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Índice
Introdução..................................................................................................................................3
1.3.Recursos faunísticos............................................................................................................6
Conclusão..................................................................................................................................9
Referências bibliográficas.......................................................................................................10
Anexos.....................................................................................................................................11
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Introdução
“Olha atentamente a natureza e vais compreender tudo o resto.” (Albert Einstein)
Moçambique possui uma notável abundância de recursos naturais e biodiversidade que são
pilares vitais para o desenvolvimento do país. Em 2021, 29 Áreas de Biodiversidade Chave
(KBAs) foram identificadas e delineadas, cobrindo uma área total de cerca de 139.947,05
km2, com 25 (86%) cobrindo uma área de 134.019,16 km2 em terra e 4 (14%) ocupando
5.927,89 km2 no ambiente marinho. A Cadeira de Ecossistemas de Terra requer que seja
identificado e descrito um local do território nacional considerado Biodiversidade e
apresentaro as políticas de gestão e conservação. É neste contexto que o presente trabalho
escolher a Reserva do Niassa.
O objectivo geral deste trabalho é descrever a Reserva do Niassa. E constituem objectivos
específicos:
A abordagem deste tema justifica-se pelo facto do autor considerar ser um assunto que
acarreta importância no âmbito intelectual na cultura geral. Entretanto, espera-se que este
trabalho, pese embora a sua abordagem não seja nova, sirva, sobremaneira, como mais um
recurso de leitura e aprendizagem para alimentar o nosso puro desejo de saber e desenvolver
a nossa capacidade cognitiva.
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1. Reserva Nacional do Niassa
1.1. Localização e descrição
A Reserva do Niassa foi fundada em 1960, é a maior área protegida do país, localiza-se na
provincia do mesmo nome, e, estende-se por toda a superficie do distrito de Mecula incluindo
a faixa Leste de Mavago. Situa-se entre as latitudes 11º15`Sul e longitudes 36º20`e 38º30`
Este.
O limite Norte da Reserva vai desde a confluencia do rio Lussanhando com o Rovuma, até a
confluência do rio Lugenda com o Rovuma. A Sul é limitada pelo rio Lugenda até a
confluencia com o rio Luatize. A Seste é limitada pelo rio Lugenda. A Oeste pelos ríos
Luatize e Lussanhando intercalados pela picada de Mataca, isto é, desde a confluencia do rio
Luatize com o Lugenda e numa oblígua para Sul-Oeste por meio de uma linha recta que une
este ponto à picada do Mataca, seguindo até ao encontro com o Lussanhando e, deste rio até
a sua confluencia com rio Rovuma (Lobão & Dutton, 2000; Tilley & Abacar, 2002).
Metade da reserva é coberta por bosques de miombo, um género de árvores que abarca uma
grande quantidade de espécies que formam bosques não demasiado fechados. Caracterizam-
se por mudar de cor durante as estações: de dourado e roxeado, em época seca, a verde,
quando começa a época das chuvas. O resto da reserva é em sua maior parte savana aberta
com algumas zonas húmidas isoladas e manchas de bosque. Calcula-se que há umas 190
espécies de árvores e arbustos.
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Terras húmidas ou pantanosas (Dambos) de vegetação caracterizada por árvores que durante
a sua fase de crescimento, têm um desenvolvimento limitado pelas fracas condições de
drenagem.; e
Montes de granito ou “inselbergs”, onde os solos se apresentam com uma capacidade muito
fraca de absorção de humidade e cuja as condições são quase as encontradas em desertos (ex.
variações de temperaturas extremas).
Segundo Desmet, (2004) citado por SRN (2007), a vegetação predominante no Lago Niassa é
classificada nas categorias apresentadas na Tabela 4 e sua interpretação não difere da
classificação de Timberlake. A maior parte desta vegetação esta dentro da área declarada
com base na convenção de Ramsar.
Floresta de montanha
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1.3. Recursos faunísticos
i) Aves
A reserva do Niassa compora uma rica diversidade de avefauna que advem de ser uma área
de junção de espécies da região de África Meridional com a s da Central e Oriental. Nestas,
estão também representadas algunas espécias cosmopolitas, onde destacam-se o Calau de
bico claro e o Pardal-Tecelão de peito listrado. As mais de 500 espécies de aves registadas
incluem o falcão-de-Taita, o pita africano e o bico-de-tesoura africano.
A Reserva do Niassa dispoe de rios (Rovuma e Lugenda) que guardam recursos, tais como
peixes em diferente espécies tais como: as Mormyrops, Hydrocymos, Labeo, Anguilla e
Megalopus, Tilápia Mossambica e camarões que chegam a medir 10 cm de comprimento.
Também os ríos dispoem de hipopótamos e crocodilos.
iii) Mamíferos
Os mamíferos são o grupo de espécies que domina o cenário faunístico da Reserva do Niassa.
Nestas, identificam-se pequenos roedores, elefantes, búfalos, caes selvagens. Nas savanas
arbóreas e arbustivas ocorrem espécies como leões, elandes, zebras, búfalos e elefantes.
Enquanto que no estrato herbáceo e arbóreo encontram-se as zebras, cocones, facoceros,
leões, changos, rinocerontes e outras. Ao passo que nos inselbergs encontramos leopardos,
macacos, pala-pala, cães-selvagens e outras.
iv) Répteis
Em Moçambique, a gestão das áreas de conservação é feita pela Administração Nacional das
Áreas de Conservação (ANAC), entidade sob tutela do Ministério da Terra, Ambiente e
Desenvolvimento Rural (MITADER).
E ainda, ao abrigo do Artigo 58, do Decreto n.º 89/2017 de 29 de Dezembro, que aprova o
Regulamento da Lei n.º 16/2014, de 20 de Junho, Lei da Protecção, Conservação e Uso
Sustentável da Diversidade Biológica, alterada e republicada pela Lei n.º 5/2017, de 11 de
Maio, “as áreas de conservação podem ser geridas por entidades públicas, privadas, por
parcerias público-privadas, por instituições de ensino ou de natureza científica, por
organizações da sociedade civil ou pelas comunidades locais.
A gestão da Reserva do Niassa é garantida por oito (8) postos de controlo, distribuidos por
um pouco por toda a superficie, de acordo com a presença de espécies estratégicas e ou
únicas no país, por exemplo: impala de Johnson, elefantes, e ainda existencia de corredores
ou áreas de caçadores furtivos.
Os serviços administrativos estão situados na vila sede de Mecula, distrito do mesmo nome,
num acampamento que dista cerca de 2.500 km do centro da vila e instalado na Serra de
Mecula, no monte Ndimbo a uma altitude aproximada de 600 metros.
republicada pela Lei n.º 5/2017, de 11 de Maio. . Esta Lei tem por objectivo estabelecer os
princípios e normas básicas sobre a protecção, conservação, restauração e utilização
sustentável da diversidade biológica em todo o território nacional, especialmente nas Áreas
de Conservação, bem como o enquadramento de uma administração integrada, para o
desenvolvimento sustentável do País. Em muitos aspectos do presente regulamento é possível
identificar vários aspectos que se relacionam directa ou indirectamente com as Listas
Vermelhas de espécies e ecossistemas ameaçados.
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económica é a razão pela qual novas soluções são descortinadas do ponto de vista da
regulação, que justificam, por exemplo a adopção das Listas Vermelhas de espécies e de
ecossistemas. Para o caso de Moçambique foi dado um passo importante nesse sentido
através da aprovação da Lei n.º 16/2014, de 20 de Junho, alterada e republicada pela Lei
5/2017 de 11 de Maio que consagra, entre outros, o princípio da Responsabilidade
Ambiental, segundo o qual “a preservação, protecção e gestão do meio ambiente deve
priorizar o estabelecimento de sistemas de prevenção de actos lesivos ao ambiente”.
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Conclusão
Após ter trilhado em trono do trabalho atesta-se que Moçambique é o habitat de uma rica
flora com 6000 espécies de plantas, das quais, mais de 300 espécies de plantas estão na lista
vermelha da IUCN e 22% são endémicas, uma fauna terrestre com 726 espécies de aves, 171
espécies de répteis, 85 de anfíbios (dos quais 28 são endémicas) e 3075 espécies de insectos.
A Reserva de Niassa enfrenta desafíos para a sua preservação e conservação. E foi afectada
por guerras, e ainda hoje está sendo ameada pela exploração florestal e mineira ilegal, pela
caça ilegal/caça furtiva, pelo crescimento da população, pelos conflitos entre o homem e a
fauna assim como pela mudança climática. Os elefantes foram dizimados pela caça ilegal
devido à crescente demanda mundial de marfim: o número de elefantes, na zona de Niassa,
estimado em mais de 12 000 em 2011, por exemplo, passou deste modo para cerca de 4000
em somente três anos.
No entanto, para a sua conservação, lembremo-nos das palavras de Kofi Annan ao afirmar
que: “a conservação da biodiversidade não é apenas um trabalho para o Governo.
Organizações governamentais e não-governamentais O sector privado e todo e qualquer
indivíduo tem um papel importante na mudança de mentalidades e de comportamentos
destrutivos.”
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Referências bibliográficas
Espada, G. et. al. (2021). Enquadramento Legal da Lista Vermelha de espécies eecossistemas
ameaçados e das Áreas-Chave para a Biodiversidade (KBAs) em Moçambique (Vol. IV).
Maputo: USAID/SPEED.
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Anexos
Figura 1: Reserva do Niassa
Fonte: Google-ANAC
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Fonte: Ministério de Coordenação para Acção Ambiental
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