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Faculdade de Ciências Agrarias

Licenciatura em Engenharia Florestal


2º Ano, II Semestre
Ecologia Vegetal

CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAÇÕES FLORESTAIS

Estudante:
Rosário Julião Bandesse
Docentes:
MSc, Remigio Nhamussua & MSc, Amina Amade

Unango, maio de 2021


Índice
I. Introdução........................................................................................................................ 3
1.1. Objetivos ...................................................................................................................... 3
1.1.1. Geral ...................................................................................................................... 3
1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 3
II. Revisão Bibliográfica......................................................................................................... 4
2.1. Mangais ........................................................................................................................ 4
2.1.1. Padrão de distribuição do mangal ao nível Mundial e em Moçambique .............. 4
2.1.2. Estrutura e composição ......................................................................................... 4
2.1.3. Adaptações do Mangal às difíceis condições do sítio ........................................... 5
2.1.4. Importância dos Mangais ...................................................................................... 5
2.1.5. Causas da degradação dos Mangais ...................................................................... 5
2.2. Florestas Paludosas e Inundadas .................................................................................. 6
2.2.1. Florestas paludosas em solos eutróficos ............................................................... 6
2.3. Florestas Inundadas ...................................................................................................... 6
2.4. Florestas de Galeria ou Matas de Galeria .................................................................... 7
2.4.1. Características das arvores .................................................................................... 7
2.4.2. Solos ...................................................................................................................... 7
2.4.3. Espécies ................................................................................................................. 8
2.5. Florestas de Campinas ................................................................................................. 8
2.6. Florestas de coníferas ou Taigas .................................................................................. 9
2.6.1. Clima ..................................................................................................................... 9
2.6.2. Fauna e Flora ....................................................................................................... 10
III. Conclusão .................................................................................................................. 11
IV. Referencias bibliográficas ......................................................................................... 12
I. Introdução
As formações florestais dos trópicos podem ser classificadas em função dos solos
(formações edáficas), do clima (formações climáticas), da topografia (formações de relevo)
ou em função de um outro fator tomado como base de referência ou o fator de maior
influência. Embora exista essa grande variedade de critérios de classificação, devesse referir,
que na verdade, não existe um único critério de aceitação universal para a classificação das
florestas tropicais, devido ao insuficiente conhecimento que existe sobre a flora tropical em
muitas áreas do mundo, mas também, pelo facto desta ser bastante rica e diversificada
(Ribeiro et al,2002)

A vegetação representa a cobertura vegetal que se sobrepõe às formas de relevo continentais,


colonizando diferentes tipos de solos, e mesmo de rochas expostas. Conforme as condições
climáticas e pedológicas das regiões, ou dos lugares, a vegetação manifesta uma aparência,
um aspecto visual característico, a que os geógrafos chamam de fisionomia. Esta fisionomia
é determinada pela estrutura da formação vegetal, tanto no sentido horizontal como no
sentido vertical (Revista Nucleus,2005).

1.1. Objetivos
1.1.1. Geral
 Fazer a caracterização das formações florestais.

1.1.2. Específicos
 Descrever as formações dos mangais;
 Caracterizar a florestas de galeria, campinas e coníferas.

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II. Revisão Bibliográfica
2.1. Mangais
Os mangais, também designados por florestas costeiras ou ainda conhecidas por florestas do
mar, são formações florestais que ocorrem nos estuários de rios e logos costeiros sujeitos ao
regime de marés. Mangais são um tipo florestal, característico da zona litoral da costa tropical
e subtropical e, marcam uma transição entre a plataforma continental e a marítima (Ribeiro
et al,2002)

2.1.1. Padrão de distribuição do mangal ao nível Mundial e em Moçambique


A distribuição ecologia do mangal é determinado por vários fatores, mas, os mais
importantes são as condições edáficas, a duração das inundações, a dinâmica e frequência
das marés. Á nível mundial, os mangais ocorrem em 112 países, incluindo Moçambique e,
em geral, situam- entre as coordenadas 30 0 Norte e Sul do equador. Dentro destes limites,
os mangais estão largamente distribuídos, mas, as florestas mais extensas, ricas e
diversificadas localizam-se na costa oriental da África e América. Exceções notáveis fora da
faixa acima referida, encontram-se nas Bermudas, Japão, Nova Zelândia e na costa ocidental
da África do Sul. Os Países com a maior extensão de mangal no Mundo, são a Indonésia e
a Austrália com 2.5 milhões e 1.1 milhões de ha respetivamente (Ribeiro et al,2002).

Á nível do continente africano, as maiores florestas encontram-se no Quénia (96 mil ha),
Moçambique (85 mil ha) e Tanzânia (45 mil ha) (Ribeiro et al,2002).

Em Moçambique o mangal ocorre em quase toda a costa litoral, mas, as maiores e os


principais mangais de Moçambique localizam-se em Nampula (129000 ha), Sofala (107000
ha) e Zambézia (105000 ha) (Ribeiro et al,2002).

2.1.2. Estrutura e composição


A estrutura corresponde as características físicas dos seus parâmetros ou restrições
específicas que a diferenciam de outra formação. A composição duma formação vegetal
refere-se às espécies vegetais que se encontram. Enquanto que a estrutura de uma formação.
Dentro do mangal, as condições edáficas, a duração das inundações, o teor salino da água, a
dinâmica e a frequência das marés sobretudo, determinam a composição da floresta. Vezes
há, em que o mangal é composto por uma ou muito poucas espécies, noutras ela apresenta

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uma composição mais rica e diversificada. As espécies do mangal são heliófitas (Ribeiro et
al,2002)

Na África Ocidental, as espécies mais comuns segundo são: Rhizophora mucronata,


Bruguiera gymnorrhiza, Ceriops tagal, Xilocarpus granatum, Xilocarpus muluccensis,
sonerratia alba, Avicennia marina, Avicennia officinales, Heritiera littorales, Lumnitzera
racemosa e Acrostichum aureum. Na costa moçambicana, as mais comuns são: Avicennia
marina, Rhizophora mucronata, Bruguiera gymnorrhiza, sonerratia alba, Heritiera littorales,
e Lumnitzera recemosa (Ribeiro et al,2002).

2.1.3. Adaptações do Mangal às difíceis condições do sítio


Os solos do mangal, geralmente são aluviais e hidromórficos. Quanto à composição, eles
podem ser arenosos, argilosos ou formados por sedimentos minerais e orgânicos. Devido a
falta de Oxigénio, os solos apresentam uma coloração cinzenta a cinzento-escuro, com odor
desagradável e possuem um teor salino muito elevado (Ribeiro et al,2002).

Os mangais sobrevivem numa grande variedade de solos, mas, os mais favoráveis são
aqueles composto por sedimentos ricos em húmus e com uma certa participação de área,
porque a falta de oxigénio não é tão acentuada. As condições desfavoráveis do sítio obrigam
a que as árvores desenvolvam mecanismos de sobrevivência tais como folhas suculentas
(brilhantes e pilosas) para reduzir a transpiração. O fornecimento de oxigénio é assegurado
por raízes pneumatóforas, também chamadas raízes aéreas (Ribeiro et al,2002).

2.1.4. Importância dos Mangais


A importância do mangal, é grande e diversificada quer em termos socioeconómicos,
ambientais e educacionais, mas também, para fins de investigação científicas, recreação
(Ribeiro et al,2002).

2.1.5. Causas da degradação dos Mangais


Acredita se que as principais causas de degradação dos mangais são: a acção humana
descontrolada, mudanças ecológicas, políticas e fiscalização inadequada, falta de
coordenação e insuficiência de medidas institucionais. Fenómenos naturais como
tempestades, atividade vulcânica, furacões, pestes, doenças, cheias, entre outas (Ribeiro et
al,2002).

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2.2. Florestas Paludosas e Inundadas
As florestas paludosas ou matas paludosas são um tipo de vegetação caracterizado pela
presença de solos hidromórficos, ou seja, solos com alta concentração de água entre as
partículas que o constituem. Apresentam biodiversidade relativamente baixa em comparação
a outros tipos de vegetação brasileiros (pt.wikipedia.org, acessado em 26/05/2021, as 16:31)

2.2.1. Florestas paludosas em solos eutróficos


Solos Eutrófico: Denominação que caracteriza solos com elevada fertilidade natural e
saturação de bases maior que 50% (pt.wikipedia.org, acessado em 26/05/2021, as 16:31)

Ocorrem em ambientes menos ácidos e com ocorrência de inundações periódicas. Alguns


exemplares deste tipo florestal podem ser encontrados no Suriname e na região fronteiriça de
Darién, entre a Colômbia e Panamá (Ribeiro et al,2002).

As difíceis condições do sítio, eutrofia, acidez e falta de oxigénio, fazem com que estas
florestas apresentem no total menor diversidade florística e uma tendência nítida de
predominância de uma ou poucas espécies e, por vezes de alto valor comercial com
adaptações fisiológicas e morfológicas, que lhes permitem resistir às difíceis condições do
sítio (Ribeiro et al,2002).

Neste tipo florestal, o número de espécies arbóreas por ha pode-se atingir 26, 398 árvores/ha,
volume comercial de 294 m3/ha e um quociente de mistura (QM) equivalente a 1:15. Uma
das características fisionómicas mais importante deste tipo florestal é a ocorrência mais ou
menos pronunciada de palmeiras adaptadas a má aeração do solo (Ribeiro et al,2002)

2.3. Florestas Inundadas


Ocorrem nas baixadas sujeitas às cheias dos grandes rios. De acordo com os tipos dos rios
normalmente diferenciados em rios de águas brancas, rios de águas claras e rios de águas
pretas. Nas grandes áreas de inundação podem-se observar padrões de vegetação muito
variáveis, formando comunidades florestais abertas ou fechadas. Os exemplares mais
importantes de realce encontram-se na Bacia Amazónica, mas também podem ser
encontradas na Ásia Tropical e na África (Nigéria e Zaire) (Ribeiro et al,2002).

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2.4. Florestas de Galeria ou Matas de Galeria
São floresta que formam corredores ao longo dos rios e áreas húmidas e se projetam nas
paisagens, tornando se esparsas áreas de savanas, pradarias e desertos (pt.wikipedia.org,
acessado em 26/05/2021, as 16:31)

Designam-se matas de galeria as faixas estreitas de vegetação lenhosa que acompanham os


cursos de água rodeiam os lagos. De preferência ocorrem em savanas naturais ou de origem
antrópica nas regiões áridas. O fator determinante do sítio é a disponibilidade permanente do
lençol freático, as inundações (sobretudo), mas também o regime pluviométrico (Ribeiro et
al,2002).

As florestas de galeria distinguem-se das florestas adjacentes, por serem mais densas, altas,
maior crescimento e, maior participação de árvores perenifólias (quase sempre verdes) (Para
uma caracterização ecológica mais detalhada de uma floresta de galeria (Ribeiro et al,2002).

2.4.1. Características das arvores


A altura média do estrato arbóreo varia entre 20 e 30 metros, apresentando uma superposição
das copas, que fornecem cobertura arbórea de 70% a 95%. No seu interior a umidade relativa
é alta mesmo na época mais seca do ano. A presença de árvores com pequenas sapopemas
ou saliências nas raízes é freqüente, principalmente nos locais mais úmidos. É comum haver
grande número de espécies epífitas, principalmente Orchidaceae, em quantidade superior à
que ocorre nas demais formações florestais do Cerrado (embrapa.br/cerrados/matade galeria
,acessado no dia 26/05/2021).

2.4.2. Solos
Os solos são geralmente Cambissolos, Plintossolos, Argissolos, Gleissolos ou Neossolos,
podendo mesmo ocorrer Latossolos semelhantes aos das áreas de cerrado (sentido amplo)
adjacentes. Neste último caso, devido à posição topográfica, os Latossolos apresentam maior
fertilidade, devido ao carreamento de material das áreas adjacentes e da matéria orgânica
oriunda da própria vegetação. Não obstante, os solos da Mata podem apresentar acidez maior
que a encontrada naquelas áreas (embrapa.br/cerrados/matade galeria ,acessado no dia
26/05/2021).

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2.4.3. Espécies
Podem ser destacadas as seguintes espécies : Bauhinia rufa (pata-de-vaca), Callisthene major
(tapicuru), Cardiopetalum calophyllum (imbirinha), Cariniana rubra (jequitibá),
Cheiloclinum cognatum (bacupari-da-mata), Cupania vernalis (camboatá-vermelho),
Erythroxylum daphnites (fruta- de-pomba), Guarea guidonea (marinheiro), Guarea kunthiana
(marinheiro), Guatteria sellowiana (embira), Licania apetala (ajurú, oiti), Matayba guianensis
(camboatá-branco), Myrcia rostrata (guaramim-da-folha-fina), Ouratea castaneaefolia
(farinha-seca), Piptocarpha macropoda (coração-de-negro), Schefflera morototoni
(=Didymopanax morototoni - morototó), Tapura amazonica (tapura), Tetragastris altissima
(breu-vermelho), Vochysia pyramidalis (pau-de-tucano), Vochysia tucanorum (pau-de-
tucano) e Xylopia sericea (pindaíba-vermelha), (embrapa.br/cerrados/matade galeria
,acessado no dia 26/05/2021).

2.5. Florestas de Campinas


Este tipo florestal ocorre em podzolos húmicos formados a partir de silicatos muito ácidos,
arenitos, areias oligotróficas, sedimentos marinhos e outros substratos semelhantes (Ribeiro
et al,2002).

O fator determinante do sítio é o caracter extremamente oligotrófico dos solos e tal como nas
florestas paludosas, nestas, os solos também são formados por camadas impermeáveis e com
um sistema de drenagem deficiente (Ribeiro et al,2002).

Os principais centros florestais localizam-se na Guiana, Sarawaka e Brunei e, em geral


compõe-se de espécies de alto valor comercial. Em África praticamente não existem florestas
de campinas. As florestas de campinas podem ser distinguidas de outras florestas limítrofes,
devido a ocorrência de espécies típicas do género Mirtacea. e Mirmocoricas (plantas
habitadas por formigas), plantas carnívoras do gêneros Brossera, Nepenthes e Urticularia,
folhagem predominantemente de cor avermelhada um tanto pálida entre outras (Ribeiro et
al,2002).

Os solos das florestas de campinas embora piores do que as florestas pantanosas são
utilizadas para agricultura de queima roça, uma prática que leva a uma rápida degradação
florestal originado savanas abertas e sem valor comercial, povoadas por poucas árvores e
arbustos em geral de crescimento (Ribeiro et al,2002).

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2.6. Florestas de coníferas ou Taigas
A Taiga, também chamada de Floresta de Coníferas ou Floresta Boreal, representa um tipo
de vegetação típica das altas altitudes, encontrada no hemisfério norte do globo mais
precisamente entre a Tundra e a Floresta Temperada (todamateria.com.br/taiga/, acessado em
26/05/2021).

Surgem nas regiões setentrionais da América do Norte, Europa e Ásia, como no Japão,
Rússia, Canadá, Alasca, Groenlândia, Finlândia, Noruega, Suécia e Sibéria
(todamateria.com.br/taiga/, acessado em 26/05/2021).

2.6.1. Clima
A ocorrência da Taiga é típica das zonas temperadas e Antártida do globo, portanto está
localizada nas regiões de clima subártico (subpolar), ou seja, basicamente muito frio (baixas
temperaturas) e seco (baixa umidade). Apresenta elevada amplitude térmica (diferença entre
a mínima e máxima temperatura), com temperaturas que podem atingir -50°C no inverno e
20°C, no verão (todamateria.com.br/taiga/, acessado em 26/05/2021).

Caracterizada por longo inverno seco, frio (elevada precipitação de neve) e dias curtos,
enquanto que no curto verão há precipitação de chuvas, deixando a região mais úmida, sendo
determinado pelos dias mais longos (todamateria.com.br/taiga/, acessado em 26/05/2021).

De um total de 50 géneros de coníferas espalhadas pelo Mundo, algo mais do que 20


encontram-se nos trópicos, perfazendo nada menos do que 200 espécies. A área total ocupada
por florestas tropicais naturais de coníferas compreende cerca de 34.3 milhões de hectares.
A maior parte, com um total de 24.7 milhões de hectares fica na América Latina,
concentrando-se na América Central e no Caribe. A Ásia conta com uma área de 8.4 milhões
restando para África apenas 1.2 milhões de hectares (Ribeiro et al,2002).

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2.6.2. Fauna e Flora
Tanto a fauna como a flora são adaptadas ao clima subártico, ou seja, as baixas temperaturas
com ventos fortes e intensa precipitação de neve. Na fauna das taigas encontramos animais
hibernantes e migratórios, a saber: ursos, linces, alces, lobos, raposas, esquilos, castores,
renas, veados, lebres, além da gama de aves e insetos. Apresenta uma floresta densa, donde
a flora é composta maioritariamente de vegetação arbustiva e árvores coníferas, com presença
de pinheiros, salgueiros, nogueiras, faias, abetos, bétulas, dentre outras espécies vegetais
(todamateria.com.br/taiga/, acessado em 26/05/2021).

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III. Conclusão

Mangais são um tipo florestal, característico da zona litoral da costa tropical e subtropical e,
marcam uma transição entre a plataforma continental e a marítima. A distribuição ecologia
do mangal é determinado por vários fatores, mas, os mais importantes são as condições
edáficas, a duração das inundações, a dinâmica e frequência das marés.

As florestas paludosas ou matas paludosas são um tipo de vegetação caracterizado pela


presença de solos hidromórficos, ou seja, solos com alta concentração de água entre as
partículas que o constituem. Florestas inundadas ocorrem nas baixadas sujeitas às cheias dos
grandes rios. De acordo com os tipos dos rios normalmente diferenciados em rios de águas
brancas, rios de águas claras e rios de águas pretas. Nas grandes áreas de inundação podem-
se observar padrões de vegetação muito variáveis, formando comunidades florestais abertas
ou fechadas.

Designam-se matas de galeria as faixas estreitas de vegetação lenhosa que acompanham os


cursos de água rodeiam os lagos. A Taiga, também chamada de Floresta de Coníferas ou
Floresta Boreal, representa um tipo de vegetação típica das altas altitudes, encontrada no
hemisfério norte do globo mais precisamente entre a Tundra e a Floresta Temperada

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IV. Referencias bibliográficas
pt.wikipedia.org, acessado em 26/05/2021

todamateria.com.br/taiga/, acessado em 26/05/2021

embrapa.br/cerrados/matade galeria ,acessado no dia 26/05/2021

Revista Nucleus, v.3, n.1, out./abr. 2004/2005

RIBEIRO, Natasha et al. (2002). Manual de Silvicultura Tropical. Maputo pp.44-56

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