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Etec Jardim Ângela

Ayla Júlia Ferreira dos Santos, Eduarda Alves de


Messias, Fernanda Alves de Messias, Jean Augusto da
Silva Marcos e Winnie Stefany Alves da Silva.
3°DSB (ETIM Desenvolvimento de Sistemas)

Matéria: Biologia

Professor (a): Janaina

2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................2
2. AMAZÔNIA...................................................................................3
1.2 INTRODUÇÃO AO BIOMA AMAZÔNICO...............................4
1.3 LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO, CLIMA E HIDROGRAFIA.......4
1.4 FAUNA E FLORA....................................................................5
1.5 BIODIVERSIDADE...................................................................6
1.6 ASPECTOS CULTURAIS, HISTÓRICOS E ECONÔMICOS. .7
3. CERRADO....................................................................................8
3.2 INTRODUÇÃO AO BIOMA CERRANO...................................9
3.3 LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO, CLIMA E HIDROGRAFIA.....10
3.4 FAUNA E FLORA..................................................................12
3.5 BIODIVERSIDADE.................................................................14
3.6 ASPECTOS CULTURAIS, HISTÓRICOS E ECONÔMICOS 15
4 ESTUDO DE CASO.....................................................................17
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO.........................................................18
4.2 PROBLEMÁTICAS................................................................18
4.3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO..........................................19
5 CONCLUSÃO..............................................................................20
5 BIBLIOGRAFIA...........................................................................22
1 INTRODUÇÃO

Indiscutivelmente vitais para a manutenção da biodiversidade e a


sustentação do equilíbrio ecológico, os biomas desempenham uma função
imprescindível na complexa tapeçaria da composição ambiental.
Representando nichos específicos de interações entre organismos e seus
ambientes, esses sistemas naturais são essenciais para a manutenção dos
ciclos biogeoquímicos, a purificação do ar e da água, bem como para a
mitigação dos impactos das mudanças climáticas.

Ao penetrar nas profundezas das selvas e explorar as vastas extensões


das savanas, nossa percepção se fixa em dois dos tesouros naturais que
conferem ao Brasil renome global: a majestosa Amazônia, com sua rica
biodiversidade e complexa interdependência entre fauna, flora e hidrologia, e o
resiliente Cerrado, cuja adaptabilidade aos ciclos de chuva e seca revela uma
incrível resiliência evolutiva.

O propósito subjacente a este estudo é inquirir de maneira aprofundada


e rigorosa as particularidades distintivas desses biomas emblemáticos, visando
a elucidação da sua inegável importância e dos desafios prementes que
envolvem sua conservação. É fundamental compreender como fatores
antropogênicos, como o desmatamento, a fragmentação do habitat e as
atividades agropecuárias, afetam de forma significativa esses ecossistemas,
comprometendo não somente sua integridade ecológica, mas também os
serviços ecossistêmicos que prestam à sociedade.

Ao reconhecer a complexidade ecológica desses biomas, é imperativo


que políticas públicas embasadas em conhecimentos científicos sólidos sejam
formuladas e implementadas para garantir a preservação dessas regiões.
Somente por meio de uma abordagem multidisciplinar, que englobe a ecologia,
a biologia da conservação, a sociologia e a economia, poderemos aspirar a um
futuro no qual a magnificência da Amazônia e a resiliência do Cerrado
permaneçam como patrimônios não apenas nacionais, mas também globais
2. AMAZÔNIA

1.2 INTRODUÇÃO AO BIOMA AMAZÔNICO

A Amazônia é uma vasta e exuberante região de floresta tropical


localizada no norte do Brasil. Essa área é amplamente reconhecida por abrigar
uma das maiores biodiversidades do planeta, com uma variedade
impressionante de espécies de plantas, animais e microrganismos.
O termo "Amazônia" tem origem da mitologia grega. Deriva do nome de
uma lendária guerreira chamada Amazona, que era frequentemente associada
a histórias de mulheres guerreiras e destemidas.
E essa associação foi feita pelos exploradores europeus, que, ao
entrarem em contato com as tribos indígenas e a linda floresta tropical, fizeram
uma associação com as histórias das Amazonas gregas.
1.3 LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO, CLIMA E HIDROGRAFIA

Localização e Extensão Territorial

A extensão do bioma Amazônia é de 7.413.827 km2 entre *oito países


da América do Sul*: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela,
Guiana e Suriname, além do território da Guiana Francesa. Somam-se 33
milhões de habitantes na região, sendo 1,6 milhão de indígenas de 370 etnias.

No Brasil, Amazônia está localizada principalmente na região norte do


país. Ela ocupa uma parte significativa do território brasileiro, abrangendo nove
estados: Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Tocantins,
Maranhão e parte do estado do Mato Grosso. A maior porção da Amazônia
brasileira está nos estados do Amazonas e do Pará.

Clima

O clima da Amazônia é equatorial (tipo de clima caracterizado por temperaturas


elevadas e consistentes ao longo do ano), caracterizado por elevadas
temperaturas e grande índice pluviométrico (significa que há muito
precipitação; chuva). As temperaturas médias anuais variam entre 22 e 28 °C,
umidade do ar pode ultrapassar os 80% e o índice pluviométrico varia entre
1400 a 3500 mm por ano.

Hidrografia

Amazônia é uma região rica em recursos naturais, como a água.


Compreende a área da maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia do Rio
Amazonas, que, segundo o Ministério do Meio Ambiente, possui cerca de 6
milhões de km2 e mais de 1.100 afluentes. O principal rio dessa bacia é o Rio
Amazonas, que lança ao mar aproximadamente 175 milhões de litros d'água
por segundo
Os rios desse bioma possuem características distintas em relação à cor
da água. Existem, nessa região, rios mais turvos e barrentos, devido à alta
concentração de nutrientes, como o Rio Amazonas; rios de águas claras devido
à falta de nutrientes, como o Rio Xingu; e rios de águas pretas com alta
concentração de húmus, como o Rio Negro.

1.4 FAUNA E FLORA

Fauna

A fauna da Amazônia é extremamente diversificada e abriga uma vasta


gama de espécies animais, muitas das quais são únicas e não encontradas em
nenhum outro lugar do mundo.

Entre os animais emblemáticos da Amazônia, destacam-se o jaguar, o


maior felino das Américas, com sua pelagem amarelada e manchas pretas. As
preguiças, mamíferos que vivem nas árvores, são conhecidas por sua lentidão
e aparência tranquila.

As araras, com suas cores vibrantes e chamados marcantes, se


destacam nas paisagens. A anaconda verde, uma das maiores serpentes do
mundo, habita as áreas aquáticas, enquanto o boto-cor-de-rosa, um golfinho de
água doce com sua cor distintiva, é uma figura importante na cultura e
mitologia local.

Os tamanduás, animais noturnos, têm garras poderosas para buscar


insetos. Os macacos-aranha, com membros longos e cauda preênsil, formam
grupos sociais complexos nas copas das árvores. O pirarucu, um dos maiores
peixes de água doce, e as tartarugas da família Podocnemis, comuns nos rios
e praias da região, também compõem a rica fauna.
A diversidade de espécies na Amazônia é fundamental para a
complexidade e equilíbrio desse ecossistema único, contribuindo para sua
importância global e para a compreensão da biodiversidade terrestre.

Flora

A flora da Amazônia é um tesouro botânico extraordinário, abrigando


uma incrível diversidade de plantas, muitas delas exclusivas dessa região.
Árvores notáveis, como o valioso mogno, a produtora de borracha seringueira e
a majestosa castanheira-do-pará, sustentam tanto a fauna local quanto as
comunidades humanas.

Além das árvores, a flora amazônica é caracterizada pela profusão de


plantas epífitas, como vibrantes orquídeas, exuberantes bromélias e
samambaias, que decoram o dossel da floresta, criando um espetáculo visual
singular.

A região é famosa por suas frutas tropicais de sabores intensos, como o


açaí, que ganhou renome como superalimento global, o cupuaçu, usado em
doces e bebidas, e o guaraná, cujas sementes contêm cafeína e são fonte de
estimulantes naturais.

Adicionalmente, a Amazônia funciona como uma farmácia natural, onde


comunidades indígenas e locais encontram plantas medicinais, como a
andiroba e a copaíba, fontes de óleos essenciais com propriedades
terapêuticas.
1.5 BIODIVERSIDADE

A Amazônia, o maior bioma brasileiro, é considerada o local com maior


biodiversidade do mundo, possuindo cerca de 60% de toda forma de vida do
planeta, porém apenas 30% é conhecida pela ciência. abriga uma vasta
quantidade de animais, plantas e até mesmo microorganismos, de diversas
espécies.

Tem uma infinidade de árvores, plantas e vegetação, apesar de muitas


das espécies não terem sua identificação. A maioria das árvores mais
conhecidas que estão presentes no ecossistema possuem grande tamanho,
altura e folhagem, como por exemplo: tatajuba, parapará, andiroba, pupunha,
açaí, seringueira.

Assim como as planta e árvores existem diferentes espécies de animais


que compõem o ambiente amazônico, como a anta, macacos, onças-pintadas,
preguiças, peixes, aves, tamanduás.

A biodiversidade amazônica possui sua importância para o mundo, pois


armazena uma grande quantidade de carbono, além de que muitas
substâncias e remédios foram descobertos no local, ou seja, tem uma grande
importância e influência em pesquisas e na medicina.
1.6 ASPECTOS CULTURAIS, HISTÓRICOS E ECONÔMICOS

A Região Amazônica, uma vastidão de biodiversidade e complexidade, é


objeto de análise sob as lentes interligadas de aspectos culturais, históricos e
econômicos. Esta investigação visa aprofundar a compreensão desses três
pilares fundamentais que moldaram a identidade e o desenvolvimento desta
região ao longo do tempo.

Os povos indígenas da Amazônia representam uma riqueza cultural sem


paralelos, incorporando conhecimentos ancestrais que se entrelaçam
profundamente com o ambiente. Suas práticas, crenças e modos de vida estão
intrinsecamente conectados à floresta e aos rios, criando uma teia complexa de
relações simbióticas entre seres humanos e natureza. Além disso, a região
abriga uma diversidade de grupos culturais, cada um com suas próprias
tradições, línguas e expressões artísticas.

A história da Amazônia é repleta de narrativas entrelaçadas de


colonização, exploração e resistência. Desde as civilizações pré-colombianas
até a chegada dos europeus, a região testemunhou uma gama de influências
culturais e econômicas. A exploração de recursos naturais, como o látex no
ciclo da borracha, deixou marcas duradouras na configuração social e
econômica da Amazônia, evidenciando sua importância histórica.

A economia da Amazônia é caracterizada por uma ampla gama de


atividades, variando desde a extração de recursos naturais até o ecoturismo. A
região é rica em minerais, madeira, produtos agrícolas e recursos hídricos, o
que a torna um alvo de interesse econômico global. No entanto, a exploração
excessiva e muitas vezes insustentável desses recursos gerou preocupações
sobre os impactos ambientais e sociais.

A interseção entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental


é um dos principais desafios enfrentados pela Amazônia. A expansão da
agropecuária, a mineração e outras atividades econômicas muitas vezes
resultaram em desmatamento, degradação ambiental e conflitos sociais. Nesse
contexto, iniciativas de desenvolvimento sustentável, preservação de áreas
protegidas e a promoção de práticas de manejo responsável se destacam
como perspectivas para equilibrar interesses econômicos e ambientais.
3. CERRADO

3.2 INTRODUÇÃO AO BIOMA CERRANO

O cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, abrangendo cerca


de 22% do território nacional. Ele se estende por diversos estados do
Brasil Central, como Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul, além de partes de outros estados.

Apesar de muitas vezes ser menos reconhecido do que a


Amazônia, o cerrado é extremamente rico em biodiversidade e possui
uma grande variedade de espécies de plantas e animais. O bioma é
caracterizado por uma vegetação adaptada às condições de clima
sazonal, com uma estação chuvosa e uma estação seca bem definidas.
Durante a estação chuvosa, o cerrado fica coberto de vegetação verde e
exuberante, enquanto na estação seca, a vegetação tende a ficar mais
seca e acinzentada.

A flora do cerrado é composta por uma ampla variedade de


plantas adaptadas à falta de água durante a estação seca. Entre as
formações vegetais mais emblemáticas do cerrado estão os campos
limpos, os campos sujos, as veredas e os cerradões, cada um com
características específicas de vegetação e fauna.

A fauna do cerrado é igualmente diversificada, com diversas


espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e insetos. Alguns animais
icônicos do cerrado incluem o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, a onça-
pintada, o tatu-canastra e o tucano.

Apesar de sua rica biodiversidade, o cerrado tem enfrentado


sérios desafios de conservação devido à expansão agrícola,
urbanização, pecuária e incêndios frequentes. Muitas áreas do cerrado
têm sido convertidas em pastagens e terras agrícolas, o que tem levado
à perda de habitats naturais e à diminuição das populações de várias
espécies.

Nos últimos anos, tem havido um aumento nos esforços de


conservação e conscientização sobre a importância do cerrado para a
biodiversidade global e para a manutenção dos serviços ecossistêmicos,
como a regulação do ciclo da água e a proteção do solo. Projetos de
preservação, restauração e manejo sustentável estão em andamento
para proteger e garantir a sobrevivência deste bioma único e valioso.
3.3 LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO, CLIMA E HIDROGRAFIA

Localização e extensão territorial

O Cerrado é um bioma localizado no nordeste do Paraguai, leste


da Bolívia e em grande parte do Brasil Central, constituindo cerca de
22% do território brasileiro. No Brasil, a sua área compreende os
estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas
Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito
Federal e alguns encraves (terreno ou território dentro do outro) no
Amapá, Amazonas e Roraima. Estima-se que a área abrangida pelo
Cerrado no Brasil, segundo o IBGE, alcance 2.036.448 km2 de
extensão.

O bioma Cerrado limita-se ao norte com o bioma Amazônia; a


leste e nordeste, com a Caatinga; ao sudoeste, com o Pantanal; e a
sudeste, com a Mata Atlântica. Isso confere ao bioma Cerrado uma
característica única: é o único bioma na América do Sul a ter tantos
contatos biogeográficos. A região compreendida por essa formação
vegetal apresenta altitudes que variam de 0 a 1800 metros. Essa área
abrange diferentes bacias hidrográficas, como a Bacia do Amazonas,
Bacia do Tocantins, Bacia do Paraná, Bacia do São Francisco e Bacia
do Parnaíba

Clima

O bioma Cerrado é constituído predominantemente pelo clima


tropical sazonal, caracterizado por invernos secos e verões chuvosos,
apresentando precipitação média de 1.500 mm. Essa precipitação varia
nos limites com outros biomas. Na região do Cerrado limitante com a
Caatinga, por exemplo, o índice pluviométrico encontra-se entre 600 mm
e 800 mm. Já no limite com o bioma Amazônia, a precipitação alcança
entre 2.000 mm e 2.200 mm.

A estação definida pelo período de seca geralmente se inicia no


mês de maio, finalizando-se no mês de setembro. A estação chuvosa
tem início em outubro, estendendo-se até o mês de abril. Nessa
estação, é comum acontecer os chamados veranicos, que são curtos
períodos de seca. A temperatura média anual fica em torno de 22º C,
variando as médias ao longo das estações do ano. Nos períodos de
seca, a umidade do ar pode chegar a 15%, geralmente nos meses de
julho e agosto. A insolação é bastante intensa e reduz-se nos períodos
chuvosos em razão da alta nebulosidade.

Hidrografia

A hidrografia do cerrado, que é o segundo maior bioma brasileiro


após a Amazônia, é caracterizada por uma rede de rios, riachos,
córregos e nascentes que variam muito em termos de tamanho e fluxo,
especialmente entre as diferentes regiões do cerrado. No entanto, em
geral, os corpos d'água no cerrado enfrentam desafios relacionados à
sazonalidade, já que o bioma passa por períodos de chuvas intensas
seguidos por estações secas prolongadas.

Os rios no cerrado são frequentemente intermitentes, o que


significa que podem secar completamente durante as estações secas e
voltar a fluir durante as chuvas. Além disso, muitos rios são de regime
temporário, o que significa que têm fluxo significativo apenas em
determinadas épocas do ano.

Os principais rios e bacias hidrográficas no cerrado incluem:

Bacia do Rio São Francisco: O rio São Francisco é um dos mais


importantes rios do Brasil e sua bacia hidrográfica se estende por várias
regiões, incluindo partes do cerrado. Ele nasce nas regiões
montanhosas de Minas Gerais e flui através de vários estados antes de
desaguar no Oceano Atlântico.

Bacia do Rio Paraná: Embora a maior parte da bacia do Rio


Paraná esteja localizada fora do cerrado, algumas de suas afluentes
menores se originam no bioma. O Rio Paranaíba é um dos principais
afluentes do Rio Paraná e tem suas nascentes no cerrado.

Rios intermitentes e córregos: O cerrado é pontilhado por uma


série de rios intermitentes e córregos que podem ser sazonais em
termos de fluxo. Eles desempenham um papel importante na drenagem
das águas durante os períodos de chuva e fornecem recursos hídricos
para a fauna e a flora locais.

Nascentes: O cerrado é conhecido como a "caixa d'água do


Brasil" devido à sua importância na recarga de aquíferos e nascentes
que alimentam os principais rios do país. Muitos rios importantes têm
suas nascentes no cerrado.
Veredas: As veredas são formações úmidas únicas no cerrado,
caracterizadas por vegetação especializada e fluxo de água superficial.
Elas desempenham um papel vital na manutenção da biodiversidade e
no fornecimento de água para a fauna local.

3.4 FAUNA E FLORA

Fauna

A fauna do bioma Cerrado conta com um diversificado número de


espécies animais, dos quais se destacam os insetos. Essa variedade é
decorrente da limitação que esse bioma faz com os demais. Apesar
disso, a fauna do Cerrado, principalmente relacionada aos
invertebrados, é pouco conhecida.

A fauna desse bioma é composta por:

• 837 espécies de aves, das quais 29 são endêmicas;

• 185 espécies de répteis, das quais 24 são endêmicas;

• 194 espécies de mamíferos, das quais 19 são endêmicas;

• 150 espécies de anfíbios, das quais 45 são endêmicas;

• cerca de 14425 espécies de invertebrados.

Os principais exemplos da fauna do Cerrado são: lobo-guará,


jararaca, veado-campeiro, anta, tatu, cachorro-do-mato, papagaio,
seriema, tucano, ema, tamanduá-bandeira, onça-pintada, entre outros.

Flora

A flora do Cerrado é bastante diversificada, apresentando plantas


com as mais variadas particularidades. Apesar das diferenças, a maioria
das espécies apresenta certas características em comum: árvores de
pequeno porte, caule retorcido e casca e folhas grossas. Segundo o
Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Biodiversidade e
Florestas, essas características são resultado de um desequilíbrio no
teor de micronutrientes, como do alumínio.

Veja a seguir algumas importantes plantas encontradas no Cerrado:

Araticum (Annona crassiflora): Essa planta possui frutos com alto


valor nutritivo, que podem ser comidos in natura ou utilizados para fazer
geleias, sorvetes e sucos. O fruto do araticum possui ótimo sabor e
aroma.

Baru (Dypteryx alata): O baru é uma árvore frutífera nativa do


Cerrado que apresenta grande importância na alimentação. Tanto a
polpa quanto a amêndoa do baru podem ser consumidas, sendo essa
última ingerida in natura ou torrada.

Buriti (Mauritia flexuosa): O buriti é uma espécie de palmeira que


apresenta grande aplicação econômica. Suas folhas são usadas para
artesanato, e seus frutos podem ser utilizados na alimentação e na
fabricação do óleo de buriti, que possui valor medicinal.

Cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile): Essa planta é nativa


do Cerrado brasileiro e caracteriza-se pela presença de um pseudofruto
(parte carnosa), que pode ser comido in natura ou ser usado para fazer
doces, sorvetes e bebidas.

Ipê-amarelo-do-cerrado (Tabebuia aurea): Os ipês são plantas


características do Cerrado. Destacam-se pela beleza de suas flores,
sendo, por isso, muito usadas no paisagismo. Além disso, apresentam
uma madeira resistente, que pode ser usada na marcenaria.

Jatobá (Hymenaea courbaril): O jatobá é uma árvore que


apresenta frutos em forma de vagens, cujas sementes são envoltas por
uma espécie de farinha comestível.

Lobeira (Solanum lycocarpum): A lobeira, uma planta bastante


encontradas no Cerrado, apresenta frutos que servem de alimento para
vários animais, como o lobo-guará.

Mangabeira (Hancornia speciosa): A palavra “mangaba” tem


origem indígena e significa “coisa boa de comer”. Diante desse nome,
fica claro que se trata de uma planta com frutos saborosos e muito
consumidos.

Pequizeiro (Caryocar brasiliensis): O pequizeiro é uma árvore que


produz frutos conhecidos como pequi, utilizados na culinária. O óleo da
polpa de pequi tem aplicações medicinais, além de ser utilizado na
fabricação de cosméticos.
3.5 BIODIVERSIDADE

O Cerrado tem mais de 330 mil espécies de plantas e animais.


Sua flora é caracterizada por vegetação com árvores baixas e medianas,
retorcidas e de casca grossa. Muitas delas só existem aqui. Imagine um
lugar que tem mais de 11 mil espécies vegetais e a fauna é também
muito diversa. Estima-se que o Cerrado possui quase a metade das
1.753 espécies de aves do país, 199 de mamíferos, 180 de répteis, 150
de anfíbios, 1.200 de peixes e 90 mil tipos de insetos. Juntando tudo, dá
quase 5% de todas as espécies no mundo e 30% da biodiversidade do
país.

Cerca de 38% das plantas, 17% dos répteis, 28% dos anfíbios,
são endêmicos, ou seja, só ocorrem nessa região. De acordo com
estimativas recentes, o Cerrado é o refúgio de 13% das borboletas, 35%
das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos. Essa megafauna é a
principal dispersora de diversos frutos do Cerrado, como o baru, buriti,
cagaita, jatobá, araçá, araticum, coquinho azedo, pequi e diversas
outras árvores nativas.

Existem 137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão


ameaçadas de extinção. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma
brasileiro que mais sofreu com a ocupação humana.
3.6 ASPECTOS CULTURAIS, HISTÓRICOS E ECONÔMICOS

O bioma Cerrado, abrangendo aproximadamente 24% do território


brasileiro, encerra uma trama complexa de aspectos culturais, históricos
e econômicos que conferem a este ecossistema singular uma riqueza de
abordagens multidisciplinares. Esta análise tem como escopo aprofundar
a compreensão destes três pilares interligados que moldaram a
identidade do Cerrado ao longo de sua trajetória.
Os povos indígenas que residem no Cerrado, como os Xavante,
Javaé, Karajá e Krahô, incorporam uma matriz cultural intrinsecamente
ligada ao ambiente. Suas cosmovisões e práticas espirituais emergem
da íntima conexão com a terra, conferindo-lhes um profundo
conhecimento das dinâmicas ambientais. Além disso, o bioma
testemunha um mosaico de manifestações culturais, da música à dança,
entrelaçadas a tradições religiosas e celebrações locais.
O Cerrado ostenta um passado rico em transformações históricas,
desde os tempos pré-coloniais habitados por comunidades indígenas até
as subsequentes fases de colonização. Como obstáculo inicial à
expansão colonial, o bioma foi lentamente desbravado para dar lugar à
agricultura e à pecuária. Esse processo histórico desenha as
configurações atuais das áreas ocupadas e, em paralelo, evidencia a
reconfiguração das paisagens culturais.
A agricultura e a pecuária encontraram no Cerrado uma
plataforma propícia para seu florescimento. Rotulado como "a caixa-
d'água" do Brasil, o bioma oferece um solo fértil que tem sido explorado
para a produção de grãos como soja e milho, além de abrigar um
complexo sistema pecuário. Porém, tal atividade econômica não está
isenta de controvérsias, uma vez que o sucesso agrícola muitas vezes
veio acompanhado da degradação do ambiente e da ameaça à
biodiversidade.
À medida que os setores econômicos buscam extrair os recursos
naturais e culturais do Cerrado, emergem desafios críticos de
sustentabilidade. A expansão da agricultura e da mineração têm gerado
questionamentos sobre os impactos ambientais a longo prazo. Em
resposta, esforços para promover práticas agrícolas mais sustentáveis e
a conservação de áreas de preservação têm ganhado destaque. O
turismo de natureza, aliado ao crescente interesse pelo ecoturismo,
emerge como uma alternativa que pode preservar o ambiente e
proporcionar desenvolvimento econômico.
4 ESTUDO DE CASO

Um estudo abrangente intitulado "Influência do desmatamento na


temperatura do ar" oferece um exemplo concreto dos impactos da má
preservação do meio ambiente. Focado nos municípios do Estado do Pará, na
Amazônia, o estudo analisa as correlações entre as taxas de desmatamento e
as variações na temperatura do ar. Ao identificar regiões críticas como o leste
paraense e o arco do desmatamento, o estudo revela como as ações humanas
podem desencadear mudanças climáticas locais significativas.

4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

A má preservação do meio ambiente é uma preocupação global que se


reflete em várias formas de degradação ambiental. O desmatamento, a
poluição, o consumo excessivo de recursos naturais e as práticas
insustentáveis têm contribuído para uma série de desafios, desde o aumento
das emissões de gases de efeito estufa até a perda de biodiversidade e a
escassez de recursos vitais. Esses problemas transcendem fronteiras e afetam
ecossistemas, comunidades e a saúde do planeta como um todo.

4.2 PROBLEMÁTICAS

A má preservação do meio ambiente acarreta consequências alarmantes. O


desmatamento, por exemplo, não apenas resulta na perda de habitats vitais
para inúmeras espécies, mas também contribui para o aquecimento global. A
remoção de vegetação reduz a capacidade de absorção de carbono,
aumentando as emissões de gases de efeito estufa e intensificando os
desequilíbrios climáticos. A perda de biodiversidade compromete a resiliência
dos ecossistemas, tornando-os mais vulneráveis a doenças e mudanças
ambientais abruptas. Além disso, a degradação ambiental afeta a qualidade de
vida das comunidades locais, aumentando a incidência de problemas de saúde
e escassez de recursos naturais.

4.3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Para reduzir os impactos da má preservação do meio ambiente e


promover a sustentabilidade, é fundamental adotar uma abordagem
abrangente e integrada. Uma proposta de intervenção inclui:

 Políticas Ambientais Efetivas: Governos devem implementar e


reforçar políticas de proteção ambiental, regulamentando práticas de
desmatamento e emissões de gases poluentes.
 Educação e Conscientização: Campanhas educativas podem
conscientizar a população sobre os impactos das ações individuais e
promover a adoção de práticas sustentáveis.
 Incentivos para Energias Renováveis: Fomentar a transição para
energias renováveis por meio de incentivos fiscais e programas de
apoio.
 Promoção de Práticas Sustentáveis: Agricultura e indústrias podem
adotar métodos sustentáveis, como o uso eficiente de recursos e a
redução de resíduos.
 Restauração de Ecossistemas: Incentivar projetos de reflorestamento
e restauração de ecossistemas degradados.
 Desenvolvimento de Tecnologias Verdes: Investir em pesquisa e
desenvolvimento de tecnologias que reduzam o impacto ambiental.
 Colaboração Internacional: Cooperação entre países é essencial para
abordar desafios globais, como as mudanças climáticas e a perda de
biodiversidade.
 Promoção de Transporte Sustentável: Incentivar o uso de transportes
públicos e veículos elétricos para reduzir as emissões de carbono.

Em resumo, a má preservação do meio ambiente tem implicações sérias


e abrangentes. O estudo de caso analisado evidencia a complexa relação entre
ações humanas e mudanças climáticas. No entanto, com intervenções
adequadas, como a promoção da sustentabilidade em níveis individuais,
comunitários e governamentais, podemos enfrentar essas problemáticas e criar
um futuro mais equilibrado e saudável para todos.
5 CONCLUSÃO

Em síntese, a análise profunda e abrangente dos biomas da Amazônia e


do Cerrado revela a intrínseca relação entre a biodiversidade, o equilíbrio e a
sustentabilidade ambiental. Ao explorar os meandros desses ecossistemas,
torna-se inegável a sua importância não apenas como reservatórios de riqueza
biológica, mas também como reguladores climáticos e fornecedores de
serviços ecossistêmicos que reverberam globalmente.

A Amazônia, com sua exuberante variedade de flora e fauna, sua


complexa rede hidrográfica e sua imponente cobertura florestal, emerge como
um ponto central na manutenção da estabilidade climática e na conservação da
diversidade biológica. Além disso, seu significado transcende o âmbito
biológico, permeando aspectos culturais, históricos e econômicos que moldam
a identidade da região e sua conexão com as populações locais e indígenas.

Da mesma forma, o Cerrado, com sua notável capacidade de adaptação


aos desafios ambientais, desempenha um papel vital na preservação da
biodiversidade e na promoção da resiliência em face das flutuações climáticas.
Sua paisagem única, que abrange desde savanas a formações arbóreas,
abriga espécies altamente especializadas e contribui para a riqueza biológica
do país.

No entanto, não se pode negligenciar as ameaças que pairam sobre


esses biomas. O desmatamento, a expansão agrícola e as atividades
econômicas insustentáveis representam sérias preocupações que demandam
intervenções rigorosas e coordenadas. Nesse contexto, a proposta de
intervenção delineada neste estudo visa à implementação de políticas
ambientais integradas, que considerem tanto os aspectos ecológicos quanto os
sociais, fomentando a conservação por meio do desenvolvimento sustentável.

Em suma, a compreensão profunda das particularidades, da importância


vital e dos desafios cruciais que cercam a conservação da Amazônia e do
Cerrado é um imperativo não apenas para o Brasil, mas para o planeta como
um todo. Ao reconhecermos a interdependência entre a natureza e a
sociedade, podemos trilhar um caminho em direção a um futuro onde esses
biomas icônicos continuem a prosperar, enriquecendo não apenas a
diversidade biológica, mas também o nosso entendimento da complexidade e
da fragilidade dos sistemas naturais.
5 BIBLIOGRAFIA

Ambiente Brasil. Biodiversidade na Amazônia. Ambientes. Disponível em:


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