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BIOSFERA E BIODIVERSIDADE

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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SUMÁRIO

1 - Biosfera ....................................................................................................................... 3

1.1 - A Terra pode ser dividida assim: ............................................................................. 3

2 - Os Principais Ecossistemas Brasileiros ....................................................................... 4

MAPA DOS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS - IBGE................................................ 5

2.2 - Mata de cocais .......................................................................................................... 5

2.3 - Pantanal mato-grossense .......................................................................................... 6

2.4 - Campos sulinos ........................................................................................................ 6

2.5 - Caatinga.................................................................................................................... 7

2.6 - Restinga .................................................................................................................... 7

2.7 - Manguezal ................................................................................................................ 8

2.8 - Cerrado ..................................................................................................................... 9

2.9 - Mata Atlântica .......................................................................................................... 9

2.10 - Mata de araucária ................................................................................................. 10

3 - O Homem e a Biosfera .............................................................................................. 10

3.1 - A Degradação da Biosfera...................................................................................... 12

3.2 - O Desenvolvimento Sustentável ............................................................................ 12

3.3 - A Degradação das Florestas ................................................................................... 12

3.4 - A Degradação dos Ecossistemas Marinhos ............................................................ 12

4.1 - Biodiversidade Brasileira ....................................................................................... 15

Mas o que é a Biodiversidade? ....................................................................................... 17

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 19

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1 - Biosfera
Ainda não temos conhecimento da existência de outro lugar no Universo, além da
Terra, onde aconteça o fenômeno a que chamamos de vida.
A vida na Terra é possível porque a luz do Sol chega até aqui. Graças a sua posição
em relação ao Sol, o nosso planeta recebe uma quantidade de energia solar que permite a
existência da água em estado líquido, e não apenas em estado sólido (gelo) ou gasoso
(vapor). A água é essencial aos organismos vivos. A presença de água possibilita a vida
das plantas e de outros seres capazes de produzir alimento a partir da energia solar e
permite também, indiretamente, a sobrevivência de todos os outros seres vivos que se
alimentam de plantas ou animais. Pela fotossíntese que há a absorção de água e gás
carbônico e liberação de oxigênio, a energia do Sol é transformada em um tipo de energia
presente nos açucares, que pode então ser aproveitada por seres que realizam esse
processo e por outros seres a eles relacionados na busca por alimento.

1.1 - A Terra pode ser dividida assim:

 Litosfera - a parte sólida formada a partir das rochas;


 Hidrosfera - conjunto total de água do planeta (seus rios, lagos, oceanos);
 Atmosfera - a camada de ar que envolve o planeta;
 Biosfera - as regiões habitadas do planeta.
Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra. É um conceito da
Ecologia, relacionado com os conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera. Incluem-se
na biosfera todos os organismos vivos que vivem no planeta, embora o conceito seja
geralmente alargado para incluir também os seus habitats.

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A biosfera inclui todos os ecossistemas que estão presentes desde as altas
montanhas (até 10.000 m de altura) até o fundo do mar (até cerca de 10.000 m de
profundidade).
Nesse diferentes locais, as condições ambientais também variam. Assim, a seleção
natural atua de modo diversificado sobre os seres vivos em cada região. Sob grandes
profundidades no mar, por exemplo, só sobrevivem seres adaptados à grande pressão que
a água exerce sobre eles e a baixa (ou ausente) luminosidade. Já nas grandes altitudes
montanhosas, sobrevivem seres adaptados a baixas temperaturas e ao ar rarefeito. Na
biosfera, portanto, o ar, a água, o solo, a luz são fatores diretamente relacionados à vida.

2 - Os Principais Ecossistemas Brasileiros

O Brasil possui uma grande diversidade de ecossistemas. Quase todo o seu


território está situado na zona tropical. Por isso, nosso país recebe grande quantidade de
calor durante todo o ano, o que favorece essa grande diversidade. Veja, no mapa a seguir,
exemplos dos principais ecossistemas encontrados no Brasil.

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MAPA DOS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS - IBGE

2.1 - Floresta Amazônica

Estende-se além do território nacional, com chuvas frequentes e abundantes.


Apresenta flora exuberante, com espécies, como a seringueira, o guaraná, a vitória-régia,
e é habitada por inúmeras espécies de animais, como o peixe-boi, o boto, o pirarucu, a
arara. Para termos uma ideia da riqueza da biodiversidade desses ecossistemas, ele
apresenta, até o momento, 1,5 milhão de espécies de vegetais identificadas por cientistas.

Foto: Peixe boi e seringueira

2.2 - Mata de cocais

A mata de cocais situa-se entre a floresta amazônica e a caatinga. São matas de


carnaúba, babaçu, buriti e outras palmeiras. Vários tipos de animais habitam esse
ecossistema, como a araracanga e o macaco cuxiú.

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Foto: Araracanga

2.3 - Pantanal mato-grossense

Localizado na região Centro-Oeste do Brasil, engloba parte dos estados do Mato


Grosso e do Mato Grosso do Sul. Área que representa a terra úmida mais importante e
conhecida do mundo (maior planície alagável do planeta), com espantosos índices de
biodiversidade animal. Sofre a influência de diversos ecossistemas, como o cerrado, a
floresta Amazônica, a mata Atlântica, assim como os ciclos de seca e cheia, e de
temperaturas elevadas. São 140 mil quilômetros quadrados só no Brasil, equivalente a 5
Bélgicas ou ao território de Portugal. É onde vivem jacarés - cerca de 32 milhões - , 365
espécies de aves, 240 de peixes, 80 de mamíferos e 50 de répteis. Mais de 600.000
capivaras habitam a região. O pantanal é escolhido como pouso de milhões de pássaros,
entre eles o tuiuiús, a ave-símbolo da região. Os cervos-do-pantanal, bem mais raros,
também fazem parte da fauna local.

Foto: Cervo Pantaneiro

2.4 - Campos sulinos

Os campos sulinos são formações campestres encontradas no sul do país,


passando do interior do Paraná e Santa Catarina até o sul do Rio Grande do Sul. Os
campos sulinos são conhecidos como pampas, termo de origem indígena que significa
"regiões planas". Em geral, há predomínio das gramíneas, plantas conhecidas como
grama ou relva. Animais como o ratão-do-banhado, preá e vários tipos de cobras são ali
encontrados.

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Foto: Campos sulinos e ratão do banhado.

2.5 - Caatinga

A caatinga localiza-se na maior parte da região Nordeste. No longo período da


seca, a vegetação perde as folhas e fica esbranquiçada. Esse fato originou o
nome caatinga que na língua tupi, significa "mata branca". Os cactos, como o mandacaru,
o xique-xique e outras plantas, são típicos da caatinga. A fauna inclui as cobras cascavel
e jibóia, o gambá, a gralha, o veado-catingueiro etc.

Foto: Cascavel e mandacaru

2.6 - Restinga

A restinga é típica do litoral brasileiro. Os seres que habitam esse ecossistema


vivem em solo arenoso, rico em sais. Parte desse solo fica submersa pela maré alta.
Encontramos nesse ecossistema animais como maria-farinha, besourinho-da-praia, viúva-
negra, gavião-se-coleira, coruja-buraqueira, tiê-sangue e perereca, entre outros. Como

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exemplos de plantas características da restinga podemos citar: sumaré, aperta-goéla,
açucena, bromélias, cactos, coroa-de-frade, aroeirinha, jurema e taboa.

Foto: Caranguejo maria-farinha e Cacto coroa-de-frade

2.7 - Manguezal

A costa brasileira apresenta, desde o Amapá até Santa Catarina, uma estreita
floresta chamada manguezal, ou mangue. Esse ecossistema desenvolve-se,
principalmente, no estuário e na foz dos rios, onde há água salobra e local parcialmente
abrigado da ação das ondas, mas aberto para receber a água do mar. Os solos são lodosos
e ricos em nutrientes. Os manguezais são abrigos e berçários naturais de muitas espécies
de caranguejos, peixes e aves. Apresentam um pequeno número de espécies de árvores,
que possuem raízes-escoras. Essas raízes são assim chamadas por serem capazes de fixar
as plantas em solo lodoso.

Foto: Mangue e as raízes escoras

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2.8 - Cerrado

O cerrado ocorre principalmente na região Centro-Oeste. A vegetação é composta


de arbustos retorcidos e de pequeno porte, sendo as principais espécies: o araçá, o murici,
o buriti e o indaiá. É o habitat do lobo-guará, do tamanduá-bandeira, da onça-pintada etc.

Foto: Palmeira de Buriti.

Foto: Tamanduá-bandeira e Filhote.

2.9 - Mata Atlântica

Esse ecossistema estende-se por todo litoral, do Rio Grande do Norte até o sul do
país. Apresenta árvores altas e vegetação densa, pouco espaço vazio. É uma das áreas de
maior diversidade de seres vivos do planeta. Encontra-se plantas como o pau-brasil, o
ipê-roxo, o angico, o manacá-da-serra e o cambuci e várias espécies de animais, como a
onça pintada, a anta, o queixada, o gavião e o mico-leão-dourado.

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Foto: Onça Pintada e Ipê Roxo

2.10 - Mata de araucária

A mata de araucária situa-se na região sub-tropical, no sul do Brasil, de


temperaturas mais baixas. Entre outros tipos de árvores abriga o pinheiro-do-paraná,
também conhecido como araucária. Da sua fauna destacamos, além da ema, a maior ave
das Américas, a gralha-azul, o tatu, o quati e o gato-do-mato.

3 - O Homem e a Biosfera

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Planisfério evidenciando as regiões terrestres e marinhas de maior produtividade.
O homem, como ser vivo faz parte da biosfera, interage com os outros seres vivos
mantendo relações ecológicas com eles, algumas vezes de forma harmônica, mas, na
maioria das vezes de forma desarmônica, causando constantemente com isso prejuízos
para a vida da biosfera em geral. A devastação de até biomas inteiros, a pesca abusiva, a
substituição dos ecossistemas naturais por áreas destinadas a monoculturas e pecuária;
o agronegócio em geral.
Os seres vivos não domesticados dependem uns dos outros nos ecossistemas e
mantêm relações específicas entre uns e outros e todos eles também interagindo com
o meio ambiente onde vivem, se o meio ambiente desaparece para ceder lugar aos
agronegócios humanos todos aqueles seres vivos endêmicos daquela região, são extintos.
O homem moderno e civilizado é adaptado apenas para viver em sociedade e
dentro das cidades, ele consegue viajar e acampar temporariamente em quase todos os
lugares do planeta mas, não consegue mais se adaptar à vida dos indígenas, ficou
impossível para o homem moderno voltar a viver nu na natureza.
Cada ser vivo tem um ambiente a que melhor se adapta, e, se o ecossistema em
que ele vive for modificado pelo homem, a sobrevivência desse ser vivo é ameaçada. Do
mesmo modo, outros seres vivos também são dependentes de ecossistemas que foram
montados e organizados em teias alimentares, estabelecidas ao longo de milhões de
gerações, e que fizeram e fazem a história da evolução genética de diversas espécies que
viveram ou que ainda vivem há milhões de anos, sendo, por isso, ecossistemas bastante
complexos e que, pouco a humanidade sabe como funcionam realmente.
O homem tem uma responsabilidade ainda maior que os demais seres vivos na
manutenção da saúde da biosfera, pois ele, de uma forma significativamente maior, pode
compreender o quão complexas e intrincadas são essas teias alimentares que demoraram
milhões de anos em evolução para serem o que são hoje, como pode se visto através da
luta pela sobrevivência dos seres vivos nas florestas e nos oceanos, cheios de vida, que
por vezes, apresenta-se bastante frágil perante as consequências da interferência humana
na busca desenfreada pela conquista de mais territórios sobre os ecossistemas naturais,
causando com isso, a destruição destes.
Neste sentido, a UNESCO lançou, em 1971, o programa internacional "O Homem
e a Biosfera" para incentivar a cooperação entre os países no sentido de conhecer e
encontrar formas de evitar a degradação da biosfera.[9]

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3.1 - A Degradação da Biosfera

Com o avanço da ocupação humana sobre os mais diversos ecossistemas, várias


têm sido as formas de impacto sobre o equilíbrio ecológico. Os seres vivos e o meio
ambiente estabelecem uma interação dinâmica, porém frágil. O grande dilema
das sociedades modernas é conciliar o desenvolvimento tecnológico e a carência cada vez
maior de recursos naturais com o equilíbrio da natureza.
A tentativa de conciliação ou harmonização começou a ser intensificada na década
de 1980, quando se tornaram muito mais visíveis e preocupantes várias consequências da
profunda interferência do homem na paisagem: o efeito estufa, as chuvas ácidas, as ilhas
de calor nas cidades, o buraco de ozônio, a poluição dos oceanos, a grande extensão dos
desmatamentos e extinção de espécies animais, o rápido esgotamento dos recursos não-
renováveis, etc.

3.2 - O Desenvolvimento Sustentável

O desenvolvimento sustentável proposto desde então define-se pela continuidade


dos investimentos econômicos, das pesquisas tecnológicas e da exploração de matéria-
prima, de tal forma que se leve em consideração não só o presente, mas também as
gerações futuras. As diferentes nações têm procurado encontrar os meios de atingir a
fórmula, como explorar sem destruir ou, pelo menos, diminuir os impactos ambientais.

3.3 - A Degradação das Florestas

A degradação ambiental pode ser das formações vegetais, como a destruição das
florestas. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, 61% das terras que hoje pertencem
ao nosso país eram cobertos por matas. No Brasil, a preservação ambiental ocupa um
espaço cada vez maior nos meios de comunicação que veiculam quase diariamente
materiais de esclarecimento, alerta e denúncia sobre o assunto. Vários movimentos
organizados, como o "S.O.S Mata Atlântica" trabalham em prol da defesa das florestas
brasileiras. Quando há o rompimento do equilíbrio natural (o desmatamento das florestas)
rompem-se a relação vegetação/solo que possibilita o desenvolvimento da vida vegetal e
animal.

3.4 - A Degradação dos Ecossistemas Marinhos

Além de reunir ecossistemas riquíssimos, os oceanos funcionam como fonte


de alimento e de trabalho para milhares de pessoas em todo o mundo. Um dos principais

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problemas que atinge os ecossistemas próximos ao litoral, como mangues e os pântanos,
é a grande concentração populacional ao longo da costa em vários países.
No caso dos recifes de coral, sua destruição é provocada pela exploração
de mergulhadores, que retiram material para colecionar e vender, mas, principalmente,
pela poluição das águas dos próprios oceanos. Outro fenómeno recente é
o branqueamento dos corais, que é atribuído ao aquecimento global.
Mais de 80% da poluição oceânica vem do continente, trazida
pelos rios, chuvas e ventos. Entre os principais poluentes, estão: agrotóxicos utilizados
em plantações; plásticos, latas, metais, madeiras, resíduos industriais como metais
pesados (chumbo, mercúrio, cobre, estanho); esgotos lançados sem tratamento,
principalmente em países mais pobres e povoados do Terceiro Mundo.
Mas também há contaminação devida às atividades humanas no
mar: óleo e petróleo derramado devido a acidentes com navios-tanques, rompimentos de
dutos e emissários submarinos, lixo radioativo depositado por alguns países no fundo do
mar e materiais de pesca.
Muitos desses poluentes trazem consequências devastadoras para a cadeia
alimentar marinha. Peixes e outros animais contaminam-se com pesticidas, resíduos
industriais, o que é repassado a diante para outros animais da cadeia, de maneira que o
próprio homem acaba ingerindo peixes e mariscos contaminados.
O esgoto e o escoamento da área cultivada levam às águas oceânicas grande
quantidades de nitrogênio e fósforo presente em detergentes e fertilizantes. Esses
elementos aumentam a quantidade de algas principalmente nas regiões costeiras. Seu
grande crescimento diminui o nível de oxigênio da água, sufocando as demais espécies.

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4 - Biodiversidade

O Brasil ocupa quase metade da América do Sul e é o país com a maior


diversidade de espécies no mundo, espalhadas nos seis biomas terrestres e nos três
grandes ecossistemas marinhos. São mais de 103.870 espécies animais e 43.020 espécies
vegetais conhecidas no país. Suas diferentes zonas climáticas favorecem a formação de
zonas biogeográficas (biomas), a exemplo da floresta amazônica, maior floresta tropical
úmida do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado, com suas savanas e
bosques; a Caatinga, composta por florestas semiáridas; os campos dos Pampas; e a
floresta tropical pluvial da Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha
de 3,5 milhões km², que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais,
lagoas, estuários e pântanos.
Esta abundante variedade de vida abriga mais de 20% do total de espécies do
planeta, encontradas em terra e na água. Em termos globais, o Brasil incorporou as
recomendações da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), entidade vinculada à
Organização das Nações Unidas (ONU) e apresenta um relatório anula sobre a situação
da biodiversidade brasileira, no Panorama da Biodiversidade Global (Global Biodiversity
Outlook – GBO). O documento contém, ainda, uma análise das ações globais com o
objetivo de assegurar que a biodiversidade seja conservada e usada de forma sustentável,
e que os benefícios advindos do uso dos recursos genéticos sejam equitativamente
distribuídos.
A situação da biodiversidade brasileira é acompanhada de perto também pela
Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio), que tem papel relevante na discussão e
implantação das políticas sobre a biodiversidade, bem como identificar e propor áreas e
ações prioritárias para pesquisa, conservação e uso sustentável dos componentes da

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biodiversidade. Uma das grandes preocupações do governo é com as espécies brasileiras
ameaçadas de extinção, sobre exploradas - exploração excessiva, não-sustentável, em
com consequências negativas que, cedo ou tarde, serão prejudiciais do ponto de vista
físico/quantitativo, qualitativo, econômico, social ou ambiental - ou ameaçadas de sobre
exploração, requerendo políticas específicas de recuperação tanto de fauna terrestre e
aquática como de flora. Ocorre que o processo de extinção está relacionado ao
desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em um determinado ambiente ou
ecossistema.
Para estimular ações, pesquisas e desenvolvimento de projetos de conservação da
biodiversidade, o Ministério do Meio Ambiente lançou o Prêmio Nacional da
Biodiversidade. A proposta pretende conhecer o mérito de iniciativas, atividades e
projetos de organizações não governamentais, empresas, sociedade civil, academia,
órgãos públicos, imprensa e cidadãos, que se destacam na busca por melhoria ou
manutenção do estado de conservação das espécies da biodiversidade brasileira,
contribuindo para a implantação das Metas para a Biodiversidade.

4.1 - Biodiversidade Brasileira

O Brasil é um país de proporções continentais: seus 8,5 milhões km² ocupam


quase a metade da América do Sul e abarcam várias zonas climáticas – como o trópico
úmido no Norte, o semi-árido no Nordeste e áreas temperadas no Sul. Evidentemente,
estas diferenças climáticas levam a grandes variações ecológicas, formando zonas
biogeográficas distintas ou biomas: a Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida
do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado de savanas e bosques; a
Caatinga de florestas semi-áridas; os campos dos Pampas; e a floresta tropical pluvial da
Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões km², que
inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e
pântanos.
A variedade de biomas reflete a enorme riqueza da flora e da fauna brasileiras: o
Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. Esta abundante variedade de vida – que
se traduz em mais de 20% do número total de espécies da Terra – eleva o Brasil ao posto
de principal nação entre os 17 países mega diversos (ou de maior biodiversidade).
Além disso, muitas das espécies brasileiras são endêmicas, e diversas espécies de
plantas de importância econômica mundial – como o abacaxi, o amendoim, a castanha do
Brasil (ou do Pará), a mandioca, o caju e a carnaúba – são originárias do Brasil.

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Mas não é só: o país abriga também uma rica sociobiodiversidade, representada
por mais de 200 povos indígenas e por diversas comunidades – como quilombolas,
caiçaras e seringueiros, para citar alguns – que reúnem um inestimável acervo de
conhecimentos tradicionais sobre a conservação da biodiversidade.
Porém, apesar de toda esta riqueza em forma de conhecimentos e de espécies
nativas, a maior parte das atividades econômicas nacionais se baseia em espécies exóticas:
na agricultura, com cana-de-açúcar da Nova Guiné, café da Etiópia, arroz das Filipinas,
soja e laranja da China, cacau do México e trigo asiático; na silvicultura, com eucaliptos
da Austrália e pinheiros da América Central; na pecuária, com bovinos da Índia, equinos
da Ásia e capins africanos; na piscicultura, com carpas da China e tilápias da África
Oriental; e na apicultura, com variedades de abelha provenientes da Europa e da África.
Este paradoxo traz à tona uma ideia premente: é fundamental que o Brasil
intensifique as pesquisas em busca de um melhor aproveitamento da biodiversidade
brasileira – ao mesmo tempo mantendo garantido o acesso aos recursos genéticos
exóticos, também essenciais ao melhoramento da agricultura, da pecuária, da silvicultura
e da piscicultura nacionais.
Como se sabe, a biodiversidade ocupa lugar importantíssimo na economia
nacional: o setor de agroindústria, sozinho, responde por cerca de 40% do PIB brasileiro
(calculado em US$ 866 bilhões em 1997); o setor florestal, por sua vez, responde por 4%;
e o setor pesqueiro, por 1%. Na agricultura, o Brasil possui exemplos de repercussão
internacional sobre o desenvolvimento de biotecnologias que geram riquezas por meio do
adequado emprego de componentes da biodiversidade.
Produtos da biodiversidade respondem por 31% das exportações brasileiras, com
destaque para o café, a soja e a laranja. As atividades de extrativismo florestal e pesqueiro
empregam mais de três milhões de pessoas. A biomassa vegetal, incluindo o etanol da
cana-de-açúcar, e a lenha e o carvão derivados de florestas nativas e plantadas respondem
por 30% da matriz energética nacional – e em determinadas regiões, como o Nordeste,
atendem a mais da metade da demanda energética industrial e residencial. Além disso,
grande parte da população brasileira faz uso de plantas medicinais para tratar seus
problemas de saúde. Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável.
Sua redução compromete a sustentabilidade do meio ambiente, a disponibilidade
de recursos naturais e, assim, a própria vida na Terra. Sua conservação e uso sustentável,
ao contrário, resultam em incalculáveis benefícios à Humanidade. Neste contexto, como

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abrigo da mais exuberante biodiversidade do planeta, o Brasil reúne privilégios e enorme
responsabilidade.

Mas o que é a Biodiversidade?

A biodiversidade é a exuberância da vida na Terra – num ciclo aparentemente


interminável de vida, morte e transformação.
A biodiversidade é você; a biodiversidade é o mundo; você é o mundo. Seu corpo
contém mais de 100 trilhões de células e está conectado ao planeta por um sistema
complexo, infinito e quase insondável: você compartilha átomos com tudo o que existe
no mundo ao seu redor.
Estima-se que até 100 milhões de diferentes espécies vivas dividam este mundo
com você (ainda que menos de 2 milhões sejam conhecidas): a biodiversidade abrange
toda a variedade de espécies de flora, fauna e micro-organismos; as funções ecológicas
desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as comunidades, habitats e
ecossistemas formados por eles. É responsável pela estabilidade dos ecossistemas, pelos
processos naturais e produtos fornecidos por eles e pelas espécies que modificam a
biosfera. Assim, espécies, processos, sistemas e ecossistemas criam coletivamente as
bases da vida na Terra: alimentos, água e oxigênio, além de medicamentos, combustíveis
e um clima estável, entre tantos outros benefícios.
O termo biodiversidade diz respeito também ao número de diferentes categorias
biológicas (riqueza) da Terra e à abundância relativa destas categorias (equitabilidade),
incluindo variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica
entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade).
Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável. Apenas quanto ao seu valor
econômico, por exemplo, os serviços ambientais que ela proporciona – enquanto base da
indústria de biotecnologia e de atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais –
são estimados em 33 trilhões de dólares anuais, representando quase o dobro do PIB
mundial.
Mas esta exuberante diversidade biológica global vem sendo dramaticamente
afetada pelas atividades humanas ao longo do tempo – e hoje a perda de biodiversidade é
um dos problemas mais contundentes a acometerem a Terra. A crescente taxa de extinção
de espécies – que estima-se estar entre mil e 10 mil vezes maior que a natural – demonstra
que o mundo natural não pode mais suportar tamanha pressão.

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Diante deste quadro, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2010
é o Ano Internacional da Biodiversidade – convidando o mundo a celebrar a vida na Terra,
a refletir sobre o valor da biodiversidade e a agir para protegê-la.

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REFERÊNCIAS

LINHARES, S. ; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje: Genética, Evolução,


Ecologia - 3ª série – 2º grau. 11 ed. São Paulo: Ática, 2003 p. 371-384.

1. Floresta Amazônica:

VOMERO, M. F. ; GUIMARÃES, J. L. Como salvar o Brasil. Superinteressante, ed.


especial, São Paulo, mai. 2003. P. 9-56. In: LINHARES, S. ; GEWANDSZNAJDER,
F. Biologia Hoje: Genética, Evolução, Ecologia - 3ª série – 2º grau. 11 ed. São
Paulo: Ática, 2003 p. 385.

2. Mata Atlântica:

INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS. A Mata Atlântica fragmentada. Entrevista


especial com Maury Abreu. Disponível em:
<http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe
&id=38917>. Acessado em: 9 dez 2010.

APREMAVI. A mata Atlântica e sua importância. Disponível em:


<http://www.apremavi.org.br/cartilha-planejando/a-mata-atlantica-e-sua-importancia/>.
Acessado em : 9 dez 2010.

5. Pampa:

MONTEIRO, K. V. Pampa. Disponível


em:< http://www.riosvivos.org.br/Noticia/Pampa/9410>. Acessado em : 9 dez 2010.

6. Pantanal:

ECOA. A grande importância do pantanal. Disponível em:


<http://www.riosvivos.org.br/pantanal/principal.php?opt=5&x=pan_cur&p=1>.
Acessado em: 9 dez 2010.

7. Mata das Araucárias:

MUNDO EDUCAÇÃO. Mata de Araucária. Disponível em:


<http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/mata-araucaria.htm>. Acessado em: 9
dez 2010

8. Mata dos Cocais:

MUNDO EDUCAÇÃO. Mata dos Cocais. Disponível em


<http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/mata-dos-cocais.htm>. Acessado em: 9
dez 2010

9. Manguezal:

LEMOS, R. M. A importância do manguezal. Disponível em :


<http://www.biobras.org.br/terra/default.asp?secID=62&pag=ImportanciaBiologicaDaC
aatinga>. Acessado em: 9 dez 2010.

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