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Universidade Lúrio

Faculdade De Ciências Agrárias


Curso: Engenharia Florestal_Ecologia Vegetal
Discente: Yazalde Inácio Baptista
(Resumo)
Mangal
O Mangal é considerado um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e
marinho que se desenvolve em regiões tropicais e subtropicais. Este ecossistema está associado
às margens de baías, barras, enseadas, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias
costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha
da costa.
Características do Mangal
Solo: Caracteriza-se por ser húmido, salgado, lodoso, pobre em oxigênio e muito rico em
nutrientes e pela grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, apresenta odor
mais acentuado se houver poluição. Essa matéria orgânica serve de alimento à base de uma
extensa cadeia alimentar, como algumas espécies de peixes. O solo do Mangal serve como
habitat para diversas espécies, como caranguejos.
Vegetação: em função da diversidade da região, pode -se dividir os mangais em mangue
branco, mangue vermelho e mangue siriúba. As plantas possuem sementes compridas, finas e
pontudas. Isto ocorre para facilitar a reprodução, pois quando caem no solo húmido, podem se
fixar com mais facilidade (FAO, 1994).
Aspectos Ecológicos
As condições ideais para o desenvolvimento dos mangais incluem, principalmente, a variação
de te mperatura e a pluviosidade. Com relação à temperatura, são necessárias médias anuais
acima de 20º C e mínimas superiores a 15º C. A precipitação pluvial deve ser acima de 1.500
mm/ano e sem prolongados períodos de seca. As marés são o principal mecanismo de entrada
das águas salinas nos mangais, sendo responsáveis pela oscilação da salinidade. A distância
máxima da penetração da água salgada nos estuários determina o limite do Mangal em direcção
à terra firme. (Lamprecht, 1990).

Importância do Mangal
Os mangais desempenham um importante papel como exportador de matéria orgânica para os
estuários contribuindo para a produtividade primária na zona costeira. Por essa razão,
constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais férteis e diversificados do planeta. A
riqueza biológica deste ecossistema costeiro faz com que essas áreas sejam os grandes berçários
naturais, tanto para as espécies características desses ambientes, como para peixes e outros
animais que migram para as áreas costeiras durante uma fase do ciclo de sua vida. Com relação
à dinâmica dos solos, a vegetação dos mangais servem para fixar os solos, impedindo a erosão
e ao mesmo tempo, estabilizando a linha de costa (Semesi & Howell ,1985; KULIMA, 1999).
Causas da degradação dos Mangais
Segundo (Saket & Matusse, 1994) as principais causas da degradação dos mangais são:
 Abertura de áreas para prática da agricultura;
 Abertura de áreas para construção de Salinas;
 Degradação provocada pelas mudanças ecológicas;
 Extracção de combustível lenhoso e material de construção;
 Fenómenos naturais como tempestades, actividade vulcânica, furacões, pestes,
doenças, cheias.
Florestas paludosas de água doce e florestas inundadas
Florestas Pantanosa
As florestas pantanosase elas ocorrem em círculos de diversas composições
florísticas. O centro é constituido de agrupamentos deformados e à medida que se
avança para as laterais aumenta o número de suas espécies e espessura de diâmetro e compõe-
se de espécies comercias com muita facilidade de regeneração natural (Lamprecht, 1990).
Florestas paludosas em solos eutróficos
Este tipo de formação florestal ocorrem em ambientes com menos concentração de ácidos e
com ocorrência de inundações periódicas (Lamprecht, 1990).
Florestas Inundadas
São aquelas que ocorrem nas baixadas e que estão sujeitas às cheias dos grandes rios. De acordo
com os tipos dos rios elas são diferenciadas em rios de águas brancas, rios de águas claras e
rios de águas pretas, podendo onservar padrões de vegetação variáveis que são dão resultados
as comunidades florestais abertas ou fechadas.
Florestas de Galerias
São aquelas que ocorrem em savanas naturais ou de origem antrópica nas regiões áridas, as
florestas de galeria elas distinguem-se das florestas proximas, estas por serem mais densas,
altas, de maior crescimento e, maior presença de árvores perenifólias tendo como seu factor
determinante a disponibilidade permanente do lençol freático, as inundações e em regime
pluviométrico. (Lamprecht, 1990).
Florestas de Campinas
Este são caracterizados por ocorrer em podzolos húmicos formados a partir de silicatos muito
ácidos, arenitos, areias oligotróficas, sedimentos marinhos e outros substratos semelhantes. O
seu factor determinante é o caracter oligotrófico dos solos e tal como nas floresta paludosas,
nestas os seus solos também são formadas por camadas impermeáveis e com um sistema de
drenagem deficiente. Devido a ocorrência de espécies típicas do género Mirtacea. e
Mirmocoricas (plantas habitadas por formigas), plantas carnívoras do gêneros Brossera,
Nepenthes e Urticularia, folhagem predominantemente de cor avermelhada a floresta de
campinas podem ser distinguidas de outras florestas limítrofes (Lamprecht, 1990).
Os seus solos são utilizadas para agricultura de queima roça, que é uma prática que leva a uma
rápida degradação florestal dando origem as savanas abertas e sem valor comercial, povoadas
por poucas árvores e arbustos e apresentam um crescimento lento (Lamprecht, 1990).
Florestas de coníferas
São aquelas que são formadas por plantas do tipo coníferas, por isso são designinadas
de Floresta de Coníferas. Elas localiza-se no hemisfério norte do planeta, O seu clima é
subártico, caracterizado por inverno muito frio, longo e seco com temperaturas que chegam a
-50º C. O verão é curto e úmido, os dias são mais longos e as temperaturas podem chegar a 20º
C. As chuvas são pouco frequentes. Durante o verão ocorre degelo, formando lagos, pântanos
e brejos. O solo é raso, pobre em nutrientes e coberto por folhas. As principais coníferas
encontradas são os pinheiros, abetos, larícios e espruces. Essa vegetação possui algumas
adaptações para sobreviver em regiões frias. As folhas permanecem vivas durante todo o ano
e não caem, assim podem começar a realizar fotossíntese logo que a luz solar aumenta, não
havendo gasto de energia para produzir novas folhas. Desta forma, algumas coníferas possuem
folhas caducifólias que caem durante o inverno para evitar a perda de água, é o caso dos
larícios. (Lamprecht, 1990).
A sua flora é pouco diversificada devido às baixas temperaturas e água congelada. As árvores
crescem próximas umas das outras, formando uma densa cobertura e impedindo a penetração
de luz solar intensa. Assim, a vegetação rasteira é pouco representada, sendo constituída
por musgos, liquens e alguns arbustos.
Num total de 50 géneros de coníferas espalhadas pelo Mundo, algo mais do que 20 encontram-
se nos trópicos, perfazendo nada menos do que 200 espécies. A área total ocupada por florestas
tropicais naturais de coníferas compreende cerca de 34.3 milhões de hectares. A maior parte,
com um total de 24.7 milhões de hectares fica na América Latina, concentrando-se na América
Central e no Caribe. A Ásia conta com uma área de 8.4 milhões restando para África apenas
1.2 milhões de hectares (Lamprecht, 1990).
De acordo com as exigências ecológicas e comportamento relativo à sucessão pode-se
distinguir dois grupos de coníferas:
 O primeiro grupo é formado por pioneiras heliófilas, caracterizadas pelo baixo nível
de exigências ecológicas e pelo rápido crescimento. Representantes típicos deste grupo
são os Pinus, capazes de povoar novas terras, savanas, machambas abandonadas e
pastagens, de preferência sob condições desfavoráveis para folhosas pioneiras, como
seriam o clima demasiado frio e/ou seco, bem como solos degenerados, oligotrópicos e
pouco profundos. os Pinus são favorecidos pelo fogo quando os incêndios são
relativamente raros e suficientemente intensos para eliminar totalmente a camada
arbustiva.
 O segundo grupo compõe-se de coníferas mais ou menos esciófilas. Quando nos
referimos dos Podocarpus rospigliosii e Agathisdamnara sp. que regeneram em
povoamentos fechados. Whitmore (1991) e Jordan (1993).

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