imprevisibilidade desses animais, a família
vingativa acabou sendo a sua presa. Hoje, estão contidos em uma pequena área
fortemente protegida por barreiras mágicas no interior do pantanal Mato-grossense e sua
criação é terminantemente proibida.
75
Rondolo
CLASSIFICAÇÃO: POHO
Ave mágica de rapina, cujas asas atingem quase doze metros de envergadura.
Possuem penas cinzentas e bico preto, com olhos luminosos que lembram o brilho de
um raio. Liberam ondas de eletricidade estática de suas penas, que atraem nuvens
pesadas a sua volta, provocando tempestades e fortes correntes de ar com o bater de
suas asas poderosas. Vivem aos pares e constroem seus ninhos nas encostas de altos
penhascos.
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Saci
CLASSIFICAÇÃO: MPANA
Pequenos primatas mágicos, originários da região sul do Brasil, mas que hoje
são encontrados espalhados em todo o território nacional. Possuem corpo coberto de
pelos negros com um topete vermelho vivo em suas cabeças. Muito divertidos e
brincalhões, os Sacis passam seu tempo aprontando travessuras. São capazes de
controlar correntes de ar e podem causar pequenos pés-de-vento, que utilizam para
escapar de perseguidores. Podem ser domesticados se seu topete for cortado e usado
como amuleto. São muito procurados por mestres pocionistas como animais de
estimação, devido a sua habilidade de farejar diferentes ervas mágicas.
77
Saia – Verde
CLASSIFICAÇÃO: PI
78
Solha
CLASSIFICAÇÃO: POHO
79
Tapiora
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
80
Teiniaguá
CLASSIFICAÇÃO: PI
81
Teju Jaguá
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
82
Tinguaçú
CLASSIFICAÇÃO: PI
83
Tutu
CLASSIFICAÇÃO: POHO
84
Uaiuara
CLASSIFICAÇÃO: PI
85
Uiara
CLASSIFICAÇÃO: PI
Animal mágico que vive nas águas da região norte do Brasil. São tímidos e
extremamente amigáveis, chegando muitas vezes a serem avistados pelos não mágicos,
que os confundem com um boto comum. Apesar de sua atitude plácida, os Uiara não
são indefesos. Quando intimidados, produzem um som tão intenso que pode causar
surdez permanente ao seu atacante. Também exala uma energia capaz de acalmar até a
mais feroz das bestas mágicas. Seu sangue é afrodisíaco e é o principal ingrediente das
poções do amor brasileiras.
86
Unicorne
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA
87
Xexéu
CLASSIFICAÇÃO: PI
Pássaro de penas negras e amarelas que imita os sons de outras aves e animais,
chegando até mesmo a pronunciar algumas palavras. Poucos são aqueles que ouviram o
verdadeiro canto dessa ave. Alfredo Aguiar dos Ramos, um zoomago especialista em
aves, afirma ter visto em primeira mão os efeitos do canto dessa ave, quando estava em
uma de suas empreitadas de estudo. Na ocasião, sua companheira de viagem e esposa
havia adoecido de forma repentina. O zoomago desesperado estava a ponto de ir em
busca de socorro quando o som mais belo que já havia escutado soou nas proximidades.
Um Xexéu acabava de pousar em um galho próximo ao leito improvisado de sua esposa
e soltava pequenos trinados melodiosos. Bastaram alguns instantes de cantoria para a
mulher abrir os olhos e se levantar, como se nunca antes tivesse estado doente.
Entretanto, quando o mago se voltou para procurar o pássaro, o mesmo havia
desaparecido, uma pilha de cinzas marcando o local onde ele pousou.
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Yawara
CLASSIFICAÇÃO: POHO
Animal mágico enorme que vive nas profundezas da floresta amazônica. Tem a
forma de uma onça com cascos de boi. Andam sempre aos pares, que se reúnem na
época de acasalamento e permanecem juntos até a morte. Nesse período, a fêmea se
torna extremamente agressiva e só se permite ser coberta pelo macho que conseguir
dominá-la. São conhecidos por deixarem um rastro sangrento de destruição nesses
períodos. Muito territorialistas, estes felídeos vivem em tocas escavadas com o auxílio
de seus cascos poderosos. O estranho movimento de suas manchas tem um efeito
hipnótico.
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Ybytagual
CLASSIFICAÇÃO: PAXNIKA.
Equino mágico alado, cujo corpo é formado por um condensado de nuvens, que
se solidificam quando ele coloca seus três cascos em terra firme. Fazem seus ninhos nas
nuvens mais densas, vivendo em pequenas manadas. São fortes, rápidos e muito
orgulhosos, chegando a matar de forma brutal aqueles que tentam domesticá-los. Uma
forma de mantê-los sólidos seria amarrar um saquinho contendo terra em cada um de
seus cascos. Uma das tribos indígenas do Rio Grande do Sul tinha como rito de
passagem uma competição onde os jovens tinham que caçar e domar um exemplar deste
animal.
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Zauairúi Hepoá
CLASSIFICAÇÃO: POHO
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SOBRE OS AUTORES
Richard Hunter Torres nasceu em 1902. Filho de pai americano e mãe brasileira,
deixou sua casa e família em Nova York, quando tinha apenas 10 anos, para vir morar
com sua avó materna no Brasil, após presenciar o nascimento de um jovem Anhangá,
no intuito de cursar a que era considerada a melhor escola de magia para jovens
Zoomagos. Formado com as melhores notas de sua turma em zoomagia e Herbologia,
passou quatro anos após a graduação trabalhando para o Departamento de Controle e
Identificação de Espécies Mágicas, sendo uma das principais vozes a lutar pelo direito
das criaturas mágicas. Sua principal realização enquanto ainda trabalhando para o
governo foi a criação da Lei Mágica Federal 501, aprovada em 05 de novembro de
1924, que discorre sobre a Proteção e Bem-estar das Criaturas Mágicas Brasileiras.
Levou dez anos viajando pelo país para observar e documentar os diferentes hábitos
comportamentais da fauna mágica brasileira. Tinha 23 anos quando encontrou com o
jovem militar que veio a se tornar seu companheiro de aventuras.
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